No capítulo anterior:
Cris e Tarso foram investigar a Corporação Ômega, mas caíram em uma armadilha. Enquanto isso, os outros Batarangers passaram dificuldades contra os HMs licantropos.
Capítulo #8 – Segredos revelados
Algum lugar desconhecido
Cris e Tarso voltaram a si, mas não estavam mais no Setor de
Biotecnologia da Corporação Ômega, mas em algum lugar desconhecido e totalmente
escuro.
Cris: “Onde a gente tá?”
Tarso: “Sei lá. Está tudo escuro.”
Eles ligaram as lanternas, mas mesmo assim, não respondeu
onde estavam.
Tarso: “Parece que estamos presos em um local hermeticamente
fechado, ou seja, sem ventilação e sem saída.”
Cris: “Vou comunicar à base.”
Ele pegou seu BataMorpher e começou a falar:
“Ribeiro para a base. Estamos presos em algum lugar
desconhecido. Precisamos de reforços.”
Porém, ele não obteve nenhuma resposta.
Cris: “Alô? Ribeiro para a base. Estão me ouvindo? Doutora? Comandante?
Batarangers? Alguém?”
Nenhuma resposta.
Cris: “Que estranho... Ninguém responde.”
Tarso: “Droga, estamos sem comunicação!”
De repente, eles ouviram um estalo e algo começou a se
mover.
Cris: “O que foi isso?”
Tarso tateou as paredes e disse:
Tarso: “Cris, é a parede que está se movendo!”
Cris: “Como?!”
Tarso: “Não sei.”
De repente, ouviu-se uma voz, uma voz distorcida, que falou
para os rapazes presos:
“Saudações, soldados Cristiano Ribeiro e Tarso Monteiro. Saibam
que as regras da Corporação Ômega são simples: só pode entrar quem for
autorizado.”
Cris: “Skruk!”
Tarso: “Então, esse é o tal Skruk?”
Skruk: “Sim, sou eu. Aliás, finalmente nos conhecemos,
Monteiro. Finalmente, pude conhecer o amigo dos Cinco Notáveis.”
Tarso: “Cinco Notáveis? Que história é essa?”
Skruk: “Bem, digamos que seus amigos são ‘bebês de proveta’
criados para serem os ‘soldados perfeitos’. Lopes escondeu de vocês todos esses
anos.”
Tarso: “Cris, sabe algo sobre isso?”
Cris: “Sim, eu sei.”
Skruk: “Hum... Parece que alguém também sabe esconder segredos
dos amigos... Interessante...”
Tarso: “Como, os outros Batarangers não sabem?”
Cris: “Não, não sabem. O comandante e eu combinamos de não
tocarmos no assunto com eles, até chegar o momento.”
Skruk: “Hum, bom saber. Muito bom saber... Bem, preciso dar as
boas-novas para Lopes, dizendo que dois de seus comandados vão virar panquecas,
hahaha!”
Cris: “O quê?”
Skruk: “Sim, as paredes estão se movendo até que vocês estejam
bem pressionados, se é que me entendem. É o preço que se paga por interferir na
corporação.”
Cris: “Desgraçado! Vão pagar por fazerem propaganda enganosa
do Arakinus! O Dr. Flávio Rodrigues não falou, mas eu vou falar!”
Skruk: “Ah, o Dr. Rodrigues... Pois é, ele era um bom
cientista... Pena dele ter o mesmo destino que vocês terão.”
Tarso: “Desgraçado!”
Enquanto falavam, as paredes se aproximavam cada vez mais...
Cris: “Skruk, quero te fazer uma pergunta.”
Skruk: “Diga, Ribeiro.”
Cris: “O que vocês fizeram com a Dra. Rosicler Araki, a
antiga chefe da DCT, que deve ter criado o Arakinus?”
Skruk: “Hum, não sei dizer. Ela trabalhava para nós, logo
depois que saiu da F.E.B., mas não trabalha mais conosco há muito tempo.”
Cris: “Entendi. Vou fingir que acredito.”
Skruk: “Bem, chega de bate-papo. Como disse, preciso dar as
boas notícias para Lopes. Tenho uma cidade para criar o caos. Até nunca mais!”
E não se ouviu mais a voz de Skruk.
Tarso: “Sujeitinho ‘gente boa’, hein? Essa gente é mais
perigosa que eu pensava.”
Cris: “Pois é... O problema é que não podemos fazer nada. As
paredes estão se aproximando e não temos comunicação com a base.”
Tarso: “Só espero que os outros estejam bem.”
BataBase - Sala do comandante
Os outros Batarangers ainda estavam na sala do comandante,
depois da malsucedida missão de capturar os licantropos. Para piorar a
situação, Dra. Angélica ainda disse que Cris e Tarso haviam desaparecido no
rastreador GPS.
Aline: “Doutora, nada ainda?”
Angélica: “Nada. Eu estou atualizando aqui várias vezes e
nada de sinal deles.”
Aline: “Só espero que nada tenha acontecido com eles.”
Cmte. Lopes: “Todos nós esperamos, Hashimoto.”
De repente, o celular do comandante tocou e na tela,
apareceu “Número Desconhecido”. Ele atendeu, já imaginando quem era:
“Skruk?”
Skruk: “Olá, Lopes. Há quanto tempo não nos falamos. Bem, eu
queria dar-lhe boas-novas, mas antes, preciso saber. Os Batarangers e Gomes
estão aí com você?”
Cmte. Lopes: “Sim, estão.”
Skruk: “Então, coloque no viva-voz, por favor.”
O comandante colocou no viva-voz e a voz distorcida de Skruk
irrompeu-se pela sala:
“Saudações, Batarangers e Angélica Gomes. Há quanto tempo
não nos falamos, desde aquele dia no Porto. Tenho que reconhecer que vocês são
adversários de valor.”
Angélica: “O que você quer conosco?”
Skruk: “Só queria dar-lhes as boas-novas a todos vocês sobre
seus companheiros Ribeiro e Monteiro.”
Aline: “Onde eles estão? Fala!”
Skruk: “Paciência, Hashimoto, paciência. Só queria dizer que
eles estão vivos, pelo menos, por enquanto.”
Aline: “O que quer dizer?”
Skruk: “Bem, digamos que eles estão ‘sob pressão’, hehehe. Aliás,
minha conversa com Ribeiro foi bem esclarecedora, porque o rapaz também sabe
guardar segredos, assim como seu chefe.”
Cmte. Lopes: “O que quer dizer?”
Skruk: “Diga a eles,
Lopes, sobre os Cinco Notáveis. Diga porque eles são órfãos. Vamos, não esconda
mais isso dos seus comandados.”
Os quatro Batarangers olharam para o comandante, que estava
de cabeça baixa.
Jefferson: “O que ele está dizendo, comandante?”
Skruk: “Responda, Lopes! Responda a eles. Bem, já disse a
que vim. Até a próxima.”
Ele encerrou a chamada.
A sala ficou totalmente silenciosa, até que Aline quebrou o
silêncio:
“Comandante, do que ele estava falando sobre ‘guardar
segredos’? O senhor pode nos contar?”
O comandante respirou fundo e começou a dizer:
“Bem, Batarangers, chegou o momento de contar-lhes tudo
sobre vocês.”
Mateus: “Tudo o quê?”
Cmte. Lopes: “Tudo sobre a vida de vocês. Como vocês foram gerados,
porque vocês ficaram tanto tempo treinando e porque Cristiano Ribeiro entrou
para a equipe.”
Jéssica: “Eita!”
Angélica: “Bem, eu vou para a DCT aumentar a potência das BataBazookas.
Com licença.”
Ela prestou continência e saiu da sala.
O comandante pigarreou e começou a contar sua história:
“Bem, tudo começou há 20 anos, quando a F.E.B. estava no
início. Meu pai, o Coronel Sérgio Lopes, era o comandante e eu era um sargento
da Polícia Militar. Meu pai estava se aposentando e eu assumiria o lugar dele. E
nessa época, eu conheci uma cientista chamada Rosicler Araki e ela trabalhava
com Embriologia e Engenharia Genética, principalmente na criação do que hoje
chamamos de HMs. Eu a convidei para ser a chefe da DCT e ela aceitou. Aí, eu
tive uma ideia: criar uma equipe de policiais composta totalmente por HMs. Como
não seria possível criar um batalhão inteiro de HMs, só foram criados cinco, na
verdade, quatro, porque um embrião dividiu-se em dois, tornando-se gêmeos univitelinos
de sexos diferentes. Nós chamamos de Os Cinco Notáveis. Na época, a tecnologia
da gestação artificial estava no início, mas aceitávamos voluntárias para barriga
de aluguel, até mesmo casais dispostos à adoção. Fizemos um anúncio e apenas
uma mulher aceitou ser barriga de aluguel. Ela se chamava Lídia Ribeiro, a mãe
de Cristiano. Lídia teve uma gestação complicada e ela desenvolveu uma doença
chamada Síndrome do Homem-Árvore, na qual a pessoa fica com um dos membros
semelhante a um tronco de árvore. Nossa equipe de Obstetrícia já tinha o
conhecimento das habilidades de cada um, apenas analisando o comportamento do
feto dentro do útero humano e do artificial. E então, vocês cinco nasceram.
Porém, Lídia e Cristiano sumiram da nossa vista por 20 anos, até vocês o encontrarem, há um mês. Inclusive, hoje
mesmo conseguimos com a Secretaria de Justiça que Lídia fosse monitorada por
nós. Enquanto isso, vocês foram criados no orfanato e começaram a treinar
conosco a partir dos 10 anos. Vocês treinaram por dez anos, monitorados por
nós, para controlar suas habilidades, além praticar técnicas e táticas das operações
policiais. Essa é toda a verdade, eu juro.”
Os quatro Batarangers ouviram tudo aquilo atônitos, porque era
literalmente a história da vida deles.
Aline: “Então..., nós quatro... e Cris, somos ‘bebês de
proveta’?”
Cmte. Lopes: “Curioso que Ribeiro usou a mesma expressão,
quando contei a ele.”
Aline: “Espera, o Cris sabia disso?”
Cmte. Lopes: “Sim, contei tudo a ele, no dia que vocês o
capturaram. Quando vocês me falaram da habilidade dele, eu me lembrei da
análise da Obstetrícia sobre Ribeiro. Foi só eu fazer algumas perguntas a ele,
que logo matei a charada.”
Aline: “Desgraçado! Por que ele não contou para a gente?!
Ora, ele vai se ver comigo...”
Cmte. Lopes: “Acalme-se, Hashimoto. Se você quer culpar a
alguém, culpe a mim. Fui eu que pedi a Ribeiro guardar segredo, até que eu
contasse tudo a vocês.”
Jefferson: “Hã, comandante... Pode me tirar uma dúvida?”
Cmte. Lopes: “Claro, Nascimento.”
Jefferson: “E os nossos nomes e sobrenomes? Se nós não temos
pais, exceto Cris, que tem mãe, de onde vieram nossos nomes e sobrenomes?”
Cmte. Lopes: “As cuidadoras do orfanato colocaram esses
nomes e sobrenomes em vocês, assim como fazem com todos os órfãos.”
Jefferson: “Entendi.”
Jéssica: “Eh, comandante... Agora, sou eu que tenho uma
dúvida. Quem nasceu primeiro? Jefferson ou eu?”
O comandante deu uma leve risada e respondeu:
“Você nasceu primeiro e Jefferson, um minuto depois.”
Jéssica: “Viu? Eu sabia! Eu sou a irmã mais velha! Toma!”
Jefferson: “Humpf... Um minuto de diferença não vale...”
Mateus: “Vai começar essa discussão de novo? Nem nesse
momento que o comandante revela como a gente nasceu, vocês não param com essa
briguinha?”
Irmãos Nascimento: “Foi mal!”
Aline: “Minha vez de perguntar: onde está essa Dra. Araki
sei lá o quê?”
Cmte. Lopes: “Ela saiu do comando da DCT faz cinco anos,
quando deu lugar à Dra. Gomes. A última notícia que eu ouvi falar da Dra.
Araki, foi quando ela começou a trabalhar na Corporação Ômega.”
Aline: “Bem, foi bom o senhor ter revelado tudo, comandante.
Nos tirou várias dúvidas de anos.”
Cmte. Lopes: “Espero que me perdoem, Batarangers. Vocês são
a realização de um sonho que tive em ter a equipe mais poderosa de combate ao
crime.”
Jéssica: “Bem, da minha parte, eu o perdoo.”
Jefferson: “Eu também.”
Mateus: “E eu.”
Aline: “Eu também.”
Cmte. Lopes: “Ótimo. Fico feliz que tenham me perdoado.”
Neste instante, Angélica voltou à sala.
Angélica: “Bem, Batarangers, fiz um upgrade nas
BataBazookas e a potência foi aumentada em 100%. Os licantropos não vão ter
chance.”
Os Batarangers pareciam ignorar a informação, depois de
tantas revelações. Contudo, havia outra dúvida que eles tinham...
Jéssica: “Hã, doutora... Já que hoje é o dia das revelações,
queria tirar uma dúvida com a senhora. Eh... Ai, meu Deus, que vergonha de
perguntar isso... Eh... o que a senhora tem nas costas?”
Mateus: “É, doutora. A gente quer saber.”
Angélica olhou para o comandante e perguntou:
“Posso, comandante?”
Ele confirmou com a cabeça.
Angélica: “Então, tá. Vocês têm o direito de saber.”
E então, ela retirou seu jaleco e por cima de sua blusa,
tinha uma espécie de colete. Ela tirou o colete e de repente, surgiram asas das
costas de Angélica!
Jéssica: “Uau! Não é à toa que a senhora se chama Angélica!”
Angélica: “Sim, eu nasci com essas asas e foi difícil achar
um jeito de escondê-las sem me machucar, até criar este colete.”
Mateus: “Show!”
Cmte. Lopes: “Bem, não há mais tempo a perder. Vocês
precisam voltar à missão contra os licantropos.”
Aline: “Com todo o respeito, senhor, mas e Cris e Tarso?”
Cmte. Lopes: “Não sabemos a localização deles e temos plena
confiança que eles se sairão do perigo que passam. Dispensados!”
Os Batarangers prestaram continência e saíram da sala.
Angélica: “E aí? Como o senhor acha que eles ficarão daqui
para frente, depois de todas essas revelações?”
Cmte. Lopes: “Não vai ser fácil, mas o tempo é o Senhor da
Razão. Sabe, estou até aliviado em contar tudo para eles...”
Angélica: “Imagino... Não é fácil guardar esse segredo todos
esses anos...”
Cmte. Lopes: “De fato, não foi fácil. Bem, precisamos
encontrar Ribeiro e Monteiro, antes que seja tarde. Continue tentando,
doutora.”
Angélica: “Sim, senhor. Vou voltar agora para a DCT e tentar
localizá-los. Permissão para se retirar, senhor!”
Cmte. Lopes: “Permissão concedida.”
Angélica prestou continência e se retirou da sala.
Assim que chegou à DCT, ela pensou com seus botões, como uma
prece: “Cris, por favor, ative aquilo que te mostrei outro dia, antes que seja
tarde.”
Algum lugar desconhecido
Enquanto isso, Cris e Tarso ainda estavam presos e as
paredes cada vez mais se aproximando.
Cris: “É, parece que não tem nada o que a gente possa fazer.”
Tarso: “Podemos, sim. Vamos rezar. Talvez aconteça algum
milagre...”
E ambos deram as mãos e começaram a rezar...
CONTINUA...
No próximo capítulo...
Os Batarangers vão enfrentar novamente os licantropos,
enquanto Cris e Tarso parecem aceitar o destino deles.
7 Comentários
Um episódio cheio de revelações que firam absorvidas extremamente rápido pelos heróis agora veremos como o Cris e o tarso escaparão e como os licantropos serão vencidos
ResponderExcluirSim, foi um capítulo dedicado às revelações e a conclusão desse pequeno arco será no próximo.
ExcluirAs revelações sobre o passado dos Batarangers foram fortes.
ResponderExcluirAparentemente, os quatro reagiram bem mas, tenho certeza que essa descoberta afetará a equipe de algum modo no futuro e será muito utilizada por Skruk para vencer os " cinco notáveis".
Por outro lado, Cris e Tarso estão numa situação muito complicada.
Espero que o Cris se lembre do toque da Ângela que, como o nome sugere é uma espécie de anjo.
A história começa a ganhar contornos e mistérios muito interessantes.
Parabéns !
Obrigado. Garanto que Skruk vai tentar atingir a equipe por dentro, no decorrer da história. Abraço.
ExcluirMais um episódio lido, o esboço dele tá muito bom, a treta lá do Cris, o Skruk forçando o comandante a revelar tudo e os Batarangers indo tentar resolver a questão dos licantropos, mas ae me veio as perguntas de novo... O Cris e o Tarso tão desaparecido, eles temem pelo pior, o Skruk disse que eles "ainda" estavam vivos, o que quer dizer que estavam pra morrer e... Ninguém pensou em ir atrás deles? Deixaram eles pra resolver primeiro os lobisomens? O comandante não vai se mover pra ajudar a salvar a vida deles, tipo, se morreu a gente reza depois por eles? Também acho que concordo com o Norberto, até achei interessante eles não terem piti por conta da revelação, isso foi bom, não entrou naquela de se revoltarem e saírem batendo a porta, mas e o choque? E a surpresa da descoberta? E aquele "meu Deus olha o que descobri da minha vida", isso é humano, teria de ter tido um pouco mais de choque, de tipo, ficar parado olhando pro nada tentando assimilar tudo... Enfim, agora eu vou rezar pelo Cris também porque parece que ninguém gosta dele, se morrer a gente faz um sepultamento depois kkkk! De qualquer forma, o andar da carruagem está legal, está avançando, estão investigando e descobrindo coisas... A série está andando, tem muita coisa que precisaria ser revista e explicado, mas está indo bem, parabéns cara!
ResponderExcluirObrigado. Sobre seus questionamentos, alguns são respondidos no próximo capítulo. Abraço.
ResponderExcluirMuitas revelações nesse episódio. Os heróis têm de absorver tudo rápido para poderem seguirem nas batalhas. Vamos ver agora como Cris e o Tarso vão lidar com os Licantropos. Imagino que tal situação se resolva no próximo episódio.
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