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Força Especial Bataranger - Capítulo 9 - Sem segredos


No capítulo anterior:

Cris e Tarso estão presos em uma armadilha, sem saída. Enquanto isso, o Comandante Lopes conta tudo sobre a vida dos Batarangers.

 

Capítulo #9 – Sem segredos

 

Gamboa

 

Os Batarangers voltaram à Gamboa, dispostos a ir à desforra contra os licantropos. Precisavam capturá-los antes do amanhecer. Com o upgrade das BataBazookas, talvez a missão não estivesse tão complicada como da outra vez.

Aline: “Muito bem, pessoal. Dessa vez, vamos ficar juntos.”

Os outros: “Certo!”

Eles entraram no mesmo beco onde Aline e Jefferson entraram mais cedo.

Aline: “Cada um protege a retaguarda um do outro.”

Os outros: “Certo!”

Eles foram andando, até escutarem passos e grunhidos. E os licantropos foram aparecendo aos poucos, até chegar a sete, como foi mais cedo.

Aline: “Agora, pessoal! Saquem as BataBazookas!”

Os outros: “Entendido!”

Aline: “Beleza. Vamos atirar ao mesmo tempo. No três. Um...Dois...Três!”

E eles atiraram ao mesmo tempo contra os licantropos, que foram ao chão, atordoados. O upgrade da doutora tinha funcionado!

Jéssica: “Yes! Conseguimos!”

E eles algemaram os licantropos, citando o Código Penal Municipal.

Aline: “Hashimoto para a base. Conseguimos capturar os licantropos.”

Angélica: “Muito bem, pessoal. Vejo que o upgrade que fiz nas BataBazookas funcionou. Voltem para a base... Eita!”

Aline: “O que houve, doutora?”

Angélica: “Eh, nada... Só uma informação que recebi agora mesmo. Bem, voltem para a base com os licantropos.”

Aline: “Afirmativo. Câmbio, desligo.”

De repente, os licantropos começaram a uivar em uníssono.

Mateus: “Isso é hora de cantar?”

Aline: “Vamos nessa, pessoal. Vamos levá-los daqui e...”

Mateus: “O que foi, Aline?”

Aline: “Ouviram isso?”

De repente, ouviu-se passos mais pesados e grunhidos mais altos. E eis que surgiu mais um licantropo! Só que maior e mais forte que os outros.

Jefferson: “Ah, sabia que estava fácil demais...”

Jéssica: “Aposto que é o líder deles.”

Aline: “Não é à toa que eles uivaram ao mesmo tempo.”

Mateus: “Ele tá vindo!”

O licantropo-líder estava se aproximando. Aline gritou aos companheiros:

“Vamos lá, pessoal. Atirem as BataBazookas ao mesmo tempo novamente.”

Eles atiram no licantropo-líder, mas não surtiu nenhum efeito.

Aline: “Impossível!”

E ele avançou para cima dos Batarangers e atingiu Aline, que foi ao chão.

Jéssica: “Aline!”

Aline: “Eu tô legal.”

Jefferson e Mateus atiraram suas BataBazookas, mas era só para retardar o monstro.

Ele continuava a avançar para cima deles.

Jéssica: “E agora, Aline? Você tem um plano?”

Aline: “O plano é continuar tentando.”

E eles continuavam a atirar as BataBazookas no licantropo-líder.

 

Algum lugar desconhecido

 

Enquanto isso, depois de rezarem, Cris e Tarso estavam aceitando o destino deles. Não havia nada o que eles pudessem fazer, a não ser conversarem até chegar o fim.

Cris: “Sabe, me sinto até melhor, depois de rezar. Eu ia muito à igreja quando criança, na época de catequese, mas depois que minha mãe piorou, deixei de ir.”

Tarso: “Não sou muito religioso, mas minha mãe e minha avó são e elas sempre falam para eu rezar nos bons e maus momentos.”

Cris: “Eu nunca conheci parentes meus, a não ser minha mãe. Se eu morrer agora, só ela vai sentir minha falta.”

Tarso: “Não diga isso. Os Batarangers também vão sentir sua falta.”

Cris: “Não sei. Só os conheço há um mês, já eles se conhecem a vida inteira.”

Tarso: “É verdade, mas eles vão sentir a nossa falta.”

Cris: “Que loucura! Há um mês, eu era só um cara que roubava comida para ajudar a mãe e acabei virando um policial.”

Ele disse isso, segurando seu BataMorpher. De repente, ele arregalou os olhos, porque teve uma lembrança:

 

Divisão de Ciência & Tecnologia

 

Cris estava com Angélica, pouco antes da missão que terminou com a prisão de Morcegão. Ele foi tirar algumas dúvidas sobre o BataMorpher. Angélica mostrou novamente como se ativa a BataFarda, além de outra coisa...

Angélica: “Cristiano, vocês são monitorados pelo rastreador GPS através do sinal dos BataMorphers. Porém, se por ventura, o sinal falhar, o BataMorpher tem um BOTÃO DE EMERGÊNCIA dentro dele. É só tirar o lacre na parte inferior, abrir o BataMorpher e aí está o botão.”

Ela abriu o BataMorpher de Cris e mostrou o botão de emergência.

Angélica: “Lembre-se: só aperte quando não tivermos o sinal de vocês. Fui clara?”

Cris: “Sim, senhora!”

 

Voltando ao presente, Cris ficou agitado. Tarso estranhou:

“O que houve, Cris?”

Cris: “Tarso, acho que já sei como a gente sair daqui, pelo menos, mandar um sinal para a base.”

Tarso: “Como?”

Cris: “A doutora me explicou que o BataMorpher tem um botão de emergência dentro dele, no caso de não ter sinal. Fui me lembrar só agora!”

Tarso: “Bem, antes tarde do que nunca, porque vamos ser esmagados a qualquer momento! Aperta logo esse botão!”

Cris: “Tá certo.”

Cris abriu seu BataMorpher e apertou o botão de emergência.

De repente, ouviu-se a voz de Angélica sair do BataMorpher:

“Cris? Tarso? Estão aí?”

Cris: “Sim, doutora, estamos aqui, só não sabemos onde.”

Angélica: “Pelo visto, você se lembrou de apertar o botão de emergência. O sinal de vocês imediatamente voltou no rastreador GPS.”

Cris: “Doutora, diga aos Batarangers virem nos resgatar. Estamos quase sendo esmagados!”

Angélica: “Cris, os Batarangers estão ocupados no momento.”

Cris: “Essa não! E agora?”

Angélica: “Calma, vamos dar um jeito de resgatá-los. Já temos a localização de vocês. Estão no Porto do Rio. Não estão muito longe da base.”

Cris: “Obrigado, doutora, mas tem que ser rápido ou senão, viraremos panquecas!”

Angélica: “Calma que o reforço está a caminho! Só aguardem! Câmbio, desligo.”

Cris: “Certo. Vamos está aguardando.”

Voltando-se para Tarso, disse:

“Tá aí o milagre que você queria.”

Tarso: “Pois é... Graças a Deus!”

 

Sala do comandante

 

Depois da conversa com Cris e Tarso, Angélica rapidamente foi falar com o comandante:

“Senhor, recebi a localização de Ribeiro e Monteiro e me comuniquei com eles. Eles estão em perigo e os Batarangers estão ocupados. Peço-lhe a sua permissão para ir resgatar Ribeiro e Monteiro.”

Cmte. Lopes: “Permissão concedida, doutora. Vá imediatamente!”

Ela prestou continência e saiu da sala.

 

Porto do Rio de Janeiro

 

Cris e Tarso ainda estavam em sua prisão e as paredes estavam cada vez se aproximando deles para esmagá-los. Eles estavam aguardando o reforço que o comando mandaria para o resgate.

De repente, eles ouviram a voz de Angélica, do lado de fora:

“Cris? Tarso? Estão aí?”

Cris: “Doutora? A senhora é o reforço?”

Angélica: “Sim, sou eu. Como vocês estão?”

Tarso: “Estamos perto de ser esmagados. Nos tire daqui, doutora!”

Angélica: “Calma, só quero que se afastem da parede.”

Tarso: “Hein? Tá certo.”

De repente, houve uma explosão na parede da prisão e abriu-se um buraco. Eles passaram por esse buraco a tempo, antes que as paredes se fechassem. Logo, eles viram que estavam presos em um contêiner.

Angélica veio até a eles e disse:

“Cris, Tarso, graças a Deus!”

Ela os abraçou calorosamente, deixando os rapazes sem graça.

Tarso: “Que bom vê-la, doutora. Muito obrigado por nos salvar.”

Cris: “Obrigado, doutora.”

A séria cientista sorriu para os dois.

Angélica: “De nada, meninos. Porém, temos outro problema: os Batarangers foram deter uns licantropos na Gamboa e estão tendo dificuldades para prender o líder. O grupo precisa de você, Cris.”

Cris: “Tá certo, eu vou, mas mesmo a base estando perto, ainda tenho que tirar a Batacicleta da garagem.”

Angélica: “Não se preocupe. Eu lhe dou carona.”

Cris: “Como?”

Angélica tirou seu jaleco e o colete e exibiu as suas asas.

Cris: “Uau! Doutora, a senhora também é HM!”

Tarso: “Caramba! Mais uma!”

Cris: “Bem que eu achava estranho aquilo nas suas costas. Então, eram asas.”

Angélica: “Sim, mas não temos tempo a perder. Vamos lá.”

Tarso: “Boa sorte, pessoal.”

Angélica levantou voo, levando Cris consigo.

 

Gamboa

 

Os outros Batarangers estavam enfrentando o líder dos licantropos, mas ele ainda resistia.

Aline: “Droga, não adianta. Por mais que a gente atire, ele ainda está de pé.”

Mateus: “A gente só vai conseguir, se tiver ajuda dos céus.”

Jefferson: “Só assim, pelo jeito.”

De repente, um raio veio do céu e atingiu o licantropo-líder, que cambaleou, mas não caiu.

Jéssica: “O que dizia, Mateus?”

Mateus: “Cruz-credo! Vou ficar quieto!”

De repente, ouviram uma voz:

“Ei, aqui em cima!”

Eles olharam para cima e reconheceram o dono da voz.

Aline: “Cris! Doutora!”

Eles viram Cris, já com a BataFarda, sendo seguro por Angélica. Eles pousaram diante dos outros.

Jéssica: “Cris! Doutora! Que bom que vieram!”

Ela deu um abraço apertado nos dois.

Angélica: “Hã, Jéssica... Já basta.”

Jéssica: “Ah, me desculpe. É que eu fiquei emocionada por vê-los.”

Angélica disse sorrindo: “Tudo bem”.

Cris: “O que tá pegando, pessoal? Por que o grandão ainda está de pé?”

Jefferson: “Pois é, mesmo a gente atirando as BataBazookas com a carga máxima, ele ainda resiste.”

Cris: “E se a gente juntar as BataBazookas?”

Aline: “Juntar?”

Cris: “Sim, talvez juntas tenham mais potência. Doutora, é possível juntá-las?”

Angélica: “Sim, Cris. Há uns encaixes na coronha e nos dois lados do cano.”

Cris: “Show! Obrigado, doutora.”

Angélica: “De nada. Enquanto vocês encaixam, vou distraí-lo com minhas asas.”

Ela começou a balançar as asas na direção do monstro.

Os Batarangers encaixaram as BataBazookas, como peças de Lego, formando uma arma bem maior.

Cris: “Vamos chamar de BATACANHÃO.”

Aline: “Não pensei em um nome melhor”.

Angélica: “Ótimo, pessoal. Vou abrir caminho.”

Ela saiu do caminho dos Batarangers, que apontaram o BataCanhão para o licantropo-líder.

Batarangens: “Preparar! Apontar! Fogo!”

Eles atiraram o BataCanhão e finalmente, o licantropo-líder foi ao chão, atordoado.

Cris: “Deu certo!”

Eles algemaram o licantropo-líder e depois se abraçaram, com a sensação de dever cumprido.

 

BataBase – Sala do comandante

 

Os Batarangers, mais Angélica e Tarso estavam na sala do comandante, que começou a falar:

“Esta noite foi muito difícil, mas graças à coragem de todos vocês, mais uma missão foi cumprida. Minhas sinceras congratulações.”

Os sete, prestando continência: “Obrigado, senhor!”

Cmte. Lopes: “À vontade. Agora, sabemos que Skruk e a Ômega vão subir o tom daqui para frente. Precisamos estar mais vigilantes, daqui em diante.”

Cris: “Com certeza. A Ômega vai pagar por tudo que vem fazendo com minha mãe e outras pessoas que usam os medicamentos dessa empresa.”

Cmte. Lopes: “Não será fácil, Ribeiro, mas vamos conseguir.”

Cris: “Com certeza.”

Cmte. Lopes: “Bem, já é tarde da noite e todos nós estamos cansados. Amanhã, é mais um dia de combate ao crime. Dispensados!”

Os Batarangers, Tarso e Angélica prestaram continência e saíram da sala.

 

Corredores da BataBase

 

Angélica: “Boa noite, meninos. Até amanhã.”

Batarangers e Tarso: “Até amanhã, doutora.”

Tarso: “Uhah, eu também vou me deitar. Boa noite, galera.”

Batarangers: “Boa noite.”

Cris: “É, também vou dormir. Boa noite, galera.”

Aline: “Nada disso, espertinho. Precisamos conversar. Todos nós.”

Cris: “Agora? Jura?”

Aline: “Sim, agora. Vamos para o telhado.”

Eles subiram até o telhado da BataBase, que estava iluminado pela Lua cheia.

Cris não entendia o porquê daquela conversa. Os outros estavam com um semblante sério.

Cris: “E então?”

Aline: “Então, Cristiano, parece que o senhor sabia de tudo sobre nossa origem e não nos contou.”

Cris: “Bem... É que o comandante combinou comigo e...”

Aline: “Já sabemos disso. Ele nos contou tudo. A questão é: você, como líder da equipe, deveria nos contar, senão, como vamos confiar em você, se omite algo tão importante para a equipe?”

Cris: “Pessoal, me desculpem. Eu...eu... nunca fui líder de nada na vida. O comandante me pôs como líder, porque eu era predestinado, na verdade, nós todos. Nós somos os “Notáveis” dele.”

Aline: “O assunto não sobre o comandante, Cris, é sobre você. Já nos desculpamos com o comandante, mas e você? Como podemos saber que você é digno de confiança?”

Cris: “Não estou entendendo. Vocês querem me tirar da liderança?”

Jéssica: “Claro que não, Cris. Nós só queremos que não haja mais segredos entre nós.”

Jefferson: “Cara, você é parceiro, mas tem que abrir o jogo com a gente.”

Mateus: “Isso aí, Cris. Nós gostamos de você e queremos o seu bem. Só não queremos mais segredos.”

Cris: “Então, vocês me perdoam?”

Houve um breve silêncio, até que Aline disse:

“Sim, te perdoamos, mas promete que não vai ter mais segredos entre a gente.”

Cris: “Prometo. Sem segredos, daqui por diante.”

Aline: “Ótimo. Vamos dormir, porque amanhã é dia.”

Os cinco desceram do telhado.

 

Epílogo

 

No topo de um prédio, Skruk estava pensando, enquanto segurava uma pequena folha:

“Tudo está saindo conforme o planejado. Os Batarangers, de um jeito ou de outro, vão sair do meu caminho. Esta cidade viverá um caos inevitável e eles nada farão para impedir.”

Skruk olhou para a folha que estava segurando. Era uma fotografia. Como se estivesse falando com a foto, disse:

“Tarso Monteiro, você me será muito útil...”

 

No próximo capítulo:

 

Os Batarangers precisam descobrir o desaparecimento de homens em uma praia do Rio de Janeiro.

6 Comentários

  1. O fechamento desse arco ficou bom, apesar de um tanto quanto corrido...
    Percebe-se que a equipe está mais entrosada e unidada, ainda mais agora que eles sabem sobre suas origens.

    Vamos ver o que Skruk tem em mente.

    Tarso que se cuide , pois ele será o próximo alvo.

    Será que Tarso será um novo Batarengers?

    Uma pergunta que em breve, creio que será respondida.

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  2. Gostei muito do episódio, principalmente o salvamento do Cris pela doutora, ficou muito bom aquela sacada dos Morfer ter um sistema de localização escondido, e ver a doutora chegando e detonando tudo pra tirar eles de lá foi muito legal, uma grande parte do episódio! Com relação aos Licantropos, creio que está faltando um pouco de combate deles ao invés de só usarem os poderes ou as armas, mas isso é uma visão pessoal minha, de repente fica bom assim mesmo, mas eu ainda queria ver eles em combate corporal, deve ficar legal ver os golpes e movimentos acontecendo! Quanto à fusão da BataBazooka, porque a doutora não avisou aquilo antes, deixou eles irem pra porrada e quase morrerem pra avisar que tinha, eu ia cobrar satisfação dela e não do Cris coitado! Aliás, o Comandante tinha mais tempo com os quatro e devia mais lealdade e sinceridade que qualquer outro, mas eles ficaram pistola com o Cris que chegou mês passado e mal conhecia eles, essa eu não entendi... É tipo, o Cris é recém chegado, não contar ou omitir coisas seria o natural, mas o Comandante tá ali há 10 anos pelo menos então eles não ficam bravos com o comandante (o que foi show) mas ficam com o Cris? Eu realmente não comprendi, confesso... De qualquer forma, meus parabéns pelo episódio, gostei bastante da leitura desse episódio!

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    1. Eles ficaram pistola com Cris, porque ele, um recém-chegado, sabia mais deles próprios do que eles que viveram sempre ali e isso poderia abalar a confiança deles em seu líder. Espero que tenha esclarecido. Abraço.

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  3. Cris é bichão mesmo! Por isso, será muito cobrado. Calouro que vira líder rápido? Ossos do ofício. Nunca cobrarão dos líderes máximos antes de detonarem ele. Eu gostei disso. Ele ainda é meio moleque. Suas atitudes têm que causar isso mesmo.

    Vamos que vamos!

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