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Doutor Gero: uma vida dedicada à vingança (capítulo XV)

 

                                                Capítulo XV - Lápis e Lazuli, 17 e 18.

Após o fracasso dos androides 9 a 12, o Doutor Gero trabalhou nos androides 13, 14 e 15. Que mostraram melhores resultados que os quatro anteriores, tanto em termos de personalidade, quanto em termos de força de combate. Além disso, eles mostraram-se mais fáceis de lidar que os anteriores. Dessa forma, eles não foram destruídos como os anteriores e bombas de autodestruição foram implantadas neles. Mas, por conta de alguns problemas de funcionamento em seus circuitos, o Doutor Gero ainda fará alguns ajustes neles antes de concluí-los.

Após o fim do Red Ribbon, o cientista levou a seu laboratório-residência vários pertences pessoais dele, incluindo fotos dele junto com a finada esposa e o finado filho e alguns troféus de guerra do tempo do Red Ribbon (todos eles de expedições nas quais Gebo participou). Com base na aparência do finado filho, o Doutor Gero criou o androide 16. E assim o androide 16 é fisicamente idêntico a Gebo, incluindo a cabeleira ruiva moicana que Gebo tinha em vida. O androide 16, tal como o androide 8 e a maioria dos androides que ele mesmo criou, é puramente robótico.

O Doutor Gero fez do androide 16 muito poderoso, mas ao mesmo tempo muito gentil, já que ele não queria vê-lo destruído em um eventual combate. Entretanto, sua programação ainda estava para ser concluída e, dessa forma, o cientista optou por não ativá-lo temendo que ele pudesse destruir suas outras criações. Portanto, pode-se dizer que, da perspectiva dele, o número 16 era um protótipo que ainda precisa de reparos e ajustes antes de ser acionado. Mas, a despeito de sua natureza gentil e bondosa, isso de forma alguma muda o fato de que ele é uma criação do Doutor Gero feita e programada para dar cabo de Goku.

Ao dar continuidade ao projeto dos androides, uma das coisas que o Doutor Gero fez foi aliciar dois jovens delinquentes que viviam em uma vila não muito distante de seu laboratório: Lápis e Lazuli.

Lápis e Lazuli são irmãos gêmeos que foram criados em um lar problemático. Visto que o pai constantemente se ausentava de casa e voltava bêbado, ao passo que a mãe faleceu quando eles ainda tinham três anos de idade, vítima de uma epidemia de cólera. Passado certo tempo, o pai inútil deles também faleceu, vítima de cirrose hepática.

Com o tempo, sem alguém para colocar uma rédea neles (já que o pai deles era incapaz de exercer a devida autoridade sobre eles), os dois viraram jovens delinquentes que por onde passavam cometiam pequenos furtos, incluindo roubar lojas e saquear bancos. Não foram poucas as vezes que Lápis e Lazuli frequentaram delegacias e departamentos de polícia, passando longas horas conversando com policiais.

Quando Lápis e Lazuli faziam seus furtos e vandalismos e confrontavam a polícia (a segunda tinha um gosto especial por furtar lojas que vendem roupas chiques, dado seu gosto por moda), ambos viam a coisa toda como um grande jogo, e isso é o que em grande medida os estimulava a fazerem o que faziam. Até mesmo quando passavam longas horas na delegacia e eram fichados e fotografados eles viam isso como um grande jogo. E eles achavam o máximo quando o nome deles aparecia nas páginas policiais de jornais e noticiários televisivos, ou quando fichas e relatórios policiais sobre eles eram feitos e apareciam na imprensa local. Como diz o ditado: falem mal, mas falem de mim.

Até que certo dia o Doutor Gero, tendo conhecimento prévio da fama deles por meio do noticiário policial, os encontrou de forma aleatória no meio da floresta. O velho cientista estava procurando material para seus experimentos e ao vê-los pensou que eles, dada a natureza agressiva deles, poderiam ser muito úteis aos seus propósitos e que eles poderiam fazer com seus experimentos pudessem dar um grande salto.

Gero chegou até eles e conseguiu aliciá-los sob a alegação de que os queria que fizessem parte de um grande projeto científico dele, um projeto que seria de grande importância para a vida deles (nas palavras do próprio Gero). Movidos por curiosidade e achando que estavam indo para mais um jogo da vida, Lápis e Lazuli embarcaram nessa, mal sabendo que essa decisão seria um verdadeiro divisor de águas na vida deles.

Após o aliciamento uma série de experiências foi feita nos dois, e como decorrência dos experimentos Lápis e Lazuli perderam as memórias de suas vidas pregressas e se transformaram nos androides 17 e 18, respectivamente. Diferente dos demais androides, totalmente sintéticos e que foram criados do zero, os números 17 e 18 são anatomicamente diferentes. Muito embora 17 e 18 sejam androides do modelo de energia infinita tal qual o número 16 (um modelo que se mostrou mais difícil de controlado pelo Doutor Gero), eles possuem uma base humana, só que aprimorada com componentes bio-orgânicos e com alguns dispositivos mecânicos adicionais tais como um controle de desativação emergencial, uma bomba de autodestruição e um pequeno reator de energia infinita que lhes fornece vigor e energia inexauríveis.

Em outras palavras, pode-se dizer que Lápis e Lazuli foram modificados em um nível celular de forma que se tornaram uma espécie de super-humanos. Como eles têm base humana, eles podem ficar mais fortes caso treinem (embora, ao que tudo indique, não possuem o zenkai, a habilidade dos saiyanos de aumentarem de poder após sofrerem graves ferimentos). E, por conta das modificações feitas pelo Doutor Gero no corpo deles, eles não precisam comer para se sustentarem (embora ainda assim precisem tomar água), como também o envelhecimento deles é bem mais lento que o de humanos normais por conta da taxa mais lenta de declínio das células artificiais nos corpos deles. E, como não poderia deixar de ser, 17 e 18 também foram programados para dar cabo de Goku tal qual 16 e os demais androides.

Entretanto, lidar com Lápis e Lazuli e transformá-los nos androides 17 e 18 não foi uma tarefa das mais fáceis ao Doutor Gero. Depois que eles passavam longos tempos adormecidos. Pelo contrário. À medida que as experiências foram avançando, o Doutor Gero teve que lidar com a hostilidade deles. Sempre que os ativava, 17 e 18 tentavam matar Gero, e não foram poucas as vezes em que eles chegaram perto de conseguir o que queriam. Como sempre, Gero contornava a situação por meio do controle remoto que os desativava. Mas, como veremos no próximo capítulo, Gero tem para os dois antigos delinquentes juvenis planos ainda maiores.

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