Sinopse
Os Batarangers vão encarar um novo desafio para manter a ordem entre humanos comuns e modificados no Rio de Janeiro.
Prólogo
Brasil, 2030
Penitenciária Federal de Catanduvas
Rosicler Araki, doutora em Embriologia e Engenharia Genética, ex-chefe da Divisão de Ciência & Tecnologia da Força Especial Bataranger e agora presidiária por formação de quadrilha, sequestro e assassinato, estava deitada em sua cela, olhando para o teto. Ela estava pensando nas consequências de ter se entregado aos Batarangers, há cerca de um mês. Não imaginava que o Comandante Roberto Lopes a enviasse para Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, por conta das amizades dele na Polícia Federal. Se ela continuasse no Rio de Janeiro, teria muito mais facilidade para escapar e retomar seu plano de caos e retirar a F.E.B. do seu caminho. Porém, o comandante a enviou para longe, tendo que pensar em outro jeito para retomar o plano.
Assim que foi presa, sua defesa tentou ingressar um habeas corpus, mas foi negado pela Justiça do Paraná. Uma possibilidade seria tentar no Supremo Tribunal Federal, mas ainda assim, iria demorar.
Araki pensou: “Sou paciente. Nem que eu fique aqui por anos, eu ainda vou tirar a F.E.B. do meu caminho!”
De repente, o carcereiro, acompanhado de dois guardas, disse a ela:
“Você tem visita, Sra. Araki!”
Ela ficou surpresa, porque não fazia muito tempo que recebia a visita de seu advogado de defesa. O que será agora?
Araki: “Quem vem me visitar? É o advogado?”
Carcereiro: “Não faço ideia, mas venha conosco”.
Um dos guardas algemou Araki e ela foi levada ao parlatório. No outro lado do vidro, não era seu advogado, mas um velho conhecido...
Ela pegou o interfone e começou a falar:
“Pedro Henrique Ferreira Lahm, ou simplesmente, Pedro Lahm, presidente da Corporação Ômega. Que bons ventos o trazem a este inferno, meu amigo?”
Pedro Lahm, como foi dito, era o presidente da Corporação Ômega e uma amigo pessoal de Araki. Era um homem alto, magro, na faixa dos 50 anos, com os cabelos quase totalmente brancos. Lahm era presidente da Ômega desde 2025, exatamente quando Araki entrou na empresa. Eles se conheciam quando eram jovens, na época de faculdade de Biotecnologia. Depois de formados, ambos rumaram para caminhos separados, ele para o ramo dos negócios, enquanto ela continuou sua vida acadêmica. Seus caminhos se cruzaram novamente, quando Araki apresentou a proposta do Arakinus à Ômega e ela foi admitida na empresa.
Lahm: “Bem, minha cara Rosicler, o que me trouxe aqui é que, assim que soube de sua prisão, quis vir para cá imediatamente, mas os compromissos da Ômega não me permitiram e eu só consegui vir hoje. E então, por que está aqui?”
Araki: “Bem, na verdade, eu me entreguei, mas o maldito Roberto Lopes me mandou para cá, graças aos seus conchavos na PF.”
Lahm: “E por que se entregou, Rosi?”
Araki: “A F.E.B. impediu meu plano de espalhar o caos pelo Rio de Janeiro e eu precisava sair um pouco de cena para dar-lhes uma sensação de vitória, mas seria uma vitória de Pirro. Ou seja, eu ficaria uns dias presa, mas eu daria um jeito de sair, seja judicialmente ou de outra forma. Eu estando livre, tentaria o plano novamente. Porém, Lopes me mandou para cá, praticamente isolada de tudo.”
Lahm: “Bem, eu vim aqui para lhe oferecer todo tipo de ajuda. É só pedir, que eu providencio rapidamente.”
Araki: “Hum, é mesmo?”
Lahm: “Claro que sim. O que quer? A liberdade, eu suponho.”
Araki: “Ainda não. Como disse, quero ficar fora de cena, por enquanto. Contudo, só quero que me faça uma coisa: me ajude a me livrar dos Notáveis, ou melhor, dos Batarangers!”
Lahm: “Como posso ajudar a fazer isto?”
Araki: “Simples, meu caro. Coloque os soldados Ômega atrás deles. Aliás, coloque para campo os soldados aprimorados, além de alguns ‘amigos’ HMs que ainda não foram presos. Como Skruk não existe mais e eu estou presa aqui, não posso fazer nada para convencê-los a entrar nesta empreitada, mas você pode.”
Lahm: “Pode deixar, Rosi. Farei isto pela nossa amizade. Não entendo esta sua raiva contra a F.E.B., mas eu irei ajudá-la.”
Araki: “Não é raiva, é uma questão de natureza humana. Os humanos, modificados ou não, não precisam de uma polícia como a F.E.B. para ‘manter a ordem’. Isto é utópico. Os humanos precisam ser livres para fazer o que querem. É o que mais quero nesta vida.”
Lahm: “Entendo. Bem, um desses Batarangers, um tal Cristiano Ribeiro, está processando a Ômega alegando que o Arakinus matou a mãe dele. E o pior é que as evidências apresentadas por ele podem realmente nos comprometer...”
Araki o interrompeu:
“A não ser que você se livre dele e dos outros. Aliás, você poderia já começar por Ribeiro, que tal? Posso contar com você, Pedro?”
Lahm: “Claro que sim. Seu inimigo é meu inimigo.”
Araki: “Ótimo! Os molóides dos Batarangers, além de Lopes e Angélica Gomes, nem desconfiarão que eu ainda estou no jogo, mesmo tão longe! Hahaha!”
Lahm fez um movimento indicando que iria se levantar.
Lahm: “Bem, eu vou indo. Farei tudo que me pediu. Você estará em liberdade em breve e ainda se livrará de seus inimigos. Você falou em jogo, pois bem, quando eu entrou no jogo, nunca entro para perder!”
Araki disse sorrindo para Lahm:
“É assim que se fala! Muito obrigada, meu amigo!”
Lahm: “De nada, minha amiga!”
Lahm já estava colocando o interfone no gancho, quando Araki fez um sinal de espera:
“Espere, Pedro! Antes de você ir, quero dar-lhe uma sugestão: assuma uma outra identidade, assim como eu fiz. Isto vai preservar sua reputação e a da Ômega. Além disso, os Batarangers não saberão com quem estão lidando.”
Lahm: “Entendido. Eu seguirei sua sugestão. Até outro dia!”
Araki: “Até!”
Lahm colocou o interfone no gancho e se retirou do parlatório.
Araki foi levada de volta à sua cela. A visita de Pedro Lahm a deixou animada, afinal, ele sempre foi da confiança dela e nunca a deixou na mão.
Ela falou consigo mesma: “A sorte sorriu para mim. Pedro nunca falhou comigo e se ele for mesmo para cima dos Batarangers, aqueles HMs e soldados Ômega que eles enfrentaram no passado não passarão de brincadeira de criança. Como eu sempre digo, o Rio de Janeiro terá o caos que merece e os Batarangers nada farão para impedir!”
4 Comentários
Grande Israel!
ResponderExcluirestamos aqui para prestigiar a segunda temporada de Bataramgres que já começa, por sinal bem melhor do que o início da primeira.
A sede de vingança de Araki, por si só é uma chamativo poderoso.
Só que sem aparecer, ela usa uma grande amigo para fazer o serviço sujo para ela.
Pedro Lahm, o líder da Corporação Ômega, parece ser duro na queda, já tendo um alvo específico: Cris.
Que ele se cuide!
O plot desse prólogo promete muito!
Parabéns!
Obrigado. Araki agora tem um capacho, que é o presidente da Ômega. Mesmo na prisão, ela ainda tem poder. Será um desafio maior para os Batarangers. Abraço.
ExcluirBom início de segunda temporada.
ResponderExcluirVamos ver o que os Batarangers vão encarar.
Parabéns pela continuação da saga.
Valeu.
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