No capítulo anterior:
Cris, Aline e Tarso resgatam Angélica da bomba-relógio, mas eles têm mais um problema...
Capítulo #20 – Ordem e caos (Final)
Estação Central do Brasil
Alguns minutos antes de Cris, Aline e Tarso salvarem Angélica, Jefferson, Mateus, Jéssica e Roberta estavam na Central esperando os carros da Divisão Tática recolher C-4, quando viram as luzes da estação piscarem e ouviram um uivo de lobo.
Roberta: “Gente, o que é isso? Eu...eu...não estou gostando nada disso...”
Jefferson: “Não esquenta, Roberta. Isso é rotina para a gente.”
De repente, as luzes que estavam piscando, apagaram-se de vez, fazendo com que os civis da estação ficassem apavorados.
Roberta: “Hã, loirinho... Isso é rotina?”
Jefferson: “Não é, mas já resolvo isso”.
Ele iluminou suas mãos, mas a luz de suas mãos apagou. Jefferson tentou acender novamente, mas não conseguiu.
Jéssica: “Mano, o que houve? Por que a sua luz apagou?”
Jefferson percebeu o que era e disse à irmã:
“Mana, isso não te lembra uma certa situação?”
Jéssica também percebeu e disse:
“É claro! Só pode ter sido... ele.”
Mateus: “Ah, não! Ele de novo?!”
Roberta: “Hã, galera... Podem parar de falar em códigos na minha frente, please? Ele quem?”
Jéssica: “Então, Beta... Posso te chamar de Beta?”
Roberta: “Podem me chamar do que quiserem, menos de ‘profissional da noite’, se é que me entendem.”
Jéssica: “Certo. Então, Beta, há alguns meses, não sei você se lembra, houve uns blecautes aqui na cidade e eles foram causados por um HM ladrão de luz, que nós chamamos de Quebra-Luz. Nós o detemos, mas como todos os detentos foram soltos hoje, ele está por aqui.”
Roberta: “Entendi. Então, esse Quebra-Nozes foi quem apagou as luzes daqui da Central?”
Jéssica: “Quebra-Luz. Exatamente.”
Roberta: “Certo, mas e o uivo de lobo? Não me diga que o Quebra-Vento fez isso também?”
Jéssica: “Bem, aí deve ser os licantropos, já que hoje é noite de Lua cheia.”
Roberta: “Lican o quê? Cara, é para isso que não sirvo para ser policial... Só nome difícil.”
Mateus: “Shiu! Você ajudaria a gente se ficasse quieta!”
Roberta: “Ih, Mateusinho, quem é você para me dar ordens? Tá achando que é quem? Meu pai? Nem ele manda mais em mim e não vai ser um policial que vai mandar em mim.”
Mateus: “Tá, vou pedir com educação agora. Senhorita Roberta, por obséquio, pode fechar a boca por um instante?”
Roberta: “Humpf, acho bom... Respeito é bom e eu gosto.”
Jefferson: “Galera, podem ficar quietos, por favor? Temos que encontrar o Quebra-Luz. Mateus, procure nas plataformas e nos trens. Jéssica, procure no metrô, enquanto eu fico por aqui.”
Mateus e Jéssica: “Certo!”
Eles se separaram.
Roberta disse a Jefferson:
“Loirinho, não quero te enganar, mas em filmes de terror, quando o grupo se separa, os personagens morrem...”
Jefferson riu e disse:
“Relaxa, não estamos em um filme de terror, apesar de parecer. Eles devem voltar logo.”
De fato, Mateus voltou rapidamente e disse:
“Jeff, nas plataformas e nos trens, tudo limpo.”
Jefferson: “Certo. Mana, achou algo?”
Jéssica: “Nada ainda.”
Ela ligava sua lanterna de forma intermitente, para ver se Quebra-Luz aparecia. Contudo, ela descobriu outra coisa...
Jéssica: “Pessoal, temos outro problema. A estação está cercada de licantropos!”
Jefferson: “Sabia! Volte para cá, mana.”
Jéssica: “Falou”.
Ela se juntou aos outros e repetiu:
“A estação está cercada de licantropos!”
Jefferson: “Quantos?”
Jéssica: “Sei lá, mas é bem mais que daquela vez.”
Mateus: “E agora?”
Jefferson: “Bem, a princípio, temos que manter o povo dentro da estação. Vou tentar entrar em contato com os outros.”
Jéssica: “Será que eles conseguiram salvar a doutora?”
Jefferson: “Não sei, mas vou tentar falar com eles. Enquanto isso, vocês falam para o povo não sair.”
Mateus e Jéssica: “Certo!”
Eles foram falar para os civis não saírem, enquanto Jefferson estava falando com Cris...
Avenida Presidente Vargas
No tempo presente, Cris e Aline estavam pilotando as Batacicletas, enquanto Tarso estava pegando uma carona com Angélica. Os três Batarangers estavam trajados das BataFardas. Chegando na Central, viram que ela estava cercada de licantropos.
Cris: “Jeff, está aí? Estamos do lado de fora da estação e tem uma cachorrada aqui...”
Jefferson: “Ótimo. Podem cuidar dos licantropos, por gentileza? O Quebra-Luz está aqui dentro e não conseguimos achá-lo.”
Cris: “Beleza, deixa com a gente. Câmbio, desligo.”
Voltando-se para os outros, Cris disse:
“Bem, galera, vamos limpar a área. Aline, vamos de moto, enquanto Tarso e a doutora vão por cima.”
Os outros: “Certo.”
Cris e Aline foram até os licantropos e atiraram com as metralhadoras de laser das motos, enquanto
Tarso atirava com seu BataRifle.
Isso atraiu os licantropos para longe da entrada da Central e eles foram para cima dos Batarangers.
Angélica: “Gente, tenho uma ideia. Vou tentar distraí-los e aí vocês atiram com carga máxima.”
Batarangers: “OK.”
Angélica deixou Tarso em terra e ela deu um rasante em direção dos licantropos. Em seguida, ela lançou as penas de suas asas contra eles. Os outros contemplavam impressionados as evoluções de Angélica.
Angélica: “O que estão esperando? Atirem logo!”
Batarangers: “Certo!”
Cris, Aline e Tarso atiraram suas BataBazookas e seu BataRifle, respectivamente, contra os licantropos, que foram ao chão.
Cris: “Conseguimos!”
Eles os algemaram. Uma nuvem encobriu a Lua e os licantropos voltaram a ser humanos.
Tarso: “Dá pena em prendê-los, porque eles não são maus, mas são amaldiçoados pela licantropia.”
Angélica: “Sim, por isso que os detemos. Infelizmente, em noite de Lua cheia, eles são um perigo para a sociedade. Aliás, foi para isso que Araki soltou os detentos. Reintegrá-los para a sociedade, para causar o caos. E nós, a F.E.B., somos o que impede este caos e por isso que Araki quer nos tirar do caminho. Ela disse isso claramente para mim.”
Cris: “O verdadeiro perigo para a sociedade é Araki ainda estar solta! A hora dela vai chegar!”
Aline e Tarso: “Isso aí!”
Cris: “ Vou avisar aos outros que resolvemos aqui.”
Cris se comunicou com Jefferson e disse:
“Jeff, aqui está limpo. E aí, como está?”
Jefferson: “Ainda está escuro. Não conseguimos encontrar Quebra-Luz.”
Angélica: “Jefferson, você não ativou o ‘sol artificial’”?
Jefferson: “Hein?”
Angélica: “Lembra não? Foi assim que derrotamos Quebra-Luz daquela vez.”
Jefferson: “Eu sei, doutora, mas eu não estou mais com aquele traje.”
Angélica: “Seu bobo, era só apertar a fivela do cinto da BataFarda. Achei que você poderia usar o ‘sol artificial’ para o futuro e o uso futuro é agora.”
Jefferson: “Tá certo. Valeu, doutora!”
Angélica: “Não há de quê.”
Lá dentro da Central, Jefferson falou para os outros Batarangers, Roberta e os civis:
“Protejam os olhos, porque a iluminação vai ficar forte! BataFarda, ativar!”
Roberta: “Hein, como assim? Mas o Quebra-Nozes não rouba a luz?”
Mateus: “É Quebra-Luz. Jeff vai mandar uma super-iluminação que vai fazer parecer que está de dia. Foi assim que pegamos o Quebra-Luz daquela vez.”
Roberta: “OK, vou fingir que entendi.”
Jefferson: “Bem, lá vai. Peço mais uma vez que protejam os olhos.”
Ele apertou o botão da fivela do cinto e surgiu aquele traje com várias lanternas de LED. Jefferson se iluminou e a iluminação da Central ficou ainda mais forte que o normal.
De repente, Quebra-Luz apareceu cambaleante no saguão da Central, até ir ao chão. Rapidamente, os Batarangers o algemaram. Jefferson desativou o “sol artificial”, além da BataFarda e a iluminação da Central voltou ao normal. Os civis vibraram como se fosse um gol.
Jefferson pegou seu BataMorpher e disse:
“Cris, pessoal, Quebra-Luz foi detido.”
Cris: “Beleza, Jeff. Aqui também está limpo. Os licantropos estão presos.”
Jefferson: “Ótimo. Então, nos encontramos aí fora.”
Cris: “Falou. Câmbio, desligo.”
Jefferson disse aos civis:
“Quem tinha que sair, pode sair agora. A situação está sob controle.”
Alguns civis o agradeceram e foram saindo. Jefferson, Mateus, Jéssica e Roberta saíram também. Do lado de fora, encontraram-se com os outros Batarangers (sem a BataFarda) e Angélica.
Eles se cumprimentaram, depois de quase duas horas sem se ver. Jefferson, Mateus e Jéssica ficaram contentes, porque Angélica foi salva. Jéssica deu seu abraço apertado na cientista e disse, com voz embargada:
“Que bom vê-la viva e salva, doutora! Ficamos preocupados com a senhora e com vocês.”
Angélica: “Obrigada, Jéssica. Confesso que estava sem esperanças, até que eles vieram me salvar.”
Jéssica apertou ainda mais seu abraço.
Angélica: “Ei, Jéssica, pode me soltar! Já fiquei presa o suficiente por hoje. Precisa controlar esse seu abraço, menina.”
Jéssica: “Foi mal, doutora.”
Ela soltou Angélica.
Enquanto isso, Cris percebeu Roberta ali e disse a ela:
“Gata Jato, você por aqui! O que faz aqui? Você já foi solta faz tempo.”
Mateus se adiantou e respondeu por ela:
“Ela salvou a nossa vida contra o C-4. Mesmo sendo uma tagarela, ela mandou bem.”
Cris: “É verdade, Gata?”
Roberta: “Sim, é verdade, bonitinho. Aliás, diga para o seu amigo aí que tagarela é a senhora mãe dele.”
Mateus: “Ei, eu não tenho mãe. Aliás, dos Batarangers, só o Tarso tem mãe.”
Roberta: “Sério? Oh, me desculpe, Mateusinho e pessoal. É que... realmente eu falo demais e falo muito o que não deve.”
Jéssica: “Tudo bem, Beta. Depois do que você fez, tá perdoada.”
Aline: “Beta?”
Jéssica: “É, é o apelido dela agora. Ela não se importou.”
Aline: “Eu não falo mais nada...”
Angélica dirigiu-se a Roberta e disse:
“Roberta Silva, não quer se juntar a nós?”
Roberta: “Já disse, doutora anja. Não sirvo para ser polícia, desse negócio de ficar recebendo ordens e falar nomes estranhos...”
Por um instante, Angélica recordou-se das palavras da Dra. Araki, quando esteve acorrentada:
Dra. Araki: “(...) eu sempre quis que eles [Batarangers] fossem livres para serem o que quiserem e não que ficassem a vida toda seguindo as ordens de [Comandante] Lopes.”
Angélica sabia que Dra. Araki disse aquilo porque quer se livrar da F.E.B., mas Angélica achou que Araki tinha alguma razão. Os Batarangers mereciam ter uma vida fora do batalhão, já que eles são humanos. Modificados, mas ainda humanos. Ela não poderia forçar Roberta a fazer o que ela não quer.
Angélica: “Tudo bem, querida. Não quero forçá-la a fazer o que você não quer. Respeito seu livre-arbítrio.”
Roberta sorriu para Angélica e disse:
“Tá certo. Como já disse, até que vocês são legais.”
Angélica sorriu para Roberta.
Cris disse aos outros:
“Pessoal, vou falar com o comandante.”
Ele pegou seu BataMorpher e disse:
“Ribeiro para a base. Nós detemos os licantropos e Quebra-Luz. A situação está sob controle.”
O Comandante Lopes respondeu:
“Muito bem, Ribeiro e Batarangers. Vocês impediram que o projeto de caos de Araki se concretizasse. Não poderia estar mais orgulhoso.”
Cris: “De nada, comandante. Nós que agradecemos o senhor por acreditar em nós.”
Comte. Lopes: “Não há de quê. Agora, só falta Araki. Estamos tentando localizá-la, mas a falha de segurança causada por ela prejudicou os satélites da F.E.B., tanto que não tenho imagens da Presidente Vargas, só contando com as informações do BataCop.”
Cris: “Entendido. Podemos retornar à base?”
Comte. Lopes: “Na verdade, Ribeiro, eu só queria que a Dra. Gomes retornasse, para resolver a falha de segurança. Vocês ainda fiquem por aí, caso tenha mais algum fugitivo.”
Cris: “Afirmativo, senhor!”
Angélica ouviu o recado e disse aos Batarangers:
“Pessoal, vou voltar para a base, como o comandante ordenou. Agradeço mais uma vez por salvarem minha vida.”
Cris: “Não há de quê, doutora. Nós que lhe agradecemos por tudo que faz pela gente. Aliás, falando por mim, se não fosse a senhora ter me ajudado, nunca encontraria minha tia e nunca saberia que Tarso era meu primo.”
Angélica: “Hehehe, de nada. Bem, vou indo. Até mais!”
Ela levantou voo e foi em direção à base.
Os Batarangers ficaram contemplando o voo de Angélica. Roberta comentou:
“Até que essa doutora anja é gente boa. E bonitona também. Dá até inveja. A mulher é bonita, inteligente e ainda voa...”
Jéssica: “Ah, Beta, você não fica atrás. Só que você corre ao invés de voar.”
Aline: “Se você a visse lutando, Roberta, ficaria com mais inveja...”
Roberta: “Tô brincando, gente. Se há algo que eu nunca tive é inveja.”
Todos riram.
De repente, eles ouviram uma voz:
“Ora, ora, se não são os Batarangers... Mundo pequeno, hein?”
Os Batarangers não podiam acreditar quem era o dono da voz... Era um homem negro de quase dois metros de altura, extremamente forte, com caninos proeminentes...
Cris: “Morcegão?!”
Sim, era o antigo chefe do Morro do Morcego, aquele que foi o primeiro HM detido pelos Batarangers, depois de Cris.
Morcegão: “Sim, sou eu. ‘Cês me prenderam, agora vou ter minha vingança!”
Tarso: “Na verdade, quem quer vingança, sou eu! A surra que você me deu ainda dói em mim.”
Morcegão: “Hum, juro que não lembro de tu. Foram tantos polícias da F.E.B. que eu já bati e mordi...”
Tarso: “Pois é, quem apanha nunca esquece. BataFarda, ativar!”
Seu corpo brilhou e surgiu a BataSilver.
Cris: “Primo, lembre-se do que o comandante disse: não haja por vingança. Não faça nada estúpido.”
Tarso: “Relaxa, primo. Sei tanto dessa regra quanto você. Talvez me expressei mal em dizer ‘vingança’.
Só quero ter o prazer de prendê-lo, em memória dos companheiros da DT que perdi.”
Voltando-se para Morcegão, disse:
“Morcegão, vamos resolver isso entre nós dois. Agora, estou preparado para enfrentá-lo.”
Morcegão: “Beleza, amigo, mas eu não estou sozinho...”
Ele deu um grito, que na verdade era um sonar. De repente, dezenas de vampiros surgiram diante dos Batarangers.
Jéssica logo reconheceu alguns desses vampiros...
Jéssica: “Olha os Night Angels! Agora, sou eu que terei prazer em prendê-los de novo!”
Jefferson: “Isso aí. Ninguém faz minha irmã de vampira sem punição!”
Jéssica: “Olha, finalmente meu irmão gêmeo está me defendendo! Milagres estão acontecendo hoje...”
Jefferson: “Agora sou seu irmão gêmeo? E aquele papo de você ser a ‘mais velha’?”
Jéssica: “Apesar de tecnicamente eu ser a mais velha, reconheço que um minuto não faz tanta diferença assim.”
Os irmãos Nascimento se entreolharam e riram.
Tarso disse aos outros:
“Pessoal, deixem Morcegão comigo. Cuidem dos outros.”
Cris: “Falou, primo. Prontos, pessoal?”
Os outros: “Prontos!”
Batarangers: “BataFarda, ativar!”
Os corpos deles brilharam e surgiram as BataFardas.
Cris: “BATARANGER N°1 VERMELHO!”
Aline: “BATARANGER N°2 ROSA!”
Jefferson: “BATARANGER N°3 AZUL!”
Mateus: “BATARANGER N°4 VERDE!”
Jéssica: “BATARANGER N°5 AMARELA!”
Tarso: “BATARANGER N°6 PRATA!”
Todos: “FORÇA ESPECIAL...BATARANGER!”
Roberta: “Galera, eu sei que a briga não é minha, mas eu posso ajudar?”
Cris: “Claro que pode! Toda ajuda é bem-vinda.”
Roberta sorriu e disse:
“Beleza, então, eu sou a Gata Jato. Asas batendo, marcha de decolagem, turbinas e já!”
Os Batarangers olharam para ela.
Roberta: “Que foi? Nunca viram Pica-Pau? De onde vocês acham que eu tirei meu codinome?”
Mateus: “Ai, ai, essa garota...”
Cris: “Vamos nessa, pessoal!”
E eles avançam contra os vampiros. Tarso contra Morcegão, os irmãos Nascimentos contra os Night
Angels e os outros contra o restante.
Morcegão deu um soco em Tarso, mas nada aconteceu. O ex-chefe do Morro do Morcego tentou novamente, mas Tarso nada sentiu.
Morcegão: “Como? Por que tu ainda está de pé?”
Tarso: “Meu traje é de aço sintético, mais forte que kevlar. A pessoa que fez este traje não presta, mas pelo menos, o traje tem esta vantagem.”
Ele deu um chute em Morcegão que foi ao chão, mas se levantou rapidamente.
Enquanto isso, os irmãos Nascimento enfrentavam os vampiros da banda de heavy metal Night Angels. Eles acionaram seu sonar, mas Jéssica tirou o capacete e deu seu super-grito, enquanto Jefferson soltava bolas de luz. Isso fez com que os vampiros ficassem atordoados e fossem ao chão. Os irmãos os algemaram.
Jéssica: “Eles sem os instrumentos não são nada. Estão presos novamente. Toca aqui, mano!”
Jefferson bateu na palma da mão da irmã, fazendo o Hi Five.
Enquanto isso, Cris, Aline, Mateus e Roberta estavam enfrentando o restante dos vampiros.
Cris disse aos outros:
“Pessoal, tive uma ideia. Mateus e Roberta, criem um vórtice, enquanto Aline finaliza com o chute dela.”
Roberta: “Hã, o que é vórtice?”
Mateus: “É como se fosse um furacão. É só a gente correr em círculos.”
Roberta: “Opa, aí gostei!”
E eles correram em círculos ao redor dos vampiros, criando o vórtice. Os vampiros ficaram atordoados.
De repente, Aline tirou a luva direita, depois tirou a luva esquerda de Cris e segurou a mão dele.
Cris: “Aline, o que está fazendo?”
Aline: “Quero que você finalize comigo, cedendo um pouco da minha habilidade para você. Se eu não te soltar, eu não me sinto mal, certo?”
Cris: “Certo, mas como descobriu isso?”
Aline: “Bem, para falar a verdade, eu chutei, mas isso não importa agora. Temos que finalizar os vampiros.”
Cris: “Certo. Vamos lá.”
Ambos deram um super-chute nos vampiros, que foram ao chão em efeito dominó. Mateus, com sua supervelocidade, algemou todos os vampiros.
Roberta: “Conseguimos! Cara, esse negócio de criar vórtice é demais!”
Mateus: “Espera, você nunca fez isso?”
Roberta: “Não, nunca fiz. É muito louco!”
De repente, ela caiu nos braços de Mateus.
Mateus: “O que houve?”
Roberta: “Fiquei tonta, né? Ainda tenho que me acostumar.”
Eles riram.
Cris disse à Aline:
“Aline, vamos nos afastar. Estamos segurando vela aqui.”
Aline: “Verdade. Hã, Cris... Me desculpe por ter te chamado de frouxo mais cedo. É que... ultimamente eu ando fazendo e falando coisas que eu nem sei explicar...”
Cris: “Está desculpada. Um dia, você vai conseguir ‘se explicar’...”
Os irmãos Nascimento se juntaram aos outros.
Jéssica: “Prendemos os Night Angels. E vocês?”
Cris: “Nós prendemos essa turma aqui também.”
De repente, Tarso os interrompeu:
“Hã, gente... Estou precisando de uma ajuda aqui! Ele é muito resistente.”
Roberta: “É verdade, falta o grandão. E agora?”
Cris: “Vamos usar o BataCanhão.”
Os Batarangers juntaram as BataBazookas, formando o BataCanhão.
Cris: “Tarso, vem pra cá!”
Tarso: “OK!”
Tarso se juntou aos outros.
Cris: “Tarso, vamos atirar juntos. Nós com o BataCanhão e você com o BataRifle.”
Tarso: “Certo!”
Cris: “Vamos lá! Preparar, apontar, fogo!”
Os Batarangers dispararam o BataCanhão e Tarso, seu BataRifle, contra Morcegão, que foi ao chão, desacordado.
Cris: “Conseguimos!”
Voltando-se ao seu primo, disse:
“Faça as honras, BataSilver.”
Tarso algemou Morcegão, citando o Código Penal Municipal.
Os Batarangers desativaram suas BataFardas e se abraçaram, aliviados. Foi um dia muito agitado.
Cris pegou seu BataMorpher e disse:
“Ribeiro para a base. Comandante, nós detemos o restante dos fugitivos.”
Comte. Lopes: “Excelente, Batarangers. Agora, podem voltar para a base.”
Cris: “Certo, senhor. Câmbio, desligo.”
Voltando-se aos outros, Cris disse:
“Vamos. Temos que voltar para a base, para gente traçar alguma estratégia para encontrar a Araki.”
De repente, ouviu-se uma voz distorcida:
“Não precisa ir para a base e traçar estratégia, Ribeiro. Eu estou aqui.”
E eis que Dra. Araki, trajada como Skruk, surgiu diante deles! Imediatamente, os Batarangers ativaram suas BataFardas, com as BataPistolas apontadas para ela.
Roberta: “Ah, não, mais um? Mas vocês já não tinham prendido todos que fugiram da cadeia?”
Cris: “Sim, mas essa criatura aí foi quem os soltou.”
Roberta: “Ah, tá. Vou fingir que entendi...”
Dra. Araki tirou o capacete, aproximou-se de Roberta e disse:
“Ora, ora, parece que os Batarangers adotaram uma gata de estimação... Qual é o seu nome, querida?”
Roberta: “Não te interessa, dona nariguda!”
Dra. Araki: “Hahaha! A gatinha é bem arisca, vejam só. Bem, o nome da amiguinha dos Batarangers realmente não me interessa. Eu passei aqui para dar-lhes os parabéns! Vocês conseguiram prender todos os fugitivos, salvar Gomes e salvar a base de um desmoronamento. Agora, só falta vocês me prenderem, não é mesmo?”
Cris: “Isso mesmo, Araki. Vai pagar por todos os seus crimes!”
Dra. Araki: “Pois bem, então, eu vim aqui me entregar.”
Os Batarangers ficaram surpresos.
Cris: “O quê?”
Dra. Araki: “Isso mesmo, Ribeiro. Eu vim aqui me entregar a vocês. Confesso que os subestimei, Batarangers, mas vocês se saíram melhor que a encomenda.”
Aline: “É um truque, né, Araki? Não acreditamos em você!”
Dra. Araki: “Não é um truque, Hashimoto. Eu vim aqui me entregar a vocês. Vejam, estou desarmada.”
Ela ergueu os braços para mostrar que estava desarmada.
Dra. Araki: “Querem mais uma prova? Vou até tirar o uniforme de Skruk, para vocês me revistarem, mas quero Hashimoto me revista, por ser mulher.”
Ela apertou um botão na região torácica e o uniforme de Skruk foi retirado. Dra. Araki estava vestida com roupas civis.
Aline foi caminhando cautelosamente até Dra. Araki e esta disse:
“Pode me revistar sem medo, Hashimoto.”
Aline revistou Dra. Araki e disse aos seus companheiros:
“Ela realmente está limpa, pessoal.”
Cris: “Tem certeza, Aline?”
Aline: “Absoluta.”
Dra. Araki: “Viram? Eu não estava brincando. Agora, quero que Ribeiro me algeme. Ele é o que tem mais pares de algemas sobrando.”
Cris: “Como...?”
Dra. Araki: “Querido, EU criei as BataFardas! Nem Lopes nem Gomes contaram isso para vocês, porque ficaram com o crédito, mas a ideia foi minha. Eu sei de tudo sobre elas e sei quantos pares de algemas cada um pode carregar, que são 15. Souza e os Nascimentos não têm mais nenhum par. Hashimoto e Monteiro ainda têm dois, enquanto você, Ribeiro, ainda tem três.”
Dra. Araki estendeu os braços e disse a Cris:
“Vamos, me algeme, Ribeiro! Não é isso que você quer? Prender-me? Pois bem, é sua única chance. Não desperdice. Como você disse naquele dia, crime é o que não falta para me prender.”
Cris foi se aproximando da Dra. Araki, ainda desconfiado. Estava tudo fácil demais. Para ele, a cientista tinha alguma carta na manga.
Ele a algemou e deu voz de prisão:
“Dra. Rosicler Araki, está presa pelos crimes de sequestro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e assassinato.”
Os Batarangers desativaram suas BataFardas. Cris pegou seu BataMorpher e disse:
“Ribeiro para a base. Araki foi detida.”
Comte. Lopes: “Excelente, Ribeiro! Tragam-na até a entrada da base.”
Cris: “Afirmativo, senhor! Câmbio, desligo!”
Os Batarangers foram levando Dra. Araki até a base a pé, já que a base estava perto. Roberta disse a eles:
“Bem, turma, vou indo. Fui!”
E ela se retirou, correndo com sua supervelocidade.
Cris se aproximou de Mateus e disse:
“Bem, você disse que ia procurá-la assim que prendêssemos Skruk. Bem, nós prendemos. E aí?”
Mateus: “Vou fazer isso, mas quero ver Araki indo para a cadeia primeiro.”
Cris: “Somos dois. Vamos.”
E os Batarangers foram levando Dra. Araki para a base.
Entrada da BataBase
O Comandante Lopes e Angélica estavam aguardando os Batarangers chegarem com a Dra. Araki presa. Quando eles chegaram, o comandante não perdeu a oportunidade em provocar a ex-chefe da DCT:
“Ora, ora, Rosicler Araki, que situação, hein? Onde está a ‘queda da F.E.B.’ que você anunciou? Realmente, o mundo dá voltas...”
Dra. Araki: “Sim, Lopes, mas conhece aquele ditado: quem ri por último, ri melhor? Pois bem, uma hora você está por cima, em outra você está por baixo e vice-versa. Vocês conseguiram impedir meu plano de caos na cidade hoje, mas ainda não acabaram comigo. Eu darei dois passos para trás, para pegar impulso. Ou seja, meu plano de caos ainda não acabou.”
Comte. Lopes: “Sabemos disso, Araki. Por isso, você será enviada para Catanduvas. Achou que a deixaríamos aqui, para provocar outra falha de segurança e escapar?”
Dra. Araki: “Catanduvas, Lopes? É verdade, você sempre teve bons amigos na Polícia Federal. Também lhe subestimei, Lopes.”
Comte. Lopes: “Pois é. Espero que sua estadia no Paraná a faça reconhecer que a F.E.B. sempre será a sua pedra no sapato.”
Dra. Araki: “Bem, eu estava precisando mesmo de umas férias... Por isso que me entreguei. Não foi nada fácil planejar isso tudo.”
Comte. Lopes: “Bem, seja lá o que esteja planejando, Araki, vai ser bem longe daqui.”
Dra. Araki: “Sim, em breve, os Notáveis vão ficar bem longe de mim...”
Cris: “Sim, Araki, vamos ficar bem longe de você.”
Dra. Araki: “Ah, Ribeiro. Uma pena que não vamos nos ver nos tribunais. Afinal, nunca se sabe o dia de amanhã...”
Cris: “Se Deus quiser, vou vencer o processo. Seu remédio matou minha mãe!”
Dra. Araki: “Meus sinceros sentimentos, Ribeiro. Confesso que tenho uma parcela de culpa. Contudo, eu nunca disse que o Arakinus era uma cura. Foi o marketing da Ômega.”
Cris: “Não importa. Você e a Ômega merecem me indenizar e a todos que se medicaram com o Arakinus.”
Dra. Araki: “Bem, isto é com a Justiça.”
De repente, ouviu-se uma sirene e era da viatura da Polícia Federal, para levar Dra. Araki.
Comte. Lopes: “Sua carona chegou, Araki.”
Dra. Araki: “Humpf... Um dia, vou tirar o sorrisinho de sua cara, Lopes. E o seu também, Gomes. Ainda não acabou, Batarangers. Esta cidade ainda terá o caos que merece e vocês nada farão para impedir!”
E ela sentou-se no banco de trás da viatura, que retirou-se dali.
O comandante comentou, assim que o carro partiu:
“Araki está planejando algo. Não entendo o porquê dela se entregar assim tão fácil. Contudo, assim que vocês me disseram que ela estava presa, de fato, fiz meus contatos com a PF e Araki terá uma cela esperando-a na Penitenciária de Catanduvas, no Paraná. Como disse, seja o que for que ela esteja planejando, será bem longe do Rio de Janeiro.”
Cris: “Exatamente. Estaremos prontos para o que Araki esteja planejando. Já a vencemos uma vez e podemos vencê-la de novo, certo, Batarangers?”
Os outros: “Certo!”
Comte. Lopes: “Bem, vamos entrar. O dia foi extremamente agitado e vocês merecem um descanso. Amanhã, logo cedo, quero vocês na minha sala. Dispensados!”
Os Batarangers prestaram continência e entraram na base.
Angélica fez um comentário ao comandante:
“Que dia! Nem no meu sonho mais louco, imaginaria que, no dia que eu sou a comandante interina, ocorreria invasão, fuga da prisão e traição.”
Comte. Lopes: “Bem-vinda ao meu mundo, doutora. Passo por situações parecidas com estas todos os dias.”
Angélica: “Imagino... É por isso que não quero ser mais comandante interina.”
Comte. Lopes: “Entendo seu lado, doutora. Vou apresentar ao Conselho a revogação do direito de sucessão do comando da F.E.B. aos chefes da DCT. Por causa disso, Araki era comandante em minha ausência e fazia o que queria na base. O resultado nós vimos hoje. Infelizmente, pessoas bem-intencionadas como a senhora, Dra. Gomes, acabam pagando pelos erros de seus antecessores.”
Angélica: “Tudo bem, comandante. Eu não nasci para ser comandante de um batalhão inteiro. Prefiro ser chefe da DCT. Sinto-me em casa lá.”
Comte. Lopes: “Com certeza. Vamos entrar, porque ainda temos que resolver a falha do sistema de segurança.”
Ambos entraram na base.
No dia seguinte, a imprensa não falava em outra coisa, a não ser dos acontecimentos do dia anterior. A prisão da Dra. Rosicler Araki foi um choque, principalmente na comunidade científica. O motivo “oficial” da prisão apresentado na imprensa foi que a cientista estava envolvida com tráfico humano, no caso, de humanos modificados. Na verdade, esta versão foi sugerida pelo Comandante Lopes, porque há de convir que não seria nada verossímil para o povão a história de que a confusão do dia interior fazia parte de um plano de longo prazo para criar o caos na cidade...
Enquanto isso, as redes sociais só falavam sobre os Batarangers. Vários vídeos das lutas filmadas dos celulares dos civis que estavam na Presidente Vargas viralizaram. Muitas crianças e jovens faziam vídeos curtos imitando os movimentos dos Batarangers. Palavras como “Batarangers”, “FEB”, “BataVermelho”, dentre outras, dominaram os trending topics nacionais e até internacionais do Twitter. Como resultado da fama, as redes sociais da F.E.B. explodiram de seguidores, mesmo tendo poucos posts por lá.
BataBase – Sala do comandante
Conforme o comandante tinha ordenado, os Batarangers foram à sua sala, às sete horas da manhã. Angélica também estava por lá. O comandante começou a fazer um discurso:
“Batarangers e Dra. Gomes, estes últimos meses foram muito intensos para a Força Especial Bataranger. Nós enfrentamos um gênio, que poderia usar sua capacidade intelectual para o bem, mas quis usá-la para provocar o caos nesta cidade. Rosicler Araki era uma cientista brilhante, mas agora não passa de uma criminosa presidiária. Graças a todos vocês que ela está nesta condição. Eu digo isso com toda dor no coração, porque eu admirava o trabalho dela, tanto que a trouxe para a F.E.B. e a fiz com que criasse os melhores policiais da corporação, os Notáveis. Uma pena, realmente.”
Cris: “Permissão para falar, senhor!”
Comte. Lopes: “Permissão concedida.”
Cris: “Bem, não precisa ter pena de Araki, senhor. A culpa não é do senhor por ela ser o que é, uma megalomaníaca.”
Comte. Lopes: “Não, Ribeiro, eu tenho minha parcela de culpa. Eu... não sou tão inocente como pensam. Ao criar uma equipe apenas de HMs, dei a impressão que os policiais ‘normais’ eram ‘inferiores’. Entendam: há 20 anos, eu tinha uma mentalidade diferente da que tenho hoje.”
Tarso: “Permissão para falar, senhor!”
Comte. Lopes: “Permissão concedida.”
Tarso: “Comandante, eu não fui criado em laboratório, mas o senhor sempre me tratou igual aos meus companheiros de Batarangers, além de tratar todo o resto do batalhão de forma isonômica. Nunca me senti inferior aos meus companheiros, só por eles terem poderes.”
Comte. Lopes: “Obrigado, Monteiro. Seu testemunho é importante, porque não quero ser considerado um ‘paneleiro’, como Araki me considerou, hehehe.”
Todos riram.
Comte. Lopes: “Bem, acho que vocês merecem um dia de folga. O dia de ontem foi estressante para vocês. Contudo, amanhã, o expediente é normal. Dispensados!”
Os Batarangers prestaram continência e retiram-se da sala.
O comandante voltou-se para Angélica e disse:
“Acho que a senhora também merece um dia de folga, doutora. O dia de ontem foi muito estressante para a senhora também.”
Angélica: “Mas, comandante, preciso reparar o sistema de segurança.”
Comte. Lopes: “Deixe que eu mesmo coordeno sua equipe, por hoje, para reparar o sistema de segurança. Dispensada!”
Angélica sorriu para o comandante, prestou continência e retirou-se da sala.
Corredores da BataBase
Os rapazes Batarangers estavam conversando sobre o que fariam no dia de folga. Aline e Jéssica já tinham ido ao dormitório.
Jefferson: “Aí, rapaziada, vou lá para a Sala de Jogos. Quem vem?”
Cris: “Depois, Jeff. Vou visitar o túmulo da minha mãe.”
Tarso: “Eu vou passar lá em casa.”
Jefferson: “Tudo bem. Mateus, você vem?”
Mateus: “Vou sim, cara, mas primeiro, tenho que fazer algo. Volto já!”
E ele saiu correndo, com sua supervelocidade.
Jefferson: “Hum, o que pode ser? É o que estou pensando?”
Cris: “Sim. Ele vai cumprir uma promessa.”
Roberta estava em um abrigo de moradores de rua distribuindo roupas e comida. Ela fazia isto desde quando saiu da prisão.
De repente, ela ouviu uma voz:
“Realmente, você está ajudando as pessoas.”
Ela reconheceu a voz e era de Mateus.
Roberta: “Hum, resolveu me procurar, finalmente? Bem, não é o melhor lugar para um encontro.”
Mateus: “Só passei aqui para te agradecer por nos ajudar ontem. Sua ajuda foi muito importante.”
Roberta: “Não há de quê. Olha, me desculpe por eu falar demais. É que... eu sou muito agitada. Corre no sangue de velocista, né?”
Mateus: “Com certeza. Era por isso que você roubava? Por ser agitada?”
Roberta: “Não, eu roubava por diversão, porque eu me sentia poderosa, imparável e ninguém podia me deter. Até eu te conhecer, Mateusinho...”
Mateus: “E o que tem?”
Roberta: “É que... nunca tinha conhecido um outro velocista antes, ainda mais sendo da F.E.B. Quando você me venceu naquela corrida, trapaceando, diga-se de passagem, eu me senti humilhada. Eu já não era a mais rápida da cidade. Não fazia mais sentido ficar roubando por diversão. Na prisão, fiquei deprimida. E quando você me chamou para parar aquele trem, eu... voltei a ter a alegria de viver.”
Ela falava com lágrimas nos olhos. Ela se jogou aos braços de Mateus, que a abraçou.
Mateus: “Sei como se sentiu, porque, quando você me venceu, eu me senti humilhado e eu queria dar-lhe o troco. É que meu foco era prendê-la, naquela ocasião. Desculpe-me pelo que fiz a você.”
Roberta: “Não esquenta. Você me devolveu a alegria de viver, Mateus, e eu salvei sua vida e de seus amigos ontem. Estamos quites?”
Mateus: “Estamos. Na verdade, eu vim aqui lhe dar duas coisas.”
Roberta: “Hum, e o que são?”
Mateus: “A primeira é isso.”
Ele estendeu a mão e mostrou um BataMorpher um pouco menor que o seu.
Roberta: “O que é isso?”
Mateus: “É um comunicador. Se a gente precisar de você, a gente te chama. Já que você não quer entrar para a F.E.B., considere-se uma Bataranger ‘freelance’.”
Roberta: “Hum, aí eu gostei. E a segunda coisa?”
Mateus segurou o rosto dela e a beijou na boca.
Mateus: “Isso. Acho que estamos quites de vez. E nem é por causa da ‘adrenalina do momento’.”
Roberta: “E você acreditou nisso que falei? Eu te beijei daquela vez, porque achei que a gente podia morrer e a última coisa que eu queria fazer era beijar alguém que eu gosto e eu gosto de você.”
Mateus: “Eu também gosto de você, Beta.”
Roberta: “Quero que venha me ver mais vezes.”
Mateus: “Eu vou, prometo. Bem, eu tenho que ir. Tchau, Gata Jato!”
Roberta: “Tchau, Bataranger Número 4 Verde!”
E ele saiu em supervelocidade.
Roberta ficou observando a partida dele, sorrindo.
Cemitério do Caju
Cris estava no Cemitério de São Francisco Xavier, conhecido como Cemitério do Caju, porque é localizado no bairro do Caju, no Rio de Janeiro. Era lá onde estava o túmulo de sua mãe. Na lápide, estava escrito assim:
“LÍDIA RIBEIRO – Mãe dedicada
✡15 – 07 – 1988
✝️22 – 05 – 2030”
Cris deixou um buquê de flores na lápide e começou a falar:
“Oi, mãe, sou eu aqui de novo. Eu...só vim aqui para dizer à senhora que meus amigos e eu prendemos uma das responsáveis pelo seu passamento. Agora, só falta a Corporação Ômega ser responsabilizada na Justiça. A primeira audiência do processo é na semana que vem. Tenho fé em Deus que vou vencer, porque os indícios que vou apresentar são irrefutáveis.”
Ele começou a chorar. Recuperando-se, disse:
“Ah, outra coisa: eu encontrei minha tia, como a senhora pediu e também descobri que Tarso é meu primo. Eu nunca poderia imaginar isso, hehehe!”
Ele chorou mais uma vez.
Cris: “Bem, vou deixá-la em paz. Volto quando eu puder.”
Cris fez o sinal-da-cruz e quando se virou para sair dali, viu que Tarso estava atrás dele, com um buquê de flores.
Cris: “Tarso! O que faz aqui?”
Tarso: “O mesmo que você, primo. Vim ver minha tia.”
Ele fez o sinal-da-cruz e deixou as flores no túmulo de Lídia.
Tarso: “Eu nunca a conheci, mas vendo como você é, Cris, ela deve ter sido uma mãe dedicada, como está escrito no epitáfio. Como disse antes, eu quero aproveitar cada momento enquanto meus pais estiverem aqui neste mundo.”
Cris: “Faça isso. Pelo visto, Tia Lúcia e Tio Alexandre ainda estão saudáveis. Aproveite mesmo.”
Tarso: “Bem, meus pais têm algumas problemas de saúde, por conta da idade, mas nada grave.”
De repente, Cris abraçou seu primo e disse, chorando:
“Te amo, primo! Não quero te perder, cara.”
Tarso ficou surpreso com essa declaração do primo e disse:
“Também te amo, primo. Por que você me perderia?”
Cris: “Somos policiais, lembra? Nossa profissão é de alto risco. Não quero te perder, nem os outros Batarangers, nem o Comte. Lopes e nem a Dra. Angélica. Todos são uma família para mim.”
Tarso: “Eu sei, cara. Vocês são minha família também. Eu daria a vida por todos vocês.”
Cris: “Eu também, primo.”
Os dois ficaram abraçados por um tempo, até que Tarso disse ao primo:
“Vamos lá para a base jogar. Vou fazer você e o Jeff serem meus patos.”
Cris: “Ah, mas não vai mesmo!”
Os rapazes passaram o dia jogando videogame na Sala de Jogos. Eles estavam jogando FPS. Naquele momento, Jefferson e Tarso estavam nos controles, enquanto Cris e Mateus estavam na espera. Jéssica chegou por lá e os cumprimentou:
“E aí, meninos? Como vai o jogo aí?”
Jefferson: “Oi, mana. Bem, como sempre, eu ganhei a maioria das partidas, enquanto o Tarso não ganhou uma de mim. Aquele papo de que ia me fazer de pato era só garganta.”
Tarso: “Claro, você fica camperando. Assim é mole...”
Jefferson: “Ai, ai... Tinha que ser primo do Cris mesmo... Até as desculpas são iguais.”
Jéssica: “Ah, falando em Cris... Cris, a Aline quer te ver lá no telhado.”
Cris: “Sério? O que foi dessa vez?”
Jéssica: “Não sei, ela só me pediu para dar o recado. Vai logo, que ela está esperando!”
Cris se retirou rapidamente da Sala de Jogos.
Mateus: “Hum, o que será que ela quer com ele?”
Jéssica: “Se eu for apostar, diria que finalmente vão se resolver...”
Telhado da BataBase
Cris subiu até o telhado da base e lá encontrou Aline, mas de um jeito que o surpreendeu: ela estava vestida com a mesma roupa que foi ao show dos Night Angels! Camisa preta, um short curto preto, meia-calça, bota, além do cabelo estilo maria-chiquinha. A única diferença é que ela estava de batom vermelho, ao invés do preto.
Cris: “Aline, por que está vestida assim?”
Aline: “O que foi? Não gostou? Achei que tinha gostado naquele dia.”
Cris: “Eu gostei, mas eu não esperava que você se vestisse assim novamente.”
Aline: “Nem eu, mas eu quis te impressionar.”
Cris: “Me impressionar?”
Aline: “Sim, Cristiano. Eu sei que você gostou de me ver assim naquele dia e como estamos de folga, resolvi lhe fazer esta surpresa. A ideia foi toda minha. Jéssica só me ajudou com a maquiagem. E aí?”
Cris: “Posso falar a verdade?”
Aline: “Pois não.”
Cris ia começar a falar, mas travou.
Aline: “Estou esperando. E então?”
Aí Cris resolveu finalmente falar:
“A verdade é que você está linda! Na verdade, você É linda! É inteligente, corajosa, uma líder nata e é linda até quando não sorrir. Aline Hashimoto, você é diferente de todas as garotas que conheci. Cara, estou até aliviado em falar isso, depois de tanto tempo ficar com isso entalado na garganta.”
Aline ouviu tudo aquilo impressionada e quando Cris terminou, deu uma gargalhada.
Cris: “Por que está rindo?”
Aline: “Cristiano Ribeiro, só você mesmo para me fazer rir! Fez toda uma cena, só para me dizer que sou tudo isso que você falou. Por que nunca me disse antes, cabeção?”
Cris: “Porque... você tem mania de bater nos outros. E de dizer palavras duras... Por isso que... nunca falei antes.”
Aline: “Hum, tá. Agora é minha vez de falar. Cris, você disse ontem que um dia, eu conseguiria ‘me explicar’. Bem, eu vou me explicar aqui para você. Como fui criada aqui na F.E.B. com os outros, meu foco era sempre prender os criminosos e nada mais. Quando você apareceu, você... me fazia desviar deste foco. Eu te soquei naquele dia, porque eu estava me entregando a você e eu tinha que resistir. Só que o sentimento foi evoluindo. Quando você demonstrou gostar da roupa que estou vestindo agora, fiquei cada vez mais confusa. Falava o que eu sentia em relação a você ou não? Resolvi guardar para mim. Porém, quando você foi levado pela Iara Serena ao fundo do mar, eu achei que tinha te perdido para sempre, assim como você deve ter achado que me perdeu, naquela explosão causada pelo Drago. Eu não suportaria viver sem você, Cristiano.”
Aline começou a chorar e se jogou nos braços de Cris.
Aline: “Eu te amo, Cris! Te amo muito! Te amo como nunca amei alguém!”
Cris: “Também te amo, Aline. Te amo desde a primeira vez que te vi.”
Aline: “Eu também.”
E os dois se beijaram.
De repente, ouviu-se aplausos e alguém gritando:
“Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluuuuuiaaaaaa...”
Era Jéssica, acompanhada dos outros Batarangers.
Cris e Aline: “Ah, não!”
Jéssica: “Ei, acalmem-se, pombinhos. A gente não podia perder este momento. Olhem quem está aqui também.”
Então, Cris e Aline viram que o comandante e Angélica também estavam ali.
Cris: “Ah, não, até vocês?”
Comte. Lopes: “É claro, Ribeiro. Gomes e eu acompanhávamos todo esse ‘chove, não molha’ entre você e Hashimoto. Sabe, minha esposa e eu, antes de nós namorarmos, também ficamos assim, até que finalmente nos declaramos um ao outro e estamos juntos até hoje.”
Angélica: “Já eu estava torcendo por vocês como se torce pelo casal de mocinhos de uma novela. Coisas de solteirona. Não liguem.”
Todos riram.
O Sol começava a se pôr no Rio de Janeiro...
Nota do autor:
Pessoal, muito obrigado a todos que chegaram até aqui. Esta foi minha primeira história e claro que preciso melhorar na questão de narrativa. Agradeço a todos pelo feedback nos comentários. Nos vemos em Força Especial Bataranger 2. Até lá!
11 Comentários
Grande Israel!
ResponderExcluirQue final surpreendente!
Não esperava a rendição de Araki! Mandou bem demais!
Curti pra caramba!
Já estou com saudades!
Por ser seu primeiro trabalho, você foi muito bem!
Não desista!
Você construiu, personagens marcantes, muito bem desenvolvidos.
Isso é um mérito quer tem que ser registrado.
Cris...
Aline,Jéssica e Jefferson..
Matheus...
Tarso...
Angélica...
Comandante Lopes...
Araki.
Cada um com os seus maneirismos, loucuras, esquisitices.
Como previsto, adorei o final de cada um, principalmente do casal Cris e Aline e Matheus e Gata Jato.
Parabéns pelo primoroso trabalho!
Obrigado pelo apoio de sempre, Jirayrider. Eu sempre quis escrever uma história e eu tinha essa aqui em mente, mas não sabia como colocá-la no "papel", até descobrir este site. Queria agradecer também ao Lanthys por me dar a oportunidade de eu postar minha história aqui. Óbvio que eu ainda tenho muito a aprender, no tocante a criar uma narrativa que empolgue o leitor e também sobre descrever pessoas e ambientes. No mais, gostei da experiência. Abraço.
ExcluirQue venham novos títulos !
ResponderExcluirSim, virão outros títulos. Inclusive, a segunda temporada de Força Especial Bataranger não vai demorar a sair. Aliás, daqui há alguns dias, vou postar um capítulo especial só falando sobre minhas inspirações e algumas coisas que ficaram pendentes ao longo da história. Abraço.
ExcluirAnsioso por novos trabalhos!
ResponderExcluirVocê tem talento !
Acredite em você !
Uma dica preciosa :
ResponderExcluirFaça como eu: leia os trabalhos dos nossos colegas!
Você verá que a sua escrita ficará cada vez mais fluída.
Em dois anos de Mindstorm, eu evoluí muito desde a publicação de " O Desafio de Reiha e Jiraiya. O casamento ninja" lendo trabalhos do Lanthys,do Norberto, do Artur, Rodrigo Pereira ,Pokemon ,Maxirider e outros.
O importante é não desistir!
Siga em frente!
Valeu!
ExcluirUfa!
ResponderExcluirMaratona feita! Mas, valeu o esforço.
É bom quando surge alguém novo no blog interessado em compartilhar belas mensagens e histórias. A gente cresce e aprende com tudo isso!
Cris e Aline finalmente ficam juntos. Matheus e a Gata também no seu crush louco.
Ver a Dra Araki pedindo arrego foi bom demais.
Para seu primeiro trabalho, eu posso dizer que ele foi mais do que satisfatório. É bom saber que temos mais um bom fictor aqui no Mindstorm.
Parabéns mesmo!
Espero que você nos traga mais sagas e contos.
Muito obrigado por todos os comentários. Sim, virão outras sagas. Abraço.
ExcluirBom, chegamos então ao final da saga! Realmente foi uma série que começou muito, mas muito bem, me colocou diversas ideias na cabeça e eu tinha imaginado tudo por uma linha diferente de acontecimentos, mas conforme eu ia lendo, vi que tu e eu temos visões bem diferentes de condução da trama! Quando digo isso não estou dizendo algo depreciativo, estou apenas enfatizando que caso os dois estivessemos escrevendo a mesma saga, teríamos tomado rumos e acontecimentos bem diferentes, mas o que realmente faz sagas serem legais, é que cada um justamente tem uma visão diferente, veja, Artur tem uma visão de que não curtiu os romances e eu acho que as melhores acertadas que tu deu na saga, foram nos romances, os lances entre Aline e Cris e a Beta e o Mateus foram simplesmente muito legais, sem falar nas personalidades de cada um deles, como trabalharam e lidaram com isso... Na parte tática e de atitudes da equipe em si eu creio que muita coisa precisa ser revista e analisada para uma próxima fase e cara, até mesmo nos Super Sentai oficiais essas coisas acontecem, coisas sem explicação que estão ali, para poder guiar uma história então, embora eu tenha reclamado bastante, como reclamo de muitas séries Sentai, isso faz parte do amadurecimento do escritor para pensar nas situações em como elas ficariam para bem de apresentar depois ao público... Em Bioman, o RedOne supostamente fala com animais, mas quando ele estava fugindo de inimigos, surgiram animais para o "guiar" para longe dos mesmos. Ele seguiu todas as dicas e ordem dos bichos e adivinha onde ele saiu? Diante do inimigo ao qual ele fugia, então, ou os animais trolaram ele ou algo de errado aconteceu nessa "ajuda" dos animais para com ele... Em OhRanger, os rangers deixam uma criança com o chefe da equipe, para que ele o proteja, mas quando o Red da equipe se vê preso em uma praça para ser executado, o "chefe" sai para ajudar o Red e deixa a criança sozinha dentro da base, que estava desmoronando, alegando que dentro da base em franca destruição era melhor que na rua com os inimigos... Essas coisa sem explicação acontecem, mas considero que como escritores e amantes da escrita, devemos sempre prestar atenção nessas falhas e tentar evitá-las, e isso vem de leitura, observação, aprimoramento de escrita constante! Bueno, quanto ao episódio final em si, eu fiquei meio que sem chão, achei que teria uma batalha contra Skruk não teve, que os vilões dariam mais trabalho, não deram, enfim, como disse antes, várias coisas que achei que seriam de uma forma foram de outra, mas, tudo construiu uma saga diferente, dentro do Brasil, com situações originais e que não puxou os acontecimentos de temáticas de nenhuma outra série, pelo menos da forma que puder ver, então, só posso te parabenizar por idealizar, escrever, postar e se preparar para uma segunda fase com tanto empenho! Espero que esta experiência com BataRangers possa ter sido proveitosa e uma vez mais, parabéns pelo trabalho! \0/
ResponderExcluirMuito obrigado por todos os comentários. Realmente, valeu a experiência e eu tenho muito que aprender. Seus comentários foram importantes para que eu ajustasse a narrativa ao longo da história. Eu sempre quis fugir do convencial, tanto que algumas soluções ora agradaram ora desagradaram os leitores. Bem, agradeço por ter me dado a oportunidade de postar neste site. Um grande abraço.
Excluir