A ERRANTE - RELATOS DE UMA POSSESSÃO - INFESTAÇÃO DEMONÍACA - PARTE IV

 

 Fala galera!!!

 Estamos aqui mais uma vez com a história “A ERRANTE”, veremos aqui o confronto de Carla com Célia, que voltou de seu sono profundo muito mais perigosa.

 Boa Leitura...

Nota: O presente capítulo não é indicado para menores de 18 anos!  O mesmo contém muitas  falas e cenas de cunho sexual ou baixo calão, pois compõem a personagem retratada dentro do contexto apresentado. Se por ventura se sentir constrangido ou não concorda com tal tipo de texto, não recomendamos a leitura.

 A Errante é uma história especial do universo do herói Spectrum-EX, onde Carla relata com detalhes todos os eventos de sua possessão demoníaca.

 

Relato de Carla Rose Silva, 22 anos, sobre sua possessão demoníaca.

Registro da Ordem da Luz: cod. 20222506/case-spc/ex-001980

 

“INFESTAÇÃO - PARTE IV””

 

Quando mamãe chegou em casa eu estava na sala, sem saber o que pensar, o que sentir. Por um lado estava feliz por Célia ter “voltado a si”, por outro a pessoa que havia retornado me apavorava. Célia estava na cozinha, comendo feito louca e cantando músicas infantis do tipo “galinha pintadinha”, hora rindo, hora gargalhando bem alto. Naquele primeiro momento, eu e mamãe não dissemos uma palavra, apenas nos olhamos. Mamãe de pronto percebeu que algo estava errado, não havia como não perceber. Segurei a mão dela com força e fomos à cozinha, preparadas para o pior possível, embora não houvesse como estar preparada para aquilo.

 

- Mamãezinha!!! - Célia abraçou nossa mãe e começou a lamber seu rosto, como se fosse um cachorro, da minha parte permaneci em silêncio, dando alguns passos para trás, pronta para correr, guiada por sentimentos de autopreservação.

 

- Calma, filha… Como você está? Está sentindo algo? - Mamãe disse terna, mas também parecia não saber como lidar com aquilo.

 

- Estou sim… Só com muita fominha… Muita mesmo… - Célia bateu a mão na barriga.

 

Só então paramos para observar a cozinha, que estava um caos. Havia comida e saquinhos por toda parte. Célia estava toda suja. 

 

- Mamãe, faz um café? O da Carla não é muito bom… Cadê o papai?

 

Um minuto de silêncio se fez. Por um instante pensei que Célia estava se fazendo, queria que estivesse, mas não. Minha irmã realmente não lembrava o que tinha acontecido. Não lembrava que papai tinha morrido bem na frente dela há vários meses atrás. Mamãe abraçou Célia e lhe deu um beijo na testa, preparando-a e carinhosa lhe disse.

 

- Filha… Escuta… Infelizmente seu pai partiu…

 

- Não… Isso é mentira… - Célia se afastou, tremendo e começando a chorar.

 

- Filhinha… Escuta… Seu pai morreu… - Mamãe também começou a chorar.

 

- Não!!! Não!!! Nãããooo!!! - Célia pôs as mãos nos ouvidos, gritando totalmente descontrolada.

 

- Ele foi atropelado, bem na porta de casa… - Mamãe abraçou Célia.

 

- Sai daqui!!! - Célia empurrou a mamãe violentamente, cheia de ódio.

 

Célia me encarou, fiquei paralisada de medo.

 

- Foi você! Sua putinha… - Célia apontou para mim - Não fui eu… Foi você… Eles me disseram que foi você…

 

- Eles? - Perguntei, sendo a última coisa que pude dizer.

Célia pulou em cima de mim, derrubando-me no chão e socando com uma força anormal. Acabei perdendo a consciência…

 

Continua...

 

Jeremias Alves Pires