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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 3 - Ninguém fica para trás

 




No capítulo anterior:

O Mestre Ômega, na verdade, Pedro Lahm, exige que Cris retire o processo contra a Ômega, mas o Bataranger recusa. Lahm manda executar Cris.



Capítulo #3 – Ninguém fica para trás




BataBase – Divisão de Ciência & Tecnologia


Alguns minutos antes de Lahm ordenar a execução de Cris, Angélica e Aline, após a conversa que tiveram, voltaram à DCT. Lá, os outros Batarangers estavam tentando localizar Cris pelo rastreador GPS.

Angélica: “E então?”

Tarso: “Infelizmente, o sinal de Cris não está aparecendo. Atualizamos o rastreador várias vezes e nada.”

Angélica: “Droga! Algo está bloqueando o sinal. Daquela vez que Cris e Tarso estavam presos no contêiner (*), Araki conseguiu bloquear o sinal do BataMorpher de Cris. Seja lá quem for, está fazendo a mesma coisa. E para piorar a situação, Cris não deve está em condições de apertar o botão de emergência.”

Aline: “Pois é. Encontrar Cris nesta cidade, é como achar agulha em um palheiro. Pior que a gente nem sabe se ele está realmente em perigo.”

De repente, Mateus estalou os dedos.

Mateus: “Pessoal, que tal chamar a ‘arma secreta’?”

Angélica: “Arma secreta?”

Jéssica: “Ah, doutora, é assim que o Mateus chama a namorada dele.”

Mateus: “Ei, a Roberta não é minha namorada! Nós... nos beijamos outra vez, mas isso já faz um mês. Somos apenas amigos.”

Jefferson: “Ué, se beijaram e não são namorados? Essa não entendi...”

Angélica: “Gente, não é hora para discutir isso. Mateus, em que Roberta Silva pode nos ajudar?”

Mateus: “Simples, ela pode ir pela cidade para cima e para baixo em alta velocidade, assim como eu. Talvez possamos encontrar Cris.”

Angélica: “Hum, faz sentido. É uma possibilidade. Vamos tentar. Chame Roberta.”

Mateus: “Sim, senhora!”



Um minuto depois, Roberta Silva, a Gata Jato, ex-ladra e agora “Bataranger freelancer”, surgiu na DCT, diante dos Batarangers e de Angélica. Roberta era uma jovem negra, altura mediana, de cabelo curto castanho. Ela tinha esse codinome “Gata Jato”, por causa do Gato-à-Jato, do desenho Pica-Pau e porque usava uma tiara de orelhas de gato nos tempos de ladra, além de sua supervelocidade.

Roberta: “Chamou, chamou?”

Jéssica: “Beta!”

Ela deu seu abraço apertado em Roberta.

Roberta: “Ei, ei, loirinha, está me sufocando!”

Jéssica: “Opa, foi mal.”

Jéssica soltou Roberta.

Os outros também cumprimentaram a recém-chegada, que perguntou:

“E aí, qual é a boa? Vou te contar, aquele troço faz um barulho irritante, o tal do BataMorfo. Espero que seja algo importante.”

Todos riram com o “BataMorfo” e Angélica disse:

“É BataMorpher. Na verdade, no seu caso, é só um comunicador, porque você não pode ativar a BataFarda. Bem, falando sério, Roberta, nós a chamamos aqui, porque estamos à procura do nosso companheiro Cristiano Ribeiro, que foi capturado. Talvez você possa encontrá-lo com sua supervelocidade, além a de Mateus, claro.”

Roberta: “Hum, entendi, doutora anja. Encontrar o gatinho que usa o uniforme vermelho. Faço isso com o maior prazer.”

Aline deu um pigarro um tanto alto e disse:

“Vê lá como fala do meu namorado, Gata Jato!”

Roberta: “Eita, ele é seu namorado, japinha? Oh, me desculpe, colega! Não sabia.”

Aline: “Tudo bem.”

Mateus: “Essa garota não tem jeito...”

Jefferson: “Pessoal, não podemos perder tempo! Cris precisa de nós!”

Mateus: “Verdade, Jeff. Vamos logo, Beta.”

Roberta: “Vamos nessa!”

E os dois velocistas saíram correndo em alta velocidade.




Três minutos depois, Mateus e Roberta voltaram ao DCT.

Angélica: “E então?”

Mateus respondeu, com semblante de desapontamento:

“Nenhum sinal do Cris. Roberta e eu viramos esta cidade ao avesso e nada.”

Roberta: “Pois é. A gente quase foi parar em São Paulo.”

Mateus: “Também não exagera, né?”

Roberta: “Tá, a gente não foi tão longe, mas a verdade é que reviramos tudo e nada do namorado da japonesa.”

Todos ficaram com o semblante de preocupação. O tempo estava passando. Eles não sabiam, mas naquele momento, Cris estava às vias de ser executado pelos soldados Ômega.

Tarso: “E agora? Onde será que meu primo está?”

De repente, um pensamento passou pela mente de Angélica:

“(...) o Localizador Genético (...) monitora os parentes das pessoas através do banco de dados genético.” (**)

Cris: “(...) se não fosse a senhora ter me ajudado, nunca encontraria minha tia e nunca saberia que Tarso era meu primo.” (***)

Angélica estalou os dedos e exclamou:

“É isso!”

Os outros levaram um susto com o grito de Angélica.

Aline: “É isso o quê, doutora?”

Angélica: “Gente, eu acho que já sei como localizar Cris. E a resposta estava na minha cara todo esse tempo!”

Aline: “Jura?! Então, fala logo, doutora!”

De repente, Angélica calçou luvas de látex, aproximou de Tarso e puxou um fio de cabelo dele.

Tarso: “Ei! Doutora, o que é isso?”

Angélica: “Sigam-me, por favor.”

Eles a seguiram e ela os levou à uma sala onde havia um equipamento do tamanho de uma máquina de lavar, que continha um monitor e uma centrífuga.

Angélica: “Conheçam o Localizador Genético. Ele monitora os parentes das pessoas através do banco de dados genético. Foi assim que localizei a tia de Cris, a pedido dele, aliás, a mãe de Tarso, através de amostras dos fios de cabelo da mãe de Cris.”

Tarso: “Ah, então, esse é o tal localizador que o Cris me falou... Acho que entendi o que a senhora quer fazer, doutora. A senhora pegou um fio de cabelo meu e no banco de dados genético, vai aparecer onde está o DNA de Cris e de outros parentes meus, correto?”

Angélica: “Exatamente, Tarso. É a nossa última chance de localizar Cris. Se não der certo agora, não sei mais o que fazer.”

Roberta: “Ih, eu não estou entendendo é nada. É muita ciência para mim.”

Mateus: “Roberta, pode ficar quieta por um instante?”

Roberta: “Lá vem o mandão... Já te falei, ninguém manda em mim, Mateusinho!”

Jéssica: “Hum, tem certeza de que não estão namorando?”

Angélica: “Pessoal, não é hora para esse tipo de conversa. Cris pode está em perigo e agora não interessa quem está namorando quem. Vou colocar o fio de cabelo de Tarso na centrífuga e esperar o resultado.”

Jefferson: “Quanto tempo para sair o resultado, doutora?”

Angélica: “Cerca de um minuto, isso com a máquina calibrada. Vamos nessa!”

Ela colocou o fio de cabelo de Tarso em um tubo de ensaio pequeno que estava na centrífuga e ela apertou o botão para iniciar a busca. De fato, um minuto depois, o monitor mostrou onde exatamente estavam os parentes de Tarso.

Tarso: “Uau, isso é incrível! Realmente, dá para ver onde estão meus parentes. Caramba, tem até um tio-avô meu que só aparece na época de Natal lá em casa e olhe lá... E ele mora perto de casa...”

Angélica: “Tá certo, mas o que interessa é seu primo Cristiano Ribeiro. E... ele está...”

Ela tocou na tela do monitor, onde estava o nome de Cris.

Angélica: “Ele está na Rua dos Inválidos, número 130.”

Mateus: “Nossa, a gente passou por essa rua e nem reparou.”

Angélica: “É uma casa condenada à demolição, pelo que consta no mapa. Talvez seja por isso que vocês nem deram bola.”

Aline: “Puxa, muito obrigada, doutora. A senhora é literalmente um anjo!”

Angélica: “Não há de quê. Cris me disse a mesma coisa, quando encontrei a tia dele.”

Aline sorriu para Angélica. Em seguida, voltou-se aos outros e disse:

“Muito bem, pessoal, agora que sabemos onde Cris está, vamos logo. Mateus e Roberta, vão na frente, porque vocês são os velocistas. O resto vai de moto.”

Mateus e Roberta: “Certo!”

Os dois saíram correndo.

Os outros foram para a garagem e saíram com as Batacicletas até onde Cris estava.



Rua dos Inválidos



Voltamos para o momento onde Cris estava para ser executado...

Fakar: “Suas últimas palavras, Ribeiro?”

Cris pensou por um instante e disse:

“A justiça tarda, mas não falha. É só isso que tenho a dizer.”

Então, ele fechou os olhos e...

Não aconteceu nada.

Cris abriu os olhos e viu que Fakar e os soldados Ômega estavam caídos!

Então, Cris lembrou daquela passagem bíblica: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido.” (Salmos 91:7).

Mestre Ômega/Lahm esbravejou, indignado:

“O que significa isto?!”

Então, ouviu-se uma voz que disse:

“Isto significa ser o homem mais rápido da cidade!”

Cris logo reconheceu a voz:

“Mateus!”

De repente, surgiu Roberta.

Roberta: “E isto significa ser a mulher mais rápida da cidade!”

Cris: “Gata!”

Mateus e Roberta aproximaram de Cris e o desamarraram.

Cris: “Puxa, vocês chegaram a tempo! Eu devo uma a vocês.”

Mateus: “Que isso, irmão?! Na F.E.B., ninguém fica para trás.”

Os rapazes apertaram as mãos. Roberta sorriu para Cris.

Cris: “E aí, onde estão os outros?”

Mateus: “Estão a caminho. Beta e eu viemos na frente e chegamos bem na hora.”

Cris: “Nem fala... Valeu mesmo, gente. Vou agradecer eternamente por isso.”

Roberta: “Ah, que isso, bonitinho?! Pode agradecer à doutora anja com aquela máquina doida dela que coloca o fio de cabelo e aí a gente sabe onde as pessoas estão pelo DNA.”

Cris: “Ah, é o Localizador Genético. Então, a doutora usou isso para me localizar? Era o fio de cabelo do Tarso, eu suponho.”

Mateus e Roberta confirmaram com a cabeça.
Mestre Ômega/Lahm, escutando tudo aquilo, comentou:

“Hum, então, vocês têm outro localizador...”

Mateus: “Isso aí, malandro. Não adiantou bloquear o sinal de Cris, que nós demos um jeito.”

Fakar e os soldados Ômega levantaram-se.

Fakar: “O que... aconteceu? Do nada, eu fui derrubado...”

Mestre Ômega/Lahm: “Ora, deixe isto para lá! Vamos, acabem com eles!”

Fakar: “Sim, senhor!”

Cris pegou seu BataMorpher e disse a Mateus:

“Vamos ativar as BataFardas.”

Mateus: “Certo.”

De repente, ouviu-se uma voz dizendo:

“Não sem a gente!”

Era a voz de Aline. Ela imediatamente foi correndo até Cris e o abraçou.

Aline: “Cris! Graças a Deus, que você está vivo!”

Cris: “Na verdade, se não fosse a Dupla Dinâmica da Velocidade, eu não estaria mais neste mundo.”

Os outros Batarangers entraram na casa condenada.

Mestre Ômega/Lahm, vendo toda aquela cena, esbravejou:

“Vamos parar com essa cena de novela! Fakar, soldados, acabem com todos os Batarangers!”

E ele retirou-se, usando a cortina de fumaça ninja.

Cris: “Droga! Ele sumiu!”

Tarso: “Quem era aquele? Skruk 2.0?”

Cris: “Por aí mesmo. Vamos nessa, pessoal! Vamos ativar as BataFardas!”

Os outros: “Certo!”

Roberta: “Posso ajudar vocês?”

Cris: “Claro que pode! Afinal, você também é da equipe.”

Roberta: “Tecnicamente, sou uma freelancer, mas tá de boa.”

Cris: “Prontos?”

Os outros: “Prontos!”

Batarangers: “BataFarda, ativar!”

Os corpos deles brilharam, até surgirem as BataFardas.

Cris: “BATARANGER N°1 VERMELHO!”

Aline: “BATARANGER N°2 ROSA!”

Jefferson: “BATARANGER N°3 AZUL!”

Mateus: “BATARANGER N°4 VERDE!”

Jéssica: “BATARANGER N°5 AMARELA!”

Tarso: “BATARANGER N°6 PRATA!”

Todos: “FORÇA ESPECIAL...BATARANGER!”

Cris: “Ao ataque!”

E os Batarangers, mais Roberta, foram para cima dos soldados Ômega. Houve troca de socos, pontapés e coronhadas, de ambos os lados.

Roberta disse a Mateus:

“Ei, vamos criar aquele vórtice?”

Mateus: “Agora falou a minha língua”.

Os dois correram em círculos, criando um vórtice, derrubando alguns soldados Ômega.

Cris disse aos outros:

“Pessoal, deixem Fakar comigo. Temos contas a acertar.”

Tarso interpelou seu primo:

“Não, Cris, deixa-o comigo. A blindagem da BataSilver suporta o tiro da arma dele. Não queremos que aconteça com você a mesma coisa da outra vez.”

Cris: “Tem razão, primo. Então, tente segurá-lo, até os outros e eu nos reunirmos para formar o BataCanhão.”

Tarso: “Certo.”

Tarso foi para cima de Fakar, que segurou o BataSilver pelo pescoço e arremessou-o na parede.

Cris: “Tarso! Você tá legal?”

Tarso: “Tô, sim. Não se preocupe comigo. Eu o seguro.”

Cris fez sinal de positivo ao primo e socou um soldado Ômega que se aproximava.

De repente, ele ouviu a voz de Angélica no comunicador do capacete:

“Cris, que bom que esteja bem! Olha só, eu tinha feito um upgrade em seu uniforme daqui mesmo da DCT. Para ativá-lo, é só apertar em você-sabe-onde.”

Cris: “Entendido, doutora.”

“Você-sabe-onde” era como os Batarangers chamavam o botão da fivela do cinto das BataFardas.

Cris apertou o botão e questionou:

“E aí, doutora? Eu apertei e o que acontece?”

Angélica: “Ah, a blindagem de sua BataFarda aumentou em 200%, tendo uma blindagem um pouco maior que a da BataSilver, mas é por tempo limitado de um minuto. Use com sabedoria.”

Cris: “Certo. Obrigado, doutora.”

Ele foi até onde estava Fakar e Tarso e disse:

“Aí, Fakar, quero ver atirar em mim novamente com aquela arma.”

Tarso: “Cris, ficou maluco?! Já falei que...”

Cris: “...só sua blindagem aguenta. Só que agora é diferente, primo. Deixe que ele atire em mim.”

Tarso: “Bem, sei lá qual é o seu plano, mas confio em você.”

Cris: “Beleza. Atire em mim, Fakar!”

O grandalhão sacou sua arma e disse:

“Bem, se é isso que você quer, Ribeiro, então, lá vai!”

Fakar disparou em Cris e...

Cris ficou no mesmo lugar.

Fakar: “Impossível!”

Tarso: “Uau, Cris! Como... como isso aconteceu?”

Cris: “A doutora aumentou minha blindagem, mas é por tempo limitado.”

Tarso: “Cara, promete uma coisa para seu querido primo? Na próxima vez, não tente me matar do coração.”

Eles riram.

Fakar interrompeu aquele momento de descontração:

“Droga, eu desperdicei um tiro! Vai demorar uma hora para recarregar.”

Cris voltou-se para os outros, que estavam derrubando os soldados Ômega.

Cris: “É a nossa chance, pessoal. Vamos formar o BataCanhão.”

Os outros: “Certo!”

Os Batarangers uniram suas BataBazooka, formando o BataCanhão.

Cris: “Preparar, apontar, fogo!”

Ele disparou o BataCanhão contra Fakar, que foi ao chão.

Cris: “Conseguimos!”

Eles se aproximaram de Fakar caído.

Roberta: “Ele tá morto?”

Cris: “Não, ele está respirando. É só reparar no movimento do peito dele.”

Ele tirou o capacete de Fakar, que estava desacordado. O soldado aprimorado sem capacete era um homem ainda jovem e tinha o cabelo raspado.

Cris: “Vamos indo. Temos que comunicar à PM para levar Fakar e os soldados Ômega daqui.”

Roberta: “Esperem, vão deixar essa galera aqui? Vocês não vão algemá-los?”

Cris: “É que nós só prendemos HMs. Como Fakar e os outros soldados são humanos comuns, é responsabilidade da polícia comum. Por isso que Araki foi para uma prisão federal, já que ela é humana comum.”

Roberta: “Entendi. Por isso que não sirvo para ser policial. É muita regra.”

Os outros riram.

Cris: “Vamos nessa, pessoal. Realmente, foi uma noite inesquecível, em todos os sentidos.”

Eles retiraram-se da casa condenada.



No dia seguinte, as redes sociais comentavam sobre a luta dos Batarangers contra os soldados Ômega no Shopping Central, já que os vídeos gravados no momento viralizaram. Aliás, a administração do shopping isentou Jéssica de pagar pelos vidros quebrados, dando a entender que não foi intencional da parte dela quebrar os vidros com seu super-grito.

O domingo dos Batarangers foi de muito descanso, já que a noite passada foi bem agitada...



Sala do comandante


Na segunda-feira, na volta do expediente, os Batarangers, Angélica e Roberta estavam na sala do Comandante Lopes para relatar a ele tudo o que ocorreu na noite do último sábado.

Depois de ouvir tudo, o comandante disse:

“Pelo visto, o tal Esquadrão de Elite da Ômega, a milícia criada por Araki, nem respeita o nosso dia de folga... Isso mostra que nossos inimigos não estão para brincadeira. Dra. Gomes e eu estranhávamos esta ‘calmaria’ de um mês, mas vimos que a ‘tempestade’ veio. Batarangers, o jogo subiu de nível e é preciso que estejam preparados.”

Cris: “Nós estamos, senhor. Lahm ainda vai se juntar à Araki na cadeia, se Deus quiser.”

Comte. Lopes: “Falando nisto, Ribeiro, você disse que Lahm o pressionou a retirar o processo e até ordenou sua execução, por você ter recusado. Olha, eu conheço Pedro Lahm de longa data. Nunca fomos amigos, de ir na casa um do outro, mas garanto que ele não era este psicopata que está se mostrando agora. Ele está totalmente influenciado por Araki e uniu-se ao projeto criminoso dela. Com todo o respeito às mulheres aqui presentes, mas vocês sabem fazer a cabeça de um homem, independentemente de idade ou beleza.”

Angélica: “Tudo bem, comandante. O senhor tem razão. Araki pode não ser bela, mas é uma dissimulada e esse jeito dela engana muita gente. Até eu fui enganada por ela.”

O comandante voltou-se para Roberta e disse:

“Queria agradecer mais uma vez por nos ajudar, minha jovem. Mesmo não fazendo parte da F.E.B., você sempre é útil para nós.”

Roberta: “De nada, seu comandante. Eu estou sempre pronta a ajudar a quem me quer bem, como é o caso de vocês.”

Ela sorriu para todos os presentes.

Jéssica levantou a mão e disse:

“Com todo o respeito, senhor, mas discordo quando o senhor diz que Roberta não faz parte da F.E.B.. Para mim e talvez para o resto da equipe, nós a consideramos membra da equipe.”

Os outros concordaram com a cabeça.

Comte. Lopes: “Bem, Nascimento, eu quis dizer que ela não é oficialmente da F.E.B., mas é claro que ela pode ser considerada parte da equipe.”

Roberta: “Hã, seu comandante, eu posso ir agora?”

Comte. Lopes: “É claro. Tudo que eu tinha para falar com você, eu já falei. Dispensada!”

Roberta: “Então, tá. See you later, amiguinhos!”

Ela prestou uma continência errada, com a mão direita no meio da testa e saiu em alta velocidade.

Mateus comentou:

“Essa garota é uma figuraça!”

Jefferson: “Sua namorada é realmente muito gente boa.”

Mateus: “Já disse que ela não é minha namorada, Jeff.”

Jefferson: “Como não? Se beijam e não são namorados?”

Mateus: “Isso não significa nada.”

O comandante soltou um pigarro que interrompeu aquela discussão.

Comte. Lopes: “Retomando nossa conversa, realmente o jogo subiu de nível. Araki agora tem um aliado poderoso, que mostrou-se ser capaz até de matar para alcançar seus objetivos. Temos que está preparados e com a atenção redobrada.”

Batarangers: “Sim, senhor!”

Comte. Lopes: “Lahm escapou de vocês, mas não deve estar longe. A hora dele vai chegar. No mais, agradeço a vocês pela coragem e determinação em resgatar Ribeiro e também agradecer a Ribeiro por não ceder à pressão de Lahm.”

Batarangers: “De nada, senhor!”

Comte. Lopes: “Estão dispensados!”

Os Batarangers prestaram continência e retiraram-se da sala.




Ao saírem da sala do comandante, Aline disse:

“Daqui há meia-hora, tem treino. Enquanto a gente espera, Cris, temos que conversar rapidamente, lá no telhado.”

Cris: “Tá certo. Já estou indo.”

E os dois se afastaram do grupo, indo em direção ao telhado.




Telhado da BataBase


O telhado da BataBase era um local onde os Batarangers se reuniam para falar sobre assuntos fora do serviço. Contudo, para Cris e Aline, o telhado tinha um valor até sentimental, porque há um mês, eles deram seu primeiro beijo.

O casal chegou ao telhado e Cris perguntou:

“E aí? O que quer falar comigo?”

Aline: “Bem, eu queria falar sobre a noite do último sábado, que, bem, foi daquele jeito...”

Cris: “Nem fale... Lahm, Fakar e os soldados Ômega arruinaram nosso encontro.”

Aline: “Haverão outros encontros, se Deus quiser. Sabe, antes deles chegarem, eu estava curtindo. Eu estava gostando tanto de ficar junto de você, que nem liguei para minha agorafobia.”

Cris: “Então, eu te curei da agorafobia? Não sabia que eu tinha essa habilidade...”

Aline deu um tapa de leve no braço de Cris, sorrindo.

Aline: “Seu bobo, você me entendeu...”

Voltando ao tom sério, ela disse:

“Eu... queria te dizer que... fiquei muito, mas muito, desesperada, quando você foi capturado. Você não tem noção... Eu me senti extremamente culpada, porque... prometemos proteger um ao outro.”

Cris: “Aline, eu tenho noção, sim. Lembra quando você sumiu naquela explosão provocada por Drago (****)? Eu também fiquei desesperado, chegando até a largar a F.E.B.. Na F.E.B., ninguém fica para trás, lembra?”

Aline: “Mas, Cris, daquela vez, nós não nos conhecíamos direito. E a gente tinha acabado de ter uma discussão... Também teve o lance com a Iara (*****). Só que o que aconteceu sábado foi diferente. Obviamente, eu conheço o lema da F.E.B., “Ninguém fica para trás”, mas nós dois, Cris, fizemos uma promessa e se você ou eu estivermos em perigo, é que nós falhamos em proteger um ao outro.”

Ela fez uma pausa, quase soluçando e prosseguiu:

“Só que a Dra. Angélica me fez ter esperança que você estava vivo. E... ela me contou porque você virou líder. É porque você tem atitude, é corajoso, que faria tudo pela equipe... e por mim.”

Os olhos dela começaram a ficar marejados. Cris a abraçou.

Cris: “Estou aqui, Aline. Sim, eu faria tudo pela equipe e eu só pensava em vocês, quando eu estava lá amarrado. Porém, eu tive receio de que minha morte faria vocês sofrerem, principalmente você e Tarso.”

Aline: “Ah, mas pode ter certeza. Cris, eu... ia me culpar pelo resto da minha vida, se algo acontecesse com você.”

Cris: “Olhe nos meus olhos, Aline. Você promete que nunca vai se culpar, se algo acontecer comigo?"

Ela olhou nos olhos dele e disse:

“Sim, prometo.”

Cris: “Pois eu prometo nunca me culpar, se algo acontecer a você. Aline, precisamos confiar um no outro. Senão, nosso relacionamento não vai para frente.”

Aline: “Tem razão. Por sua culpa, estou cada vez mais chorona, hehehe...”

Cris: “Para quem não sorria por nada, chorar é o de menos, hehehe...”

Os dois ficaram abraçados por algum tempo, até que Aline olhou o relógio.

Aline: “Nossa, tá na hora! Vamos logo, antes que nos atrasemos.”

Cris: “Certo.”

Os dois deixaram o telhado.



(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulos 8 e 9.
(**) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 15.
(***) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 20.
(****) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 3.
(*****) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 10.



No próximo capítulo:


Lahm visita Araki na prisão mais uma vez, para relatar sobre os últimos acontecimentos.





Roberta Silva

3 Comentários

  1. Legal, Israel.

    A equipe agiu de modo preciso e acurado para resgatar a Cris e mostrou a união necessária para conquistar uma vitória.

    Sinceramente, um episódio como este traz a aquela certeza pra gente de que o Batarangers jamais desistirao de uma missão e de uma vida.

    A conversa de Cris e Aline no telhado foi algo tocante. Simbiose perfeita. Está mais do que provado a razão pela qual Cris merece ser o líder do time.

    Parabéns.

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    1. Batarangers está ficando cada vez melhor!

      Um episódio em que o lema " ninguém fica pra trás" foi seguido a risca num belo trabalho de equipe que também envolveu a carismática e divertida Roberta,a Gata Jato,salvando heroicamente o Cris da morte certa

      Toda vez que Roberta aparece, ela rouba a cena!

      Concordo com Matheus: Figuraça!

      Ficou claro prós heróis que Lanh e Araki virão mais pesado e eles devem se preparar.

      O clima romântico entre Aline e Cris, (que é a parte que mais curto, por motivos obvios ,do Doctor que teve a audácia de casar Jiraita com a Reiha kkkkk) foi bem legal e mostram uma química entre os dois que cada vez aumenta.


      Parabéns, Israel!

      Vida longa aos Batarangers!

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    2. Obrigado pelo feedback de vocês. Esse arco foi difícil para os nossos heróis, mas a coisa pode piorar daqui para frente. Sim, os vilões vão vir pesado. Sobre Cris e Aline, eu confesso que não esperava que vocês gostassem tanto deles, hehehe... Abraços.

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