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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 4 - Plano D

 


No capítulo anterior:


Graças ao Localizador Genético, os Batarangers salvam Cris da execução.



Capítulo #4 – Plano D



Penitenciária Federal de Catanduvas


Um mês após a conversa com Pedro Lahm, Rosicler Araki estava em sua cela, deitada na cama olhando para o teto. Ela não continha a ansiedade em saber o que estava acontecendo há cerca de 1.400 km dali, no Rio de Janeiro. Desde a sua chegada à prisão, ela praguejava contra o Comandante Lopes, por mandá-la para tão longe do seu “alvo”, que era a F.E.B. 

Até que um certo dia, o carcereiro e mais dois guardas a levaram para o parlatório e no outro lado do vidro, estava Lahm.

Araki pegou o interfone e disse:

“Pedro, que satisfação em revê-lo, depois de tanto tempo! Caramba, parece que foi há anos!”

Lahm: “Na verdade, minha cara Rosicler, foi há um mês.”

Araki: “Um mês? Nossa, o tempo passa devagar demais por aqui.”

Lahm: “E como vão as coisas?”

Araki: “Ah, tudo dantes como no quartel de Abrantes. Ainda não perdoo Lopes por me mandar para este fim de mundo!”

Lahm: “Eu já lhe disse, Rosi. Eu posso lhe tirar daí. Só preciso de seu consentimento.”

Araki: “Ainda não. Ainda quero ficar fora de cena, mas não por muito tempo.”

Lahm: “Tudo bem. Como você ainda não foi julgada, será fácil soltá-la, pelo menos foi o que meu advogado disse, porém... a obstinação de Cristiano Ribeiro pode nos complicar...”

Araki: “Ah, foi bom você falar este nome. Na verdade, foi péssimo. Disse ‘bom’ por força de expressão. E então, como foi lá com os Batarangers? Pelo seu semblante preocupado, parece que nada deu certo.”

Lahm: “Infelizmente, nada deu certo. Tentei convencer Ribeiro a retirar o processo, mas ele me forçou a executá-lo. Só que os amigos dele salvaram-no e eu tive que fugir, deixando-os com os soldados Ômega.”

Araki: “Hum, e você fez aquilo que te sugeri? Assumiu uma outra identidade?”

Lahm: “Ah, sim, mas só para os soldados. Para eles, eu sou o Mestre Ômega.”

Araki: “Bem, não pensaria em nome melhor... E para os Batarangers, quem é você?”

Lahm demorou um instante para responder. Quando respondeu, ele estava com um olhar baixo:

“Bem..., para eles...sou Pedro Lahm...”

Araki pôs a mão no rosto, como sinal de indignação. 

Araki: “Pedro, você tinha que ter escondido sua identidade para eles também! Aposto que eles estão te associando a mim! Desculpe, amigo, mas nessa você pôs tudo a perder.”

Lahm: “Me...desculpe, Rosi... Eu... não sou bom em me esconder como você fez, ao criar Skruk. Como presidente da Ômega, a minha imagem significa muito para mim.”

Araki: “Ok, ok... Esqueça isto. O que passou, passou. Não podemos desistir de nos livrar dos Batarangers.”

Lahm: “Ah, sim, claro... Bem, em que está pensando, Rosi? Confesso que não sou bom com planos. Meu negócio é mais ação.”

Araki: “Percebi. Bem, eu realmente tenho algo planejado, na verdade, era algo planejado há muito tempo. É meu ‘plano D’.”

Lahm: “Plano D?”

Araki: “Sim, o ‘plano A’ era danificar o sistema de segurança da BataBase, soltar os detentos de lá e criar um caos incontrolável no Rio. O ‘plano B’ era colocar Tarso Monteiro contra os Batarangers. Nenhum deles funcionou, mas você apareceu oferendo-me ajuda e disse para você colocar os soldados Ômega para se livrar de Cristiano Ribeiro, caso ele não retirasse o processo. Considerei isto como o ‘plano C’. Agora, para executar o ‘plano D’, vai levar algum tempo e vou precisar muito de sua ajuda e dos soldados Ômega.”

Lahm: “Sem problemas. Pode me dizer como é este ‘plano D’?”

Araki: “Aqui eu não posso, porque é extremamente detalhado. Contudo, você pode ir ao meu apartamento lá no Rio, onde eu tenho um cofre contendo o esboço do plano. Posso pelo menos lhe passar o segredo para abrir o cofre.”

Ela disse o segredo, que Lahm anotou.

Lahm: “Claro, eu farei isto assim que sair daqui. Olha, para você esconder em um cofre, este plano deve ser uma ‘bomba atômica’ para os Batarangers.”

Araki: “Ah, mas pode ter certeza... Eles receberão uma pancada tão grande, que nem vão saber de onde veio! Aliás, eu só posso adiantar que o sinal do rastreadores dos Batarangers precisa ser bloqueado.”

Lahm: “Eu fiz isso com Ribeiro,  mas eles têm um tal de Localizador Genético e por isso o encontraram. Confesso que nem faço ideia o que seja isso.”

Araki: “Hum, é o Localizador Genético, que localiza parentes das pessoas apenas colocando uma amostra de DNA. Pelo visto, Gomes o implantou na DCT e usou o DNA de Monteiro, que é primo de Ribeiro. Esta informação é muito importante, Pedro. Como disse, quero que bloqueie qualquer sinal de rastreador dos Batarangers.”

Lahm: “Mas e se eles ativarem o botão de emergência?”

Araki: “Olha, parece que alguém fez a lição de casa... Pois então, tem que dar um jeito de bloquear qualquer tipo de sinal e/ou comunicação dos Batarangers.”

Lahm: “Seu pedido é uma ordem, Rosi. Assim que eu tiver seu plano em mãos, vou pô-lo em prática.”

Araki: “Ótimo, mas garanto que vai levar um certo tempo. Até lá, tem outra audiência do processo de Ribeiro?”

Lahm: “Tem, sim e ele vai levar o depoimento da Dra. Gomes. Quer que eu dê um ‘jeito’ nela, assim como fiz com Ribeiro?”

Araki: “Não, deixe Gomes falar. Conheço-a há muito tempo e um dos defeitos dela é não ser boa de oratória. Ela é lenta para falar e às vezes, gagueja. Ou seja, o que ela disser, de primeira, não vai convencer muito o juiz. Vai por mim.”

Lahm: “Tá certo. Fico mais tranquilo.”

De repente, um guarda entrou no parlatório, apontando para o relógio, indicando fim do horário de visita.

Lahm: “Bem, minha cara Rosi, eu vou indo. Vou pôr seu plano em prática assim que eu obtê-lo.”

Araki: “Faça isso e volte aqui para me contar as novidades.”

Lahm: “Com certeza. Até outro dia, Rosi!”

Araki: “Até outro dia, Pedro!”

Ela foi levada de volta para sua cela. De volta à sua cama, refletiu sobre a conversa com Lahm. Por conta do fracasso de seus outros planos contra os Batarangers, ela teve que recorrer àquele plano que ela considerava “totalmente à prova de falhas”. Contudo, algo a preocupava...

Araki pensou: “Pedro sempre foi muito prestativo para comigo, mas esta preocupação dele com a própria imagem e/ou da Ômega pode colocar tudo a perder. Aliás, preciso me atentar se ele tem algum projeto pessoal de poder. Ainda confio nele, mas as pessoas mudam...”



No próximo capítulo:


Vários HMs desaparecem no Rio de Janeiro e os Batarangers vão investigar.


4 Comentários

  1. Pelo visto a Araki não desiste nunca ,não é mesmo ?

    A conversa com Lanh deu vem o indicativo que ela sempre está um passo a frente de todos.

    Ela enxerga lá na frente!

    Isso é perigoso!

    Vamos ver o que ela tem em mente com esse plano D e como os Batarangers reagirão....


    Parabéns!

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    1. Valeu. Só posso adiantar que este plano se estenderá por toda temporada. Abraço.

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  2. Araki e Lahn. Conversa perigosa e que assusta a gente.

    Bom ver que nessa segunda temporada as situações e perigos serão ainda maiores aos Batarangers.

    Aproveito para dizer que você retrata bem o RJ. Já disse uma vez isso e volto a falar

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    1. Obrigado pelo feedback. Eu prefiro retratar a cidade onde moro do que criar uma cidade fictícia ou falar de outra cidade de fora, além dos leitores que não são cariocas conhecerem um pouco da cidade. Abraço.

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