BLUE RED DIKE - THE MANTLE WARRIOR (EP 26 - PESADELO FATAL)

 

CENSURA: 18 ANOS. ALERTA: Obra contém descrições de cenas com nudez/semi-nudez, violência extrema, violência sexual, gore e terror.

BLUE RED DIKE

 

 

The Mantle Warrior

 TEMA DE ABERTURA:

Whatever the Case May Be

Letra & Música: Rebecca Need-Menear & Jamie Finch.

Banda: Anavae

(Caso não rode automaticamente, o link do vídeo segue para acesso no Youtube:

(11) Blue Red Dike - The Mantle Warrior (Tema de abertura) - YouTube).

PESADELO FATAL!

Anteriormente em Blue Red Dike:

 

Depois de uma batalha ferrenha contra o malévolo Norbius no teatro de horrores onde humanos assistiam outros humanos serem trucidados, Dike e seus amigos triunfam sobre o sanguinário MORB. Porém, a jovem Faby estava morta e quando a sua amiga chamada July chega ao local acompanhada pela equipe dos paramédicos e salvadores, a tristeza é total. Xungli, Green Hope e Blue Dog correm para prestar auxílio emocional a enlutada prostituta ali diante deles.

 

Todavia, algo estranho começou a acontecer com Dike, que naquele momento estava usando a sua Almighty Form. Flashes e vultos começaram a aparecer em sua mente. Um vulto negro e forte surgiu na sua mente meio que querendo se comunicar. Almighty Dike ouve nitidamente:

 

“Demon... Demon... Você é um demônio! Libere a chave!”

 

Então, de modo claro e cristalino, a Ultimate Form aparece como uma imagem formada diante do inconsciente de Dike. Ela é extremamente parecida com a Almighty Form, só que mais negra. 

Dike Ultimate Form - Desenhada por Jirayrider.

Almighty Dike tomba ao solo por conta das dores e começa a se contorcer no chão. A áurea de Dike some e a Olivina para de brilhar. Ele retorna a forma de Dutron e brada ali deitado no chão:

 

- Não! Eu não serei um demônio! Enquanto eu viver, não quero mais ver ninguém chorar e sofrer! Maldita mãe! Eu vou matar você!!!!!!

 

Green Hope e Xungli se preocupam, mas estão cuidando de July.

 

- Deixem comigo, meninas. – Fala Blue Dog.

 

Assim sendo, Blue Dog leva dois paramédicos para ajudarem a ele com Dutron.

 

Continuando o episódio a partir daqui:

 

A essa altura, Dike já havia retornado a forma humana de Dutron.

 

- Ele desmaiou! Vamos colocá-lo numa maca! – Brada um dos médicos.

 

- Levem Dutron para nosso QG! – Ordena Blue Dog.

 

E, assim, é feito. Bombeiros, salvadores e paramédicos restantes terminam o trabalho de rescaldo no local ainda em chamas. Blue Dog vai com Green Hope usando a poderosa moto Spinifex Speedway, enquanto Xungli usa a Blue Jet. Antes, porém, de entrar na Blue Jet, a gueixa guerreira faz um carinho na face da agora consolada July e diz:

 

- Sei que é um momento duríssimo que estás vivendo, July. Estou designando aqui o Sargento Stratus para te encaminhar ao nosso centro de tratamento social que fica nas redondezas de nosso QG. Ele irá acompanhá-la até lá. Mais dois paramédicos irão com você. Peço perdão por não ter salvo a Faby... Mas, eu juro que não descansarei enquanto não aniquilar por completo esses malditos humanos mutantes chamados de MORB’s! – Brada, cerrando os punhos e com furor nos olhos, Xungli.

 

Com lágrimas no olhar e de alma acabada, July apenas acena positivamente com a cabeça, enquanto é levada dali pelo Sargento Stratus e dois paramédicos: uma despedida super triste e recheada de emoção. Então, movida pela raiva contra os MORB’s, Xungli anda em direção a Blue Jet. Dentro da cabine da moderna nave, Xungli opera os botões necessários para dar potência no jato. Ela posiciona e segura o manche, começando os procedimentos de decolagem. Em instantes, Blue Jet decola e corta os céus rumo à base central de SN.

 

Duas semanas depois:

 

Após os trágicos acontecimentos resultantes da investida de Norbius, Corwell (N. do E: que já havia retornado do Mundus Subterraneus com Tigrão, Famellius, SN e mais três cientistas) realizou uma série de exames médicos e clínicos tanto em Dutron como em Famellius. Na verdade, após tratamentos básicos pós-batalha, Dutron despertou um dia depois. Trabalhos emocionais e psicológicos foram feitos com o jovem James. Fluidos corporais e exames de sangue também foram coletados em James Dutron. Já no caso da Princesa Famellius, diversos testes foram feitos. Ela foi submetida a novo teste no polígrafo. Além disso, raios-x, tomografias, exames de sangue, coletas de fluidos corporais e mais uma baterias de testes e análises foram realizados neste tempo. No tempo atual, passado duas semanas da sangrenta batalha contra Norbius, Allan Dellon convoca uma reunião na sala central de sua base.

 

Junto ao herói Allan Dellon, estão reunidos na sala, as seguintes pessoas: Zé Bird, Green Hope, Xungli, Dutron, Famellius e Tigrão.

 

- Pessoal... Estamos aqui para conversarmos dos últimos acontecimentos e sabermos dos experimentos de Corwell em Dutron e Famellius.

 

Demonstrando aflição, Dutron se ergue e clama:

 

- Eu ser examinado após meu desmaio e por ter tido o episódio das vozes demoníacas em minha mente, eu entendo... Mas, por qual razão fizeram N testes em minha irmã?

 

- Calma, aí! Bunda rachada! Você e, todos nós, conhecemos Famellius faz pouco tempo, né? Você foi examinado, mas teve chance de ler os relatórios de nossa ida ao Mundus Subterraneus, não é? O que achamos lá parece ser incongruente com o que ela relatou! Não podemos sair confiando assim! – Esbraveja, furioso, Tigrão.

 

Num ato enérgico, Allan soca a mesa, silenciando a todos no ambiente:

 

- Dutron! Você tem muitos rompantes e instabilidades! Entendo todo o contexto, mas acalme-se! Vamos ouvir o que Corwell tem a dizer. Já, você, Tigrão... Bem, você é meu grande amigo e já está nesse cenário de guerras pela paz faz tempo! Por favor, seja maduro também. Afinal, coloque-se no lugar de Dutron também. Ele tem evoluído apesar de tudo. O poder da Olivina, justamente por ser algo atrelado a um mineral que precisa de muita temperatura e pressão para ser gerado, deve justificar ser a fonte que emana mais poder. Foi algo banhado pelos anciãos? Sim, mas é um poder que se conecta com a alma do usuário como todas demais pedras preciosas fizeram com os outros Blue Red’s. Eu mesmo uni a turmalina verde e a negra em mim para vencer os Exxons e meu próprio filho: Dark Geo. Porém, o poder da Olivina forsterita é algo muito grande e sua união com a Olivina fayalita foi capaz de prender seres numa outra dimensão...  Imagine o que faz com a alma do usuário? – Pontifica, com autoridade, Allan.

 

Todos ficam em silêncio por cerca de um minuto e de cabeça baixa. Porém, a Princesa Famellius, de modo inesperado, começa a falar:

 

- Acalme seu coração, Dutron.

Princesa Famellius - Desenhada por Art Shadow Moon

 

- Mana? – Indaga, com cara espantada, Dutron.

 

A princesa MORB respira profundamente e fala:

 

- É claro que não é fácil para a minha pessoa ter passado por exames novamente e ainda encarar mil desconfianças. Mas, eu reconheço que é normal. Note o que a humanidade está sofrendo nas mãos de outros humanos, mas que usurparam um poder maior do que podiam suportar e, por isso, destilam ódio. Por isso, eu entendo as atitudes tomadas em relação a mim justamente pelo fato de toda crueldade que está ocorrendo e os mistérios também. Corwell foi super educado comigo. Não tenho do que reclamar.

 

- Obrigado por nos compreender, Famellius. Mas, eu, cada vez mais, percebo que você e Dutron têm uma conexão forte e eu sempre busco crer no melhor das pessoas! – Fala Allan.

 

Corwell toma a palavra:

 

- Como bom cientista, eu preciso investigar e atestar todos os fatos. Mas, de antemão, eu já informo que a própria Famellius solicitou que nós implantássemos um chip nela para, assim, acompanharmos qualquer alteração em seu corpo.

 

Todos se espantam no local e se entreolham.

 

- Mana... Não acredito... – Fala, surpreso, Dutron.

 

- Não há o que temer quando se tem um coração, alma e mente que são íntegros! Além do mais, precisamos entender a razão das dores em meu interior. Parecem ter relação com os poderes crescentes da Olivina em mim, não é Corwell? – Indaga a Princesa Famellius.

 

Então, neste momento, Corwell começa a discorrer sobre seus recentes estudos.

 

- Peço que todos escutem atentamente tudo o que preciso dizer a vocês para que entendam. Todos esses estudos se fizeram necessários em função do que encontramos na expedição ao Mundus Subterraneus. Lá, de fato, encontramos uma ossada de mulher relativamente preservada. Bem, isso está tudo no relatório... Os que não foram na expedição leram?

 

Todos balançam positivamente as suas cabeças.

 

Corwell, então, prossegue sua fala:

 

- Os exames que fizemos em vocês, Dutron e Famellius, mostram que ambos estão saudáveis. Contudo, cada vez mais, ambos, estão emanando poder e/ou energia que irradia pelo corpo de vocês. A coleta de sangue e fluidos corporais foram extremamente importantes para realizarmos o exame de DNA – Parentesco. Este exame é realizado para investigar uma possível relação genética entre supostos parentes. Existem inúmeras possibilidades para que se faça um exame assim, dentre as mais comuns estão: Exames de DNA para investigação de Paternidade sem a presença do suposto Pai. Ou seja, na prática, este é um exame de DNA entre irmãos para confirmar ou excluir o parentesco. Não sabemos se o pai real de vocês está vivo ou morto e a Queen é, a priori, nossa maior rival. Logo, justifica-se tal exame.

 

- E, qual foi o resultado? – Indaga Xungli.

 

Corwell, então, segue relatando os resultados:

 

- Sim, os resultados provam que vocês são irmãos de fato... – Fala o cientista se voltando para os dois irmãos.

 

Numa cena singela, os dois irmãos se abraçam na frente de todos. A emoção é grande em todos os presentes. No entanto, como sempre, uma misteriosa áurea energética é emanada quando os dois se abraçam. Refeitos da emoção, os irmãos se sentam.

 

- Corwell, com base na atitude de Famellius e nos testes, eu acho que não devemos mais duvidar do fato de que são irmãos. Além disso, não é possível que ela não esteja sendo sincera... – Conclui, com serenidade, Allan.

 

- Eu também penso isso, mestre. Ainda mais com tudo que presenciamos aqui e agora. Fora isso, em média, irmãos compartilham cerca de 50% do seu DNA entre si, mas alguns irmãos compartilham ainda mais e outros menos. No caso de James e Famellius, ambos compartilharam 70% do DNA. Porém, precisamos desvendar todos os demais mistérios... – Responde Corwell.

 

Zé Bird pede a palavra e indaga:

 

- O que mais você descobriu? E, a ossada?

 

- Bom, primeiramente, quero explicar a vocês que os tecidos presentes em restos mortais próximo aos ossos do corpo encontrado constituíam-se apenas em fatores desprezíveis. Ou seja, eles estavam podres e sem chance de análises. Deste modo, coloquei minha equipe para que estudasse em detalhe a parte óssea somente e tentassem até mesmo o DNA. – Informa Corwell.

 

- Caramba! – Espanta-se o tibetano Tigrão.

 

- Isto mesmo, Tigrão. É possível estudo de DNA por ossos. A grande maioria dos protocolos de extração de DNA de ossos faz uso da amostra triturada e do método de extração orgânica tradicional, sem, entretanto, conseguir uma lise total das células e perfis genéticos completos. Comparamos em banco de dados e não achamos nada conclusivo por conta disso... – Responde Corwell

 

- Putz! Que merda! – Xinga, nervoso, Dutron.

 

- Calma, meu querido James... – Fala Princesa Fanellius, colocando as mãos sobre os ombros de seu amado irmão: James Dutron.

 

- Mas, não pense que acabou assim, Dutron. Existe uma forma mais moderna de estudos ósseos e que foi desenvolvida ao longo dos anos por cientistas visando identificação de pessoas. O corpo humano tem 206 ossos tão característicos quanto as impressões digitais. Peso, formato, densidade e estrutura das juntas fazem com que o esqueleto de cada pessoa não tenha características ósseas semelhantes. Além disso, ossos quebrados, implantes, uma vértebra ou costela a mais podem deixar a identificação ainda mais precisa. Neste caso, achamos resquícios de fissuras e pequenas fraturas nos ossos. Fizemos buscas e combinações em nossos bancos de dados. Não achamos nada nos registros correspondentes a parte do Neo-Pangea que corresponde ao antigo Brasil. Sabemos que alguns desses humanos MORB’s não têm registro em lugar algum. Mas, os que foram para o Mundus Subterraneus já na fase de adultos... Esses sim têm dados e registros até em cartórios. Afinal, viveram antes como humanos normais em nosso meio. E, a mãe de vocês dois é brasileira. Por isso, buscamos primeiro em registros na base de dados brasileira em nossos sistemas. Mas, não achamos nada que fosse de valia para cruzar os dados. Todavia, lembrei de algo deveras importante... – Falou Corwell.

 

- O quê? – Indaga Allan.

 

- Com o pai de James e Famellius era americano, lembrei que a mãe podia ser erradicada nas terras do TIO SAM justamente por ter conhecido o John Tiferd nos EUA. Não deu outra! Nós estabelecemos contatos com nosso núcleo na região do Neo-Pangea onde estavam localizados os antigos Estados Unidos da América. E, os resultados científicos e investigativos não mentem. Essa ossada é da mãe de vocês: Val Line!

 

Um ar sombrio e tenebroso, embalados por uma música de suspense ao fundo, apavoram a todos no ambiente.

 

- Eu sei e reconheço seu trabalho magnífico, Corwell. Você e sua equipe são todos fantásticos. Mas, não consigo me lembrar disso... Não me lembro de alguém se arrastando até a câmara. E, o corpo, além de ser de nossa mãe, estava perto da câmara congelante... – Fala, claudicante, Princesa Famellius.

 

- E, mais, lendo o relatório, vi que vocês relataram que havia marcas que comprovam que esta pessoa, a dona da ossada, se arrastou até onde estava minha irmã... – Informa, apreensivo, Dutron.

 

Allan toma a palavra:

 

- Sim! Este é o grande mistério que nos cerca ainda... Quem é a Queen de fato? Ela se apresentou primeiramente escondida sob o disfarce de Red Eyes. Só depois de um dado tempo que ela mostrou ser a Queen de verdade. Mas, será que ela é mesmo a mãe de vocês? Parece que não com base nesses resultados de Corwell.

 

Dutron pensa um pouco e fala:

 

- De fato, a voz da Queen é igual a do vulto feminino e loiro que apareceu a mim assim que adquiri meus poderes... Mas, a Queen é ruiva!

 

- Meu irmão... Nossa mãe pintava o cabelo dela com os próprios poderes MORB’s. Isso eu me lembro. Então, isso não pode ser um parâmetro confiável para acharmos que não é ela. Todavia, as provas que Corwell mostra são praticamente irrefutáveis. – Fala Princesa Famellius.

 

- Mas, isso pode significar então que nossa mãe é quem foi morta e que nosso pai está vivo. Afinal, eu também já vivi experiências com vultos masculinos conversando comigo, inclusive quando lutamos contra Chronos Master (N. do E: Lembrar do Crossover Especial - Nipo Ranger vs BlueRed Saga).  – Conclui Dutron.

 

- Será? Não pode ser? Não consigo me lembrar detalhadamente do ocorrido no dia do Selo. Nem com todos os exames feitos por Corwell em mim! – Fala a princesa, colocando as mãos na cabeça em tom de desespero.

 

James Dutron abraça sua irmã, enquanto Corwell segue sua fala:

 

- De qualquer forma, não conseguimos ver se há a Olivina fayalita em você, Famellius. Só notamos mesmo os fragmentos de Olivina forsterita ficando cada vez mais fortes. Isso deve ser devido à proximidade com a Olivina forsterita total de Dike. Assim como os demais MORB’s aumentam o poder deles, você também elevou o seu.

 

- Eu sei! Afinal, desde quando despertei, batalhei e matei cerca de 50 deles, os lançando naquele galpão abandonado. Com todos sendo seres já adultos, mas maus e com formas monstruosas, eu não sei dizer se a todos conhecia. Ainda mais com eles usando codinomes. Porém, houve alguns que se identificaram... Pessoas contemporâneas e outras que foram crianças comigo no Mundus Subterraneus e eu os matei... Não pensem que é fácil... Eu convivi com essas pessoas... – Responde, em lágrimas, Princesa Famellius.

 

James Dutron segue consolando sua irmã. Green Hope, neste momento, fala:

- Seja como for, ficou claro que existem quatro milhões de MORB’s nessa tal Dimensão Green River!

 

- Sim... Eu li o relatório e assisti os registros de câmeras nossas do dia da batalha contra Norbius. Pelo visto, os MORB’s procriaram e muito no Green River Palace e adjacências, dentro dessa dimensão. – Responde Allan.

 

- Bichos tarados! Isso aí deve ter envolvido porfias, pedofilias e etc. O intervalo de 10 anos não seria humanamente suficiente para tal... – Reclama Tigrão.

 

- Nem podemos levar para esse lado. Vamos nos focar no que podemos descobrir. Em mundos paralelos, a noção de deslocamentos temporais pode ser diferente da nossa. – Fala Cowell.

 

Avançando na apresentação de resultados, Corwell projeta na tela todas as formas de Blue Red Dike exibidas até agora.

 

Imagem desenhada por Jirayrider mostrando as formas de Blue Red Dike: Basic Form, Basaltic Form, Harzbugite Form (parte superior), Ultra Blue Form, Dark Form, Extreme Form (segunda fileira), Monster Form e Almighty Form (parte inferior).

 

- Como vocês podem ver, as transformações de Dike perfazem oito formas, isso sem contar que o Spinifex Power aumentou os poderes de Porcosatsu (N. do E: Agora, Blue Dog), SN, Tigrão e ainda deu existência a uma moto e nave. – Relata Corwell.

 

- É um poder, de fato, descomunal. Precisamos aproveitar. Os MORB’s querem tanto a chave, mas se matarmos eles antes disso, já era pra eles: GAME OVER! Eles não estarão mais aqui para tentar liberar o poder máximo de Dike. Aí, estará tudo acabado! – Fala, irada, a heroína Xungli.

 

- As coisas não são tão simples assim, Xungli. Eles querem que façamos isso. Com certeza, se Dutron brigar com mais fúria, vai se transformar na última forma... – Fala Green Hope.

 

- Isso mesmo! Temos que ter cuidado uma vez que tal situação pode significar um risco para Dutron e todos nós! Não se esqueçam que Dutron viu essa forma chamando-o de Demônio e pedindo pra que libere a chave! – Brada Tigrão, coçando seu saco.

 

Zé Bird, então, completa:

 

- Uai! Sô! E, a frase pintada por essa mulher da ossada no Mundus Subterraneus também trazia a mensagem que Dike é um demônio! Não foi Corwell?

 

- Sim... Analisando o padrão da letra talhada, forma de escrita e as marcas no chão... De fato, foi uma mulher que escreveu e, sim, é a dona da ossada encontrada! – Responde Corwell.

 

- Não há jeito, Allan e Tigrão! Seja como for, temos de nos arriscar. Eu não quero mais ver pessoas sofrendo! Se isso significar o meu fim, eu preciso me sacrificar! – Esbraveja James Dutron.

 

- De fato, temos de ter cuidado, Dutron... Porém, uma verdade é que os MORB’s agora, com base no que vocês mesmo relataram a nós após a última batalha, se restringem a Miss Soneca, Savius Strongest e a própria Queen. No entanto, não devemos nos arvorar. Eles estão quietos esses dias, com certeza, tramando algo. Eles sabem que estão em menor número. Eles vão arquitetar algo para tentar compensar isso e fazer emanar a chave, virando o jogo em favor deles. Precisamos ser cautelosos! – Conclui, com garbo, Allan Dellon.

 

Dutron percebe que sua irmã se mostrou ainda mais cabisbaixa quando ela ouviu o nome Savius. Com discrição, ele a questiona:

 

- O que houve? Mana? Conhece algum destes dois?

 

- Nada, irmão... Eu apenas preciso descansar um pouco... – Responde a Princesa Famellius que se recolhe para seu quarto.

 

Blue Dog, que estava deitado num cantinho, mas ouvindo tudo, levanta-se e fala:

 

- Não se esqueçam do tal Andarilho. Dutron ficou totalmente alterado com o cara por conta da música que ele tocava. Se não fosse eu para impedir, acho que ele ia acabar com aquele misterioso ser.

 

- Pô! Blue Dog! Por acaso, me diga com quem o Dutron não dá chilique... Hahaha! – Fala Tigrão, todo zombeteiro.

 

Todos riem, enquanto Dutron fica sem graça. Mas, Allan completa:

 

- Mas, de fato, nós nunca mais vimos esse ser e não sabemos se é aliado ou inimigo. Porém, quem me garante que ele não esteve dando suporte aos MORB’s nestas últimas investidas? De repente, ele é um MORB! Fiquemos atentos ao Andarilho.

 

- SIM! – Todos respondem em uníssono.

 

Região oeste do setor K. Dia 10 de agosto de 2022 – 21h30min:

 

Três dias são passados após a reunião dos heróis. É uma noite fria e chuvosa no Neo-Pangea. Um ônibus que liga a zona oeste até a zona do sul do setor K estaciona num ponto que está deserto. Uma única e singela passageira desembarca e começa sua jornada até sua casa. Ela se chama Caroline Dalva da Silva, 22 anos, estudante de farmácia. A jovem estava retornando de mais um dia extenuante de atividades de aula, pesquisa e extensão na universidade. Em virtude da chuva e frio, a moça vira e posiciona sua mochila para a parte frontal de seu corpo. A jovem aperta o passo para cruzar um parque, atalhando assim o caminho até a sua casa. Contudo, ela pressente um mal... Uma sensação ruim se aproxima dela... Ela percebe como que vultos estivessem a perseguindo. De supetão, ela pára, olha para a esquerda e direita:

 

- Não há nada... Mas, estou com medo. O que será este pressentimento?

 

Carolina Dalva volta a caminhar, mas não anda nem cerca de 10 metros e sente um sussurrar feminino e macabro ao pé de seu ouvido: “Me entregue sua alma...”

 

- Ahn! – Grita, de modo curto e assustado, Caroline.

 

A jovem dá um pequeno salto e dá um giro de 360º em torno de si de tão assustada que estava.

 

- Nossa... Não é nada. Mas, eu vou tratar de correr e atravessar logo esse parque antes que...

 

POWWWW!

 

A jovem recebe um forte murro. Seu guarda-chuva cai no chão. Um ser com força descomunal a agarra por detrás, arrancando fortemente a mochila de suas costas. A criatura joga a mochila longe, enquanto outro ser demoníaco de olhos vermelhos começa a desabotoar sua roupa.

 

- AHHHH!!!!! SOCORRO! – Grita a jovem em vão, pois parece que ninguém em suas residências dá atenção ou se preocupa em salvá-la.

 

De súbito, ela percebe que a criatura que a está dominando por trás assume a forma de sua mãe, enquanto o outro ser que a violenta covardemente é de fato o seu pai. Ambos com dentes monstruosos começam também a arrancar e comer partes do corpo da jovem.

 

- Ahhhh! Pai! Mãe! Ahhhhhhhhhhhh!

 

- Morra! Maldita! – Gritam os pais a devorando.

 

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!

 

Mais que de repente, suando frio, Caroline, levanta-se num movimento vertical da sua cama, deixando o seu travesseiro e cobertas caírem ao chão. Ofegante, numa mistura de tensão e alívio, com a adrenalina a mil, Carolina diz para si mesma em voz alta:

 

- Nossa... Era um pesadelo... Ufa... Menos mal...

 

Todavia, nesta hora, a jovem percebe uma macabra fumaça marrom entrando por debaixo de sua porta.

 

- Essa fumaça marrom... Ela me encobriu, na verdade, hoje mais cedo, quando fui para faculdade. Achei muito estranho, pois ela sumiu logo depois de eu passar por ela. Agora, eu me lembro. Fiquei sonolenta o dia todo e vim mais cedo para casa e meus pais disseram para eu descansar... Meu Deus, o que está acontecendo? Pai? Mãe? Vocês estão aí?

 

Na ponta dos dedos, a jovem se aproxima da porta do seu quarto. Antes de sair do quarto, a garota tenta acender a luz e percebe que a mesma não funciona.

 

- Estranho... Droga! Faltou luz?

 

Carolina pega uma lanterna na gaveta do armário presente em seu quarto e a liga. A casa da jovem tem dois andares. O ambiente em que ela se encontrava ficava no segundo andar. A moçoila abre a porta do seu quarto e começa descer lentamente as escadas usando a luz da lanterna como guia. Calafrios arrepiantes começam a cortar toda a espinha da jovem uma vez que ela percebe sangue espalhado pelos degraus. Conforme Carolina vai descendo as escadas, ela nota o aumento das manchas de sangue em direção a sala de estar da casa. Aí, nesta hora, a jovem percebe seus pais decapitados no meio da sala. Os corpos foram colocados lado a lado com as mãos dadas. Desesperada, a jovem se auto-esbofeteia e belisca:

 

- Não é pesadelo... É real! Pai! Mãe! – Chora a jovem genuflexa sobre as poças de sangue.

 

Usando a luz da lanterna, Carolina repara que as cabeças de seus pais estão macabramente dependuradas no teto da casa. Carolina, então, se ergue desesperadamente, abre a porta de casa e confere que na rua e vizinhança há energia normal. Ela, agitada e nervosa, corre aos fundos da casa para conferir a caixa de energia.

 

- Nossa... Os cabos de energia foram cortados... Quem fez isso?

 

SOCK!!!!

 

Carolina leva um forte murro que quebra seu maxilar.

 

- Ai, meu Deus! Quem é você?

 

- Sou a sua coveira! Hahaha! Vá fazer companhia a seus papais! – Brada Miss Soneca.

Miss Soneca - Desenhada por Jirayrider

 

A vilã estende sua mão. Uma fumaça marrom sai da boquinha presente na sua luva. A jovem corre em desespero na direção da praça perto de sua casa, mas seu movimento é lento e sonolento uma vez que foi atingida pela fumaça da vilã maldosa. Ela grita:

 

- Socorro, gente! Socorro!

 

Pessoas que estavam nas redondezas, ao verem a MORB Miss Soneca, saem correndo. Muitas outras fecham janelas de suas residências e apagam as luzes. O pavor é total. Lentamente, a vilã vem caminhando sem pestanejar na direção da ferida Carolina.

 

- Você caiu no meu pesadelo fatal. Não vai mais se livrar de mim. Deixe eu te matar logo. Hahaha! – Fala, passando a língua nos lábios, Miss Soneca.

 

- Não! Não! Deixe-me em paz! Socorro! – Grita a jovem Carolina.

 

Num lance rápido, uma energia flamejante e brilhante explode poderosamente sobre a vilã MORB. Tal energia some e manifesta Princesa Famellius que corre para acudir a toda ferida jovem. Um carro médico e outro policial estacionam no local. Logo, Princesa Famellius conduz a jovem para que a mesma seja socorrida pelos policiais e médicos.

 

- Pessoas ligaram para nosso telefone de emergência e, por isso, viemos para cá! – Diz um dos soldados.

 

- É o disque-denúncia criado pela força de SN! Sempre vai haver alguém na população disposto a ajudar... – Comenta o médico.

 

- Ok! Pessoal! Cuidem dela! Mas, por favor: saiam daqui agora. É perigoso! – Ordena Famellius.

 

Rapidamente, os médicos e policiais partem em disparada levando a jovem Carolina para o hospital. Os policiais ativam a sirene e falam por alto-falantes:

 

- Todos fiquem nas suas residências. Quem estiver na rua, por favor, se esconda.

 

A vilã se ergue rindo. Famellius, então, olha bem para o rosto e trejeitos da vilã e diz:

 

- Bianca? É você? Essa voz... Nossa! Tantos anos passaram e você não mudou quase nada... Nós temos a mesma faixa etária.

 

Agora, de pé, Miss Soneca fala:

 

- A Bianca criança que brincava com você já era. Enquanto você ficou no bem bom, totalmente congelada, eu fiquei em outra dimensão vendo toda sorte de violência e loucura. Mas, isso nos moldou e nos ajudou a ver que Athanasius tinha razão. O que compensa é o mal. Temos de ser totalitários e massacrar este mundo!

 

- Meu Deus... Bianca... Nós vimos como meus pais evitaram ao máximo que os pensamentos maléficos tomassem conta de nós... Só que a corrupção cresceu... Laup Stronger e Dudamel se venderam e criaram esse movimento maléfico. – Brada Famellius.

 

- Hahaha! Idiota! Você pensa que sabe das coisas? Sabe nada... Não sabe o que está por trás: the Big Picture!

 

- Sabemos sim! Há algo estranho! Com a ajuda dos homens de SN, nós descobrimos que a minha mãe está morta... Logo, diga... Quem é essa Queen? – Irada, pergunta, Famellius.

 

De modo matreiro, a vila move-se rapidamente, aplica uma rasteira em Famellius e a pega pelo braço esquerdo e a arremessa contra uma árvore de modo violento. A vilã então lança sua fumaça marrom sobre a heroína de modo certeiro.

 

- Coff! Coff! O que é isso? – Fala, tossindo, Famellius.

 

Miss Soneca dá um super tabefe na face de Famellius e a joga no chão:

 

- Sua tola. Minha missão aqui foi cumprida em relação a você.  A minha fumaça rosa faz adormecer a pessoa e a marrom faz a mesma ter pesadelos. Assim que massacrei os pais da moça que você salvou. Agora, você será dominada pelos meus pesadelos! Hahaha! Sou a Miss Soneca!

 

- Não é possível que não exista mais nenhuma humanidade em você, Bianca... – Responde Famellius.

 

Miss Soneca segura a Famellius pelo pescoço e diz:

 

- Sua idiota... Você acha que o pequeno lamento de Moglius na hora da morte dele diante de você demonstrava alguma chance de arrependimento? Não! Nunca!

 

Ao bradar isso, a vilã dá um chute na boca do estômago de Famellius e a deixa caída no chão, cuspindo sangue.

 

- A gente tem sim uma centelha de sentimento humano em nós... Mas, nada demais... Nós penas sentimos uma raiva enorme, pois você devia estar conosco e não contra nós, sua maldita! – Grita Miss Soneca.

 

- Nunca vou perdoar as maldades que estão fazendo... – responde Famellius que está fraquejando diante da vilã.

 

- Cadê o Dike? Preciso dele! Faz parte da missão! – Grita Miss Soneca.

 

POWWWWW!!!

 

Sem pestanejar, Dike chega já transformado na sua Basic Form e marreta a vilã poderosamente com sua Power Maul.

 

Dike percebe, então, que sua irmã Famellius cai em sono profundo e começa a se mexer de modo abrupto. O herói a segura no braço e fala:

 

- Mana... Porque você veio sem mim quando percebeu o alerta de Zé Bird soar na base avisando de um sinistro nessa região. Nós acabamos chegando em momentos diferentes ao local. Era para você ter me esperado!

 

- Hahaha! Ela está agora tendo a mente dela tomada pelo meu poder do sono. Pesadelos fatais vão ser formados na mente de Famellius acordando o subconsciente da mesma para os maiores abismos da alma dessa donzela traidora... – Fala debochada a vilã.

 

POWWWW!

 

Blue Dog chega ao local disparando um mini míssil sobre a vilã que não esperava esse ataque surpresa. Com a parte lateral de seu corpo arrombada pelo petardo, é possível perceber partes do intestino da Miss Soneca sendo jogados para fora de seu corpo.

 

- Cachorro desgraçado!

 

POWWW!!!!

 

A vilã nem tem tempo de reagir. Afinal, Dike usa sua marreta e a golpeia, levando-a aos ares. Em seguida, o herói a golpeia de novo com sua Power Maul. Tonta e enfraquecida, ela cai no chão.

 

- Blue Dog... Cuide de minha irmã. Vou estraçalhar essa desgraçada... – Diz Dike.

 

Blue Red Dike vai andando lentamente rumo à Miss Soneca. Conforme avança na direção da vilã, Dike se transmuta para a Monster Form. 

Dike Monster Form  -Desenhada por Norberto Silva.

Miss Soneca dispara um laser e faz surgir um campo de força local na frente do herói. Com um lava flamejante em seu punho, Dike Monster Form soca e explode o campo de força.

 

- Hum! De fato, você já domina e destrói nossos campos de força. Seu poder só aumenta e mostra a evolução. Vamos! Hahaha! Vamos! – Zomba a vilã.

 

Sem pena, Dike Monster Form, ergue a vilã usando seu braço direito e com sua boca monstruosa morde e arranca a mão de Miss Soneca onde havia a luva com a boquinha!

 

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!! Miserável! – Urra de dor a vilã.

 

- Você não fará mais maldades com pesadelos a ninguém... Uoahhhhhhhhhhh!

 

Em meio a urros de ódio, Dike Monster Form, enfia o braço esquerdo com vontade e transpassa a armadura e corpo da vilã. De modo assombroso, Dike arranca o coração de Miss Soneca e ainda o come de modo nojento.

 

- Meu pai! Que ação bestial... – Espanta-se Blue Dog que está protegendo a desmaiada Famellius.

 

Dike, então, com frieza, simplesmente larga a vilã completamente morta no solo. Na sua mente, vozes maléficas se ouvem novamente: “Você é um demônio! Liberte a chave! Vamos logo”.

 

- Eu não serei dominado por você! UOAHHHHH!!!!!!!!!!!!

 

Grandes explosões ocorrem. Blue Dog fica apreensivo, mas percebe que, do meio da explosão, Dutron sai caminhando em sua forma humana. Ele corre até seu amigo e irmã. Dutron faz carinho em Blue Dog e mira os olhos na sua desacordada irmã.

 

- Obrigado pela ajuda, Blue Dog. Vamos para a base agora. Corwell, com certeza, irá entender o que está acontecendo e cuidará de modo profícuo de minha irmã.

 

Rapidamente, Dutron usa seu celular e manda uma mensagem via WhatsApp para SN avisando o ocorrido. Assim, Dutron brada TRANSFORMAR e assume a forma Ultra Blue. Usando o poder Spinifex, ele faz surgir a Blue Jet diante deles. Dike e Blue Dog adentram na nave levando a Princesa Famellius com eles. Deste modo, eles decolam e partem rumo ao QG de SN.

 

Um pouco afastado dali, atrás de umas árvores, o estranho Andarilho está como sempre a tudo espiando. De modo sagaz e com uma visão além do alcance, Andarilho registra o número do WhatsApp de Dutron.

 

- O que você está fazendo aí? Andarilho babaca! Hahaha! – Brada Savius, the Strongest!

 

- Ora! Estou cumprindo a minha função de espionar... Só isso... – Responde o Andarilho.

 

 O fortão Savius coloca as mãos sobre os ombros do Andarilho e diz:

 

- Seu imbecil. Pensa que eu não sei que você é muito bonzinho. Não queira nos trair... – Fala, num tom ameaçador, Savius.

 

Tirando o braço de Savius de modo abrupto de sobre seus ombros, Andarilho diz:

 

- Não entendo como você é tão frio... Ao menos, o sentimento pela Princesa Famellius você ainda devia nutrir.

 

- Cale-se, idiota! Vou usar isso agora para completarmos nossa ação tática com maestria... – Responde, de modo cruel e maldoso, Savius.

 

As árvores do parque, de modo sinistro, começam a balançar. A sombra do mal começa a rodear os dois MORB’s como que manifestando uma energia maléfica. Apavorados, os dois seres MORB’s ali presentes colocam-se forçadamente de joelhos diante do mal.

 

- Seus energúmenos! Vocês estão perdendo tempo com conversas inúteis? Só me restam vocês dois de MORB’s serviçais aqui no Neo-Pangea pra que nossa última investida logre êxito. O ataque sobre a Princesa Famellius é essencial! Conto com você nesse ataque, Savius. Sua relação de carinho do passado com Famellius é o complemento nesse plano! Hahaha! – Brada a metalizada e destorcida voz masculina da misteriosa sombra do mal.

 

- Sim! Alteza! – Respondem os dois MORB’s  ali presentes.

 

Cerca de três horas depois, já na madrugada, no laboratório de pesquisas de Corwell:

 

- Dutron... Sei que é sua irmã e você está preocupado. Mas, os efeitos do pesadelo fatal de Miss Soneca estão ativos e atormentando a mente de Famellius. Por isso, ela sua frio e está se debatendo. Com base em nossos estudos, o efeito desta fumaça ainda vai demorar umas 3 a 4h agindo na mente dela. Mas, nós estamos analisando o chip que inserimos nela. Mais que isso, nós estamos monitorando as atividades cerebrais dela. Fique tranqüilo e vá descansar um pouco. – Fala, com calma, Dr. Corwell.

 

Resignado, o resiliente Dutron diz:

 

- Você tem razão, Corwell. Preciso descansar e estar bem para qualquer emergência.

 

Dutron, então, se recolhe, não sem antes olhar mais uma vez para a sua irmã deitada numa moderna cama situada dentro da parte hospitalar no laboratório de Corwell.

 

Alguns metros dali, no andar de cima da base, no interior dos aposentos de SN, está nosso líder: Allan Dellon. Ele estaria descansando? Não, ele não está. No interior do quarto do líder do Neo-Pangea, há um equipamento moderno de comunicação desenvolvido por Zé Bird.

 

- Eu nunca tentei usar isso. E, nem tenho idéia se funcionará... Pior... Não tenho noção se na ERA do meu grande amigo e líder heróico é madrugada como aqui. Enfim, eu não sei. Mas, tentarei... Mesmo um líder como eu, preciso conversar com seres inspiradores... – Fala, consigo mesmo, em voz audível, Allan Dellon.

 

Neste exato momento, então, Allan Dellon ativa o equipamento. Longe do local onde se encontra SN, considerando o conceito de multiversos e mundos paralelos, o funcionamento deste equipamento incrível e moderno vai buscar contato com alguém muito especial. 

 

É dia claro na região dos pampas gaúchos em Bagé aonde um motoqueiro move-se rapidamente em seu veloz equipamento pelo abrupto e belo relevo da região: é o herói Lanthalder. Ele está usando a poderosa moto chamada de Interceptor (N. do E: Moto com que SN presenteou Lanthalder no Crossover Especial - Nipo Ranger vs BlueRed Saga). Repentinamente, Interceptor freia violentamente, arremessando longe Lanthalder que se estabaca no chão.

 

- Bah! O que houve agora Interceptor?

Lanthalder e Interceptor - Desenho cedido por Lanthys Lionheart.

 

Então, Lanthalder percebe que o monitor moderno da moto abre-se e gera uma transmissão de imagem holográfica que retrata diante do cibernético herói uma pessoa que há muito ele não via: Allan Dellon que está no quarto do seu QG pessoal no Neo-Pangea.

 

- SN? Allan? Véio... És tu mesmo? Então, esta moto tem um moderno dispositivo de comunicação que permite tu falares comigo. Tchê! Que trilegal! – Fala Lanthalder.

 

- Desculpe o mau jeito. Ao menos, aí não é madrugada como aqui em minha ERA.  – Responde Allan Dellon.

 

- Que bons ventos te trazem, meu amigo? – Indaga Lanthalder.

 

- Simplesmente, por vezes, um líder precisa desabafar e conversar com outro, visando evoluir e conseguir encontrar saídas... Aceita papear?

 

- Bah! Com certeza, meu guri!

 

Deste modo, os dois grandes líderes de cada um dos seus mundos travam bons diálogos a cerca das lutas, anseios e esperanças que têm vivido.

 

No laboratório de Corwell:

 

- Famellius... Seu cérebro está muito agitado e a energia irradiada nos fragmentos de olivina forsterita aumenta. Mas, há uma energia maior crescendo no interior de seu corpo! Isso não é normal... Esses ataques dos vilões MORB’s não foram à toa. Não mesmo!

 

Na mente de Famellius um sonho ocorre: A princesa dos MORB’s está andando num corredor escuro. Ao final do referido corredor, Famellius percebe uma luz branca brilhante. Assustada, a irmã de Dutron vai andando lentamente. Ao caminhar, a heroína incrivelmente transmuta para a forma de criança. Olhando para suas mãos e pezinhos, ela diz:

 

- Sou criança de novo? O que está acontecendo?

 

A menina Famellius, infantil e singela, fita a luz branca e brilhante que vai ganhando forma e manifesta um ser. Ela fala:

 

- Papai! Papai! É você! Papai!

 

A menina Famellius, então, sai correndo alegre para os braços de John Tiferd, seu pai.

John Tiferd - Desenhado por Jirayrider

 

- Oh! Filhinha! Quanto tempo, hein? – Sorri o pai que a abraça e levanta aos ares!

 

Contudo, repentinamente, eis que John Tiferd transmuta o sorriso para um ar monstruoso e com ódio em sua face começa a morder e comer os braços de sua filha.

 

- Papai! Por que isso? Pai! Tá doendo, papai!

 

- Hahaha! Sua fedelha inútil! Dê-me a chave!

 

- Aiiiii!!!!!!!!!!! – Urra a menina Famellius.

 

No laboratório de Corwell, os demais cientistas se viram para o seu chefe pesquisador e alertam:

 

- Ela está se descontrolando e o nível de energia aumentando!

 

- Usem nossos equipamentos. Vamos tentar despertá-la! – Brada Corwell.

 

Famellius, no entanto, começa a gritar e uma forte áurea a envolve!

 

Uma grande explosão ocorre: POWWWWWWWW!!!!

 

Continua...

 

PRÓXIMO EPISÓDIO: MEU PRIMEIRO AMOR.

 

 TEMA DE ENCERRAMENTO:

CLAMOR

Letra: Art Shadow Moon

Música/Vocais: Leo Oliveira

Produção musical e arranjos: Grave Online/Val Waxman

(Caso não rode automaticamente, o link do vídeo segue para acesso no Youtube):

https://www.youtube.com/watch?v=6pZJSWKaJKU