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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 10 - Irmãos Cobra

 




No capítulo anterior:


Aline e Jéssica encontram uma HM com habilidade de felinos chamada Felícia e ela ajuda a dupla a chegar até a praia da ilha.



Capítulo #10 – Irmãos Cobra



No meio da mata



Jefferson acordou no meio da mata da Ilha das Rosas, em cima de um galho de uma árvore. Obviamente, estranhou tudo o que olhava em volta. Ele desceu da árvore e assim como os outros Batarangers, tentou comunicar-se com a base e com os outros, sem sucesso. Não se lembrava como veio parar naquele lugar. A última coisa que se lembrava era da explosão do uniforme de Zaira.

Ele levantou o olhar e viu que em outra árvore, havia alguém aparentemente desacordado em cima de um galho, assim como ele estava antes. Chegando mais perto, ele reconheceu quem era.

Jefferson: “Mateus!”

Ele subiu na árvore onde estava Mateus e sacudiu o companheiro.

Jefferson: “Mateus, Mateus! Acorda! Sou eu, Jefferson!”

Mateus abriu os olhos e perguntou ao outro:

“Jeff? Onde...eu estou? Onde estamos?”

Jefferson: “Não faço ideia, Turbo. Eu também acordei em cima de uma árvore.”

Mateus: “Vamos descer.”

Os dois desceram da árvore e olharam em volta. 

Mateus: “Cara, como viemos parar aqui?”

Jefferson: “Sei lá. Só me lembro da explosão lá no Centro.”

Mateus: “Eu também.”

Ele pegou seu BataMorpher, mas foi interrompido por Jefferson.

Jefferson: “Nem adianta, cara. Já tentei e estamos incomunicáveis.”

Mateus: “Droga! Já sei, vou sair correndo para descobrir onde estamos. Já volto.”

Ele começou a correr, mas acabou tropeçando e caindo no chão.

Mateus: “Ué, o que houve? Por que tropecei?”

Ele viu que seus tornozelos estavam presos a grilhões.

Mateus: “Tá explicado... Como não reparei antes?”

Jefferson: “A Ômega foi esperta. Sabia que você poderia sair correndo e por isso prendeu seus tornozelos, para a gente não descobrir onde estamos.”

Mateus: “Eles pensam em tudo! E agora?”

Jefferson: “Temos que tirar estes grilhões de qualquer jeito e eu já sei de um.”

Ele sacou sua BataPistola e apontou para os grilhões nos tornozelos de Mateus.

Mateus: “Jeff, vai fazer isso mesmo? Toma cuidado!”

Jefferson: “Eu, hein? É claro que vou ter cuidado. Nem parece que me conhece há anos...”

Mateus: “Ok, ok. Manda ver!”

Jefferson atirou nos grilhões, mas nada aconteceu a eles.

Jefferson: “Impossível!”

Mateus: “E agora?” 

Jefferson: “O jeito é andar por essa mata bem devagar, para ver se a gente encontra os outros e/ou uma forma de sair daqui.”

Mateus: “Certo!”

E eles foram adentrado pela mata, andando devagar.


***


Cerca de dez minutos de caminhada, os dois pararam para descansar, cada um encostado em uma árvore.

Mateus: “Cara, a pior coisa para um velocista é ter que andar devagar. Esses grilhões estão machucando meus tornozelos!”

Jefferson: “Eu imagino, mas não podemos desistir. Temos que continuar andando, até acharmos algo.”

Mateus: “Tipo o quê? Mais árvores?”

Jefferson: “Verdade. Estamos andando há um tempo e não encontramos nada, mas como disse, não podemos desistir.”

Mateus: “Tá certo, mas estou preocupado com os outros. Será que eles estão por aqui?”

Jefferson: “Eu não sei, mas pelo menos queria saber da minha irmã. Não consigo imaginar minha vida sem ela.”

Mateus: “Lá vem você com esse fatalismo... Jéssica está viva e bem, assim espero.”

Jefferson: “Assim também espero.”


***


Enquanto os dois Batarangers conversavam, próximos a eles, uma outra dupla, um homem e uma mulher, estava os observando. Ambos tinham a pele morena, eram altos e muito parecidos, como se fossem irmãos gêmeos.

O homem virou-se para a mulher e disse:

“Mana, elessss ssssão Batarangerssss! Esssssa é a nossssa channcccce de nossss vingarmosss delesssss!”

A voz dele era bastante chiada, principalmente quando pronunciava a letra S.

A mulher disse, também de uma forma chiada:

“Exxxxatamente, mano. Vamosssss atacar! Eu fico com o loirinho.”

O irmão respondeu:

“Tudo bem. Vamossss!”

E de repente, eles começaram a se rastejar, como se fossem cobras!

Sim, a dupla era de HMs com habilidades de cobras, como dava para perceber pelos seus corpos esguios e flexíveis.

Eles iam rastejando pelo tronco de cada árvore onde os Batarangers estavam encostados, até que a mulher puxou Jefferson para cima.

Mateus: “Jeff! O que foi isso?”

Jefferson: “Eu...eu... não sei. Algo me puxou para cá para cima.”

De repente, ele ouviu uma voz de mulher:

“Sssssim, loirinho. Fui eu que te puxxxxei. Agora, vai ficar aí quietinho, como um bom menino.”

Jefferson sentiu que algo estava envolvendo seu corpo e ele teve um choque quando viu que era um corpo de mulher.

Jefferson: “Qu-quem ou o que é você?”

Ela respondeu:

“Sssssou Mariana Cobra. Meu irmão Mário e eu ssssomosss osss Irmãossss Cobra. Falando nele, ele está bem com ssseu amigo.”

De repente, Mateus percebeu que estava preso na outra árvore, sendo envolvido pelo corpo do outro Irmão Cobra.

Mateus: “Ei, cara! Me larga! Não estou gostando da forma que está me prendendo!”

Mário Cobra: “Não sssseja maldoso, Bataranger. Dentro de alguns minutossss, você não sssssentirá mais nada, porque essssstará morto! Hahaha!”

Mateus: “Eu... estou...sufocando...”

Jefferson: “Eu... também... Irmãos Cobra..., por que... querem... nos matar?”

Mariana: “Vocêsssss da F.E.B. nosssss prenderam cccccerta vezzzzz e no dia da sssssoltura de sssseussss prissssioneirossss, nósssss fugimosssss, masssss o Messsstre Ômega nossss trouxxxxxe para cá, para que nóssss vingássssemossss de vocêsssss.”

Jefferson: “Mestre... Ômega? Vocês trabalham para...ele?”

Mário: “Ssssim. Ele nossss prometeu que, se osssss eliminarmossss, nós saíremossss daqui e voltaremossss à cidade.”

Mateus: “Vocês...confiam mesmo...no Mestre... Ômega? Vocês... estão... sendo usados por ele e por Rosicler Araki!”

Mariana: “Eu nem sssei quem é essssa, massss não importa. O que importa é que vamossss acabar com dois Batarangerssss!”

Os Irmãos Cobra apertaram ainda mais seus corpos contra os de Jefferson e Mateus. Os Batarangers estavam ficando sem ar. Não tinham como escapar do aperto dos irmãos. A não ser...

Jefferson: “Mateus... o... para...lisa...dor...”

Mateus: “Quê?”

Jefferson: “O... para...lisa...dor...”

Ele mal conseguia pronunciar as palavras, tanto que Mateus precisou fazer uma leitura labial do amigo.

Mateus: “Ah... entendi... Só preciso... alcançar...”

Jefferson: “Pronto? Ao meu sinal.”

Os Irmãos Cobra estranharam a conversa dos Batarangers.

Mariana: “O que essssstão cochchichichchando? Não veem que a morte de vocêssssss essssstá próxxxxxima?”

Mário: “Mana, não esssstou gosssstando da converssssssa delessss. Vamossss apertar ainda maisssss.”

E eles apertaram ainda mais os Batarangers. No entanto, Jefferson, quase sem forças, fez um sinal de cabeça para Mateus, que respondeu com outro sinal de cabeça.

De repente, os Irmãos Cobra soltaram os Batarangers e foram ao chão, desacordados. Jefferson e Mateus também foram ao chão, mas extenuados por conta do aperto dos irmãos. 

Jefferson: “Ufa, bem a tempo! Cara, achei que ia morrer sufocado!”

Mateus: “Dois. Foi a pior sensação que tive na vida.”

Jefferson: “Ainda bem que o paralisador elétrico fica no cinto e deu para alcançar. Senão, a gente já era.”

Mateus: “Pensou rápido, Jeff. Valeu. Confesso que eu quase estava me entregando.”

Jefferson: “De nada. Ninguém fica para trás, parceiro.”

Os dois apertaram as mãos, levantando-se juntos.

Ao observar os Irmãos Cobra caídos, Mateus perguntou:

“E agora? O que vamos fazer com eles?” 

Jefferson: “Vamos algemá-los, ora.”

Mateus: “Tá, mas não está na nossa jurisdição.”

Jefferson: “Isso é hora para se preocupar em jurisdição? Nós nem sabemos onde estamos. E se estamos ainda no Rio? Aí, tecnicamente, seria nossa jurisdição.”

Mateus: “Bem, agora você me convenceu. Vamos algemá-los.”

Ambos algemaram os Irmãos Cobra. Mateus não pôde deixar de comentar:

“Cara, pelo menos, ela é bonita. Você deu ‘sorte’, Jeff, hehehe.”

Jefferson: “Bem, eu sempre quis ser apertado por mulher bonita, mas não desse jeito, hehehe.”

Mateus: “Apertado como, Jeff? Explica isso aí.”

Jefferson: “Quis dizer abraçado, besta. Entendeu? Abraço apertado.”

Mateus: “Bem, sua irmã é bonita e abraça apertado.”

Jefferson: “Minha irmã não conta. Aliás, depois de hoje, nunca mais reclamo dos abraços dela.”

Os dois riram.

Eles deixaram os Irmãos Cobra algemados e seguiram caminho pela mata. 

Mateus: “Cara, eu estou todo moído. Não consigo nem dar mais um passo.”

Jefferson: “Nem eu.”

Eles andava de forma cambaleante, carregando um ao outro, de tão doloridos e machucados que estavam. Ao caminharem mais um pouco, ambos caíram pela relva.

De repente, eles ouviram um farfalhar de folhas e rapidamente se levantaram, apontando as BataPistolas para onde vinha o barulho. 

Jefferson: “Quem está aí? Apareça!”

E quem apareceu foi uma menina de mais ou menos 12 anos, branca, cabelo liso preto e de olhos azuis. 

Mateus: “Quem é você?”

A menina respondeu:

“Meu nome é Sabrina. Por favor, não atirem.”


CONTINUA...



No próximo capítulo:


Araki e Lahm se encontram para celebrar o sucesso do plano contra os Batarangers.





Irmãos Cobra

6 Comentários

  1. Outro excelente capítulo , mostrando o sufoco que Jefferson e Matheus passaram com os irmãos Cobras.

    O "s" puxado deu um charme a mais na fala dos irmãos e foi uma boa sacada .

    Quais perigos essa Ilha das Rosas ainda pode oferecer ?

    Bataranger ganha em suspense!

    Agora e ver como a equipe se reunirá novamente.

    Parabéns!


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  2. Outro bom episódio de Bataranger.



    Você já retrata bem o Rio de Janeiro e suas nuances. Mas, aqui, eu achei bacana o fato de você reforçar o nosso sotaque chiado. Muito bom.

    Vale destacar o perigo que se constitui os irmãos Cobra. Seres ardilosos!

    Esta ilha promete ainda render muitos apuros pata os heróis. Achei interessante a cena final deles sendo surpreendidos pela aparição da adolescente Sabrina. Estou curioso para saber o que vem pela frente nessa trama. Quem será ela e quais ameaças surgirão?

    Parabéns pelo trabalho!

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    1. Bem, não foi minha intenção referenciar o sotaque carioca, hehehe. Os Irmãos Cobra falam chiado, para parecer o som do chocalho da cascavel. Desculpe, mas como você não sabe quem é a Sabrina? É a mesma garota que os Batarangers estavam procurando em capítulos anteriores. É que aconteceu tanta coisa do capítulo onde ela apareceu pela primeira vez até este aqui... No mais, obrigado pelo feedback de sempre.

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  3. Bom. Israel... desculpe as burradas.

    Mas, de fato, eu nem cogitei a hipótese de você fazer referência a uma cobra sibillando.... Eu já não gostava quando no GIJOE fizeram isso em alguns momentos com alguns personagens dos Cobras. Afinal, esse som vem de uma espécie de chocalho na cauda da cobra e não gosto da associação disso com cordas vocais. E, como nos cariocas falamos chiado e sua serie foi ambientada no RJ... pensei nisso. Desculpe a burrice de minha parte.

    Quanto a personagem Sabrina... Outra burrice... não liguei o nome a personagem anterior. Eu me perdi na história e acontecimentos. Talvez eu tenha que reler partes da saga.

    Abraços.

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