No capítulo anterior:
A BataBase é atacada pelos soldados Ômega, mas o mecanismo de defesa da base resiste. Porém, o comando da F.E.B. descobre que Simone foi capturada.
Capítulo #18 – Ninho de cobras
Av. Presidente Vargas
Vamos voltar para o momento onde Simone é capturada.
Simone saiu da BataBase e foi caminhando até um ponto de ônibus, esperando alguma condução para ir ao seu apartamento, que era do outro lado do Centro do Rio. Ela estava sozinha no ponto.
De repente, ela viu uma luz forte que a cegou. Então, ela se lembrou da pergunta do Inspetor Meirelles sobre ter visto uma luz forte no dia do desaparecimento de Sabrina (*). Ela sentiu braços a agarrando por trás e ela foi arrastada.
Simone percebeu que foi arrastada até um carro, porque sentiu o estofado do banco de trás. Ela também foi vendada e amordaçada.
***
Simone foi desvendada e percebeu que estava sentada em uma cadeira, com as mãos e os pés atados. Quando a visão dela voltou ao normal, olhou em volta e não reconheceu o local, mas viu Rosicler Araki aproximar-se dela, acompanhada de Zaira e mais dois soldados Ômega. Sua mordaça foi retirada.
Araki: “Olá, Simone Reis. Prazer em conhecê-la. Sabe, realmente você parece muito com sua irmã. Quando ela ficar mais velha, será quase uma irmã gêmea sua.”
Simone: “Quem é você e o que sabe sobre minha irmã?”
Araki: “Meu nome é Rosicler Araki, doutora em Embriologia e Engenharia Genética. Fui chefe da Divisão de Ciência & Tecnologia da F.E.B., cargo ocupado agora por sua amiga Angélica Gomes. Duvido que não tenha ouvido falar sobre mim. Recentemente, fui presa pelos Batarangers e mandada para uma prisão no Paraná.”
Simone: “Eu nunca ouvi falar sobre você e se os Batarangers a prenderam, boa pessoa você não é.”
Araki: “Hahaha, vejam, uma fangirl dos Batarangers! Minha querida, eles não são o que parecem ser. Contudo, o assunto não é esse. Sobre sua irmã, eu sou a responsável pela sua captura.”
Ao ouvir a última frase, Simone agitou-se na cadeira e esbravejou para Araki:
“Desgraçada! Então, foi você! E você ainda tem a desfaçatez de me capturar e dizer isto na minha cara?! Você... não sabe o quanto estou sofrendo nesses últimos dias. Por sua culpa! Sua culpa!”
Ela começou a chorar.
Araki: “Acalme-me, querida. Eu entendo sua dor. Porém, garanto que, em breve, você não sentirá mais dor. Aliás, você não sentirá mais nada.”
Simone notou um certo tom de ameaça na última frase.
Simone: “O que... vai fazer comigo, senhora?”
Araki: “Como disse, eu a trouxe aqui para acabar com sua dor. Mas não se preocupe, porque você terá companhia em breve.”
Simone: “Do que está falando?”
Araki: “Estou aguardando uma ligação e ela será pelo seu celular.”
Simone: “Meu celular?”
Araki: “Sim, você verá. Bem, chega de conversa e vamos começar. Zaira, traga a cobra.”
A soldado aprimorada fez um sinal e eis que surgiu Mariana Cobra.
Araki: “Simone, conheça Mariana Cobra. Mari, esta é Simone.”
Mariana: “Prazzzzer, Ssssimone.”
Simone: “Prazer.”
Araki: “Então, Mari, por que não dá um aperto nela, só para que nossa convidada fique mais à vontade?”
Mariana: “Ssssim, ssssenhora.”
Ela se aproximou de Simone e a desatou. Em seguida, envolveu-a com seu corpo.
Simone: “Ei, o que está fazendo?!”
Araki: “Ela é uma HM com habilidade de cobra. Inclusive, ela e o irmão quase acabaram com dois Batarangers, mas eles escaparam. Contudo, você não tem como escapar, Simone.”
Mariana apertava Simone, que se debatia em desespero.
Simone: “Ei, pare! Pare! Não... estou... respirando...”
Araki: “Como eu disse, eu a trouxe aqui para aliviar sua dor e Mariana será responsável por isso.”
De repente, ouviu-se um toque de celular. Depois de mais dois toques, Araki atendeu e era Angélica.
BataBase – Sala do comandante
No tempo presente, depois da conversa com Araki, Angélica disse que Simone foi capturada.
Comte. Lopes: “Capturada? Então, infelizmente, eu estava certo! O ataque dos soldados Ômega à base era uma distração.”
Angélica: “E eu levei um baile de Araki mais uma vez... Eu não deveria ter deixado Simone ir embora, senão, ela não seria capturada.”
Comte. Lopes: “A culpa não é sua, doutora. Garanto que Araki tentaria outra coisa para nos perturbar.”
Inspetor Meirelles: “E então, doutora? O que Araki disse?”
Angélica: “Bem, ela disse que está no Porto e disse para eu ir sozinha e desarmada.”
Comte. Lopes: “E a senhora vai, doutora?”
Angélica suspirou e disse:
“Tenho que ir, comandante, porque Simone está em perigo, por minha causa.”
Comte. Lopes: “Isso tem cheiro de armadilha... Contudo, a vida de Simone depende de nós. Vá, doutora e tome cuidado. Dispensada!”
Angélica: “Certo!”
Ela prestou continência e quando ela estava se retirando na sala, ela parou e voltou-se para o comandante:
“Hã, comandante... Eu queria lhe pedir desculpas por não falar ao senhor sobre Araki ter sido solta e ter ido ao meu apartamento. Sim, eu apontei a pistola para ela duas vezes. É que... ela tentava me tirar do sério com o jeito debochado dela e quase cometi uma loucura...”
Comte. Lopes: “Doutora, não tem com o que se desculpar. A senhora é humana, não um robô sem emoções. Já escondi muita coisa, inclusive para os Batarangers, sobre a origem deles (**). Agora, nosso foco é evitar o pior para Simone e resgatar os Batarangers na tal ilha.”
Angélica: “Oh, obrigada, comandante! Não esperava outra postura do senhor.”
Ela prestou continência novamente e saiu da sala.
Inspetor Meirelles: “E agora, Lopes? Araki pode ter levado a doutora para uma armadilha. Apesar dela saber se defender, não podemos ficar de braços cruzados.”
Comte. Lopes: “Óbvio que não, Meirelles. Por isso que, por falta de contingente, eu quero que você vá até lá, mas sem chamar a atenção.”
Inspetor Meirelles: “Ah, pode deixar comigo. Discrição é comigo mesmo.”
Comte. Lopes: “E falta de modéstia também... Quero dizer, vá logo, enquanto eu vou tentar falar com a Capitania dos Portos para o resgate dos Batarangers. Ah, você terá companhia, mas você pode ir na frente.”
Inspetor Meirelles: “Como assim, Lopes? Por que não posso esperar?”
Comte. Lopes: “É que a pessoa em questão é bem rápida...”
Porto do Rio de Janeiro
Angélica foi voando até o Porto e pousou no local onde Araki indicou por mensagem, logo após a ligação. Ela teve uma sensação de déjà-vu, porque isso já aconteceu duas vezes, no mesmo local e nas mesmas circunstâncias (***).
Quando ela chegou ao local, que era um depósito, os soldados Ômega apontaram os fuzis para ela. Zaira fez um sinal e eles abaixaram os fuzis.
Zaira: “Permita-me revistá-la, Dra. Gomes?”
Angélica: “Sim, claro. Fazer o quê?”
Angélica foi revistada e Zaira disse:
“Tudo limpo. Siga-me, doutora.”
Angélica a seguiu e avistou Araki.
Araki: “Olá, Angélica. Olha, se tem algo que eu não posso reclamar de você é sobre pontualidade. Quando você trabalhava para mim, nunca se atrasava. Pelo visto, há coisas que nunca mudam.”
Angélica: “Chega de falsidade, Araki. Onde está Simone?”
Araki: “Ei, que agressividade é essa, Gomes? Não aceita nem mesmo um elogio?”
Angélica: “Não acredito em nada que saia de sua boca, doutora. Vamos, onde está Simone?”
Araki: “Tudo bem, tudo bem. Eu mostro onde está sua amiga. Siga-me.”
Angélica a seguiu até outro canto do depósito. E lá estava Simone, envolvida por Mariana Cobra, com o rosto quase roxo, por conta da falta de ar.
Angélica: “O que... o que significa isto?! O que essa moça está fazendo com Simone?”
Araki: “Foi bom perguntar, Gomes. Essa moça é Mariana Cobra, uma HM com habilidades ofídicas. Aliás, ela tem um irmão gêmeo com as mesmas habilidades.”
De repente, Angélica sentiu algo a envolvendo. Era Mário Cobra.
Araki: “Olha ele aí. Gomes, conheça Mário Cobra. Assim como a irmã, ele gosta de um aperto... Mário, essa é a Dra. Angélica Gomes, da F.E.B.”
Mário: “Hum, ela é da F.E.B.? Então, terei todo o prazzzer de apertá-la.”
E ele, de fato, apertou Angélica com mais força.
Angélica pensou: “Droga, o comandante tinha razão! Araki me levou para uma armadilha. E eu não trouxe nenhuma arma... Como fui burra! Burra! Burra!”
Araki deu uma gargalhada triunfante:
“Hahaha! Como é bom curtir a liberdade! Com os Batarangers longe, vocês não têm salvação. Confesso que toda essa operação não fazia parte do plano, mas aí eu já mataria dois coelhos com uma só cajadada, ou melhor, com uma só constrição (****). Hahaha!”
Tanto Angélica quanto Simone estavam ficando sem ar, por causa do aperto dos Irmãos Cobra.
CONTINUA...
(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 11.
(**) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 8.
(***) Ler Força Especial Bataranger, capítulos 3 e 9.
(****) É um método de abate de algumas espécies de serpentes, onde imobilizam suas vítimas envolvendo-se no corpo delas.
No próximo capítulo:
Inspetor Meirelles vai ao resgate de Angélica e Simone.
4 Comentários
Um episódio tenso e dramático que nos faz , realmente, temer a megalomaníaca da Araki.
ResponderExcluirAngélica e Simone são envolvidas pelos Irmãos Cobras, quase se sufocando.
Mas, você deu a deixa e vou curtir muito:
Ao lado do Investigador Meireles, uma surpresa ,digamos, bem debochada e veloz...
Adoro quando a Roberta entra em cena.
A Bataranger de honra!
Ansioso pelo próximo episódio!
Ah, sim, eu já dei a dica de quem pode aparecer no próximo capítulo... Bem, no mais, obrigado pelo feedback de sempre.
ExcluirVamos que vamos! Desculpe o sumiço. Pondo em dia a leitura!
ResponderExcluir✌️
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