No capítulo anterior:
Angélica vai ao encontro de Araki no Porto do Rio de Janeiro, mas acaba sendo atacada por um dos Irmãos Cobra.
Capítulo #19 – Pondo tudo a perder
Av. Presidente Vargas
Inspetor Meirelles estava dirigido a viatura da F.E.B. a toda velocidade, com a sirene ligada. Para a sorte dele, a Presidente Vargas sentido Candelária estava com o trânsito quase limpo, por conta do horário (eram oito horas da manhã).
Para o inspetor, aquele situação era completamente nova, porque ele não era um homem de ação como eram os Batarangers. Ele poderia recusar a ordem do Comandante Lopes, por causa dos vários anos de amizade com ele, mas ordens eram ordens.
O inspetor estacionou a viatura próximo à Igreja da Candelária e foi até o Porto, chegando na entrada do depósito onde Angélica e Simone estavam.
Inspetor Meirelles pegou seu comunicador e disse:
“Lopes, cheguei ao local onde o sinal da doutora parou. Entro agora?”
Comte. Lopes: “Ainda não, Meirelles. Sua companhia está chegando.”
Inspetor Meirelles: “Tá certo. Vou esperar.”
Comte. Lopes: “Não precisa. Ela já chegou aí.”
Inspetor Meirelles: “Sério? Eu não estou vendo. Tem certeza?”
De repente, o inspetor sentiu uma mão tocando seu ombro. Ele virou-se e viu uma jovem que lhe era familiar...
Ela perguntou:
“Com licença, o senhor é o Inspetor Morales?”
Inspetor Meirelles: “Meirelles. Sim, sou eu. Enfim, nos encontramos de novo, Roberta Silva.”
Roberta: “Hein? Como o senhor sabe meu nome?”
Inspetor Meirelles: “Não se lembra de mim? Eu a interroguei quando foi presa pelos Batarangers (*). Inclusive, eu lembro que a senhorita me disse que roubava ‘por diversão’. Fiquei satisfeito quando soube que a senhorita estava apoiando os Batarangers, principalmente na invasão dos HMs, há quatro meses.”
Roberta: “Sério, não me lembro do senhor. Aliás, eu quero deixar todo meu passado para trás. Bem, o comandante entrou em contato comigo e aqui estou. É sério que os Batarangers evaporaram?”
Inspetor Meirelles: “Vamos dizer que sim. Porém, eles entraram em contato com a Dra. Gomes há cerca de meia-hora. Eles estão em alguma ilha perto daqui. Porém, a doutora veio para cá resgatar uma moça e o comandante nos mandou aqui para ajudá-la.”
Roberta: “Entendi. Eu estava esperando a F.E.B. me chamar, depois de algum tempo (**). Vamos ajudar a doutora anja.”
Inspetor Meirelles assentiu e os dois foram entrando sorrateiramente no depósito.
Eles ficaram escondidos atrás de uma pilha de caixas e viram Zaira e os dois soldados Ômega fazendo vigia.
Roberta: “São só três. Vai ser moleza.”
Ela se adiantou, mas foi impedida pelo inspetor.
Inspetor Meirelles: “Ainda não. Precisamos ser discretos. Esses soldados são perigosos.”
Roberta: “Eu sei disso, inspetor. Da outra vez, os Batarangers e eu enfrentamos mais de dez soldados. Como só tem três, vai ser fácil.”
Inspetor Meirelles: “Minha cara, isso não é brincadeira. Sua supervelocidade é útil, mas no momento, é necessário ter cautela.”
Roberta: “Tudo bem, o senhor me convenceu. Vamos no modo stealth.”
Os dois andavam agachados pelo labirinto de pilhas de caixas. Então, eles viram Angélica e Simone presas aos Irmãos Cobra e Araki estava observando-as.
Roberta: “Ué, essa dona não estava presa? Como ela está aqui?”
Inspetor Meirelles: “Pois é, graças ao nosso ‘maravilhoso’ Judiciário, ela está solta.”
Roberta observava horrorizada o que os Irmãos Cobra estavam fazendo.
Roberta: “Jesus, o que é isso?! Eles estão apertando elas com os corpos deles! Que bizarro!”
Inspetor Meirelles: “Pelo visto, são os Irmãos Cobra.”
Roberta: “Irmãos Cobra?”
Inspetor Meirelles: “Sim, eles são HMs com habilidades de cobras. A F.E.B. os prendeu há muito tempo, mas eles escaparam, quando os prisioneiros da base foram soltos. Pelo visto, eles não foram recapturados naquela ocasião.”
Roberta: “Nossa, eu nunca ouvi falar deles.”
Ela prosseguiu:
“Inspetor, não acha melhor agir agora? Elas vão morrer sufocadas!”
Inspetor Meirelles: “Está certo. É hora de agir.”
Roberta: “Ótimo. Eu tenho que ser rápida!”
E ela saiu em alta velocidade.
Enquanto isso, Angélica e Simone estavam ficando cada vez mais sufocadas. Araki estava observando-as e disse na direção de Angélica:
“Gomes, você deve está se perguntando porque a atraí para cá, capturando Simone. Bem, quando os soldados Ômega estavam observando a base, eles viram Simone entrar com você e aí eu ordenei que atacassem a base assim que ela saísse e enquanto vocês estavam distraídos, Zaira capturava Simone. E para completar a distração, mandei aquela charada para Lopes e mesmo ela sendo fácil, vocês perderiam algum tempo.”
Angélica tentou falar, mas não conseguia, porque cada vez mais ela perdia o ar, como se ela estivesse se afogando.
De repente, ela sentiu que o aperto de Mário Cobra estava afrouxando, até se soltar. Ela voltou a respirar, tossindo bastante. Simone também ficou livre de Mariana Cobra. Os irmãos foram ao chão.
Araki não entendeu porque elas foram soltas.
Araki: “O que significa isso?!”
De repente, Inspetor Meirelles apareceu, com a BataPistola apontada.
Inspetor Meirelles: “Mãos ao alto, Rosicler Araki! Não se mexa!”
Araki ergueu os braços e disse:
“Ora, ora, Fábio Meirelles, chefe da Divisão de Investigação, por aqui? Tá aí algo que não esperava !”
Inspetor Meirelles: “Não diga mais nada, Araki! Você voltará para a prisão, por cometer crime em liberdade.”
Araki: “É, parece que alguém não tem palavra por aqui [Ela olhou na direção de Angélica]. Gomes, não acredito que sua ‘arma secreta’ seja Fábio Meirelles, um metido a Sherlock Holmes... Garanto que ele não derrubaria os Irmãos Cobra assim tão fácil...”
Inspetor Meirelles: “Claro que não, mas eu trouxe companhia.”
Então, Roberta apareceu diante de Araki.
Araki: “Você? Ora, se não é a gatinha raivosa amiguinha dos Batarangers... Nos encontramos novamente.”
Roberta: “A senhora vai voltar para a cadeia, sua nariguda!”
Araki: “Bem, isso é o que vamos ver. Zaira!”
A soldado aprimorada apareceu com os outros dois soldados Ômega. Os Irmãos Cobra levantaram-se.
Araki: “Bem, eu até ficaria aqui para ver o desfecho, mas eu tenho outro compromisso. Até mais!”
Ela soltou a cortina de fumaça ninja e desapareceu.
Angélica: “Droga! Odeio quando ela faz isso!”
Ela voltou a tossir e caiu de joelhos.
Inspetor Meirelles: “Doutora, está tudo bem?”
Angélica: “Sim, estou. Ainda com dificuldade de falar, mas estou melhor. Obrigado por virem, inspetor e Roberta.”
Roberta apenas sorriu e o inspetor disse:
“Não há de quê, doutora. Lopes nos mandou para cá a fim de dar-lhe cobertura, mas não esperava que a senhora e Simone fossem atacadas pelos Irmãos Cobra.”
Angélica: “Nem eu esperava.”
De repente, eles ouviram uma voz fraca:
“Doutora... inspetor...”
Era Simone, que estava deitada no chão, depois que foi solta. Angélica e o inspetor aproximaram-se dela.
Angélica: “Simone, está tudo bem?”
Simone: “Estou, mas...não consigo...falar... Estou... com... muita...dor...”
Angélica: “Então, evite falar. Eu também não consigo falar direito e estou toda dolorida.”
Ela se virou para Roberta e disse:
“Roberta, leve Simone para o Centro Médico da BataBase. Procure a Dra. Carla Macedo e explique a situação. Depois, volte aqui.”
Roberta: “Sim, senhora.”
Ela saiu em alto velocidade, levando Simone.
Zaira e os soldados Ômega, além dos Irmãos Cobra, se aproximaram de Angélica e Inspetor Meirelles.
Angélica levantou-se e disse:
“Inspetor, por enquanto, é com a gente. Está pronto?”
Inspetor Meirelles: “Sim.”
Angélica: “Ótimo. Então, o senhor fica com os soldados Ômega, enquanto eu fico com os Irmãos Cobra.”
Inspetor Meirelles: “Certo, doutora.”
Angélica: “Então, vamos nessa!”
Então, Angélica abriu suas asas e as agitou contra os Irmãos Cobra, criando uma ventania. Os irmãos não conseguiam avançar contra ela.
Enquanto isso, o inspetor trocava tiros contra Zaira e os soldados Ômega. Nenhum dos tiros acertaram ninguém. Zaira atirou uma granada de luz de seu lança-granadas e o inspetor rapidamente fechou os olhos.
Zaira: “Droga, desperdicei o tiro!”
Então, ela tentou dar uma coronhada no chefe da DI, mas ele segurou os braços dela.
Enquanto isso, os Irmãos Cobra se entreolharam e um segurou a mão do outro, fazendo uma espécie de “roda humana”. Eles saíram rolando na direção de Angélica, atingindo-a. Ela foi ao chão.
Os irmãos rolaram novamente para passar por cima de Angélica, mas dessa vez foram eles que foram atingidos, desfazendo a “roda humana”. Roberta surgiu diante deles.
Angélica correu para abraçar Roberta e disse:
“Graças a Deus, Roberta! Te devo uma, na verdade, duas, porque salvou minha vida duas vezes hoje!”
Roberta: “De nada, doutora anja. Ah, eu levei a moça lá para o hospital da base.”
Angélica: “Ótimo. Quer efetuar sua primeira prisão como Bataranger ‘freelancer’? Tome aqui as algemas.”
Ela entregou dois pares de algemas a Roberta, que algemou os Irmãos Cobra.
Angélica: “Ótimo. Agora, vamos ajudar o inspetor.”
O inspetor ainda estava segurando os braços de Zaira, mas não estava mais suportando. Ele cedeu e quando ela ia dar a coronhada, Roberta a atingiu com uma investida.
Angélica aproximou-se do inspetor e perguntou:
“Inspetor, o senhor está bem?”
Inspetor Meirelles: “Estou. Essa soldado Ômega é muito forte!”
Angélica: “Então, deixe-a com a Roberta. A gente cuida dos outros soldados.”
Inspetor Meirelles: “Certo.”
Então, Angélica criou outra ventania com suas asas e os soldados Ômega estacaram. Inspetor Meirelles deu chutes nos dois, que foram ao chão.
Enquanto isso, Zaira segurou Roberta pelo pescoço e lançou-a ao chão.
Roberta pensou: “Pena que o Mateus não esteja aqui, senão a gente faria aquele vórtice. Acho que vou ter que fazer sozinha.”
Ela se levantou e começou a correr em volta de Zaira, criando o vórtice. A soldado ficou tonta e ficou de joelhos. Então, ela apertou um botão do uniforme na região torácica e ela ficou com roupas civis e saiu correndo do depósito. Os outros soldados fizeram o mesmo.
Roberta: “Ué, por que correram? Covardes!”
De repente, eles ouviram um som intermitente e perceberam que o som vinha do uniforme de Zaira, que ela deixou por ali no chão.
Angélica e Inspetor Meirelles se entreolharam e disseram ao mesmo tempo:
“A bomba do uniforme!”
Roberta: “Hein? Como assim?”
Inspetor Meirelles: “Rápido, vamos sair daqui e tirar os Irmãos Cobra!”
Roberta: “Deixa comigo.”
Então, ela tirou os Irmãos Cobra algemados do depósito, enquanto Angélica levantou voo para sair do depósito, levando o inspetor consigo.
Então, a bomba do uniforme explodiu, fazendo um barulho estrondoso.
Angélica: “Ufa, conseguimos!”
Ela abraçou Roberta e o inspetor. Ele ficou sem graça.
Inspetor Meirelles: “Vamos voltar para a base e relatar a Lopes. Temos muita história para contar a ele.”
Então, eles se retiraram do Porto, levando os Irmãos Cobra na viatura.
BataBase – Sala do comandante
Angélica, Inspetor Meirelles e Roberta estavam na sala do comandante, após eles levarem os Irmãos Cobra à carceragem.
Comte. Lopes: “Muito bem, meus caros. Vocês presenciaram toda a megalomania de Rosicler Araki, que é capaz de até matar para alcançar seus objetivos. Além de mandarem os Batarangers para longe da cidade, ela quer livrar-se de nós do comando, atacando em duas frentes. Bem, vocês e Simone Reis escaparam, mas Araki também escapou e tentará novamente.”
Inspetor Meirelles: “Exatamente, Lopes. Araki estando livre é um perigo para todos nós. Temos que ter cuidado redobrado.”
O comandante virou-se para Roberta e disse:
“Quero agradecer-lhe mais uma vez, minha jovem, por mais uma contribuição. Se não fosse a senhorita, nem a Dra. Gomes e muito menos Simone Reis estaria aqui para contar história.”
Roberta: “De nada, seu comandante. Qualquer coisa, estou à disposição.”
Angélica: “Realmente, você salvou nossas vidas, Roberta. Os Batarangers teriam muito orgulho de você, se estivessem aqui, assim como nós temos orgulho.”
Roberta: “Obrigada, doutora anja.”
Inspetor Meirelles: “Senhorita Silva, faço minhas as palavras do comandante e da doutora. Realmente, a senhorita mudou muito depois do nosso último encontro.”
Roberta: “Também agradeço ao senhor, inspetor. Eu realmente mudei e estou sempre à disposição de vocês.”
Comte. Lopes: “Certo. Está dispensada. Mas antes de partir, quero ensiná-la a prestar continência. O gesto é feito com a mão direita, na altura da têmpora.”
Roberta: “Ah, sim. Quando os Batarangers chegarem, me chamem, tá?”
Comte. Lopes: “Nós a chamaremos, com toda a certeza. Está dispensada!”
Roberta fez o gesto da continência corretamente e se retirou da sala.
Angélica: “É uma pena que essa garota não queira se juntar a nós. Mas enfim, é a escolha dela.”
Comte. Lopes: “Verdade. Ah, tenho que falar: consegui me comunicar com o comandante da Capitania dos Portos e ele liberou para fazermos o resgate dos Batarangers.”
Angélica: “Que excelente notícia, comandante! Como vai ser?”
Comte. Lopes: “Bem, eu enviei as coordenadas para a BataLancha e com a liberação da Capitania dos Portos, dentro de meia-hora, ela vai zarpar em direção à Ilha das Rosas.”
Inspetor Meirelles: “É uma notícia alvissareira, Lopes. Em breve, os Batarangers retornarão para cá.”
Comte. Lopes: “Assim esperamos, Meirelles.”
Angélica encaminhou-se para a porta e disse:
“Comandante, vou ao Centro Médico ver como Simone está. Permissão para se retirar.”
Comte. Lopes: “Não é necessária, doutora. Nós vamos juntos para lá agora.”
Angélica: “Ah, que bom.”
Os três se retiraram da sala.
Centro Médico
O trio estava no quarto onde Simone estava deitada em um leito desacordada com um inalador de oxigênio. A diretor do CM, Dra. Carla Macedo, também estava presente.
Comte. Lopes: “Como ela está, Dra. Macedo?”
Dra. Carla: “Bem, comandante, quando aquela jovem velocista trouxe a Srta. Reis para cá, a Srta. Reis estava quase que completamente asfixiada. Se ela ficasse mais um instante sem oxigênio, já era. Rapidamente, nós a colocamos no inalador e pelo visto, dentro de alguns minutos, ela voltará a respirar normalmente.”
Angélica: “Como ela é uma humana normal, ela não tem a mesma resistência que eu, que sou HM. Eu ainda estou com o corpo todo dolorido, por causa do aperto daquele HM ofídico, mas para Simone, o aperto da irmã dele foi muito pior.”
Inspetor Meirelles: “Dra. Macedo, quanto tempo deve ser a completa recuperação dela?”
Dra. Carla: “Bem, inspetor, deve ser por volta de uma a duas semanas. Pelo o que a senhora relatou, Dra. Gomes, a Srta. Reis também estava sendo estrangulada por esses HMs com a habilidade de cobra, certo?”
Angélica: “Certo.”
Dra. Carla: “Bem, não sou bióloga, mas eu sei que a constrição das serpentes interrompe o fluxo sanguíneo e por conseguinte, o oxigênio não chega aos tecidos e isso inclui o tecido pulmonar. Como disse, se a Srta. Reis fosse apertada um pouco mais, ela não sobreviveria.”
Angélica: “Meu Deus!”
Comte. Lopes: “Bem, Dra. Macedo, vamos deixá-la cuidando da Srta. Reis. Agradeço imensamente pelo ótimo trabalho.”
Dra. Carla: “De nada, comandante.”
Então, Comte. Lopes, Angélica e Inspetor Meirelles retiraram-se do quarto.
Copacabana – Av. Atlântica
Depois que escapou do depósito do Porto, Rosicler Araki foi ao apartamento de Pedro Lahm. Ele ficou surpreso com a visita da amiga.
Lahm: “Rosi? O que faz você voltar para cá? Não deu certo seu plano lá no Porto?”
Araki: “Não, não deu. Aquele maldito Inspetor Fábio Meirelles e aquela amiguinha velocista dos Batarangers me fizeram bater em retirada! Mais uma vez, subestimei Lopes e Gomes.”
Lahm: “Eu juro que não entendi, Rosi. Você me disse para mandar os soldados Ômega para BataBase. Eu os mandei, mas você queria capturar a irmã de Sabrina Reis e a Dra. Gomes. Eu a apresentei aos Irmãos Cobra, que foram derrotados por Nascimento e Souza lá na ilha e os trouxe para o continente para que sufocassem suas reféns. Para quê? Não estava tudo indo bem com os Batarangers longe e o comando da F.E.B. ocupado?”
Araki: “Ah, Pedro, é que eu queria ver Angélica Gomes sendo humilhada, depois da afronta que ela me fez lá no apartamento dela. Na verdade, eu fiz tudo no improviso, no tocante à captura dela e de Simone Reis, porque esta foi à BataBase antes do ataque. A humilhação seria completa se Gomes visse sua nova amiga morrer na sua frente, antes de sua própria morte.”
Lahm: “Bem, o jogo ainda está ao nosso favor, apesar de eu ter recebido uma notícia um tanto desagradável agora há pouco.”
Araki: “O que houve?”
Lahm: “Então, recebi uma interceptação de uma transmissão de rádio vinda lá da Ilha das Rosas. A voz era de Tarso Monteiro e pelo visto, ele estava falando com a Dra. Gomes.”
Araki: “O quê? Aquela estação de rádio estava desativada há anos. Não acredito que os Batarangers conseguiram entrar em contato com a BataBase!”
Lahm: “O que podemos fazer, Rosi?”
Araki: “Com esse fato novo, temos que impedir que os Batarangers saiam da ilha. Eles precisam ficar longe para eu executar a outra parte do plano.”
Lahm: “Os robôs darão um jeito neles. Além disso, os Batarangers terão uma surpresa se tentarem escapar pelo mar.”
Araki: “Ótimo. Contudo, a F.E.B. parece se defender sem os Batarangers e isso me preocupa. Hoje foi uma prova disso.”
Lahm: “Rosi, permita-me dar uma opinião? Eu acho que está passando dos limites com essa história de querer vingar-se da Dra. Gomes, só porque ela lhe apontou arma para você. Como disse antes, não entendi o porquê dessa operação lá no Porto.”
Araki: “Como eu disse, eu queria ver a humilhação de Gomes e por conseguinte de Lopes, assim como tentei certa vez, quando eu capturei Hashimoto (***). Naquela vez, os Batarangers me atrapalharam. No caso de hoje, só não esperava a intervenção de Fábio Meirelles e da garota velocista.”
Lahm: “E esses daí? Posso dar um jeito neles?”
Araki: “Por enquanto, não. Como já disse, nosso foco agora é impedir que os Batarangers saiam da ilha.”
Lahm: “Só acho que você se expôs muito nessa empreitada no Porto, Rosi. Você reclamou de mim, quando me expus a Ribeiro e você ainda disse que pus tudo a perder (****), mas eu acho que quem pôs tudo a perder foi você. Estou dizendo isto em nome dos nossos tantos anos de amizade.”
Araki ficou de costas para Lahm e disse:
“Pois é, Pedro. Talvez eu tenha posto tudo a perder, mas há uma diferença: eu não ligo para minha imagem.”
Lahm: “O que quer dizer com...”
De repente, Lahm caiu para trás, com a mão no peito, que estava cheio de sangue...
Ele estava morto.
Araki, com uma pistola com silenciador apontada para ele, disse:
“Lamento, Pedro. Você sempre me foi útil e prestativo ao longo desses anos, inclusive nos últimos meses, mas é hora de eu seguir sozinha daqui para frente.”
Naquele instante, Zaira chegou ao apartamento e viu Lahm caído e Araki com a pistola.
Zaira: “O que... o que aconteceu? O que... você fez com o Mestre?”
Araki apontou a pistola para Zaira e disse:
“Nem uma palavra do que viu ou vai ter o mesmo destino, ouviu?”
Zaira ergueu os braços e disse:
“S-s-sim, senhora...”
Araki: “Ótimo. Agora, vire-se para a porta e saia. Repetindo: se der uma palavra sobre o que viu, eu atiro.”
Zaira virou-se para a porta e retirou-se lentamente do apartamento.
Araki aproximou-se do cadáver de Lahm, colocou a pistola na mão direita dele e retirou o silenciador. Ela baixou as pálpebras de Lahm, fechando os olhos sem vida.
Araki pegou seu celular, discou e disse:
“Alô, eu encontrei Pedro Lahm caído no apartamento dele e acho que ele se matou, porque ele está com uma pistola na mão e o tiro foi no peito. Venham depressa!”
Uma voz feminina do outro lado da linha perguntou:
“Qual é o endereço?”
Araki passou o endereço do apartamento.
A atendente da Polícia Militar perguntou para Araki:
“A ocorrência foi anotada. Pode dizer seu nome?”
Araki: “Não posso, mas eu era muito amiga da vítima.”
Atendente: “Meus pêsames, senhora. A viatura está a caminho.”
Araki: “Muito obrigada, querida. Tchau.”
Ela encerrou a chamada.
Antes de retirar-se do apartamento, Araki virou-se para o cadáver de Lahm e disse:
“Pobre Pedro... Se não fosse tão ingênuo e inconveniente, talvez ainda estaríamos juntos neste plano, mas eu preciso segui-lo sozinha, sem ninguém para atrapalhar.”
Então, ela retirou-se do apartamento.
(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 5.
(**) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 3.
(***) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 3.
(****) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 4.
No próximo capítulo:
Os Batarangers precisam chegar ao cais da Ilha das Rosas.
4 Comentários
Grande Israel!
ResponderExcluirCaraca! Tô começando a ficar com medo da Araki...
Matou a sangue frio o maior aliado, sem pestanejar.
Narcísica e psicopata, não sei do que ela será capaz.
Mas, não posso deixar de registrar a atuação de gala da Roberta , a nossa gata rebelde.
Mandou muito bem!!!
É uma das personagens que mais curto.
Irreverente, ela é diferenciada e leve.
Parabéns !!!
Araki só se importa consigo mesma e descarta até seu amigo de vários anos pelo seu projeto de poder. Confesso que não esperava que gostassem da Roberta... Enfim, obrigado pelo feedback de sempre.
ExcluirRoberta foi soberba, mostrando ser astuta, sagaz e irreverente! Ótima personagem. A crueldade de Araki não tem limites.
ResponderExcluirO gosto pelo poder faz com que a vilã jogue fora até amizades antigas.
Parabéns pelo trabalho.
Obrigado pelo feedback de sempre. Abraço.
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