Obrigado por acompanharem a leitura. Kyuranger está chegando ao seu clímax, e deste jeito, ao seu final.
Agradeço por terem lido. Este capítulo, pra vocês terem uma noção, de tão empolgado que eu fiquei com o resultado, foi escrito todo hoje.
Agora fiquem com a leitura.
Não bastasse Cataclysmic ter provocado a loucura em vários outros seres, outros, mais fracos, perderam a vontade de viver e suicidaram-se. Flutuando lentamente em direção ao primeiro planeta que viu depois de fechar o buraco negro que lhe permitiu absorver o poder dos outros dois, ele viu que só de ele adentrar a atmosfera daquele mundo, os céus escureceram.
“Me agrada muito ter esse tipo de efeito quando chego. Parece mais imponente”, pensou Cataclysmic consigo mesmo.
Ele assumiu uma forma humanoide e começou a andar em meio a uma floresta. Toda a vida que havia ali, ao chegar perto dele, tinha duas escolhas... Morrer ou enlouquecer. As plantas morriam, os animais pequenos também, os predadores enlouqueciam e iam atrás também de seus predadores, que também enlouqueciam.
A raça dominante daquele mundo, de muitas maneiras parecida com a raça humana, demonstrou três comportamentos. O primeiro, mais comum para os mais fracos, enlouqueceram ao ponto de tirar a própria vida para não sentir mais medo. O segundo, mais comum para os prepotentes, foi enlouquecer e começar a atacar os demais.
Mas havia aqueles tinham uma mente forte, não enlouqueciam para querer se matar e ou mesmo para matar os demais. Estes eram obliterados quando Cataclysmic os encontrava, bastava que ele estendesse uma mão e este ser flutuava, com as mãos agarradas aos seus pescoços, desafiando o ser supremo para que ele os matasse de maneira mais direta – já que eles tinham plena ciência de que nada poderiam fazer contra aquele ser poderosíssimo à sua frente.
Quando menos Cataclysmic percebeu, o planeta já estava estéril.
“Será que eu consigo...?”, pensou consigo mesmo.
O ser onipotente ali presente estendeu o que seria sua mão, em formato de espada, e, de maneira direta, começou a sugar o Planetium daquele mundo.
Aquele planeta começou a secar, fendas eram abertas no chão e lava começou a brotar, e quando menos percebeu, a lava começou a esfriar, dando indicações de que o núcleo daquele mundo estava esfriando.
Logo o planeta começou a se despedaçar, os átomos daquelas rochas não tinham mais força para manterem-se unidos, e espalhado em poeira cósmica morta, aquele mundo se desfez.
E isso se repetiu uma, duas, dez vezes. A constelação de Serpentarius foi sendo apagada da face do Universo.
Quando Cataclysmic chegava à frente de uma estrela, ele sequer dava-se ao trabalho de adentrar sua atmosfera, ele simplesmente absorvia todo o poder que a estrela mostrava em seu esplendor de brilho e era apagada, para todo o sempre. Algumas delas entravam em supernova, o que deixava aquele ser ainda mais poderoso.
A notícia começou a espalhar-se rapidamente pelo universo, principalmente para as constelações mais próximas de Serpentarius, como Hércules, Serpens Caput, Libra, Escorpião, Sagitário...
Trilhões de seres sencientes passaram a temer aquilo que eles anunciaram, da maneira que eles nunca entenderiam ser mais assertiva, o chamando de “cataclisma espacial”... Não sabiam se era senciente ou não, mas que ele devorava a vida dos planetas ao redor de si, e ele movia-se lentamente de planeta em planeta...
Os que podiam, armavam-se o máximo que dispunham e preparavam-se na borda de sua constelação, mas exasperavam-se, porque viam estrelas apagando-se de maneira antinatural, uma após a outra. E não demorava muito, às vezes, levava uma semana, outras, apenas doze horas entre uma e outra.
Os outros, que não podiam, apenas desesperavam-se. Aqueles que podiam oravam para suas pretensas divindades, pedindo proteção ou mesmo uma passagem segura para o outro mundo. Os mais esclarecidos, mentalmente falando, não temiam a morte. Só temiam o fim de seu próprio ser – principalmente aqueles que acreditavam na vida após a morte.
Enfim... Vários seres temiam por suas vidas naquele momento e mesmo após à morte.
Foi quando o universo teve a certeza de que uma constelação inteira seria apagada... E aquele ser que a estava apagando sabia muito bem o que estava fazendo.
Os Kyurangers souberam o que havia acontecido com a constelação de Serpentário tarde demais.
Voltando um pouco no tempo, encontramos os Kyurangers treinando o máximo que podiam dentro do templo que havia fechado. Alguns já se encontravam desmaiados, tamanho desprendimento físico. Os robôs precisaram ser recarregados em suas fontes energéticas – Balance, Raptor e Champ – porque gastaram toda sua energia em se tornarem mais forte. Mas a ilha mesmo os recarregava.
Lucky, Hammy, Tsurugi e Shou eram os quatro únicos que não tinham parado para descansar aquele dia inteiro. Eles treinavam com força, foco e determinação. No final do primeiro dia, todos estavam realmente exaustos. O templo recarregava suas energias, lhes provia recarga (no caso de Balance, Raptor e Champ) ou alimento (no caso dos demais).
Mas o faltava nos demais e sobrava em Lucky, Hammy, Tsurugi e Shou, era determinação. Toneladas dela. Mas era preciso que todos entendessem que o universo estava à beira da aniquilação, da destruição total, e os únicos que tinham a ciência de todo o mal que poderia acontecer, eram os quatro.
O primeiro, por ter tido a experiência em sentir o poder de Cataclysmic logo depois da absorção dos outros dois; A segunda, por acreditar piamente em seu amado, e os outros dois por terem experiência de batalha o suficiente na guerra anterior contra Dom Armage e saberem exatamente o que os líderes da Nova Jark Matter eram capazes de fazer.
Aos poucos, os outros iam alcançando os níveis de determinação dos quatro. Sabiam que seus amigos estavam dando tudo de si e não queriam ficar para trás, mesmo Kotaro, que era o mais novo do grupo, entendia bastante bem o tamanho da determinação dos amigos e queria estar no mesmo nível.
Em determinado momento do treinamento, Lucky descobriu que um dos poderes descobertos do Orion Branco era a telepatia e a telecinese, avançados, com um alcance o suficiente para cobrir todo o universo – onde houvessem estrelas e astros, ele poderia sentir poderes malignos.
E o de Cataclysmic estava berrante e aberrante. Em meio a toda energia natural, ele sentia a energia do atual líder da Nova Jark Matter, e não era natural ter tanta energia concentrada em um lugar só, em um ser só.
Uma energia que aumentava cada vez mais, em que absorvia mais dos seus arredores e só dava mais e mais determinação para que ele se tornasse cada vez mais poderoso.
Porém, quando pensaram ter chegado ao seu limite, veio a primeira baixa. A Kyuutama do Serpentário, que era utilizada para a cura, perdeu completamente seus poderes, perdendo sua cor, que era cor-de-rosa salmão, ficando cinza, sem brilho, sem vida.
Lucky entendeu rapidamente o que aquilo queria dizer: a primeira constelação tinha perdido todo seu brilho. As primeiras estrelas do universo haviam acabado de ter sido destruídas.
- Pessoal, não podemos mais nos dar ao luxo de ficar aqui, nos recuperando e treinando. Seres estão morrendo lá fora, planetas inteiros estão sendo destruídos... Não temos mais a constelação inteira de Serpentário. Por isso sua Kyuutama apagou.
- Tenho certeza de que vocês não querem que as constelações de onde vocês nasceram sejam apagadas do mesmo jeito... Acho que é chegada a hora da batalha final. Acho que é hora de nos mexermos e colocarmos em prática tudo o que aprendemos aqui nos últimos meses.
- Está na hora de os líderes da Nova Jark Matter aprenderem que o universo não está à mercê deles.
Todos concordaram silenciosamente e, do mesmo jeito, começaram a mover-se para sair do templo, afinal de contas, eles já tinham descoberto a maneira de sair de lá: do mesmo jeito que entraram. Mas não quiseram sair, pensaram ter tempo para poder treinar mais.
Mas estavam totalmente enganados.
Enquanto os Kyurangers entravam em seu cruzador para chegar
até onde existia a constelação de Serpentário, Cataclysmic já se preparava para
chegar à constelação de Sagitário, que era a próxima constelação em sua linha
de ação.
8 Comentários
Grande Jorge!
ResponderExcluirVocê,cada vez mais, se revela a mim, um escritor diferenciado e único.
A forma como você desenvolve não só os personagens como também os conceitos,como no caso a absorção de planetas,realizadas pelo poderosíssimo Cataclysmic foi muito bem construída ao longo da saga, culminando nesse, que sem dúvida, foi melhor episódio conceitual até aqui.
Isso vale para o o aperfeiçoamento que você quis demonstrar para a equipe de heróis também.
O evoluir poderes é um processo contínuo e infinito.
Alguns leitores podem te questionar a ausência de lutas, que é a grande ansiedade de quem lê histórias envolvendo heróis.
Eu vou na direção contrária.
Acredito que as batalhas e cenas de ação são necessárias,as para que ocorram, devem ter sentido.
E nesse quesito, eu acredito que está o seu grande diferencial.
Tú, em sua narrativa, esgota todas as possibilidades, focando no que leva um vilão como Cataclysmic ser do jeito que é,ao mesmo tempo que mostra que os heróis dessa história,capitaneados por um Lucky (muito mais maduro que na saga original, pelos comentários que vi dos colegas nos episódios anteriores) sabem que essa ameaça será muito mais difícil do que tudo que eles enfrentaram em sua vida, a ponto de se cobrarem a evolução máxima dos seus poderes.
Alguns podem não entenderem.
Eu entendi a sua proposta e achei maravilhosa.
Você criou um cenário de guerra apocalíptica cósmica que desaguará numa batalha irreversível e dificílima.
Que os Kyurangers posso vencer!
Capítulo muito bem escrito !
De fato você estava bem inspirado!
Parabéns!
Obrigado por sempre comentar, mano. Eu faço o que eu posso, e finalmente estou conseguindo adquirir uma maturidade como escritor que eu não tinha antes... Tudo graças a vocês. Obrigado mesmo.
ExcluirEstamos chegando ao climax como bem disse o autor no início do episódio, se nota isso claramente, me trouxe a mesma sensação de quando via Galactus agindo nos HQ da Marvel e a união desesperada entre humanos, shiars entre outros tentando barrar o devorador de planetas e nada conseguiam... Os Kyurangers agora entram nessa mesma situação e precisam achar um meio de deter, alguém capaz de consumir estrelas e uma super nova inclusive! Fico curioso para ver como conseguirá resolver esta questão Jorge, uma vez que Cataclysm agora é alguém que destrói constelações! Parabéns pelo trabalho meu amigo, que venha o próximo o quanto antes, grande abraço! \0/
ResponderExcluirEu to construindo este final pra ser o melhor que eu conseguir escrever. Espero que vocês, ao ler, possam gostar de verdade, e não só dizer que foi legal por questão de educação.
ExcluirAgradeço por vocês lerem, de verdade.
Meu amigo !
ResponderExcluirSeu trabalho è ótimo!
Eu não elogio por educação.
Quando eu curto,eu falo!
Você faz um trabalho incrível!!!
Obrigado por ter gostado tanto.
ExcluirGrande Firefalcon!
ResponderExcluirEis que você conseguiu!
Eu confesso que curto mais Tupangers (escrevi certo desta vez?) até pelo aspecto bem autoral e criativo.
Mas, aqui em Kyuranger, você nos guiou de um modo detalhado por todos os perfis dos personagens bem como todos os seus medos e amarguras, forjando-os para esse momento decisivo. Essa forma de escrita foi bem cativante e interessante!
Outra coisa legal foi a absorção de planetas,realizadas por Cataclysmic. Como eu já tinha dito no ep anterior: eis um verdadeiro e maléfico inimigo! Cara! Que ápice!
Estou muito feliz pelo resultado!
Sem palavras.
Sim, Artur, você escreveu certo hahaha. E muita coisa eu tenho aprendido lendo as obras de vocês e chegando a melhorar muito mais do que eu poderia ter feito sozinho.
ExcluirMuito obrigado por ler, sério mesmo.