Bom dia, pessoal.
Este capítulo está bem especial, espero que curtam.
Os Kyurangers estavam aflitos, afinal de contas, uma constelação inteira havia sido dizimada por Cataclysmic. Com a maior velocidade que puderam, os 13 guerreiros partiram ao espaço vazio que se tornou a antiga constelação de Serpentário a bordo do Cruzador Orion. Eles sabiam que deveriam estar prontos para a batalha, caso contrário o universo pereceria nas mãos daquele tirano.
Lucky não quis nem saber o que causaria à nave que os havia transportado por tanto tempo, ela precisava ser a mais rápida do universo se eles quisessem salvar mais vidas, já que não haviam conseguido salvar os habitantes da constelação destruída.
Tateando o painel de controle no desespero, descobriu uma porta oculta que dava acesso a um painel secreto. Inicialmente ele possuía duas marcas indeléveis que cabiam duas Kyuutamas, afinal de contas ele já havia feito a associação no templo. Inserindo suas duas Kyuutamas – Leão e Orion, algo interessante aconteceu.
Abaixo apareceram espaços para serem inseridas mais 12, e, a pedido de Lucky, cada um dos Kyurangers colocou a sua, fazendo com que o Cruzador ganhasse potência além da imaginação. Seus propulsores começaram a brilhar em dourado e o Cruzador ganhou a velocidade de dez vezes a velocidade da luz.
O que normalmente seria salto em dobra, mas não havia nave, ao menos naquele universo, que possuísse tal tecnologia...
Mas agora o Cruzador Orion era a única nave espacial dessa classificação, de saltos em velocidade.
Encantados com a velocidade nos primeiros minutos, os Kyurangers torciam para que a espaçonave suportasse a velocidade na qual estavam se locomovendo.
Mas o problema não foi a nave e nem sua velocidade... O problema foi que eles achavam que a distância entre eles e Cataclysmic poderia ser encurtada em um estalar de dedos.
Ledo engano.
A distância ainda foi muito grande para que uma nave, na velocidade de dobra, pudesse alcançar. Levou um dia inteiro.
Um dia inteiro que os guerreiros não dormiram, preocupados com a demora; Um dia inteiro que eles ficaram tensos, com raiva de Cataclysmic querer destruir tudo; Um dia inteiro que eles quase sucumbiram à loucura, mas se mantiveram firmes graças à perseverança de serem capazes de salvar o universo.
Mas enfim, a espera terminou. Todos começaram a sentir o poder do inimigo se aproximar e sua presença se concretizar, sabendo instantaneamente onde ele estava.
E felizmente eles chegaram quando Cataclysmic chegava à borda da constelação de Sagitário.
Sem esperar nada, os treze já partiram pra cima do inimigo com tudo o que tinham, sem fazer apresentações, sem poses, sem frases características, tamanha apreensão que eles enfrentavam dentro de suas mentes. Todos já estavam transformados desde o momento em que começaram a sentir o poder do inimigo.
E, de maneira assustadoramente rápida, o Kyuutamajin foi formado, já pronto e brilhante para a batalha. Só que esta versão do robô gigante não era mais formado por 12 voyagers... e sim por 13.
- Gente!! HORA DE ATIVAR O MODO DEFINITIVO!! – Bradou Lucky, mas não mais como ele mesmo, mas como uma amálgama de todos os papéis que ele acumulava: como Rei de Regulus, como líder dos Kyurangers, como o Kyuranger Leão Orion Branco.
Todos, em uníssono, bradaram também um “sim”, e todos colocaram suas Kyuutamas em seus painéis de controle, e o Kyuutamajin mudou de forma, completamente. Não tinha mais as esferas gigantes em cada um de seus pontos de liga, mas agora, todas as esferas estavam no peito, e todos os pontos de liga estavam maciços, poderosos, firmes.
Era outro robô gigante.
E, sem sequer perder tempo, Kyuutamajin partiu pra cima de Cataclysmic, que não teve outra opção senão recuar para o espaço vazio onde antes estava a constelação de Serpentário, deixando a borda da constelação de Sagitário.
Não esperando a ação vir atrás deles, o que posteriormente foi chamado de “O KYURANGER” foi pra cima de Cataclysmic novamente, impulsionado por suas turbinas a jato, com uma velocidade nunca antes demonstrada por um robô daquele porte naquele universo.
Na verdade por qualquer robô algum naquele plano dimensional.
Cataclysmic estava genuinamente surpreso enquanto defendia-se dos golpes e dos tiros de canhão que recebia, porque os Kyurangers de que se lembrava não eram tão poderosos, não daquele jeito, não tão incisivos em acabar com a batalha.
Foi quando ele olhou ao próprio redor... Ele acabara de exterminar uma constelação inteira e nem tinha se dado conta. Eles estavam irados além dos limites, apavorados com o fato de que ele poderia fazer mais, e usavam tudo de si para poder acabar com a ameaça o quanto antes possível.
Foi quando ele sentiu empatia, pela primeira vez, com alguém.
E foi justamente com seus inimigos.
E mais...
Ele sentiu, pela primeira em sua existência, algo que ele provocava em outros, mas nunca tinha sentido ele mesmo...
Medo.
E sem dar chance para respirar, o Kyuranger seguiu atacando, atirando, cercando, forçando Cataclysmic a se defender, apenas a se defender...
Mas uma coisa estava errada...
Ele não atacava, só esquivava dos ataques à longa distância e defendia-se dos ataques corpo-a-corpo.
E mais...
Ele estava corpóreo.
Lucky lembrou-se disso, seu primeiro encontro foi dificílimo porque ele não tinha forma. Ele não sabia onde atacar e de onde se defender...
A batalha continuou titânica, o Kyuranger não dava tempo de Cataclysmic pensar em atacar, apenas defender-se, e muitas das vezes, por reflexo.
Foi quando Cataclysmic simplesmente sumiu. Evaporou em pleno espaço.
O Kyuranger apenas parou, e colocaram o sensor de energia no máximo, para que a mínima flutuação de energia pudesse ser sentida.
Claro que as flutuações normais do espaço entravam no sensor, e aos poucos, os Kyurangers iam afinando o computador para que apenas fluxos não naturais pudessem ser sentidos.
E a energia de Cataclysmic não podia ser sentida em lugar algum.
Os guerreiros ficaram esperando por algumas horas, sem se mexer, sem desistir, sem deixar de focar.
- Balance, aumente a sensibilidade e o alcance do sensor. – Ordenou Lucky.
- Estamos no máximo que o Cruzador pode, Lucky. Já gastamos muita energia com a viagem, e ainda mais com a luta. Se forçarmos mais ainda o Cruzador, não sabemos o quanto ele pode aguentar. – Argumentou Balance de maneira sensata.
- Droga, DROGA, DROGA!!!!!!! – Lucky complementa o último arroubo de raiva com uma pancada dada em um corrimão do Salão Principal do Orion, o dobrando de maneira impactante. Naquele momento não era necessário que entrassem nos pods de combate, agora mudados pela transformação que o Kyuutamajin passou pelo uso das Kyuutamas.
Foi quando Lucky respirou fundo e acalmou-se.
- É isso mesmo o que ele quer, que eu me descontrole, não é mesmo? Vou manter a calma. Balance, você tem uma estimativa para o quanto nos sobra de energia?
- Infelizmente não, Lucky. Eu teria se tivesse como me conectar ao Orion, mas isso levaria muito tempo.
- Raptor, você consegue?
- É verdade que eu tenho mais conhecimento sobre o Orion do que o Balance. Mas tenho tanto conhecimento quanto ele depois da mudança. Mas, se agirmos juntos, podemos conseguir mais do que um sozinho não conseguiria.
Balance olhou feliz para Raptor, ele não estaria sozinho naquela missão que se provaria ser muito difícil.
- Ótimo. Façam o melhor que puder. Champ, por favor, os ajude.
- Pode deixar, Lucky.
- Hammy, Stinger, Shou e Tsurugi, vocês venham comigo. Precisamos discutir estratégias com esse tempo que Cataclysmic nos deu. Garu, Rururi, Kotaro, Naga e Spada, continuem o rastreio de Cataclysmic, por favor. Não queremos ser pegos de surpresa.
Os nove responderam afirmativamente, sendo 4 indo com Lucky e cinco cuidando do que lhes foi pedido. Assim os Kyurangers mantiveram o Kyuutamajin parado, pronto para o que Cataclysmic jogasse contra eles.
Enquanto isso, em uma dimensão paralela, Cataclysmic praguejava. Precisou fazer uma retirada estratégica porque não tinha tempo para pensar enquanto batalhava contra os heróis.
“Desde quando os Kyurangers ficaram tão poderosos? Desde quando aquele pedaço de lata que eles chamam de robô de combate se tornou tão formidável? Eu posso ter todo o poder que tenho, mas se eu não deixar pra trás a minha figura amórfica de lado de uma vez por todas, eles vão me destruir, na hora ou outra. E dessa vez, não tenho mais ninguém, só a mim mesmo”, pensava Cataclysmic.
A ação dos heróis não só desestabilizou o inimigo, mas também deixou que ele esquecesse algumas de suas principais armas.
Cataclysmic pensou em várias possibilidades. Não era possível que, mesmo depois de absorver os outros dois líderes da Nova Jark Matter, a fazendo sua, ele cairia no mesmo erro de Armage, que era apenas um fantoche, para mantê-los ocultos.
Decidiu tomar a decisão mais simples: assumir uma forma
corpórea, sim, mas titânica. Ele apostaria todo o poder que tinha e tudo o que
poderia conseguir nesta cartada. Não queria se arrepender de não ter dado de si
quando os inimigos com toda a certeza estavam fazendo o mesmo.
6 Comentários
Finalmente o confronto final chega , com os Kyurangers dando tudo de si numa luta titánica ,enquanto , surpreendentemente Cataclysmic recua ao se dar conta o quão poderosos ficaram a equipe liderado por Lucky.
ResponderExcluirAs diversas facetas do líder dos Kyurangers também foi muito bem descrita.
Um final empolgante de uma história maravilhosa!
Parabéns!
Obrigado por acompanhar, Jirayrider! Foi um dos capítulos que andei escrevendo durante a noite.
ExcluirQue bom que curtiu.
E eis que chegamos ao embate final de uma série que marcou por vários aspectos... Inovação, renovação, construção e embasamento... Ver eles dando tudo de si nesse embate final, e principalmente ver o vilão titubear se tinha tais condições ou não, foi realmente avassalador e renova as forças, não somente na equipe, mas também no leitor! Agora fica a dúvida, temos aqui um recuo por medo ou será que a empatia é que realmente o está querendo dominar e ele é incapaz de perceber? Somente o tempo poderá dizer! Parabéns Jorge, trabalho maravilhoso cara!!
ResponderExcluirLanthys, obrigado, em primeiro lugar, a obra. Foi com vocês me instigando a melhorar o que eu pude na minha escrita. Ainda estou longe de ser aquilo que eu gostaria, mas finalmente consigo orientar minhas ideias melhor no papel.
ExcluirEm segundo lugar, pela possibilidade de estar com vocês no Mindstorm. Os motivos? Os mesmos que apresentei acima.
Espero que goste do ápice dessa história.
Rapaz... Que episódio!
ResponderExcluirKyurangers mostraram toda seu poder e ofuscaram a ação massiva destrutiva do vilão assombroso! Confesso que eu não esperava um ataque tão voraz e cheio de ímpeto como esse.
Sua obra está marcada por inovação, criatividade, tensão, drama e ação, meu amigo! É uma escrita detalhada na alma e atitude dos personagens e isso nos integrar ainda mais ao trabalho.
Vamos ver o que a segunda parte nos reserva! O grande momento chegou!
Parabéns, George!
Obrigado por ter lido. Tem muitas vezes que vocês vêem nas minhas obras algo que eu não tive a intenção de colocar, apenas coloquei o sentimento enquanto eu escrevia. Um comentário assim, igual ao seu, enche o meu ego. Obrigado mesmo.
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