No capítulo anterior:
Os Batarangers e os outros são salvos por Angélica e Roberta, mas Araki foge e ativa o sistema de autodestruição do navio.
Capítulo #27 – Pedro II (Parte Final)
Porto do Rio de Janeiro
Angélica pousou no Porto, junto com Sabrina e Felícia. A menina comentou:
“Nossa, nunca tinha voado na minha vida, nem mesmo de avião. É muito legal!”
Felícia: “Eu também nunca voei. É muito legal, realmente.”
Angélica: “Que bom que gostaram da viagem, meninas, mas agora eu quero que fiquem quietas, porque tenho que me comunicar com a base.”
Sabrina: “Sim, senhora!”
A cientista pegou seu comunicador e falou por ele:
“Dra. Gomes para a base. Estou no Porto, com a irmã de Simone Reis e uma amiga dela.”
Comandante Lopes, do outro lado da linha, respondeu:
“Excelente, doutora! E os Batarangers e Lima?”
Angélica: “Então, comandante, Araki ativou o sistema de autodestruição do navio e destruiu a BataLancha. Os Batarangers me pediram para eu ir na frente para levar Sabrina e a amiga em segurança para cá. Neste instante, eles estão indo pegar os botes de fuga do navio, antes que ele se exploda.”
Comte. Lopes: “Maldição! Espero que eles escapem, porque, infelizmente, não há outra BataLancha. E Araki?”
Angélica: “Escapou, infelizmente. Ela é escorregadia feito um bagre.”
Comte. Lopes: “Com certeza, mas ela voltará para Catanduvas em breve. Mudando de assunto, tem como ver se os Batarangers aparecem no rastreador GPS?”
Ela pegou o tablet no bolso de seu jaleco, olhou para a tela e disse:
“Ainda não. Isso significa que eles ainda estão no navio, ainda na faixa de bloqueio de sinal.”
Comte. Lopes: “Então, continue tentando estabelecer contato e/ou algum sinal sobre eles, doutora.”
Angélica: “Certo, senhor. Se eu tivesse superforça, eu trazer-os-ia para cá, mas como não tenho... Enfim, vou tentar estabelecer contato.”
Comte. Lopes: “Certo. Câmbio, desligo.”
Angélica guardou seu comunicador e ficou olhando para tela do tablet e a tocando para atualizar o rastreador GPS.
Sabrina perguntou à Angélica:
“Doutora, onde está minha irmã? Eu quero ver ela.”
Angélica: “Ela está no Centro Médico da base, mas eu levo você para lá depois, tá bom? Garanto que ela está bem. Agora, a gente tem que esperar algum sinal dos Batarangers.”
Sabrina: “Tá bom.”
Angélica: “Só espero que eles consigam escapar. Tenho fé que vão conseguir.”
Navio Pedro II
Logo após Angélica levantar voo levando Sabrina e Felícia, restando menos de sete minutos para o navio se autodestruir, os Batarangers começaram a correr pelo convés. No caso de Mateus e Roberta, eles correram em velocidade normal.
De repente, o navio começou a tremer e balançar.
Cris: “Rápido! Rápido!”
Eles corriam com extrema dificuldade, por conta dos solavancos do navio.
Alto-falante: “Seis minutos para a detonação!”
Finamente, eles chegaram à popa, mas foram recebidos por uma dezena de soldados Ômega, que abriram fogo contra os Batarangers e Roberta. Rapidamente, eles pegaram cobertura. Por sorte, os tiros não o atingiram, por causa do balanço do navio.
Os soldados Ômega saíram correndo em direção a uma porta. Os Batarangers e Roberta foram atrás dos soldados e entraram pela porta. Atrás da porta, havia uma longa escadaria, pela qual eles desceram.
Cris: “Hum, aqui deve ser o caminho para os botes. Vamos seguir os soldados, pessoal.”
Os outros assentiram e eles seguiram os soldados Ômega, que estavam descendo a escadaria. Após descerem as escadas, eles seguiram até um corredor e em seguida, viraram à direita para outro corredor.
Alto-falante: “Cinco minutos para a detonação!”
Então, eles viram que os soldados entraram por uma porta no fim do corredor e eles os seguiram. Entrando pela porta, eles viram uma espécie de cais, semelhante ao que tinha na proa, onde estavam os botes de fuga. Os botes estavam partindo, mas ainda sobrou um. Ele era como a lancha da qual Araki escapou, só que era um pouco menor. Alguns soldados já estavam entrando no bote solitário.
Cris: “Essa é a nossa única oportunidade de sair daqui. Não podemos desperdiçá-la. Eu tenho um plano.”
Aline: “Estava sentido falta de seus planos, sinceramente... Pode falar.”
Alto-falante: “Quatro minutos para a detonação!”
Cris: “Quatro minutos! Droga! Bem, Mateus e Roberta vão na frente para derrubar os soldados Ômega, enquanto o resto dá cobertura a Lima para que ele assuma o controle do bote. Alguém tem outra ideia?”
Os outros negaram e Cris disse em seguida:
“Beleza. Então, vamos!”
Então, seguindo o plano de Cris, Mateus e Roberta derrubaram os soldados Ômega que estavam entrando no bote, além de retirar os soldados que estavam dentro. Enquanto isso, os outros Batarangers deram cobertura a Lima, que entrou na cabine do piloto e assumiu o controle.
Lima: “Hum, esses controles são um pouco mais complexos que os da BataLancha, mas dá para se ter uma noção.”
Cris: “Ótimo. Vamos entrando, pessoal!”
Os seis Batarangers e Roberta se espremeram para caber no bote de fuga. Lima conseguiu ligar o bote e eles foram em direção à comporta da popa, que estava se fechando lentamente.
Porém, os soldados Ômega não deixaram barato. Eles se levantaram e abriram fogo contra o bote onde estavam os Batarangers.
Cris: “Depressa, Lima, depressa! Eles estão atirando em nós!”
Lima: “Estou acelerando o quanto eu posso, Ribeiro, mas o mar está agitado.”
De fato, o navio continuava a tremer e isto agitava o mar de dentro do navio, dificultando a navegação do bote.
O tiroteio dos soldados não cessava. Então, Tarso levantou-se e disse:
“Pessoal, vou tentar atrasar os soldados Ômega daqui, atirando neles com o BataRifle, já que eu posso atirar com ele à distância. Como a blindagem da BataSilver é mais resistente, os tiros deles não vão me afetar.”
Cris: “Tome cuidado, primo!”
Tarso: “Vou tomar. BataFarda, ativar!”
Então, Tarso ativou a BataSilver, sacou o BataRifle e atirou contra os soldados que estavam atirando. Ele conseguiu derrubar dois, mas o balanço do bote dificultava a mira do rifle.
Alto-falante: “Três minutos para a detonação!”
O bote se afastava dos soldados Ômega que atiravam, mas o mar dentro da popa estava cada vez mais agitado. Isso fazia o bote balançar ainda mais, tanto que Tarso perdeu o equilíbrio e quase caiu para fora do bote, segurando-se na quina.
Cris: “Tarso!”
Então, Cris segurou o braço do primo, para que ele voltasse ao bote, mas a embarcação balançava demais e Cris não conseguia puxá-lo de volta ao bote.
Cris: “Segure firme, Tarso! Pessoal, ajuda aqui!”
Jefferson e Mateus foram ajudar e junto com Cris, eles puxaram Tarso de volta ao bote.
Tarso desativou a BataSilver e disse aos companheiros:
“Valeu, pessoal! Quase caí fora do bote. Valeu mesmo!”
Jefferson: “Não há de quê, irmão.”
Mateus apenas assentiu com a cabeça. Já Cris, segurou o pescoço do primo, como se fosse estrangulá-lo.
Cris: “Promete, Tarso, que da próxima vez, não vai tentar matar seu primo do coração?! Promete?!”
Tarso: “Tá, tá, eu prometo, mas Cris, me solta, por favor!”
Cris o soltou e o abraçou, dizendo ao pé do ouvido:
“Vamos, precisamos de você vivo para que cumpra sua promessa à Simone, hehehe!”
Tarso também riu, mas sem graça.
A saída estava cada vez mais próxima, mas também a comporta ficava cada vez mais estreita.
Alto-falante: “Dois minutos para a detonação!”
Roberta: “Ai, meu Deus! Dois minutos! Vamos, anda logo, piloto!”
Lima: “Eu estou tentando ir mais rápido que posso, moça! Dá para ter paciência?”
Roberta: “Seu grosso! Não sei se você sabe, mas a gente vai morrer! Anda logo!”
Lima: “Ninguém aqui vai morrer! Não no meu turno!”
Então, o bote chegou finalmente à saída e só havia uma fresta na comporta onde o bote dava para passar.
Lima: “Segurem firme!”
O bote foi à toda velocidade em direção à fresta, até que...
O bote passou!
Finalmente, eles estavam fora do navio!
Cris: “Ufa! Conseguimos! Valeu, Lima. Você foi gigante agora!”
Lima: “Não há de quê, Ribeiro e pessoal. Só fiz o meu trabalho.”
Roberta: “E fez bem demais. Olha, me desculpa por ter gritado com você. Eu estava muito tensa!”
Lima: “Sem problemas. Todos nós estávamos tensos.”
De repente, eles ouviram um estrondoso barulho. Era o navio Pedro II explodindo no meio da Baía de Guanabara.
Tarso: “Acabou-se! Finalmente, estamos livres!”
Aline: “Assim esperamos, Tarso.”
Então, o bote rumava sem problema até a costa do Rio de Janeiro.
Porto do Rio de Janeiro
Enquanto isso, no Porto, Angélica continuava absorta sobre a tela de seu tablet, atualizando o rastreador GPS para ver se tinha algum sinal dos Batarangers, Roberta e Lima.
De repente, ela ouve um grito de Sabrina:
“Doutora, olha!”
Ela exclamou, apontando para o mar.
Angélica pegou o binóculo, o pôs nos olhos e disse:
“Parece ser um bote. Será que são eles?”
Ela pegou seu comunicador novamente e falou por ele:
“Batarangers, podem me ouvir? Câmbio!”
Após um breve silêncio, a resposta veio:
Cris: “Doutora? Estamos ouvindo. Câmbio!”
Angélica: “Ah, graças a Deus! Vocês escaparam do navio e com isso, saíram do bloqueio da comunicação. Estamos no Porto e vendo vocês.”
Cris: “Ótimo, doutora. Estamos chegando. Câmbio e desligo!”
O bote aproximava-se da terra firme, até que ele atracou no cais do Porto. Os Batarangers, mais Roberta, foram saindo do bote. Lima foi o último a sair.
Angélica e as outras correram em direção deles, que deram um “abraço coletivo” nelas.
Angélica: “Que bom que estejam a salvo, meninos! Finalmente, estão longe daquela ilha e daquele navio!”
Jéssica: “Nem nos fale, doutora. Foi a pior experiência que já tive. Estamos em casa, finalmente!”
Os outros vibraram de alegria. Enquanto isso, Tarso abraçou Sabrina e disse:
“Eu prometi à sua irmã que te encontraria e te levaria para cá, garota. Essa parte já cumpri. Agora, só falta você encontrar-se com ela.”
Sabrina: “A doutora disse que ela está no Centro Médico da base de vocês. Quero ir pra lá agora!”
Angélica: “Tá certo, meu anjo. Vamos lá ver sua irmã agora.”
Então, todos eles retiraram-se do Porto, em direção à BataBase.
BataBase – Centro Médico
Como no Centro Médico só era permitido entrar até três pessoas, Sabrina, Tarso e Angélica foram visitar Simone. O trio foi recebido pela diretora do CM, Dra. Carla Macedo e Angélica logo perguntou:
“Como ela está, Dra. Macedo?”
Dra. Carla: “Ela está bem, Dra. Gomes. Ela está consciente e já não está mais com o inalador de oxigênio, mas ainda se queixa de muitas dores nas costelas e nas articulações dos membros superiores. Fora isso, ela está completamente fora de perigo e dentro de dois ou três dias de repouso, ela estará nova em folha, superando minhas expectativas, que eram dentre uma a duas semanas de recuperação.”
Angélica: “São notícias alvissareiras, doutora. Nós viemos aqui para que ela veja a irmãzinha dela [Ela disse batendo nos ombros de Sabrina].”
Dra. Carla: “Ótimo! Por favor, sigam-me.”
A médica levou o trio até o quarto onde Simone estava. A jovem realmente estava sem o inalador de oxigênio, mas ainda estava deitada, dessa vez, acordada.
Dra. Carla: “Simone, você tem visitas.”
Simone viu Angélica e Tarso. Sabrina ficou para trás, para fazer surpresa. Simone ficou com uma expressão de alegria ao vê-los.
Simone: “Doutora! Tarso! Vocês voltaram!”
Ela tossiu, depois de falar.
Dra. Carla explicou:
“Os pulmões dela ainda estão se recuperando. Por isso que é normal dela tossir enquanto fala.”
Tarso: “Ah, sim. Como vai indo, Simone?”
Simone: “Bem, acabei sendo atacada por uma doida que me apertou com seu corpo. Eu apaguei e acordei aqui no hospital. Que bom ver vocês por aqui!”
Tarso: “É, mas nós trouxemos alguém que quer muito te ver.”
Então, Angélica e Tarso abriram caminho para que Simone visse Sabrina.
Simone: “Sabrina?!”
Sabrina: “Mana!”
A menina correu para abraçar a irmã mais velha e elas ficaram um longo tempo abraçadas, sob a observação de Angélica, Tarso e Dra. Carla.
Simone: “Oh, minha irmãzinha querida! Que bom te ver bem! Você... você não sabe... o quanto fiquei preocupada com você, por não ter voltado para casa, quando você foi na Duda (*). Graças ao Batarangers, você está aqui de volta para mim!”
Sabrina: “Eu também fiquei preocupada com você, mana. Depois de tudo que passei naquela ilha, achei que nunca mais ia te ver.”
Simone: “Eu nem dormi direito, só para se ter uma ideia. Aí, eu vim para cá, saber notícias sobre você. Depois, eu te conto com mais detalhes do porquê da doida me atacar e de eu vir parar aqui.”
Sabrina: “Tá. Mas você tá sentido dor, Simone?”
Simone: “Sim, estou. Muita dor nas costelas e nos braços.”
Sabrina: “Eu vou te curar.”
Simone: “Não precisa, Sá. Quero que poupe seus poderes aqui.”
Sabrina: “Ah, não, eu insisto!”
Simone: “Tá bom, chata! Pode me curar, então.”
Então, Sabrina pôs suas mãos nas costelas da irmã e fechou os olhos. Depois, repetiu o processo, só que pondo as mãos nos braços de Simone. Sabrina abriu os olhos e perguntou:
“E aí?”
Simone respondeu:
“Não sinto mais nada! Obrigada, irmãzinha!”
Ela abraçou Sabrina novamente.
Dra. Carla viu a cena, incrédula e exclamou:
“Incrível! Ela curou a irmã apenas com um toque! Essa habilidade dela é incrível!”
Simone: “Sim, doutora. Por isso que essa pentelha vai ser enfermeira igual a mim, não é mesmo, Sá?”
Sabrina: “Sim, mana. Quero ajudar as pessoas, igual você e os Batarangers fazem.”
Dra. Carla: “Olha que desse jeito você vai me deixar desempregada, hein? Hehehe! Bem, falando sério, acho que posso dar-lhe alta, Simone, porque está completamente curada. Nem está tossindo mais!”
Simone: “Obrigada, doutora. A senhora salvou minha vida. Realmente, parei de tossir enquanto falo. Aliás, obrigada a vocês também, Dra. Angélica e Tarso.”
Angélica: “Não há de quê, Simone. Nosso dever como Força Especial é sempre ajudar as pessoas, não é mesmo, Tarso?”
Tarso: “Sim, doutora. Acho que cumpri minha promessa a você, Simone.”
Simone: “Sim, cumpriu e eu te agradeço por isso.”
Ela se levantou da cama, deu um abraço em Tarso e o beijou na bochecha. Ele ficou como estivesse em choque.
Sabrina: “Ih, o Tarso ficou todo vermelho!”
Todos riram, inclusive a Dra. Carla.
Angélica: “Bem, pessoal, vamos deixar a Dra. Carla trabalhar. Doutora, agradecemos demais o que fez pela Simone e por todo seu trabalho aqui no CM.”
Dra. Carla: “Eu fico lisonjeada, doutora, mas eu só fiz o meu trabalho. Eu é quem agradeço por arriscarem suas vidas para manter as pessoas seguras.”
Angélica: “Não há de quê, doutora. Mais uma vez, obrigada por tudo.”
Dra. Carla: “De nada, doutora. Tchau, Monteiro. Tchau, meninas.”
Tarso e as irmãs Reis: “Tchau, doutora!”
Angélica, Tarso e as irmãs retiraram-se do Centro Médico.
Sala do comandante
A sala do comandante ficou pequena de tanta gente que havia ali. Além do próprio comandante, Angélica, Inspetor Meirelles e dos Batarangers, estavam Roberta, Felícia, Lima e as irmãs Reis, Simone e Sabrina.
O comandante começou a falar:
“Primeiramente, gostaria de felicitar aos Batarangers por estarem são e salvos, depois de estarem 24 horas desaparecidos e por terem encontrado a jovem Sabrina Reis. Os outros HMs ainda seguem desaparecidos, mas a Divisão de Investigação, conduzida brilhantemente pelo Inspetor Meirelles, se encarregará de procurá-los.”
Batarangers, prestando continência: “Obrigado, senhor!”
Inspetor Meirelles: “Fico lisonjeado pelo elogio à minha divisão, Lopes. Prometo não desapontá-lo.”
Comte. Lopes prosseguiu, dirigindo-se à Angélica:
“Dra. Gomes, mais uma vez, a senhora mostrou-se corajosa e determinada não só em prol da força, mas também em prol da causa da Srta. Simone Reis. É sempre uma honra ter a senhora como minha companheira de serviço por tantos anos.”
Angélica, prestando continência: “Obrigada, senhor!”
Comte. Lopes prosseguiu, voltando-se para as irmãs Reis:
“Senhoritas, abençoados sejam vossos pais, estejam onde eles estiverem, porque eles as criaram muito bem, porque ambas são muito corajosas e não se intimidaram com toda esta situação. Com certeza, depois do que aconteceu nos últimos dias, vocês se tornarão mais fortes.”
Simone: “Não há de quê, comandante. Nós duas já passamos por muitas dificuldades, depois que nossos pais se foram. De fato, não somos de nos intimidar com o perigo, mas eu não quero passar pelo que passei nestes últimos dias nunca mais na minha vida!”
Sabrina: “Nem eu, mana.”
Comte. Lopes: “Com certeza, a rotina fará vocês esquecerem do que passaram.”
Ele virou-se para Felícia e perguntou:
“E a senhorita? É nativa da ilha, correto?”
Felícia: “Sim, moço, mas ela foi invadida pelos ‘bichos de ferro’ e eu não quero viver mais por lá. Os Batarangers e a menina Sabrina me trouxeram para cá, porque eles disseram que aqui tinham pessoas gentis.”
Comte. Lopes: “Sim, aqui na F.E.B., nós somos gentis. Você já tem lugar para ficar aqui no Rio?”
Antes de Felícia responder, Sabrina perguntou à irmã:
“Mana, a Felícia pode ficar lá em casa? Diz que sim, diz que sim!”
Simone examinou Felícia de cima a baixo e disse na direção dela:
“Humpf, pode, mas saiba que o nosso apartamento é pequeno.”
Sabrina: “Ah, obrigada, mana! Você tem que ver os poderes dela. Ela é muito rápida e quanto fica brava, fica com as unhas maiores que as suas.”
Todos riram na sala.
Simone: “Bem, vou ter mais uma boca para alimentar, mas fazer o quê? Vamos, Sá. Temos muito o que conversar. Mais uma vez, obrigada a todos vocês da F.E.B.. Serei eternamente grata a todos vocês.”
Cris: “Na verdade, Simone, seja eternamente grata ao Tarso, que fez a promessa de devolver Sabrina a você.”
Simone olhou para Tarso e sorriu para ele. Ele ficou sem graça.
Simone: “Ah, claro. Mas todos foram ótimos. Até outro dia!”
Os outros: “Até!”
Sabrina: “Tchau, pessoal!”
Os outros: “Tchau!”
Comte. Lopes: “Meirelles, conduza as irmãs até a saída, por gentileza.”
Inspetor Meirelles: “Sim, Lopes.”
Sabrina: “Vamos, Felícia.”
A mulher-felina também despediu-se de todos. Inspetor Meirelles prestou continência e retirou-se da sala, junto com as irmãs Reis e Felícia.
Jefferson cochichou com Cris, dizendo:
“Você tinha razão sobre a irmã da Sabrina. É do nível da Dra. Angélica para cima.”
Cris: “Não falei?”
Aline: “Dá para ficarem quietos?”
Cris: “Sim, senhora, hehehe!”
Enquanto isso, voltando-se para Lima, o comandante disse:
“Sargento André Lima, sua determinação ao conduzir a BataLancha e o bote de fuga da Ômega foi exemplar e merece todos os elogios. Farei de tudo para que a Marinha o promova de patente, depois de hoje.”
Lima, prestando continência: “Obrigado, senhor!”
Comte. Lopes: “Dispensado!”
Lima prestou continência mais uma vez e retirou-se da sala.
Cris: “É verdade, senhor. Lima foi gigante, quando nós estávamos fugindo do navio. Por mim, ele tinha que ser promovido a almirante.”
Comte. Lopes: “Por mim também, Ribeiro, mas não depende de mim, hehehe.”
Finalmente, o comandante dirigiu-se a Roberta e disse:
“Senhorita Silva, por duas vezes no dia de hoje, a senhorita teve uma importância fenomenal para salvar tanto as vidas de Simone Reis e da Dra. Gomes, como as dos Batarangers e Lima. Suas contribuições à F.E.B. terão o devido reconhecimento. A partir de agora, a senhorita será considerada uma Bataranger definitiva. Doutora, o BataMorpher.”
Angélica entregou um BataMorpher para Roberta, mas dessa vez, era o mesmo BataMorpher dos Batarangers.
Os Batarangers se entreolharam, surpresos. Roberta estava com um semblante confuso, olhando para o BataMorpher em sua mão.
Roberta: “Eu, uma Bataranger...definitiva? Mas... eu não quero isso, seu comandante. Não sirvo para ser policial. Eu... eu... não sou treinada e disciplinada como vocês são.”
Cris: “Beta, eu também não fui treinado aqui, como os outros. Eu era um ladrão, assim como você. Além do mais, você já é da equipe há muito tempo e agora, o comandante a efetivou.”
Roberta: “Não sei, Cristiano... Não sei se me daria bem aqui...”
Mateus: “Claro que você se daria bem aqui. Aqui tem uma pista de atletismo para a gente correr.”
Jéssica: “A ‘gente’ quem, Mateus?”
Mateus: “Todos nós, sua maldosa. E então, Beta? Ainda em dúvida?”
Roberta: “Hum, se tem lugar para eu correr, então, eu fico.”
Os Batarangers comemoraram e Angélica disse à Roberta:
“Roberta, para ativar sua BataFarda, aperte o botão da parte de cima do BataMorpher.”
Roberta: “Tá certo, doutora anja.”
Então, ela apertou o botão e o corpo dela começou a brilhar, surgindo assim a... BATALARANJA!
Roberta tirou o capacete e disse:
“Uau, que sensação estranha! Me sinto mais poderosa, quando uso essa roupa.”
Aline: “Não é roupa, é BataFarda. E é verdade, a gente se sente mais poderoso quando veste a BataFarda.”
Roberta: “Até que gostei da cor laranja. Obrigada, seu comandante.”
Comte. Lopes: “De nada. De agora em diante, Roberta Silva, você é a BATARANGER N° 7 LARANJA. Seja bem-vinda!”
Todos aplaudiram Roberta, a nova Bataranger.
Comte. Lopes: “Nesse momento, com Araki completamente solta, toda ajuda é bem-vinda. Temos que está cada vez mais preparados para que ela não nos escape novamente.”
Cris: “Senhor, quero fazer um mea-culpa, em nome de toda a equipe. No navio, estávamos com vantagem numérica em relação à Araki, mas ela nos escapou.”
Angélica; “Cris, quem deve fazer mea-culpa sou eu, porque fui eu que deixei Araki escapar por aquela lancha, quando a situação estava sob controle.”
Comte. Lopes: “Não é hora para se lamentar. Errar é humano e temos que aprender com os erros. Contudo, não haverá mais espaços para erros para o que Araki está planejando, seja lá o que for. Os dois grandes planos dela falharam, mas agora ela virá com mais sede de vingança contra nós. Ela não poupará ninguém, nem mesmo inocentes, nem mesmo seus aliados.”
Cris: “É verdade, senhor. Araki não teve escrúpulos em matar seu aliado e em sequestrar e tentar matar uma criança. Ela está cada vez mais descontrolada.”
Comte. Lopes: “Exatamente. Vocês terão o resto do dia de folga, mas amanhã é dia normal de serviço. Dispensados!”
Os (agora) sete Batarangers prestaram continência e retiraram-se da sala.
Corredores da BataBase
Os Batarangers estavam caminhando pelos corredores, quando Roberta perguntou:
“E aí, o que vocês costumam fazer na folga?”
Mateus: “Bem, a gente costuma ir à Sala de Jogos, mas eu só quero descansar agora. Esses últimos dois dias foram de fortes emoções.”
Tarso: “Mateus tem razão. Eu também só quero descansar.”
Roberta: “É, mas vocês têm que me contar sobre essa tal ilha e como conheceram aquela garota onça.”
Jéssica: “Vamos contar, Beta, mas já aviso que a história é longa.”
Roberta: “Sem problemas. Enquanto vocês me contam, vocês me apresentam o resto da base.”
Jefferson: “Calma aí, tudo de uma vez. A gente vai aproveitar o resto do dia para descansar. A partir de amanhã, quando você começar a treinar conosco, aí a gente conta tudo o que aconteceu na ilha e apresenta o resto da base.”
Roberta: “Tá bom, então.”
Aline: “Ei, antes de descansar, que tal apresentar o telhado da base à Roberta e daí a gente vê o pôr-do-sol?”
Roberta: “O telhado?”
Cris: “Sim, ele é como se fosse nossa sala de reuniões informal, além de ter um valor sentimental para mim e Aline.”
Roberta: “Hum, então, tá. Vamos lá.”
Então, eles subiram ao telhado. Roberta ficou impressionada com a vista.
Roberta: “Uau, daqui dá para ver um bom pedaço da Presidente Vargas”
Aline: “Verdade, mas o melhor é ver o pôr-do-sol.”
Cris: “Mas e aí, Roberta? Pronta para nos ajudar a derrotar Araki de uma vez por todas?”
Roberta: “Se eu estou pronta? Filho, já nasci pronta. Aquela nariguda vai ter o que merece!”
Então, os sete Batarangers contemplaram o Sol que começava a se pôr no Rio de Janeiro...
FIM
(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 5.
OS BATARANGERS RETORNARÃO EM... FORÇA ESPECIAL BATARANGER 3!!!
4 Comentários
Eu só posso dizer ....
ResponderExcluirAêeeeee!!!!!
Primeiro motivo : finalmente os Bataranger conseguiram escapar!
Ufa! Que alívio !
Que tenso!!!!
Mas, eles conseguiram!
Segundo motivo: Roberta, a sétima Bararanger!
Personagem incrível! Linda e corajosa!
Sua irreverência fará um contraponto aos demais !
Agora aguardemos a investida final de Araki!
Parabéns!
Obrigado pelo feedback de sempre. Essa temporada foi tensa, mas tudo se resolveu. Ou quase, porque Araki está solta. Abraços.
ExcluirBom, sinceramente eu não esperava que teria uma temporada 3... Primeira temporada com 20 episódios mais um especial... e, agora, mais uma segunda temporada com 27 episódios. Não é fácil dar uma longevidade assim. Eu tenho os meus Blue Reds... Mas, é diferente...São 4 séries com diferentes protagonistas.
ResponderExcluirÉ bem desafiador manter o nível e fazer uma terceira temporada que mantenha o leitor atento e ávido pelos mistérios. Muita coragem mesmo! Isso mostra o carinho que você tem pela sua obra.
Eu imagino que a terceira temporada seja o ponto de inflexão para os Batarangers. Eles ainda precisam amadurecer. É só notar como a Araki os enganou várias vezes. Desta vez, ao menos na minha ótica, eles quase perderam. Ainda bem que a Roberta estava com eles e mostrou sua fibra. Ela agora é a sétima ranger. Apenas acho que ela precisa tomar um tranco. Ela me parece muito soberba... Ou seja, isso pode causar sérios problemas para a equipe!
Parabéns, Israel por mais essa temporada encerrada! Siga com seu foco!
Obrigado pelo feedback de sempre. Sim, será desafiador para mim manter o nível, mas estou disposto a tentar. Quanto ao amadurecimento dos Batarangers, eles têm poderes, mas ainda são jovens e imaturos. Aliás, eu tinha que mostrar esse defeito aqui, porque em algumas séries e em alguns filmes, os heróis jovens já estão "prontos", sem passar o processo de amadurecimento. Quanto a Roberta, é claro que ela vai ter que aprender sobre hierarquia e disciplina. No mais, um abraço.
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