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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 2 - Código Roxo

 




No capítulo anterior:


Em pleno Ano-Novo, Cris, Aline, Tarso e Simone são atacados por dois HMs misteriosos. Em um momento de distração, Aline acabou sendo envenenada por Turana e está entre a vida e a morte.



Capítulo #2 – Código Roxo



Rio de Janeiro, 2031


Praia de Copacabana


Restavam quatro minutos de vida para Aline...

Cris repetia várias vezes que ela não iria morrer. Tarso e Simone ficaram em silêncio, sem saber o que dizer.

Rompendo o silêncio, Simone disse:

“Temos que levá-la a algum Pronto-Socorro, Cris, para pelo menos, retardar o efeito do veneno.”

Cris: “É uma boa, mas a gente não sabe que tipo de veneno é esse. E tem mais: não temos tempo!”

Simone: “É verdade. Esse efeito de cinco minutos é covardia. Em situações normais, quando o envenenamento é rapidamente detectado, dá para pelo menos, retardar o efeito.”

Cris: “É, mas não estamos em uma situação normal, Simone! Tem que ter algum jeito...”

Simone: “Mas como, Cris? Quem poderia curá-la é minha irmã, mas ela está no Centro e mesmo se eu ligasse para ela vir até aqui, não daria tempo. Só se ela fosse o Flash...”

De repente, Tarso rompeu seu silêncio também:

“Se fosse o Flash... É isso! Sabrina não pode ser o Flash, mas nós temos não só um, mas dois velocistas! Eles podem trazê-la até aqui ou levar Aline até lá.”

Cris: “Boa ideia, Tarso. Mateus e Roberta são nossas únicas esperanças de salvar Aline. Pode chamá-los, por gentileza? É que eu tenho que ficar aqui com a Aline.”

Tarso: “Certo, primo. Vou chamá-los.”

Então, ele pegou seu BataMorpher e entrou em contato com os velocistas.


Cristo Redentor – Morro do Corcovado


Momentos antes do ocorrido com Aline...


Mateus Souza, o BataVerde e Roberta Silva, a nova integrante da equipe, a BataLaranja, estavam assistindo à queima de fogos para celebrar o Ano-Novo no principal cartão-postal do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor. Por serem velocistas, eles poderiam ir a qualquer lugar do Rio em questão de segundos e eles escolheram ficar aos pés do Cristo.

Roberta: “Uau, realmente daqui dá para ver toda a cidade e dá para ver os fogos de Copacabana sem estar por lá.”

Mateus: “É verdade. Eu sempre venho aqui todo Ano-Novo. Por isso que a trouxe aqui.”

Roberta: “Pois eu gostei do convite. Eu... nunca passei o Ano-Novo com alguém, depois que me emancipei dos meus pais.”

Mateus: “Como? Você... fugiu de casa? Explica isso aí.”

Roberta: “Não fugi de casa, eu me emancipei, o que é diferente. Eu... sempre quis ser livre e quando completei 18 anos, eu fui embora de casa.”

Mateus: “Para depois virar uma ladra... Você nunca mais visitou seus pais?”

Roberta: “Claro que visitei, aliás, ainda visito. No Natal mesmo eu os visitei, mas só para desejar Feliz Natal. E por favor, pare de me lembrar que eu era uma ladra!”

Mateus: “Você era mesmo, porém, agora é uma Bataranger e seu passado não importa mais para a gente.”

Roberta: “Pois é, se você não tivesse me vencido (trapaceando, deixando claro) e me prendido (*), talvez nunca teria sido uma Bataranger e ainda seria uma ladra.”

Mateus: “Você sempre foi boa, mas você só precisava seguir o caminho certo. Talvez por estar livre de seus pais, somada com a sensação de poder de sua supervelocidade, isso deu-lhe a falta de noção do que é certo e do que é errado. Com a gente, você teve essa noção.”

Roberta: “Com VOCÊ, Mateus. Você foi a razão de eu ter me ‘endireitado’ e ter virado uma policial.”

Mateus: “Que isso?! Só cumprir com o meu dever e nada mais.”

De repente, Roberta aproximou-se de Mateus e o surpreendeu, dando-lhe um beijo em sua boca.

Mateus: “Ei, por que faz isso? Não vai me dizer que é ‘adrenalina do momento’...”

Roberta: “Talvez, hihihi... Falando sério, faço isso porque eu gosto de você, mais do que os outros.”

Mateus: “Se é assim, então, o que nós dois somos?”

Roberta: “Somos amigos e companheiros de equipe. Mais nada.”

Mateus: “Ora, amigos não ficam se beijando assim. Eu não beijo minhas amigas, como você faz comigo. Às vezes, não consigo te entender.”

Roberta: “Pois vai continuar não entendendo. Se tentar, falhará miseravelmente.”

De repente, os BataMorphers de ambos apitaram e Mateus atendeu:

“Souza na escuta.”

Do outro lado da linha, estava Tarso:

“Fala, Mateus e Roberta. Feliz Ano-Novo a vocês. Porém, o momento não é nada feliz. É um Código Roxo!”

Roberta: “Código Roxo?”

Mateus: “É o código de emergência dos dias de folga. Qual é a situação, Tarso?”

Tarso: “Primeiro de tudo, onde vocês estão?”

Mateus: “No Cristo. Por quê?”

Tarso: “Então, vocês precisam trazer Sabrina Reis o mais rápido para cá, na Praia de Copacabana.”

Mateus: “Copacabana? Você foi ver a queima de fogos?”

Tarso: “Sim, junto com Cris, Aline e Simone. Mas não há tempo para conversa, Mateus. Só quero que me tragam a Sabrina.”

Mateus: “Por quê? Quem se feriu?”

Tarso: “Aline. Só tragam a garota e é para já!”

Mateus: “Tudo bem, tudo bem. Só diz onde ela mora.”

Tarso: “Ela mora no apartamento ao lado do meu, no 515.”

Mateus: “Estamos a caminho, Tarso. Câmbio e desligo!”

Roberta perguntou, preocupada:

“Eita, o que será que aconteceu com a japonesa?”

Mateus: “Não faço ideia, mas pelo desespero do Tarso, o negócio é grave. Vamos logo levar Sabrina até eles.”

Roberta: “OK.”

Então, eles saíram em disparada do Cristo Redentor, em direção ao Centro.


Praia de Copacabana


Restavam dois minutos de vida para Aline...

Mateus e Roberta chegaram com Sabrina até onde estava Tarso.

Mateus: “Sabrina está aqui, Tarso. Agora, pode dizer o que está havendo?”

Tarso: “Não há tempo para explicar agora. Só queremos que Sabrina cure Aline.”

Sabrina: “E cadê ela?”

Tarso apontou para onde Cris estava ajoelhado, abraçado ao corpo de Aline, que estava se tremendo de dor. Sabrina viu sua irmã ajoelhada também e foi falar com ela.

Sabrina: “Mana, o que houve com a Aline?”

Simone: “Não dá para explicar agora, Sá. Apenas a cure, rápido!”

Sabrina: “Tá bem, tá bem! Vou curar ela.”

Então, ela pôs as duas mãos no peito de Aline e fechou os olhos. Passados alguns segundos, Sabrina abriu os olhos e tirou as mãos de Aline. Enquanto isso, os outros assistiam a tudo aquilo tensos.

Cris perguntou:

“Aline, sente algum dor agora? Me responde, por favor!”

Aline, então, respondeu:

“Eu...eu...não sinto mais nenhuma dor! Não sinto mais aquela dor insuportável!”

Então, houve uma sensação de alívio geral com a resposta de Aline. Ela levantou-se e ficou mexendo o corpo. Depois, deu um abraço em Sabrina.

Aline: “Obrigada, Sabrina, por salvar minha vida. Eu achei que não ia escapar.”

Sabrina: “Não há de quê, Aline. Estou aqui para isso, hihihi. Confesso que tomei um susto, quando o Mateus e a Roberta foram lá no apartamento e me levaram até aqui, em questão de segundos.”

Cris: “A ideia de Mateus e Roberta trazer você até aqui foi do Tarso, porque, caso contrário, Aline não estaria mais entre nós.”

Roberta: “Que horror! Cristiano, pode nos explicar o que aconteceu?”

Então, Cris, Aline, Tarso e Simone explicaram, cada um, todo o ocorrido, desde o surgimento de Turana e Hércules até o envenenamento de Aline.

Sabrina: “Veneno?! Então, era veneno?! Que horror! Então, cheguei mesmo há tempo!”

Aline: “Foi, sim e eu só tinha menos de cinco minutos de vida. Nunca senti tanta dor na minha vida. Acho que nem dor de parto seja pior do que esse veneno.”

Simone: “Eu já fiz parto e a dor deve ser a mesma, pelo tanto que as parturientes gritam. Bem, pelo menos, você está viva, amiga.”

Aline: “Sim, mas ainda não acabou. Temos que reportar o ocorrido aos nossos superiores.”

Cris: “Exatamente. Mateus e Roberta, levem as irmãs para casa, enquanto Aline, Tarso e eu resolvemos isso.”

Mateus e Roberta: “Certo!”

Tarso: “Simone, desculpe mesmo pela noite não ter sido... normal.”

Simone: “Não tem problema, Tarso. Sou enfermeira, lembra? Sempre tenho história para contar. Contudo, nesses últimos meses, até tenho bastante história. Minha irmã sequestrada, eu mesma sequestrada e quase morrendo, HMs de fogo e chifre... Enfim, foram os meses mais loucos da minha vida!”

Tarso: “Eu entendo, mas isso deve acabar, quando capturarmos Araki novamente. Vão com Deus, meninas!”

Simone: “Tchau, Tarso. A gente se fala.”

Aline: “Mais um vez, obrigada, Sabrina, por salvar minha vida.”

Sabrina: “Não há de quê, Aline. Tchau.”

Então, Mateus, levando Simone no colo e Roberta, levando Sabrina também no colo, retiraram-se em disparada dali da orla da Praia de Copacabana.


CONTINUA...


(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 5 (“Em alta velocidade”)


No próximo capítulo:


Os Batarangers enfrentam Turana e Hércules mais uma vez.


4 Comentários

  1. Grande Israel !

    Não faz mais isso comigo não ! Kkkkkk

    Essa foi por pouco !



    Quase morro junto com a Aline.

    Ainda bem que temos a Sabrina e os dois velocistas que se gostam, todavía, não s assumem, igual o Tarso e a Simone...

    Ô pessoal tímido, kkkkkk!!!

    O importante que os Batarangers sabem agora que a paz acabou.

    Conseguirão dessa vez, deter a Araki?

    Vamos acompanhar!

    Parabéns !

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre. Realmente, foi tensa essa parte, mas tudo se resolveu. Agora, falta prender os dois HMs para concluir o primeiro arco. Quanto à timidez dos nossos heróis, bem, eles são o reflexo do autor, hehehe... Abraço.

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  2. Destaque do episódio foi para Sabrina que entrou em cena com coragem. Aline corria seria perigo... ufa!

    Parabéns pelo trabalho!

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