Urban Rangers SP -Origens
Sinopse
Já dizia
o ditado : “Filho feio , não tem pai”...
Essa
é uma grande verdade...
Quem
gosta do fracasso ?
Não é
mesmo?
Ainda
mais num mundo globalizado e competitivo...
Pois
bem, fracassos ocorrem aos montes...
Todos
os dias...
O presente
Spin-Off, busca entender como uma equipe,
denominada de Urban Rangers SP baseada nos grandes esquadrões japoneses, instalada
na caótica cidade de São Paulo pôde dar errado.
Contando
as origens de cada membro , será possível obter algumas respostas...
Desse
modo, os polêmicos Urban Rangers estão de volta...
Ótima
leitura!
1
– Márcio Hawada
Liderar...
Algo
nato?
Adquirido
através de treinamento ?
Um
dom?
Uma
predestinação?
Algo
imposto?
Indicado?
Merecido?
Nada
daquelas conjecturas importava naquele momento...
Márcio
Hawada, o UR Center Red, era a imagem do desconsolo...
Do
fracasso...
Ainda
que seus traços orientais e sua fisionomia sisuda não denunciasse, o ex-líder
dos famigerados Urban Rangers SP, estava devastado.
A
dissolução da equipe foi um duro golpe...
Seria
difícil se recuperar...
Ao
sair da sede do Grupo Tsubayashi, um suntuoso prédio localizado na região da Berrini,
na Marginal Pinheiros (*01) , Márcio resolve caminhar pelas adjacências,
seguindo onde sua intuição o mandava.
O
seu celular não parava de tocar...
Era
seu pai , o doutor Takeru Hawada..
As
mensagens insistentes no aplicativo de mensagens e as intermináveis ligações,
denunciava a sua fúria.
A
sua impaciência...
Não
menos impaciente, era sua mãe , senhora Susane Hawada.
Na
certa , seus pais já sabiam de tudo...
Márcio
não tinha ânimo, nem disposição para uma
nova carga de stress.
As
últimas horas já haviam sido por demais terríveis..
Simplesmente,
ele ignorou as mensagens, colocando o seu smartphone em “modo avião”...
Ele
precisava pensar...
Por
a cabeça no lugar...
A
primeira ideia que teve , foi andar e andar...
Sem
destino...
No
entanto, alguns minutos depois avistou uma praça...
Não poderia
haver lugar melhor!
Até
que ela estava bem conservada (uma
raridade em se tratando de São Paulo, sempre alvo de pichadores, viciados ou
mesmo, infelizmente, desabrigados)...
Algumas
árvores do tipo “cerejeira”...
Alguns
aparelhos de ginástica para idosos...
Bancos
vazios...
Até
algumas folhas secas caídas, era um bálsamo para o seu coração...
Ah!
O silêncio!...
Preciosa
dádiva,tão em falta nos dias corridos de hoje...
Aquele
cenário bucólico e contemplativo destoava da metrópole pulsante, agitada e
inquieta.
Ouvir
a sua própria voz interior era tudo que Márcio precisava...
Paz!...
Ao
longe, era possível ainda ouvir as buzinas frenéticas de motoristas impacientes
...
O
roncar dos motores dos, carros, motos, ônibus, e caminhões...
Lembrando
que o caos da incansável São Paulo, não estava tão distante ,afinal...
Mas, o silêncio daquela ilha de paz , foi maior...
O
suficiente para Márcio desligar...
E
Márcio iniciou uma nova viagem...
Uma
viagem pra dentro de si mesmo...
Do
seu mundo interior...
Ao
mundo dos seus mais íntimos pensamentos...
Olhando
o céu cinzento da metrópole, aos poucos, outras imagens foram surgindo em sua
retina...
Imagens
de um passado longínquo...
Distante...
As imagens
vinham com tudo...
De
repente, Márcio se via criança novamente...
Como
um filme já assistido há muito tempo, as imagens se sucedem...
Após
mais uma surra na escola, não bastasse os machucados e hematomas no corpo, uma sequência de broncas...
“Menino
, você precisa ser mais ativo!!”
“Essa
timidez excessiva acabará com você!”
“Você
é muito apático!”
“É
preciso que você se destaque em algo!”
“Já
é a terceira vez que você apanha na escola”...
“Você
precisa honrar o nome dos Hawada”...
“Nós
temos planos pra você no futuro!”
Ora
seu pai ; ora sua mãe...
Não
importava...
As
vozes se misturavam em sua mente numa
cobrança continua...
Doída...
Traumática...
As
imagens, de repente, mudam de cenário...
Decidido
a não mais apanhar, o menino Márcio se vê agora matriculado numa escola de karatê.
Em
sua mente,um único objetivo: se provocado, dar uma lição nos seus algozes...
Principalmente
um em especial...
O arrogante
e playboy Roberto Lisboa...
Ainda
que os ensinamentos do verdadeiro karatê
proibisse a banalização da violência, Márcio desejava uma oportunidade para ir
a desforra.
Ele
não procuraria ...
Fato!
Violência
gratuita não era algo que Márcio curtia...
Mas,
cedo ou tarde, o pequeno Márcio sabia que o acerto de contas viria...
De
um jeito ou de outro ,viria...
E
Márcio estaria preparado!
Sua determinação
e força de vontade logo chamaram a atenção do seu mestre.
O
saudoso mestre Shyuntaro...
Os
treinamentos intensos não tardaram a dar resultados concretos...
Ainda
que seu temperamento não mudasse significativamente, a sua frieza era uma
grande aliada.
As
vitórias, as medalhas e títulos ,as mudanças de faixa começaram a vir de
maneira surpreendente, aplacando as cobranças de seus pais.
Márcio,
mesmo garoto, era um competidor difícil de ser batido...
E
ele não precisava dar muitas demonstrações efusivas disso...
Suas
vitórias se davam na pura técnica e inteligência emocional.
Seu
estilo de luta era discreto, no entanto, cirúrgico...
Minimalista...
Preciso!
Quem
o via lutar se surpreendia grandemente com o seu jeito insosso.
A
princípio, podia se apostar sem medo de errar que ele apanharia feio.
E
qual não era a surpresa ,que do nada , lá estava ele , vencendo seu oponente
num golpe certeiro, sem chance de reação.
Tal
estilo lhe rendeu o epíteto de “katareca de gelo” ou Aisukarateka, num
bom nihongo (*02).
O cenário
mental novamente muda...
Num
belo dia , o tal de Roberto , como de costume ,tirou onda com a sua cara ,
fazendo-o passar vergonha em frentes aos colegas de classe ...
Sua fama
de exímio karateca já se espalhara no
colégio.
Suas
conquistas não passaram despercebidas pelos alunos incomodando Roberto, que enciumado, teve uma
infeliz ideia ...
Antes
, não tivesse pensado nisso...
No
intervalo, Roberto,sem cerimônia , o aborda, afrontando-o:
-Quer
dizer que virou karateca,né, pirralho?
Márcio
nada responde...
Na
sua empáfia cega, Roberto lhe desafia :
-Tô
falando com você, pirralho!!!
-Me
responde!!!
Márcio
mantém o silêncio...
Indignado,
Roberto lhe dá um empurrão.
-Não
vai responder,moleque?
-Pois,
então...vai apanhar na saída !!
-Tu
pode ser karateca pra quem quiser acreditar nisso...
-Pra
mim, você sempre será um piralho covarde!
O
burburinho se faz presente.
Márcio
foi afrontado na frente de todos.
As
condições estavam dadas para a sua pequena vingança...
Segurando
a raiva interna e mantendo a pose de frio, o garoto encara o seu oponente e diz
secamente:
-Te
espero na saída...
-Há
duas esquinas da escola...
Roberto
o hostilizou ainda mais :
-Olha!!!
O piralho agora tá metido a valente!
-Meu
Deus!!! Que medo !!!
-Agora
que vou te bater sem dó! aguarde...seu imbecil!
-Tu
vai ver quem manda nessa “bagaça”!!!
Fim
da aula...
Todos
saem agitados.
Afinal,
quem queria perder uma briga anunciada?
Márcio
calmamente se mantém concentrado.
Os
seus gestos pareciam de um garoto sem sentimentos...
Seu
olhar no entanto ,estava fixo...
Cada
movimento do seu oponente era analisado.
Márcio
sabia que não poderia machucá-lo de modo mais sério.
O
código de conduta dos karatecas não permitia.
Mas,
aquelas afrontas teriam um basta definitivo!
Com
esse espírito,Márcio aguardava, sem esboçar reações.
Querendo
humilhá-lo perante todos, Roberto faz chacota:
-Ainda
está em tempo, pirallho!!!
-Corra
e ninguém fala mais nisso ...
-E
você será o que sempre foi ...
-Um
pirallho covarde...
Roberto
se gabava por ter a estatura mais alta que muitos dos alunos ali e tentava
impressionar pela força...
Muitos
alunos o temiam...
Ninguém
ousava desafiá-lo...
Márcio
não fora o primeiro a sofrer com ele...
No
entanto ,foi o último...
Olhando
firme nos olhos de Roberto , Márcio diz:
-Venha!!!
Enfurecido,
Roberto parte para o ataque com uma tentativa de soco no queixo.
Se
fosse em outro garoto, teria, certamente acertado e se vangloriado...
Só
que daquela vez foi diferente...
No
momento exato do que seria o contato do soco, Roberto percebe que socou o ar...
Ele mal
teve tempo de perceber o que se sucedeu...
Márcio
salta, se apoia nas costas de Roberto e, com as pernas flexionadas , já em
contato com o chão , do lado oposto de Roberto, lhe aplica uma rasteira derrubando
o valentão, que cai de costas para o chão.
Surpreendido, Roberto vê Márcio com o o seu pé
esquerdo apontado para o seu rosto em
forma marcial.
Não dava
tempo para se defender...
Qualquer
movimento em falso e, certamente, Roberto teria, no mínimo, o nariz quebrado.
Por
essa, Roberto não esperava!
Com
um único golpe, ele estava derrotado!
Embora
sua soberba e seu orgulho não permitisse enxergar o óbvio...
Márcio
, simplesmente , cessa o ataque não lhe aplicando o golpe decisivo, dizendo:
-Acabou!...
E
deu as costas...
A
primeira reação de Roberto foi a de se levantar e tentar agredir Márcio...
Péssima
decisão!
Márcio
sabia que Roberto o atacaria pelas costas.
Dito
e feito!
-Ora
seu...
Roberto
não completou a fala...
Márcio
gira o corpo no ar e acerta um chute no tórax de Roberto...
Um
chute controlado, claro, para não machucá-lo de modo mais grave, mas mesmo
assim, um chute certeiro...
No
chão,Roberto se contorcia de dor.
Márcio,
ante o espanto de todos ,se retira, como se nada tivesse acontecido...
Roberto
além de perder, estava humilhado.
Como
consequência da derrota, o valentão mudou de escola e de cidade.
A
vergonha foi grande...
Relembrando
aquele episódio, por alguns instantes, Márcio volta a realidade e fala pra si
mesmo, numa autocrítica sincera:
-Por
que não agi assim com o Bruno (*03)?
-Por
que não fiz com ele o que fiz com o Roberto?
-Bastava
eu manter o controle emocional...
-Por
que perdi a cabeça?
Novamente
seus pensamentos o levam para um outro local...
Suas
memórias parecem que foram acionadas bruscamente...
Na
tentativa de tentar entender o porquê de tudo aquilo, Márcio se vê numa nova
fase de sua vida...
Já
adulto...
Prestes
a concluir o seu curso de medicina, seguindo a tradição dos seus pais, Márcio se
vê num novo momento decisivo...
Após
muita insistência do seu pai, Márcio decide a aceitar a proposta de um amigo de
longa data dele...
Gentaro
Tsubayashi...
Ainda
que a contragosto, Márcio via na oportunidade de liderar uma equipe especial de
combate, uma chance de provar para si mesmo que ele, apesar de suas limitações
comportamentais, poderia sim, com muito esforço ser um bom líder...
Ele precisava
disso...
Sua estima
pedia...
Como
bom descendente de orientais, Márcio acreditava também que o conceito de Super
Esquadrão, do mesmo modo que ocorria no
Japão , e também nos Estados Unidos, poderia dar certo no Brasil.
Talvez
esse tenha sido o seu erro...
Agora,
sobre os escombros do fracasso de tudo aquilo , ele avaliava...
“Como
isso foi acontecer?”
“Que
erro monumental!”
“O Brasil é um país muito diferente do Japão”...
“A
começar pela heterogeneidade do seu povo”
“Isso,se por um lado é bom, por outro , é muito ruim”...
“Nunca
poderia dar certo, agregar numa mesma equipe , pessoas tão diferentes entre si...
“Como
o Bruno”...
“Como
o Thomáz, a Solange e a Hannah”...
“Como
o Marcão , a Desirée e o Toufik”...
“A
começar pelas nossas ascendências”...
“Nossas
crenças”...
“Nosso
jeito de ver o mundo”...
“Diante
de um cenário desses, eu agora vejo até que jamais poderia liderar uma equipe
assim”...
“Não
tenho tino pra isso “...
“Está
além das minhas possibilidades”...
“Na
ânsia de provar pra mim mesmo que eu poderia ser alguém admirado,...
“Ser
motivo de inspiração pra quem quer que fosse”...
“Eu,
na verdade...fui um tolo em aceitar algo que se mostrou um grande equívoco”...
“Eu
jamais serei um líder de verdade”...
“Eu
ouvi o meu ego, que tinha necessidade de aprovação”...
“O
Gentaro pode ter errado na escolha de
uma equipe assim, mas não vou me eximir”...
“Eu
embarquei nessa cilada porque quis”...
“Eu
me iludi”...
“Eu
criei minha própria ilusão”...
De
repente a última palavra , começa a ecoar em sua mente, repetidas vezes...
“Ilusão
...,ilusão , ilusão”...
Foi
quando Márcio volta a si...
Como
que desperto de uma longa viagem, Márcio procura algo em seu celular...
Algo
que fazia algum tempo que andava meio esquecido ,mas que fazia parte da sua
construção enquanto indivíduo.
A
religião...
Após
alguns segundos, metódico que era, ele encontra a pasta de arquivo que
desejava...
Adepto
da Seicho-No-Iê, (*04) ,ele abre um arquivo em PDF.
Era
a Sutra Sagrada , escrito considerado sagrado pelos seguidores dessa
vertente espiritualista oriental.
Ele com os dedos vai deslizando a tela até que encontra o que procura.
O
trecho que chamou a sua atenção dizia assim:
“..A
ilusão é ausência de Luz porque é o oposto da Verdade.
A
ilusão é irreal porque se opõe a Realidade.
Tivesse
a ilusão existência real, dor e angústia que nascem da ilusão também teriam
existência real.
Porém,
porque a ilusão é ausência da Realidade, dor e angústia são apenas pesadelos
que certamente se desfarão e não são a Realidade...”
Aquele
trecho, meio que acendeu uma chama há tempos apagada...
No
afã de alcançar um objetivo inalcançável, de tentar ser o que não era e não
estava predestinado a ser; Márcio Hawada se descuidou do seu lado espiritual.
E
era justamente, o seu lado espiritual que, somado a sua autodisciplina e sua
racionalidade (por vezes excessiva e irritante), que o mantinha centrado...
Focado...
Márcio
começou a compreender que o motivo de
sua desventura, segundo as suas crenças mais profundas , residia no fato que corpo,
mente e espírito estavam em completo desalinho.
A chamada “ilusão”era a consequência desse desequilíbrio...
Com
aquilo na mente,Márcio olha o
relogio...
Seu semblante muda...
-
Seis da tarde!!! -diz pra si mesmo.
-Dá
tempo...
Sem
pensar duas vezes , ele abre o GPS do seu celular para se localizar...
-Hum!
A Estação Granja Julieta fica a cinco
minutos a pé...
-Estou
bem vestido...Não preciso nem ir em casa...
-Já
sei pra onde vou...
E
assim Márcio, pega o trem da linha 09 Esmeralda, sentido Grajaú , em Santo
Amaro, fazendo baldeação com linha 05 -Lilás do Metrô.
Ele poderia
seguir até a Santa Cruz e fazer uma nova baldeação para a
linha 01 -Azul, sentido Jabaquara, seu destino.
Porém
optou por descer antes...
Ao descer em Campo Belo, ele
pega uma condução por aplicativo, que o deixa na
entrada de um grande templo, situado na Av. Eng. Armando de Arruda
Pereira, 1266 – bairro do Jabaquara.
Já
conhecido do porteiro, Márcio entra no templo, e se senta em um dos bancos
disponíveis.
Com os braços flexionados e a mãos espalmadas próximas ao peito, com as pontas dos dedos
se encontrando, e um pequeno vão entre as mãos, numa atitude de reza no
estilo oriental,Márcio mentaliza o
seguinte mantra, conforme costume dos praticantes da Seicho-No-Iê:
“Eu sou filho de Deus perfeito
e maravilhoso!!!
Sou a própria manifestação do
amor de Deus!
Ao meu redor só acontece
coisas maravilhosas!
Muito
obrigado, obrigado ,obrigado !!!”
Aquele
ambiente de paz e meditação, aos poucos foi transformando o semblante de
Márcio.
Embora
triste, ele se sentia mais leve...
Durante
a reunião, as leitura de um trecho do
livro Seimei no Jissô (*05) – A verdade da vida e a posterior exortação do Preletor (*06) tocaram o seu
coração.
O
assunto?
Não
poderia ser outro...
Parecia que o universo passou a conspirar a seu favor...
A
ilusão e as nefastas consequências na vida de uma pessoa...
Márcio
sai da reunião diferente...
Era possível notar um certo brilho nos olhos...
Parecia
que a tristeza e o abatimento havia ficado pra trás...
Perder
o status , uma posição exercida, para muitos poderia ser o fim do mundo...
Para
Márcio, seria uma nova oportunidade para recomeçar...
Líder?
Não
mais...
Urban
Rangers?
Sempre!
Notas:
(*01)
Umas das principais vias arteriais da cidade de São Paulo. Com grande fluxo de veículos
, a Marginal Pinheiros, liga a Zona Oeste de São Paulo à Zona Sul;
Em seu
entorno, se encontra a sede de grandes conglomerados empresariais;
(*02)
O idioma japonês;
(*03)
Bruno Ribeiro, o UR North Black;
(*04) Uma religião ecumênica e espiritualista de perfil
filosófico , criado por Masaharu Tanuguchi (1893- 1985);
(*05)
De autoria de Masaharu Tanuguchi, dividido
em vários volumes, depois da Sutra Sagrada é o principal livro da Seicho-No-Iê;
(*06)
Nome dado ao palestrante condutor das reuniões dos membros da Seicho-No-Iê.
6 Comentários
Estou muito feliz por esse spin-off!
ResponderExcluirUrban Rangers SP é umas obra realista que mostra que o caos sim existe e pode destruir uma equipe. E, isto pode ocorrer até mesmo nos corações mais puros.... Quiçá nos Urban Rangers... não é mesmo?
Eu soou um carioca que ama SP.... Por isso, amei a forma como você fez o Márcio usar o metrô de SP em várias conexões. Mãos que isso: você o fez usar diversos modais até seu destino final: a paz da religião.
OUTRA COISA: É assiim mesmo. EM SP, as pessoas correm proo Ibirapuera para fugir da rotina louca da cidade. Ficou perfeito isso!!!
Parabéns pelo detalhamento das lembranças.. Agora nós sabemos que Márcio sofreu muito com seus pais e com seus colegas de escola e que o humilharam.
Foi muito bom esse spin-off ser algo direto r logo após a season 1. Vamls ficar ligados pois creio que você ligará os pontos de crises pessoais e nos apresentará a origem dessa equipe!
O final reflexivo foi maravilhoso!!! Parabéns!!!
Grande Artur!
ExcluirEm primeiro lugar , o meu muito obrigado !
Foram as nossas conversas em off no ZAP até me fizeram enxergar que Urban Rangers poderia sim ,voltar.
Eu estava completamente descrente com esse projeto, por uma série de fatores..
Mas você me fez ver que eu estava errado.
Talvez ,era isso que precisava....
Um empurrão....
Num momento de inspiração, como nos velhos tempos, em apenas um único dia, eu consegui produzir esse texto.
Coisa que há muito tempo eu não conseguia...
Novamente, muito obrigado!.
Quanto ao seu comentário, agradeço as ponderações e análises precisas.
Sim!
Urban Rangers, terá uma nova temporada!
Mas, antes é necessário, contar as origens dos seus integrantes.
Esa volta ao passado é fundamental para entender o porquê que a equipe foi um fiasco e o que pode ser feito para que ela ressurja,tal como uma ave fênix...
Ni primeiro Spin-Off, Márcio Hawada , o líder Red desse falido esquadrão teve a sua história abordada.
O cara não tem vocação pra ser líder.
Em um processo reflexivo de visitação ao seu passado, ele, enfim se deu conta disso!
Reconhecer nossas limitações é uma grande virtude.
E essa viagem ao fundo do próprio eu, possibilitou que Márcio compreendesse isso.
De fato, sua religião o ajudou...
Fico feliz que tenha curtido a descrição das baldeações do Transporte de São Paulo.
Eu amo o sistema metroferroviario .
Quando adolescente,vê até mesmo adulto, várias vezes me vi fazendo mapas com linhas imaginárias, atendendo bairros distantes.
Pra mim, São Paulo teria metrô e trem em tudo o que era lugar...kkkkkk....
No final, Márcio tem um insigth importante, que mudará o seu jeito de ver as coisas.
Perder a liderança, lidar com perda de cargos ou funções, pra muitos pode ser o fim...
Eu mesmo vivi isso na empresa onde trabalho...
E fiquei muito mal...
Até hoje as vezes, esse episódio me entristece.
Portanto, a atitude de Márcio de aceitar algo negativo que ocorreu em sua vida, serve pra mim....
Que eu entenda que há males que vem pra bem...
No mais, te agradeço profundamente!
Gratidão!
Show, outro sentai brasileiro. Não li a série principal, mas vou ler para entender. Abraço.
ResponderExcluirGrande Israel!
ExcluirUrban Rangers SP foi o meu primeiro projeto autoral e está disponível na MINDSTORM, a primeira temporada com 5 episódios.
Sem dar spoiler, foi uma equipe que por N motivos não deu certo e em sua estreia teve um grande fracasso
Nesses spin-offs, eu conto as origens dos integrantes,ajudando a entender o porquê não deu certo.
Futuramente, a exemplo do seu precioso Bataranger, terá uma segunda temporada, focada na reconstrução da equipe.
Gratidão!
Realmente um episódio magistral! Seguir por todo um caminho de uma vida e entender o que se passava, o que aconteceu no passado, o que poderia levar alguém a agir como ele agiu, é necessário essa busca no passado, essa reflexão sobre atos e atitudes, essa auto análise para se buscar, se perguntar, onde foi que errei, se eu não era dessa forma! Eu curti muito como o Márcio se viu, como ele refletiu sobre seus atos, como ele buscou a falha nele mesmo e não ficou apontando erros externos e olha que ele os tem... Os pais, a sociedade, a escola, o próprio Gentaro, mas Márcio esqueceu isso, deixou de apontar o dedo aos outros e olhou para si, o único que ele pode corrigir! Encontrar seu espírito, entender que tudo parte dele e que ele é a base de tudo e que tudo que fazemos, ou sofremos, de bom ou de ruim, é culpa unicamente nossa e de mais ninguém... Eu confesso que isso foi muito legal e eu curti muito, como se diria no quartel, FO+ (Éfe Ó positivo - Fator de Observação Positivo) para o Márcio e um maior ainda para ti meu amigo Jyraider, por direcionar um líder para tal pensamento, pois um líder sem dúvida nasce de um pensamento assim, eu sou responsável por mim e se eu envolvo outras pessoas, sou de certa forma e até certo ponto responsável por eles também! Parabéns pelo trabalho e pelo retorno com teu título autoral! \0/
ResponderExcluirGrande Lanthys!
ExcluirAgradeço o tempo dispensado, o respeito ao meu trabalho e ao comentário em si que muito me motiva a prosseguir.
Quero que saiba que muitas das nossas conversas em off estão aqui presentes na figura do Márcio.
Quando os fracassos, perdas, frustações e derrotas pessoais bate em nossa porta, a primeira coisa que fazemos é por a culpa em alguém...
É uma forma de fugir da dor...
É o caminho mais fácil, mas está longe de ser o correto.
Quando olhamos nossos demônios, fraquezas e as encaramos de frente, liberamos o auto-perdão.
Ao nos perdoarmos, somos capazes de também perdoar quem erra conosco.
Márcio compreendeu que ele não tem vocação para ser um líder e isso não o torna uma pessoa menor.
Ao buscar reconhecimento dos outros ele entrou numa rota de ilusão perigosa que o tirou do foco, pois deixou de ser ele, criando um personagem fictício que ele não tinha capacidade de sustentar dado as suas limitações pessoais.
O auto conhecimento unido as suas crenças (no caso a Seicho No Ie) permitiu que ele entendesse seus equívocos , para a partir de então, redirecionar seus caminhos.
Pra muitos o fracasso é perda.
Para os grandes , a chave da vitória...
Já dizia uma música: "Um campeão se mostra na derrota, na força pra lutar quando já cansou"...
Essa verdade foi aplicada aqui.
Que Márcio vença seus bloqueios e se torne uma pessoa melhor.
Gratidão!!!
Certamente, terá dado o primeiro passo.