Vários
novos desaparecimentos ocorrem em Smart Brain High School. Alex fica
traumatizado com a morte de Scissors e acaba hesitando em lutar contra os
Mirror Monsters, enquanto que os membros remanescentes do jornal do colégio
decidem que vão descobrir a verdade por trás dos desaparecimentos e do
vigilante de armadura... Ou melhor dizendo, Kamen Rider.
Mari estava
muito aflita, queria encontrar seu irmão de consideração a todo custo, só que
ela mal sabia que estava sendo visada.
A garota de óculos começou a sentir
um calafrio, ela estava com a sensação de que alguém a observava e de fato
estavam. Ao se virar para uma das janelas, Mari notou uma espécie de ondulação
no vidro, ela achou aquilo estranho e decidiu se afastar lentamente.
Naquele momento, um monstro semelhante a uma gazela humanoide saltou para
fora do reflexo no vidro da janela pronto para agarrar Mariana. A garota gritou
alto e fechou os olhos, mas Pedro surge no momento exato e se joga contra o
monstro, o empurrando para o lado.
O grito de Mari ecoou por toda aquela área do campus. Alex e Dai
correram até o local onde os dois estavam junto do monstro, Pedro se levantou e
correu para junto de Mari.
- Você tá bem?! – Pedro abraçou
Mari como forma de proteção.
Logo depois, Camila, Kathlyn e Matheus também chegam ao local, mas só
conseguem ver o monstro de relance, pois o mesmo recua para o Mundo dos
Espelhos no momento em que o trio do jornal aparece, visto que sua caçada tinha
sido arruinada.
Dai vai até Mari e Pedro, enquanto que Alex caminha até uma das janelas
e fica encarando o reflexo do vidro. Pedro deixa Mari com Dai e puxa Alex para
um canto.
- Por que deixou ele fugir?! –
Questiona Pedro.
- Do que cê tá falando?
- Tô perguntando por que tu não
lutou com o monstro... Ele quase levou a Mari!
Todos ouvem a última sentença de Pedro e então um breve silêncio
perdurou no local, até que mais pessoas, tanto alunos quanto funcionários,
apareceram na área.
- Tá tudo bem aqui? O que
aconteceu? – Perguntava o professor Lindolfo, um homem moreno, careca, gordinho
e não muito alto e que também usava óculos de grau.
- Ouvimos gritos. – Disse Amanda,
uma terceiranista com longos cabelos escuros e cacheados e que usava aparelho
dental.
- A gente viu... – Começou a falar
Kathlyn, titubeando um pouco por estar um pouco chocada por ter visto um monstro
pela primeira vez. – Era... um monstro!
Todos ficaram inquietos, uma comoção se iniciava entre as pessoas que
ali estavam, o professor Lindolfo tentava apaziguar a situação, mas todos ali
estavam muito agitados.
- Então os monstros... São mesmo reais.
– Comenta Camila para si mesma, como se tivesse apenas pensado alto.
Sem que ninguém tivesse notado, Alex deixa o local, ele queria evitar
perguntas de Camila e dos demais, já que poderia ser tratado como testemunha
ocular do incidente.
Pedro foi atrás de Alex, o seguindo até a saída do colégio.
- Ei, Alex! – Pedro tentou agarrar
Alex pelo braço, mas o rapaz se solta. – Espera aí um pouco!
Alex para de andar e se vira para o seu amigo.
- Eu te disse, não quero mais me
transformar.
- Covarde!
Alex fica estático com o modo como Pedro falou, ele não esperava ouvir
isso do seu melhor amigo, aquele que ele mais esperava que entendesse como
estava se sentindo. Pedro apenas ficou encarando seu amigo seriamente.
- Ei, vocês dois! – Era a voz de
Mari. – Parem com isso agora! – A garota se aproxima dos amigos. – Alex, tá
tudo bem? Eu tava preocupada contigo. Fiquei com medo que fosse querer
enfrentar aquele monstro.
- Mas era o que ele devia ter
feito! – Exclamou Pedro, indignado. – Tu
podia ter sido morta, Mari...
As palavras de Pedro ecoaram na cabeça de Alex por um tempo, ele ficou
sem reação após ter ouvido aquilo. Alex não havia pensado antes, mas o que seu
amigo havia dito era verdade, sua melhor amiga poderia ter sido morta assim
como os demais e se isso tivesse acontecido o sangue de Mari estaria em suas
mãos.
...
No dia seguinte, todos em Smart Brain já estavam sabendo do incidente do
dia anterior. A diferença é que desta vez a notícia não havia chegado através
de rumores ou fofocas, o próprio jornal de Smart Brain fez e publicou uma
matéria sobre o ocorrido em seu blog.
Camila aproveitou para revelar ao colégio que ela e sua equipe estão
investigando sobre o incidente dos monstros e dos desaparecimentos e que não
vão descansar enquanto não trouxerem a verdade à tona. O nome Kamen Rider
também foi citado, fazendo este se tornar um dos tópicos mais discutidos entre
os alunos. O nome Kamen Rider estava agora na boca de todos em Smart Brain High
School.
...
Após o
primeiro bloco de aulas matutinas, Alex foi se sentar nas arquibancadas do
campo de futebol do colégio, o rapaz queria um tempo sozinho, sua cabeça andava
muito cheia nestes últimos dias.
De repente, uma bola de futebol acerta a cabeça de Alex por trás.
- Ai!
O garoto dá um pulo da arquibancada, então se vira para trás enfurecido
enquanto passava sua mão na cabeça, porém seu semblante logo se altera para uma
expressão de surpresa.
- Marcos?
- E aí, Alecão? – Cumprimentou de longe Marcos, um terceiranista bem alto, de pele clara, pouco cabelo e porte físico bem esbelto.
Marcos se sentou ao lado de Alex, lhe fazendo companhia e colocando o papo em dia, mas para a infelicidade de Alex, nem todas as notícias eram boas.
- O quê?! Até a Jéssica?!
- Sim. – Confirma Marcos com certo
pesar.
- E-eu não posso acreditar... Eu
nem consegui falar uma última vez com ela, éramos tão amigos. Lembro que ela
tinha ficado arrasada na época em que a Scheila tinha desaparecido.
Alex abaixou sua cabeça e colocou as mãos nela, ele queria esconder uma
expressão de angustia e desespero. Marcos, por outro lado, permanecia sério,
olhando para o campo de futebol.
- Infelizmente, muita gente boa se
foi nesses últimos dias, Alecão... – Lamentou Marcos para seu amigo. – Alguns
culpam o Kamen Rider por causa da ausência dele, já que supostamente era ele
quem combatia os monstros.
- Kamen Rider?
- É como tão chamando o vigilante
de armadura agora, deram esse nome com base numa lenda urbana japonesa sobre um
suposto herói mascarado que andava de moto. Tu não leu o jornal da escola não? Tavam falando sobre ele.
Alex não havia se importado muito em ler o jornal, já que ele sabia de
tudo, sobre os monstros, sobre a dimensão espelhada e sobre o Kamen Rider, e
que já que Tony estava morto agora era ele quem deveria assumir esse manto. A
responsabilidade começava a pesar cada vez mais sobre o segundanista, se ele
não lutasse mais pessoas iriam morrer.
...
Após o término das aulas, os alunos foram para suas atividades de clubes.
Desde que Jhulie tinha voltado a frequentar o colégio, ela ainda não
havia entrado para nenhum clube. A garota ia de clube em clube, pedindo para
participar por um dia de suas atividades, mas a garota não conseguia se
encaixar em nada.
- Droga, não tem nenhum clube que
seja interessante. – Bufou a garota. – O que eu vou fazer? Ai, Deus...
Enquanto caminhava se lamentando, Jhulie acabou topando com Alex que já
estava saindo do colégio.
- Alex! – A garota se surpreendeu
depois de tanto tempo sem ter visto seu amigo. – Quanto tempo...
- Verdade. – Alex deu um sorriso
contido enquanto passava sua mão por trás da cabeça.
...
Alex e
Jhulie resolveram ir embora juntos, porém os dois amigos acabaram parando em um
parquinho para conversar um pouco, os dois se sentaram em dois balanços, o
local estava deserto então não haveria problema.
- Mas e aí? Como as coisas tem
estado? – Pergunta Alex.
- Até que bem. Eu e minha mãe tamo numa boa, meu desempenho nas aulas
têm melhorado, só precisava achar um clube pra entrar e... Ah! Conheci um
cara... – Jhulie fica levemente corada.
- Ah, é? Então quer dizer que eu
tenho um cunhadinho? – Brincou Alex.
- É... – A garota ruiva riu.
Depois das risadas, um certo silêncio perdurou entre os dois, até que
Jhulie voltou a falar.
- Mas tá foda, né? – A garota fica com um semblante entristecido. – Tudo que
tem acontecido no colégio nesses últimos tempos... Eu tô com muito medo.
- Você acha que o pessoal pensa em
sair de Smart Brain?
- Óbvio que não.
Alex fica surpreso com a resposta de sua amiga.
- Por mais que muitos de nós
tenhamos muito medo e receio, aquele lugar é o nosso refúgio de nossos
problemas familiares, da ansiedade e da depressão. – Disse Jhulie. – É o lugar
onde encontramos aceitação, Smart Brain é o único lugar onde nossos amigos são
mais que amigos... – A garota olha para Alex e então sorri. – Eles são nossa
família.
Smart Brain High School não era apenas uma instituição renomada fundada
por um estrangeiro, era um lugar que possuía esta estranha “magia” de conectar
corações e de criar laços entre todos que entravam lá.
No fim das contas, todos se sentiam da mesma forma, em especial os
alunos. Smart Brain era um refúgio para os jovens de Gov. Celso Ramos, não
importava que monstros estivessem visando o colégio, os muitos desaparecimentos
e perdas que todos tiveram de enfrentar serviram para fortalecer ainda mais as
amizades que ainda estavam por lá.
...
Após ter jantado, Alex foi até a sala de estar onde seu pai, um homem
ligeiramente alto, de barriga grande e poucos cabelos, se encontrava sentado
assistindo TV.
- Alex?
- Sim, pai?
- Você nem chegou a ver sobre
aquele curso de atendente de farmácia que te falei, né? Mas aposto que do
celular e dos amiguinhos tu não se esqueceu, não foi? – Repreendeu o homem.
- Foi mal, pai. É que eu ando com a
mente um pouco sobrecarregada ultimamente. Sabe, por conta de tudo que
aconteceu lá no colégio.
- Eu sei que é triste e tudo mais,
meu filho, mas você também tem que pensar no teu futuro.
- Eu sei, mas... Farmácia, pai? Não
sei se eu me imagino nisso...
- E quer fazer o que então? Tu não
aprende a fazer nada, nunca aprendeu.
- Bem, eu...
- Essa semana eu vou te levar lá no
Centro pra vermos esse curso, você tem que começar a acordar pra vida de uma
vez e ser um homem.
O pai de Alex desligou a TV e saiu da sala. Alex foi para o quarto, onde
se sentou em sua cadeira giratória e com o deck em mãos olhava fixamente para o
mesmo, ele mantinha uma expressão de reflexão, ao mesmo tempo em que seus olhos
estavam caídos, era quase como se estivesse tentando segurar um choro.
Naquela noite, Alex foi se deitar mais cedo que o de costume, porém ele demorou muito para
pegar no sono, pois antes ele ficou refletindo sobre tudo o que estava
acontecendo na vida dele, sobre seu pai e se ele era capaz de fazer alguma
coisa diante da situação na qual se encontrava.
No fim das contas,
Alex nunca foi bom em nada mesmo, seja em esportes, exatas, dança, música, pintura,
desenho ou tecnologia... Alex nunca levou jeito para nada em sua vida, tanto
que o garoto não participava de nenhum clube depois das aulas, ele não tinha
aptidão para nada. Então, poderia ele fazer alguma coisa nessa situação? Assim
pensava Alex.
“E quer fazer o que então?”
- O que eu quero fazer...?
A pergunta retórica de seu pai ecoava em sua
mente e o rapaz ficava se perguntando sobre o que queria fazer, ao tempo em que
ia caindo no sono lentamente, quase abraçando o seu deck que estava em suas
mãos.
...
Não eram nem sete e meia da manhã e Camila
já se encontrava em frente à tela de seu notebook sentada na mesa que um dia
foi de Aleksander, o antigo Editor-Chefe.
Matheus havia preparado um pouco de café
para ambos em uma máquina de café que havia sido comprada no semestre passado
quando a equipe do jornal do colégio era constituído por mais de três pessoas.
- Quer café? – Perguntou
Matheus ao se aproximar de Camila com uma jarra de café na mão esquerda e com
uma caneca de café na mão direita da qual ele estava bebendo.
- Claro, por favor.
O delicado garoto então serviu sua amiga em
uma caneca que estava na mesa da garota que um dia fora morena, mas que agora
havia tingindo seu cabelo de laranja, se assemelhando muito a uma pessoa de
cabelo ruivo natural.
- Tá olhando o quê? – Pergunta Matheus curioso.
- Algo me deixou intrigada.
Por isso eu tô olhando de novo a lista de desaparecidos. Eu pensei na
possibilidade de haver algo em comum entre eles, alguma ligação.
- Entendi, mas vê se não se
sobrecarrega demais, amiga.
- Tá bom. – A ruiva deu um
pequeno sorriso para seu amigo e então voltou-se para a tela de seu notebook novamente.
- E a Kathlyn?
- Disse que ia sair pra
fazer algumas investigações pelo campus.
...
Enquanto isso, na entrada do colégio, Pedro
avista Alex que entrava um pouco antes dele e então corre até seu amigo.
- Alecão! Achei que tu não viria.
- Por quê? Por que eu sou um
covarde?
Pedro fica em silêncio, no fundo ele se arrependia um pouco pelo modo
como falou com seu amigo no outro dia.
- Tá tudo bem, eu não tô bravo. –
Disse Alex.
- A Mari disse que não ia te deixar
mais lutar, mas eu...
- Eu tomei uma decisão, Pedro.
- E qual foi?
Os dois se olharam seriamente, um silêncio perdurou entre os dois amigos
que logo decidiram entrar nas dependências do colégio para encontrar um canto
mais reservado para conversarem.
...
Um pouco mais afastados do pessoal, próximos a um dos muros do colégio,
lá estavam Alex e Pedro, este último queria muito ouvir a decisão de seu amigo.
- E então, Alex?
- Eu tenho muito medo, Pedro... De
verdade. – Alex ficou em silêncio por uns segundos e depois tornou a falar. –
Só que eu percebi uma coisa.
- O quê?
- Que eu tenho muito mais medo de
perder aqueles que eu amo. É por isso que eu pensei muito, pensei muito mesmo.
- E aí? – Perguntou Pedro.
- Ontem meu pai me fez uma
pergunta. – Alex se virou de costas para seu amigo e se pôs a observar uma
árvore próxima do muro. – Ele me perguntou o que eu gostaria de fazer da vida.
Isso é engraçado, mas até ontem eu ainda não sabia direito o que eu queria
fazer. – Alex se virou novamente para Pedro. – É bobo, mas... Eu descobri que
quero... Descobri que quero proteger os sorrisos de todos em Smart Brain!
Pedro apenas sorriu, era mesmo algo um pouco bobo de se dizer, mas Pedro
ficou orgulhoso com a decisão de seu amigo.
- Por isso eu vou lutar para
proteger as pessoas dos monstros!
- É isso aí, Alecão! Tu é foda!
Mas a alegria dos amigos acaba sendo interrompida pelos sons dos portais
do Mundo dos Espelhos que podiam ser escutados por Alex vindos de dentro dos
corredores do colégio. Alex então saiu correndo para o interior dos corredores
com Pedro indo logo atrás.
...
Kathlyn tinha ido atrás de Mari, que anteriormente havia sido atacada por um monstro. A garota ruiva tentava pressionar Mari para que a mesma contasse
mais detalhes da criatura, mas a garota meio emo não aguentava mais aquilo, a
abordagem de Kathlyn não havia sido das mais empáticas.
- Olha, Kathlyn, me desculpa, mas a
minha turma tem aula agora e eu não quero me atrasar.
- Calma aí, Mariana! Tu não disse
nada de muito relevante. – Reclamou Kathlyn.
- Eu te contei tudo que vi, eu já
falei que foi tudo muito rápido.
De repente, as duas garotas notaram um vulto passando na parede no
final do corredor.
- Você viu aquilo? – Pergunta
Kathlyn para Mari.
- Deve ter sido alguém, talvez um
dos zeladores.
As garotas encaram aquele imenso corredor e percebem que o mesmo já se
encontrava vazio, pois todos já estavam em suas aulas. Um silêncio ensurdecedor
e agoniante pairava sobre o lugar, silêncio esse que dura pouco, sendo
interrompido pelos vidros das janelas do corredor que começam a se quebrar um atrás do outro formando uma chuva de cacos de vidro que estouravam como uma explosão,
assustando as duas moças que se agacharam com as mãos nos ouvidos enquanto
gritavam de medo.
Após o estouro das janelas, todos saem das salas desesperados e aquele
corredor vazio é tomado por alunos que saiam gritando apavorados e professores
que tentavam inutilmente acalmá-los.
Alex e Pedro aparecem e tiram Mari dali sem que Kathlyn tivesse notado,
pois a mesma se encontrava encolhida com os olhos cerrados e os ouvidos
tapados, morrendo de medo.
A dupla de amigos leva sua querida amiga consigo até o canto de outro
corredor, próximo de uma escada.
- Gente, o que fazem aqui? – Questiona
Mari enquanto se acalmava do susto.
- E o monstro? – Pergunta Pedro
para Alex, ignorando sua amiga.
- Ele se foi. – Responde Alex. – É
do tipo que se move muito rápido... Mas ele vai voltar. – Alex retira seu deck
do bolso esquerdo de sua calça. – Ele tá vindo, eu posso sentir.
- Espera, Alex, não me diga que
você vai-
- Eu tenho que lutar, Mari! – Fala
Alex cortando a garota que arregala os olhos para ele.
- Não, Alex! Eu não vou deixar tu
fazer isso!
- Ah, qual foi, Mari? – Reclama
Pedro.
- Eu não sou irmã de vocês, mas
faço o papel de uma. Por isso, faço de tudo pra proteger vocês. – Mari se
aproxima de Alex. – Eu não quero você morra.
- Eu entendo como se sente e fico
muito feliz pela irmã que a Smart Brain me deu, mas... Eu entendi que este é o
meu chamado para o destino. Desde que me entendo por gente, eu sempre me questionei sobre qual seria o propósito da minha existência, já que eu sempre
me senti um inútil que não sabia fazer nada... Mas agora eu sei. – Alex olha
para seu deck, o segurando com força, depois se afasta um pouco dos seus
amigos. – Não quero ver mais ninguém chorar! Não quero ver mais ninguém sofrer!
Eu quero proteger os sorrisos de todos em Smart Brain! Por isso, Mari, quero
veja... O meu Henshin!
Mesmo estando um pouco hesitante por conta do medo que ainda sentia,
Alex se virou para um espelho que estava na parede perto da escada e com as
mãos suando frio, o corpo tremulo e o coração batendo tão rápido que seria
capaz de senti-lo quase sair pela boca, o jovem ergueu o deck o pondo em frente
de seu reflexo no espelho, fazendo seu V-Buckle se formar em sua cintura como
dois reflexos que se encontravam abaixo de seu abdômen, e então ele proferiu ''aquela palavra''.
- Henshin!
Alex encaixa o deck em seu V-Buckle e três reflexos escuros de sua
armadura são projetados diante dele, convergindo-se no jovem e o transformando,
deixando seus amigos impressionados e estupefatos, era realmente algo
empolgante de se ver.
O novo vigilante de armadura de Smart Brain High School mergulha para
dentro do espelho, indo de encontro a um Rideshooter que o aguardava do outro
lado. Alex embarca no veículo e acelera até o Mundo dos Espelhos.
Ao atravessar o portal pelo espelho, o guerreiro novato freia a moto e
sai da mesma. Alex percebe que o corredor espelhado estava deserto, ele não
sentia mais a presença do monstro naquela dimensão, o que significava que o
mesmo havia pulado novamente para o mundo real. Alex então decide sair para o
pátio e usa uma das janelas de lá para acessar o mesmo local, porém em sua
dimensão.
Quando pôs seus pés
no chão do pátio do mundo real, Alex é rapidamente surpreendido com um ataque
do monstro gazela que o joga no chão.
A ansiedade e o medo
dominam o rapaz, que, todo atrapalhado, tenta desesperadamente retirar uma
carta de seu deck ainda no chão, mas o monstro salta sobre ele o assustando,
fazendo com que ele não conseguisse retirar nenhuma carta.
O rapaz então se
levantou rapidamente, apenas para ser recebido com duas investidas em seu peito
pela lança de duas pontas do monstro. A criatura encaixa o meio das duas pontas
da lança na cintura de Alex e então o ergue, lançando o rapaz por cima de seu
corpo, o fazendo cair próximo de uma
árvore.
Alex se levanta, mas
a criatura salta na direção do jovem guerreiro, lhe desferindo um corte em seu
peito com sua lança, e estando ainda no ar o monstro usa a árvore próxima como
impulso para saltar uma segunda vez sobre Alex, o levando ao chão novamente enquanto pressionava a lança sobre o mesmo, que segurava as duas pontas com
suas mãos para que as mesmas não acabassem sendo cravadas em seu corpo.
O garoto expulsa o
monstro de cima dele com um chute em sua barriga, depois se levanta e
finalmente retira uma carta do deck, o levando ao Black Dragvisor logo em
seguida.
SWORD VENT
Alex empunha a
Dragsaber recém-invocada com a mão direita, assume uma posição de batalha e
parte para o ataque, onde ele e o monstro gazela chocavam suas armas entre si.
Rapidamente, a luta
entre o Kamen Rider e o monstro gazela atrai todos do colégio. Agora, alunos,
professores e demais funcionários, assistiam à batalha que ocorria no pátio
pelas janelas, enquanto estavam por dentro das instalações do colégio.
Boa parte filmava e
tirava fotos com seus celulares, principalmente o trio do jornal que se reuniu
em algum momento para assistir a luta.
- Então esse é o Kamen Rider! – Camila mal podia conter sua
emoção por finalmente estar vendo o Kamen Rider na luz do dia.
Havia um misto muito
grande de emoções entre todos que estavam assistindo a luta. Empolgação, medo,
ansiedade... Tudo isso e mais um pouco permeava por entre as pessoas no local
que se perguntavam quem sairia vitorioso: o Kamen Rider ou o monstro do
espelho?
つづく
5 Comentários
Grande Alex!
ResponderExcluirA construção do capítulo foi o destaque pra mim .
A hesitação de Alex , a pressão exercida por Pedro, a conversa com o pai e a decisão...
Contra fatos não há argumentos....
Os fatos estavam ali...
Os desaparecimentos, as mortes, o medo....
E o motivo que o fez lutar não poderia ter sido melhor: Defender o sorriso das pessoas.
Fās de Kuuga como eu entenderão...
No final , o Kamen Rider, guardião do colégio Smart Brain, se revela pra todos numa luta que e promete ser difícil!
Mandou bem demais!
Parabéns!
Obrigado por ter tirado um pouco do seu tempo para ler e vir comentar aqui.
ResponderExcluirEu realmente quis homenagear o Kuuga porque pra mim o Godai é uma grande inspiração como ser humano, tanto ele quanto o Kanata de Ultraman Decker são duas personagens em quem me espelho muito pra tentar ser alguém melhor por isso que eu queria que meu protagonista que carrega meu nome fosse como eles dois.
Oi, Alex.
ResponderExcluirTudo bem? Eu acho muito bacana você desenvolver essa trama em Smart Brain High School. É legal, pois você criou um cenário de medo, suspense e terror. E, os cortes de cena na narrativa ajudam muito na criação desse clima.
Essa época Heisei do Ryuki ainda tinha muita influência da era Showa. E, sinto que você acentuou esse clima. Ao mesmo tempo, você inseriu bem os dilemas adolescente dentro da trama. A relação Alex/Pedro é bem conturbada, mas creio que ainda nos trará surpresas.
Quem dera se Ryuki tivesse um roteiro tão bom como esse que você fez aqui. Ryuki tinha potencial, mas ficou muito num Battle Royalle somente. Bem, eu particularmente não tenho problema de ter inúmeros Riders. Geats, atualmente, é um battle royalle também, mas bem mais interessante.
Eu vejo muito mais de Dragon Knight no seu trabalho! E, sim, como já disse, a versão americana é melhor sim que Ryuki.
Muito bom ver que todos agora conhecem o Kamen Rider!
Manda bala, amigão! Jamais desista. Seu potencial é enorme.
Grato pela leitura, comentário e também pelos elogios. Fico feliz em saber que estou conseguindo executar bem essa trama e melhorar alguns pontos em relação à obra original (Ryuki).
ResponderExcluirSempre bom ter você por aqui, seus comentários sempre têm algo à acrescentar.
Valeu, Arthur. Tamo junto.
O título continua interessante, você realmente tem um ótimo controle narrativo e a forma de escrita flui muito bem.
ResponderExcluirOs personagens soam e agem como pessoas reais de suas idades... esse é um dos maiores acertos e sucessos desse título.
Eu ainda estranho um pouco a mistura de um colégio representado num estilo estrangeiro e realmente acho que, ao invés de usar um kamen rider existente de base, talvez, e apenas talvez, um personagem autoral funcionaria melhor pra mim.
Mas a história continua muito boa. Parabéns!