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Urban Rangers SP - Origens -Spin-Offs Especiais- Capítulo 02

 

 

02 – Bruno Ribeiro.


Mano ,mano ,mano...

Mano Black

É luta e resistência

Coragem e consciência...

Eu disse ...

Mano ,mano ,mano...

Mano Black

Guerreiro de responsa

Aqui não tem moleque”...

Em frente ao um dos principais hospitais da cidade, um grupo de jovens da Brasilândia, bairro carente da Zona Norte de São Paulo , para surpresas de muitos e até da imprensa , cantando um rap improvisado,ali na hora, faziam uma espécie de vigília, mandando boas vibrações para Bruno Ribeiro, o Urban Rangers North Black, que lutava pela vida , após um gravíssimo acidente com moto.

Após, o desastre da luta dos Urban Rangers SP contra as forças do Comando Dímamus , por sua postura incisiva e agressiva , Bruno Ribeiro foi considerado o responsável maior pelo espetáculo de horrores protagonizados por um Super Esquadrão totalmente fora de esquadro e de rumos.

Para a jornalista Débora Dallari, da TV Mundo SP, a mesma emissora do repórter André Lucaresi, agredido por Bruno em um ataque de fúria, aquele apreço daqueles jovens por alguém (em sua visão) tão despreparado, rude e violento era algo inconcebível e inaceitável.

Inconformada, ela se dirige aos jovens e pergunta aos jovens o porquê daquela devoção, se Bruno não representava bem aquilo que a música pregava.

Um dos jovens , chamo Erick, deu uma resposta contundente que a deixou sem palavras:

-Quem disse que queremos alguém perfeito ,politicamente correto que fala o que vocês da elite querem ouvir, seus hipócritas do c#€%|>... ( palavrão)?

-Vocês nunca  olharam pra nós...

-Pra vocês , nós não somos gente...

-Somos ralé...

-Pra vocês, pobre é sinônimo de bandido...

-Se ele é errado por passar do ponto, vocês são mais errados por julgarem e, ao mesmo tempo, nos excluirem...

-É a voz da periferia...

-Dos guetos...

-Bruno é a nossa voz , “sacou”?

A jornalista, desconcertada, com a verdade nua e crua, lançada em seu rosto, encerra a entrevista.

 

Podemos então questionar:

Temos, portanto, duas visões sobre a mesma pessoa.

Os dois lados da mesma moeda...

Qual a certa?

Qual a errada?

Ou será que ambas ,estão corretas?

Como uma pessoa pode ser ,ao mesmo tempo demonizada e  venerada como símbolo de uma parte de uma sociedade esquecida pelos governantes?

O que faz com que essa dualidade ,essa dicotomia, faça sentido?

Como definir Bruno Ribeiro, uma pessoa intensa e extrema por natureza ?

Amado por uns,odiado por outros tantos?

As próximas linhas poderāo responder a essas perguntas..

 

Enquanto seu corpo era cuidado pra profissionais dedicados, sua alma, liberta momentaneamente do corpo e auxiliado pelo espírito do  seu pai, um respeitado Sacerdote do Camdomblé, ou Pai de Santo , como ele gostava de se apresentar, foi brutalmente assassinado por policiais  confundido com um criminoso , quando Bruno tinha 6 anos de idade.

Devidamente ornamentado com vestes sacerdotais e sendo orientado pela entidade Joaquim de Aruanda ,como nos tempos em que estava encarnado, o pai de Bruno, o senhor Benedito Ribeiro, que usava um linguajar típico dos chamados “pretos velhos”.

Cercado de um exército de espíritos de  guerreiros tribais da Mãe África, entre tambores, atabaques, cheiros de incensos,  danças, evocações aos orixás, sua vida, como num filme biográfico era passado numa projeção.

Assustado, Bruno, amparado por seu pai, se vê diante da história de si mesmo.

Erros...

Acertos...

Perdas...

Conquistas...

Sonhos...

Decepções...

Lutas...

Revoltas...

Reconhecimento...

Execração pública...

A cada instante , uma reação diferente.

Ora orgulho...

Ora medo...

Ora vergonha...

Seu pai  começa o diálogo:

-“Fio”...O que “ocê” tirou de lição do que “ocê” acabou de ver?

Bruno hesitou...

-Pai, eu não quero falar...

Diante da insistência do pai , Bruno com muita dificuldade começa a falar...

O que acabara de ver era algo difícil e, ficava demonstrado de modo evidente que ele cometera erros graves  em sua jornada, apesar dos muitos acertos também.

Mas, no entanto, tentou se defender, num primeiro momento.

Seu orgulho não permitia que ele  aceitasse, assim de bom grado, coisas desagradáveis.

Se olhar no espelho e poder enxergar sem rodeios, a sua verdade nua e crua, os seus monstros  internos e as suas vulnerabilidades não é a coisa mais fácil, tampouco mais agradável de se fazer.

Em sua cabeça, tudo tinha um porquê ...

Tudo poderia ser justificado...

Ele não se tornara aquela pessoa do nada...

Se ele agia assim é porque tinha motivos...

A vida o obrigou...

Era porque precisava ser forte...

Precisava se impor...

Precisava resistir às injustiças da vida...

Violência se combate com violência...

Só assim, ele se faria entender...

Essa era a sua lei...

Cerrar os punhos e reagir de modo intenso e visceral não era opção...

Era a única coisa a ser feita!

A morte do seu pai foi algo nunca superado.

As dificuldades que sua mãe enfrentou para sustentar e ele e a seus 5 irmãos.

Até fome passaram...

As humilhações constantes...

Os conflitos com a polícia na adolescência...

Tudo isso, despertou em Bruno uma revolta incontida e gritante.

Os projetos sociais junto a sua comunidade e o sucesso meteórico enquanto rapper o tornaram uma pessoa respeitada naquele micro-universo.

Nascia um líder comunitário, orgulho de uma região carente e desassistida pelas autoridades.

Sua fama acabou chamando a atenção de Gentaro Tsubayashi, líder os Urban Rangers SP, a ponto dele pessoalmente ir a comunidade onde Bruno morava e lhe fazer o convite.

Lutador de jiu-jitsu e adepto também da capoeira, Bruno, a princípio, achou a ideia absurda.

Mas, convencido por amigos, Bruno acabou por enxergar a sua entrada numa equipe baseada nos Super Esquadrões, como uma oportunidade de disseminar a causa negra para um maior número de pessoas, saindo da sua bolha.

Ao aceitar o convite, no entanto ,  devido ao seu temperamento explosivo e iracundo ,muitos problemas iriam surgir.

A começar pela liderança da equipe...

Bruno, durante os primeiros testes e treinamentos, ansiava quebrar o paradigma vigente e ser o primeiro líder negro de um Esquadrão de elite.

No entanto, a escolha de Márcio Hawada ,  como o líder Red , seguindo os padrões clássicos do Japão, o deixou transtornado.

E ele não fez questão de disfarçar.

Junta-se a isso, o fato da equipe ser composta por pessoas totalmente diferentes , de classes sociais, cultura  e regiões diferentes da cidade.

Com exceção de Solange dos Anjos, também negra e vinda de outra região periférica da cidade, os demais membros da equipe principal, nada tinha a ver com ele.

E ele se sentia hostilizado e isolado.

Se não por Márcio, considerado por ele, “um banana” , Thomáz Bertucci e Hanny Stein, oriundos de classes abastadas , faziam questão de humilhá-lo , de todos as formas possíveis.

Das mais sutis às mais ostensivas.

Em relação à Equipe 2 , formada por Marcão do Alemão, Desirée Rambold e Toufik Caleb, a situação era mesma.

Tirando , Marcão do Alemão, um carioca que tinha uma história de vida muito semelhante a dele e, assim como ele era um líder comunitário influente , considerado um “brother” ,a relação com os demais também não era das melhores.

Uma forma que utilizou para se vingar de Thomáz, um de seus principais desafetos,foi seduzir Solange, que a essa altura era namorada de Thomáz, o membro azul da equipe.

Impingir, com a afirmação de sua virilidade, uma humilhação ao rival, passou a ser uma obsessão.

Tudo isso não passou batido durante o filme de sua vida, que termina com a luta fracassada contra o Comando Dinamus, a sua revolta e agressão contra o reporte da TV Mundo SP e o seu acidente de moto.

Após suas justificativas, o pai de Bruno amorosamente lhe diz:

-Fio...Num tenha medo não...

-Todos nessa vida “bençoada” de Deus , erramos...

-E “ocê” também errou...

Bruno tenta novamente se justificar:

-Mas, pai...eu...

Seu pai o interrompe:

-Fio...Presta a atenção no seu “véio”!...

-Vamo “cumeçá” com minha morte...

-Por mais injusta e “revortante” qui possa ter sido, ela tava no meu destino...

-O seu “véio” tinha que “passá” por isso...

-Sua “revórta”, apesar de justa, passou do ponto...

Bruno interrompe:

-Pai, não diga isso!!!

-O senhor não sabe o quanto sofri com a sua falta...

-Minha mãe...

-Meus irmãos...

-Até fome passamos...

-A mesma policía que te matou, era a mesma que me revistava quase todo santo dia...

-Como que só preto fosse bandido...

-Não me peça pra aceitar...

-Quantos pretos e pobres morrem todo o dia nessas condições?

-Por que isso não acontece com ricos e com os brancos?

-Aceitar isso é ajudar a manter o racismo que reina nesse país...

-O senhor era tudo pra mim...

-O meu guia...

-O meu herói...

Seu pai, responde , de modo sábio:

-Ocê acha qui “discontá” sua raiva  nos outros ,iria trazer “eu” di vórta, fio?

Bruno balança:

-Lógico que não...,mas...

Seu pai o interrompe:

-Fio... “Intenda” uma coisa...

-Minha morte  fez com qui ocê lutasse contra o racismo, as “injustiça”, a “desiguardade”...

-Até aí ,tudo certo...

-Fazia parte do qui “os guia” queriam pr’ocê...

-Mas daí, ocê  “discambou”...

-Deixou a raiva te “dominá” e ocê passou a “sê” movido por ela...

-Ocê si “disviou” da sua missão...

-Os guia num conseguiam chegar até ocê...

- Sua mente “entrô” em trevas...

-Tava tudo bloqueado...

-Num é tudo que se “resorve” na força...

As lágrimas começam a marejar os olhos de Bruno.

Seu pai prossegue...

-Um feijão praficá” saboroso e “cardulento” tem qui “tê” a medida certa de tempero...

-A medida certa de cozimento...

-Senão, ou fica aguado ou “sargado”...

-Ou fica seco...

Aquela comparação tão simples bateu forte em Bruno.

Aos poucos, ele, devidamente tutelado por seu pai , começou a rever os principais acontecimentos de sua vida até ali...

Quando a retrospectiva parou no seu caso amoroso  com Solange dos Anjos como forma de vingança contra Thomáz Bertucci, seu pai volta a dizer:

-“Óie” pra isso aqui , ó...

-A menina já tem um monte de “pobrema”...

-Reprimida pelos pais...

-Pobre qui nem “nóis”...

-Óie a infância dela ...

Essa questão, em específico, era desconhecida por Bruno que  começou a chorar compulsivamente.

-Eu...,eu juro...que não sabia disso...

Seu pai prossegue:

-Por num “sabê” resorver a sua rixa com um cara rico , ocê se usou dela para atingir o seu inimigo...

-Ocê não a amava...

-Ocê só “armentou” o “sufrimento” da moça...

-Ela tá perdida...

-Os guia num gostaram nadinha disso...

Aquilo foi um soco no estômago de Bruno.

Então...eu com minha atitude ,fiz a “Sô” sofrer”

“Então, eu posso ferir os outros se não saber dosar”...

“Se não saber me controlar”...

Os pensamentos de Bruno começam a acusar-lhe.

Seu pai, mostra-lhe o que aconteceu com os seus colegas de equipe ,enquanto ele se envolvia em seu acidente.

O remorso começa a pertubar-lhe, sobremaneira.

Ele se deu conta que a equipe acabou, que Márcio perdeu a liderança de forma humilhante, que Solange foi despedida por Thomáz, ao descobrir a traição dela com ele, Bruno.

Que Thomáz e Hanny, seus outros desafetos, foram expulsos da equipe e que a empresa Tsubayashi, teria que arcar com uma vultuosa indenização em virtude do soco que ele deu no repórter André Lucaresi.

Bruno desaba...

-Eu ,por ser explosivo, tenho muita culpa sobre tudo o que aconteceu”...

-Eu estou... envergonhado!!!

-Que meus guias me perdoem!!!

Seu pai toca-lhe no ombro de modo paternal.

Por mais duro que fosse, Bruno precisava passar por aquilo.

Senão, jamais evoluiria.

-Fio...já “pensô” se Madiba  (*01) pensasse assim...como ocê?

- Ou o Ghandi da Índia ?

-Ou mesmo, aquele “pastô” americano? – referindo-se a Martín Luther King.

-Todo “zele” passaram por  “pobrema” pior qui o seu...

-E como agiram, fio?

-“Iguar” ocê , ou diferente?

-O mundo seria um caos...Num acha não?

Bruno abaixa a cabeça.

Contra fatos não há argumentos...

De uma maneira até um pouco lúdica, mas sem omitir a verdade, seu pai , faz seu filho rever e a sua trajetória ,reconhecer seus erros, e tomar uma atitude:

-Pai...Eu quero mudar!!!!

-Eu sei que meu corpo,nesse momento sofre as sequelas do meu ato irresponsável...

-Nem sei se conseguirei andar...

-Mas, eu quero e preciso tentar ...

-Que meus guias me dêem uma nova oportunidade!

Seu pai parece ter ficado satisfeito:

-É isso “memo” qui ocê  “qué” pra sua vida , fio?

-Sim, pai! É o que mais quero!!! -responde Bruno convicto, já refeito das emoções

-“Intão”, tá certo!

-Mas, ocê terá qui aprendê umas outras coisas...

-“Inda”num é tempo de vortá para o corpo...

-Num tá maduro...e nem temperado “iguar” a um feijão..

-Tú tá disposto aprendê, fio?

-Sim, pai! Se o senhor quiser ou puder me ajudar, me sentirei mais seguro.

-Posso contar com o senhor ?

Seu pai o abraça:

-Hoje e sempre ,fio!!!!

-Hoje e sempre!!!

Os atabaques e tambores tocam...

Os espíritos guerreiros, com suas flechas e  lanças em punho,  iniciam uma dança rítmica em estilo tribal.

Uma nova jornada se inicia para Bruno Ribeiro...

O Mano Black...

Ou o  Urban Rangers North Black...

Não importa...

No lado de fora do hospital ,  sob uma chuva fina e incesanhe , o rap improvisado seguia sendo cantado pelos fãs de Bruno...

“Mano ,mano ,mano...

Mano Black”...

 




Nota

(*01) Apelido de Nelson Mandela, grande líder da República da África do Sul.

 

4 Comentários

  1. Cara, tô muito feliz com essas inovações na tua escrita... Tu tá abordando a mente humana e a questão de ação e reação de uma forma maravilhosa! Tu justamente expôs um nervo da atual sociedade humana, a culpa sempre é do outro, e sempre temos motivo para fazer as coisas erradas que fazemos, mas na verdade, erro ou acerto, a culpa ou mérito é sempre nosso e de mais ninguém! Ah, fulano ajudou, beltrano incentivou, fulaninho insistiu, sim, todos tem seus méritos por isso, mas o livre arbítrio te deixa na situação de que, somente algo acontece, se tu assim decidir! Isso vale pra influências negativas, pra atitudes impensadas, outro dia vi um filósofo dizer, "não concordo com a ideia de que a oportunidade faz o ladrão, eu concordo que a oportunidade REVELA o ladrão, pois o ladrão está feito!" Assim sendo, para nossas decisões erradas, para nossos erros, o pai do mano black tá mais do que correto, ele através da raiva, da revolta, da mágoa, se deixou levar pelo ódio, cometeu atos reprováveis porque se achava no direito de fazer, se achava injustiçado o maior sofredor da humanidade e olha o que é jogada na cara dele? Mano, se tu acha que sofreu, olha pro lado, olha quantos sofrem mais que tu... Tu caminha, tu decide por si só, tu tem direito de ir e vir, e o adoentado? E o paralítico? E o preso? E o sozinho no mundo sem ninguém? Essas reflexões são poderosas, quando a gente percebe que somos responsáveis por tudo que acontece conosco e que nada é por acaso ou por injustiça do destino, então um novo horizonte se abre em nossas mentes e conseguimos finalmente ver o quanto errados havíamos sido até então! Eu confesso que não em termos tão graves, mas esse episódio pode sim significar um resumo de minha vida, pois foi assim também, em certo momento a verdade me bateu e eu tive de engolir em seco, "Eu estava errado e a culpa foi só minha!" Não é fácil aceitar isso, não é facil entender isso, mas te digo de coração, quando tu aceita isso, véio, uma nova e poderosa pessoa surge! Parabéns pelo trabalho cara, eu estou sinceramente amando essa nova fase dos Urban Rangers, meus mais sinceros parabéns pelo trabalho! \0/

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    1. Grande Lanthys!

      Que comentário foi esse ,meu amigo?

      Que emoção tu me fez sentir agora ...

      Tô que nem o Kintaros...

      Tu me fez chorar!

      Se olhar no espelho deveria ser um exercício que todo o ser humano deveria fazer.


      É impactante, porém, transformador!

      Ver nossos erros e perceber que trilhamos caminhos tortuosos, por mais dolorido que possa ser, faz com que mudemos.

      Não é fácil!
      Envolve altivez, força de vontade, mas recompensa.

      Um outro ponto que tem que ser ressalvado é que sempre há uma saída.

      O fundo do poço pode nos trazer preciosas lições.

      Certamente o encontro com o seu "eu"divino, com as suas raízes enquanto ser humano , nos faz ressurgir mais fortes.

      Nossa essência transcende as coisas materiais.

      A memória afetiva de Bruno em relação ao seu pai era chave para a sua regeneração.

      Fico feliz que entendeu isso!

      A verdade pode ser ditas de várias formas e bem por isso, deixa de ser verdade.

      Seu pai, sem ferí-lo, com cuidado, jogou na cara do filho, seus erros.

      Diante dos fatos, não há argumentos e Bruno,caiu em si, mostrando um sincero arrependimento.

      O próximo episódio falaremos sobre Thomáz.

      O que será que reservei pra ele ?

      Aguardemos!

      Gratidão, meu amigo!


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  2. Para quem dizia que Urban Rangers não tinha saída? Olha aí!

    Urban Rangers foi perfeito em sua proposta e os Spin-offs estão aí na cara pra esfregar a realidade que aflige e atinge as pessoas! Tudo isso explica e justifica os fatos da Season 1. Não podemos ser imediatistas. Precisamos ter paciência e degustar a obra e aguardar os meandros que o autor dará.

    Aplaudo de pé!

    Urban Black era, de longe, para mim, o mais complexo dos heróis. E, você deu uma boa explicação para as origens deles! Magnífico. Você explorou bem o efeito terrível que uma sociedade doente causa como reação em seu seio.

    Claro que temos sempre de tomar cuidado para não cairmos no discurso hipócrita de que tudo vale. Não! Mas, Bruno está justamente com a dor da lida, aprendendo a superar isso. Mas, é inegável que a alma dele é a do GUETO! Ela brada por justiça na madrugada! É voz que não deve se calar, mas é calada constantemente. Sendo assim, é bem complicado, alguém com um passado desse, não tomar decisões no mínimo questionáveis. A gente precisa mudar a perspectiva de observador. Se adotarmos a COSMOVISÃO a partir do mundo dele, daremos vazão e entenderemos as injustiças e absurdos que nós mesmos causamos.

    Estou muito animado com esta fase! Parabéns, meu amigo!

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    1. Grande Artur !

      Fico muito feliz e emocionado com o seu comentário.

      De verdade !

      Você,assim como o Lanthys, foram no cerne da questão , cada um ,do seu modo.

      Ambos corretos!

      O Aldo foi para o lado que nos somos responsáveis por nossos erros.

      Você, foi para o lado que as injustiças de nossa sociedade hipócrita causa nas pessoas.

      As feridas impostas causam revolta e muitas pessoas não conseguem lidar com isso .

      Brilhante, a sua análise!

      Bruno, de fato, é a voz dos guetos!

      Te agradeço novamente por me encorajar a retomar esse trabalho polêmico.

      Gratidão!

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