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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 10 - A Granja

 



No capítulo anterior:

Inspetor Meirelles relata ao comandante e aos Batarangers sobre um misterioso cupinzeiro na Praia de Copacabana. Além disso, a Detetive Lee revela como Araki fingiu seu suicídio.



Capítulo #10 – A Granja



Vamos voltar ao momento em que o grupo da Ilha das Rosas estava descendo para o complexo de Araki.


Ilha das Rosas


O ascensor ia descendo até chegar ao seu destino. Na entrada do complexo de Araki, havia um gigantesco portão de aço. Ao lado dele, havia um leitor de palma da mão. O grupo saiu do ascensor e Zaira pôs sua mão no leitor, fazendo com que o portão abrisse, revelando uma espécie de saguão.

Zaira: “Chegamos ao complexo. Para onde querem ir primeiro?”

Tarso: “Vamos à tal Granja, aonde estão os HMs e para descobrir sobre o passado de Felícia.”

Os outros concordaram.

Zaira: “Ótimo. É só me seguirem.”

Então, a ex-soldado virou para um corredor à esquerda do saguão e os outros a seguiram. Eles pararam em uma porta de aço com mais um leitor de mão. Zaira pôs sua mão e a porta abriu.

O grupo passou pela porta e desceu uma escadaria, chegando a um corredor mal-iluminado, que dava acesso a mais dois corredores.

Zaira: “Bem-vindos à Granja, onde os HMs capturados foram levados, além dos HMs que foram criados aqui.”

Angélica: “Não sei vocês, mas esse lugar me dá arrepios! Porém, não temos tempo a perder. Temos que libertar os HMs e Felícia precisa descobrir sobre seu passado.”

Tarso: “Hã, Zaira, em qual corredor estão os HMs?”

Zaira: “No segundo corredor. No primeiro, estão aqueles que estiveram aqui na Granja.”

Tarso: “Estiveram?”

Zaira: “Ah, não falei? Um certo dia, quando os HMs daqui foram levados à superfície, alguns aproveitaram a oportunidade e fugiram, ficando soltos pela ilha. Provavelmente, foi assim que você fugiu daqui, mulher-felina.”

Felícia: “Eu ainda não consigo me lembrar deste lugar. Preciso ver mais.”

Tarso: “Então vamos nos separar. Roberta e eu vamos para o primeiro corredor com Felícia, enquanto Zaira e a doutora vão no outro. Aí, nos encontramos na escada.”

Roberta: “Eu concordo, mas será que não tem soldado Ômega fazendo a segurança, grandona?”

Zaira: “Não se preocupe, Silva. Como já disse, todos os soldados Ômega evacuaram o complexo. Teoricamente, estamos sozinhos aqui na Granja.”

Roberta: “Ótimo. Então, vamos nos separar.”

Então, Tarso, Roberta e Felícia entraram no primeiro corredor, enquanto Zaira e Angélica seguiram para o outro.


***


Zaira e Angélica chegaram ao corretor que tinha várias portas em cada lado, uma porta do lado da outra.

Zaira: “Foi para cá que nós trouxemos os HMs.”

Angélica tentou abrir uma das portas, mas estava trancada.

De repente, ouviu-se uma voz masculina, que gritou:

“Ei, tem alguém aí?!”

A voz vinha de dentro da cela que Angélica tentou abrir. Ela respondeu:

“Sim, aqui é a Dra. Angélica Gomes, da Força Especial Bataranger. Você é um HM?”

A voz masculina respondeu:

“Sim, doutora, eu sou. A senhora veio nos salvar?”

Angélica: “Sim, junto com dois Batarangers e mais duas amigas.”

O prisioneiro implorou:

“Por favor, doutora, nos tire daqui! Já faz tempo que estamos presos aqui, como se fôssemos criminosos.”

Uma outra voz vinda de outra cela, dessa vez feminina, também implorou:

“Nos tire daqui! Estamos vivendo literalmente à pão e água!”

Angélica bradou:

“Não se preocupem, vamos tirar vocês daqui! Vamos encontrar um jeito!”

A voz feminina agradeceu:

“Muito obrigada, doutora! Deus te abençoe!”

Angélica: “De nada.”

Ela virou-se para Zaira e perguntou:

“Tem como soltá-los agora? Sei lá, apertando um botão de sua pulseira?”

Zaira: “Infelizmente, não. As portas deste corredor são travadas e destravadas eletronicamente à distância, por meio de um painel de controle. O outro corredor já está com as portas destravadas. Se eu não me engano, o painel fica no Haras.”

Angélica: “Então, vamos para lá agora!”

Zaira: “Ainda não, vamos esperar Monteiro, Silva e a mulher-felina. Temos que fazer isso juntos.”

Angélica: “Eu te agradeço por nos ajudar, Zaira. Contudo, nada disso teria acontecido se você não cumprisse as ordens de Araki e Lahm.”

Zaira: “Verdade, doutora. Eu me arrependo de tudo que fiz. Por isso que eu estou ajudando vocês. Eu fiz as famílias destes HMs sofrerem e até capturei uma criança! Um dia, eu pagarei essa dívida com eles e com vocês da F.E.B..”

Ela começou a ficar com os olhos marejados e baixou a cabeça. Angélica pôs a mão no ombro dela e disse:

“Você poderia ter pago a dívida se entregando à polícia comum, mas como Araki poderia ter feito algo a você, não se entregou. Porém, esta sua ajuda aqui, para mim, já é o suficiente.”

Zaira: “Não, doutora. Eu não acho suficiente. Quero me redimir completamente.”

Angélica: “Bem, depois a gente vê isso. Vamos nos juntar aos outros e vamos ao Haras libertar os HMs.

Zaira: “Certo.”

E as duas voltaram ao corredor principal.


***


Enquanto isso, Tarso, Roberta e Felícia seguiam pelo outro corredor. Ao contrário do corredor onde estavam Zaira e Angélica, só havia um lado com portas e elas eram distantes uma das outras. Como as portas deste corredor estavam destravadas, eles abriram uma delas de forma aleatória e entraram. Lá dentro, havia uma beliche no canto, um vaso sanitário e uma pia.

Tarso: “Meu Deus, isso aqui realmente é uma prisão!”

Roberta: “Pelo menos, a prisão da BataBase é mais ‘jeitosa’ do que esse lugar...”

Felícia estava em silêncio, olhando em volta, para ver se lembrava de seu passado naquela prisão. De repente, todas as lembranças vieram como se fosse um filme.

Felícia: “Pessoal, acho que... me lembro de tudo. De tudo que passei aqui, de quem... eu sou.”

Tarso: “Lembra? Então, nos diga!”

Felícia: “Eu vivia aqui desde quando me entendo por gente. Além de mim, haviam outros humanos modificados, que também não tinham nome. Nós éramos apenas números. Nós tínhamos horário de almoço e um dia na semana para irmos à superfície, atravessando aquela caverna. Como a moça disse, eu devo ter fugido naquele dia que fomos à superfície e que os outros também fugiram.”

Tarso: “Hum, para onde foram os outros HMs?”

Felícia: “Não sei dizer, porque eu saí correndo como pude pela ilha, me afastando da caverna. Desde então, eu consegui sobreviver, me alimentando do que a terra dava e me abrigando em outras cavernas. Até que vieram os bichos de ferro e eu perdi minha paz, porque adotei a ilha como minha casa.”

Tarso: “Entendo. Daí por isso, você atacou nossos companheiros Batarangers, quando fomos trazidos para esta ilha (*).”

Felícia: “Sim, porque achei que vocês estavam ‘invadindo’ minha casa, como os bichos de ferro, mas vocês eram gentis.”

Tarso: “E somos. E ainda fez amizade conosco e com a Sabrina.”

Ao ouvir o nome da menina da cura, Felícia abriu um sorriso.

Roberta: “Hã, Felícia, queria saber de uma coisa: como... você vira a fera? É do nada ou você controla?”

Felícia: “Eu só viro a fera quando algo ou alguém me perturba. É meu instinto.”

Roberta: “Hum, eu também viro uma fera quando me perturbam, mas eu não tenho garras...”

Tarso e Felícia riram.

Tarso: “Bem, vamos voltar para Zaira e doutora. Elas devem estar nos esperando.”

As outras concordaram e saíram da cela.


***


O grupo se reuniu na escadaria, como combinado. Tarso e Roberta relataram a história de Felícia, enquanto Angélica disse a eles:

“Zaira disse que o painel de controle que destrava as portas do corredor onde nós estávamos está no Haras, onde ficavam os soldados Ômega. Agora que estamos reunidos, podemos ir para lá imediatamente.”

Tarso: “Certo, doutora. Como estão os HMs?”

Angélica: “Bem, eu só consegui falar com dois deles e naturalmente estão desesperados para sair.”

Tarso: “Então, vamos lá. Leve-nos até o Haras, Zaira.”

Zaira: “É para isso que estou aqui. É só me seguirem.”

Então, eles se retiraram da Granja, em direção ao Haras.


CONTINUA...


(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulos 9 (“A mulher-felina”) e 14 (“Reencontros”).


No próximo capítulo:

O grupo da Ilha das Rosas chega ao Haras para libertar os HMs presos na Granja.

2 Comentários

  1. Grande Israel !
    O clima investigativo,típico de contos de suspense,só aumenta , aumentando, por tabela, a tensão.

    O presídio de HM criado por Araki lembra um verdadeiro campo de concentração,de triste memória para a humanidade.

    E é nesse cenário que o passado de Felícia é revelado..

    Ainda estou cismado com Zaira.

    Vejamos qual é a dela...

    Parabéns!

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre. Muita coisa ainda será esclarecida nesse complexo. Abraço.

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