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Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 8 - De volta à ilha

 


No capítulo anterior:

Zaira fala sobre um túnel secreto que liga o continente à Ilha das Rosas e ela leva Angélica, Tarso, Roberta e Felícia até lá.



Capítulo #8 – De volta à ilha



Túnel para a Ilha das Rosas


A composição de vagonetes seguia caminho até a Ilha das Rosas em uma velocidade de um trem comum. Ao redor do túnel, que era revestido por vidro, dava para ver o fundo da Baía de Guanabara. A viagem durou cerca de 20 minutos.

O grupo desembarcou da composição e seguiu para uma escadaria. Eles subiram a escadaria e ao chegarem ao topo, Zaira empurrou o teto para cima, revelando mais um alçapão. Ao saírem do alçapão, eles chegaram a um lugar que era familiar a Tarso...

Tarso: “Ei, estamos na cabana onde ficamos naquela vez! Então, por isso que, quando Cris e eu encontramos a cabana, ela estava com a porta aberta.”

Zaira: “Sim, aqui é um dos acessos para os vagonetes.”

Tarso: “Ué, então, por que a gente não viu este alçapão, quando a gente esteve aqui?”

Zaira: “Ele é acionado por um botão por debaixo da escrivaninha.”

Tarso: “Ah, tá. Nenhum de nós teria percebido...”

Angélica: “Zaira, você disse que aqui é um dos acessos para os vagonetes. Então, existem outros?”

Zaira: “Sim, doutora. Na verdade, existe só mais um, que fica no complexo.”

Roberta: “E onde fica esse complexo, grandona? Tá perto ou tá longe?”

Zaira: “Nós estamos exatamente no centro da ilha, ou seja, não faz diferença se for perto ou longe.”

Tarso: “Eu tinha deixado o mapa da ilha na BataLancha, mas ela foi destruída (*).”

Zaira: “Não tem problema, Monteiro. Eu tenho o mapa.”

Então, ela apertou um botão que estava em uma pulseira no pulso esquerdo e de lá saiu um mapa holográfico da Ilha das Rosas.

Felícia ficou impressionada e disse:

“Uau, o mapa saiu do pulso dela! Incrível!”

Zaira: “Pois é, chama-se mapa holográfico. Bem, como disse, estamos no centro da ilha. A entrada do complexo fica ao sul. Para chegar lá, é só a gente seguir em frente, fazendo uma caminhada de aproximadamente dez a quinze minutos.”

Angélica: “Entendi. Não é muito longe, mas pelo que estou vendo aqui no mapa, tem uma mata logo à frente da cabana.”

Zaira: “A mata não será problema para nós. Eu sei dos caminhos e acho que a mulher-felina aqui também sabe. [Ela disse apontando para Felícia]”

Felícia: “Sei, sim, moça. Já passei muito por ali, só não sabia que por lá era a entrada do complexo.”

Zaira: “Sim, é por lá. Podemos ir agora?”

Angélica: “Hã, Zaira, antes de irmos, eu queria saber de algo importante: e a comunicação? Ela ainda está cortada ou aqui realmente não pega nenhum sinal de GPS, só rádio?”

Zaira: “Não sei dizer sobre GPS, doutora. Nós fazíamos a comunicação via rádio, mas ainda com alguma dificuldade.”

Angélica: “Entendi. Então, vamos.”

Os outros assentiram e saíram da cabana, em direção à mata.


No meio da mata


O grupo adentrou-se na mata e a caminhada seguia tranquilamente, até que eles ouviram um barulho de serra elétrica.

Tarso: “Ah, não! Eles não!”

Felícia: “Os bichos de ferro.”

De fato, dois Omegatrons surgiram na mata. Tarso e Roberta ativaram suas BataFardas.

Angélica: “Zaira, isso estava previsto?”

Zaira: “Não, não estava. Temos que passar por eles.”

Tarso: “Tem algum jeito de derrotá-los? Eles são praticamente indestrutíveis!”

Zaira: “Não sei dizer. Como eu disse, o jeito é passar por eles. Uma pena eu não ter minhas armas.”

Roberta: “A gente cuida deles, grandona, pelo menos tentar.”

Tarso: “Isso aí. Zaira, doutora e Felícia, vão na frente que Roberta e eu damos cobertura.”

Zaira: “Certo, Monteiro. É só seguirmos em frente. Vamos, doutora. Ei, o que a mulher-felina está fazendo?!”

Felícia parecia não escutar Tarso e virou a fera, indo para cima dos Omegatrons, dando-lhes arranhões.

Tarso: “Felícia, sua louca! Sai daí!”

Mas Felícia não o escutava. Então, os Omegatrons prepararam seus raios oculares e os dispararam na direção de Felícia. Tarso logo tomou a frente dela, sendo atingido e lançado para longe.

Felícia: “Tarso!”

Ela foi correndo na direção de onde ele caiu. Ele estava consciente, mas sem sua BataFarda.

Felícia: “Tarso, você está bem?”

Tarso: “Estou, sim. A blindagem da BataSilver evitou o pior. Mas onde você estava com a cabeça em enfrentar os Omegatrons, garota?!”

Felícia: “Me desculpe, Tarso... É que eu... viro a fera quando... vejo os bichos de ferro... Me desculpe mesmo!”

Tarso: “Sem problemas. Lembre-se da promessa que fez à Sabrina, de sair daqui com vida. Enfrentar os Omegatrons de peito aberto não vai ajudar.”

Felícia: “Entendi. Não vou fazer mais isso. Pela Sabrina.”

Ela estendeu a mão para Tarso se levantar e ele ficou de pé.

Felícia: “Tem certeza que está bem?”

Tarso: “Já disse que estou. Agora, vá junto com Zaira e a doutora.”

Felícia: “Certo!”

Então, ela se juntou às duas mulheres, que seguiram caminho, enquanto Tarso, reativando sua BataFarda, se juntou à Roberta.

Roberta: “Tudo bem, Tarso?”

Tarso: “Tudo bem. Vamos atrasá-los para que elas sigam caminho.”

Roberta: “Certo!”

Então, Tarso disparou seu BataRifle contra os Omegatrons, enquanto Roberta disparava sua BataBazooka. Contudo, nada surtia efeito contra os robôs. Os dois Batarangers desviaram dos raios oculares dos Omegatrons, que destruíam as árvores em volta.

Roberta: “Realmente, esses bichos são indestrutíveis! E agora?”

Tarso: “Bem, da outra vez, o Mateus fez um vórtice, criando uma nuvem de poeira, distraindo os robôs (**).”

Roberta: “Hum, eu também posso fazer isso. É a nossa única chance.”

Tarso: “Isso aí. Hora do vórtice!”

Então, a BataLaranja correu em volta dos Omegatrons, fazendo o vórtice e criando uma nuvem de poeira. Os robôs ficaram confusos e não enxergavam os Batarangers.

Tarso e Roberta desativaram as BataFardas e seguiram pelo mesmo caminho que as outras mulheres. Eles as encontraram em frente à uma caverna.

Angélica: “Vocês demoraram, mas ainda bem que vocês estão bem.”

Tarso: “Obrigado, doutora. Que lugar é este?”

Zaira: “É a entrada para o complexo. Nós temos que atravessar esta caverna, até chegarmos ao ascensor.”

Felícia: “Ascensor? O que é isso?”

Angélica: “É o sinônimo de elevador.”

Felícia: “Elevador? Aquilo que tem no prédio lá da Simone e Sabrina?”

Tarso: “Exatamente, Felícia.”

De repente, a mulher-felina olhou em volta e disse:

“Estranho... Este lugar me parece familiar... Acho que... já estive aqui antes, só que não me lembro.”

Tarso: “E é por isso que você está aqui, Felícia. Para tentar se lembrar de onde você veio.”

Felícia: “Entendi. Eu tento me lembrar, mas eu não consigo.”

Tarso: “Você vai se lembrar, Felícia. É só a gente descobrir mais sobre este complexo.”

Felícia: “Certo.”

Zaira: “Tudo pronto? Então, vamos entrar.”

O grupo entrou na caverna, que estava escura. Zaira apertou mais um botão de sua pulseira e revelou-se uma lanterna. O caminho da caverna era em descida e eles foram descendo até encontrarem um ascensor de carga.

Zaira: “Bem, chegamos ao ascensor. Alguém aqui tem medo de elevador?”

Os outros negaram com a cabeça.

Zaira: “Ótimo, porque é uma longa descida. Vamos entrando.”

O grupo entrou no ascensor e Zaira apertou um botão no painel. O ascensor começou a descer para o complexo de Araki...


CONTINUA...



(*) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 26 (“Pedro II – Parte 2”).

(**) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 16 (“Hora do vórtice”).



No próximo capítulo:

Os Batarangers e o comando da F.E.B. descobrem coisas estranhas que surgiram pela cidade.


2 Comentários

  1. Grande Israel !
    Nessa fase da Bataranger, o foco tem sido o suspense.

    Tá bem legal esse clima investigativo e incerto

    Não se sabe se Zaira está colaborando dw verdade , ou está a serviço de Araki.

    Se ela trair Tarso, Roberta, Angélica e Felícia, vou ficar muito p da vida com ela.

    Essa incerteza em relação à Zaira, tem sido o grande foco narrativo dessa fase.

    Você está conduzindo muito bem, deixando a dúvida na nossa cabeça.

    Não poderia de ressaltar o crescimento da mulher fera, Felícia


    Uma personagem que está crescendo muito na trama.

    Pra mim, ela já é uma Bataranger!

    Parabéns, meu amigo!

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre. Fico lisonjeado com os elogios. Abraço.

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