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Rise to the Skies - Página 09

 

Bom dia, boa tarde, boa noite, pessoal.

Fico contente de conseguir superar algumas das minhas travas e continuar a escrever.

Segue o capítulo que eu gostei muito de como ficou.

9. Desdobramento

Enfim, Arisa foi junto com Keisuke e alguns de seus comandados para a sala dele, isso no centro do prédio da administração da feira. As pessoas ainda não sabiam o que havia acontecido, por isso visitavam a feira normalmente. Mas alguns já sentiam a falta dos técnicos.

Saíram da rede de chalés, que ficava a nordeste da feira, e, seguindo para o centro dela, passaram por vários estandes que ainda funcionavam.

Passaram pelo estande de Diego, e como este conhecia o dono da feira, e vendo ele com Arisa, sabendo em parte do que estava acontecendo, ficou tranquilo pela menina estar bem e não ter sofrido nada. Ainda mais estando nas mãos de quem estava, que era um dos homens mais respeitados de toda Nova Star.

As pessoas causavam uma comoção quando viam aquele grupo passar, como se a menina que estava no centro do grupo tivesse feito alguma coisa, e não que aquele comboio fosse feito para protegê-la.

Aos poucos foram chegando ao ponto central da feira, e dali tomaram um desvio para o sul, onde ficava o prédio da administração, onde as pessoas trabalhavam para manter a feira funcional. Ali na frente estava Gregory, que ficou tranquilo por ver que sua pequena amiga estava bem.

Todos entraram no prédio e alguns dos comandados de Keisuke estavam aguardando à porta, deixando que o conjunto de 5 pessoas (contando com Keisuke e Arisa) passasse e fecharam a passagem para os demais, mesmo os que aguardassem em fila já estivessem ali há mais tempo.

O prédio era imponente e feito de linhas retas. Era bonito à sua maneira, mas era mais construído para ser funcional do que ser esteticamente bonito.

Os cinco andaram até uma escadaria no centro do saguão principal e dali seguiram para a esquerda, e ali pegaram um corredor relativamente longo. Ao longo do corredor em questão, passando por algumas portas, um dos comandados de Keisuke ficava para trás, para cuidar da porta pelo qual passaram. Quando passaram pela terceira porta, apenas Keisuke e Arisa alcançaram uma sala que possuía uma porta de ferro.

Arisa percebeu que aquele lugar possuía janelas e porta blindadas, e ali dentro era o mais confortável que um escritório de liderança poderia prover. Havia algumas estantes com alguns livros, um sofá aparentemente confortável, uma mesa de trabalho e duas cadeiras de escritório confortáveis, uma perto da parede e outra do lado oposto da mesa.

Keisuke sentou-se na cadeira próxima à parede, mostrando que ali era o lugar onde ele trabalhava e ficava a maioria do tempo gerindo a feira. Arisa, por educação, vendo onde Keisuke havia se sentado, sentou-se na cadeira do lado oposto da mesa, sentindo uma leve opressão vinda daquele lugar.

- Arisa, em primeiro lugar, obrigado por ter vindo comigo. É de suma importância que eu possa proteger você e que nós dois juntos possamos encontrar os sequestradores. – Disse Keisuke, calmo e centrado.

- Farei o que puder pra ajudar. Vocês já estão me protegendo, é o mínimo que eu posso fazer. Mas não vou mentir... Estou apavorada. – Arisa tremia, suas mãos, estendidas nos braços da cadeira não ficavam quietas. Suavam frias no centro da palma e estavam geladas nas pontas dos dedos.

Keisuke sabia que, por mais que ela fosse uma menina bastante corajosa, ela ainda era uma menina. E como tal, seus medos ainda sobrepujavam sua coragem. E isso não era ruim, apenas natural. E natural também era o desejo daquele homem de protegê-la.

A partir daquele momento, uma ideia foi se formando na cabeça de Arisa. Começou como uma lembrança do que tinha visto em Aerial, depois do que tinha visto em New Pier e, por fim, a elucidação.

A jovem Hisami contou seu plano a Keisuke e ele gostou tanto que já começou a colocar em prática. Chamou alguns especialistas em robótica da feira e, em caráter de sigilo, pediu a eles que construíssem um exemplar aos moldes da aparência de Arisa.

Porém, o líder da feira teve o cuidado de não contar àqueles cientistas o porque havia realizado aquele pedido a eles... Além de colocá-los sob vigilância pesada enquanto o projeto estava em andamento.

Arisa passou todos aqueles dias dentro da sala de Keisuke, e só saía de lá junto com ele. Ele a hospedou em seu trailer, que estava estacionado no subsolo do prédio da administração. Este era de tamanho médio, cabia quatro pessoas.

Este lugar também tinha vigilância pesada.

Com o passar dos dias, Arisa se sentia incomodada com toda aquela proteção extra, mas não reclamava, afinal de contas tudo aquilo estava sendo feito por ela e ela tinha a total ciência disso.

Depois de dez dias naquela situação, finalmente o robô com a aparência de Arisa foi terminado e o plano dela finalmente teria andamento.

O plano era simples, o robô teria um rastreador dentro de si, e assim que ele fosse sequestrado no lugar dela, poderia levá-los até onde estavam os outros técnicos.

O robô foi levado ao escritório de Keisuke com a maior descrição por via subterrânea, e o trabalho foi tão primoroso que só era possível discernir qual das duas era a original por causa da temperatura corporal. Mas até isso foi ajustado.

A robô faria uma apresentação e seria controlada à distância pela própria Arisa. A apresentação seria “material técnico para adolescentes”, e ela consertaria algo no palco para entreter os demais. E, claro, tudo seria vigiado, não só para manter a segurança das pessoas que visitavam a feira, mas também pelos funcionários que estariam trabalhando na hora.

Com tudo isso arrumado, era hora de colocar a isca. Arisa usava um capacete de projeção mental que levava sua mente para dentro da robô, para que ela pudesse fazer tudo o que fazia normalmente sem o atraso de um controle remoto – que poderia ser interrompido.

A própria Arisa estava dentro de uma câmara instalada no escritório de Keisuke, assim ela estaria protegida de quaisquer maneiras.

Começando a apresentação, Arisa, demonstrou como, com a ajuda da internet, ela pesquisada os materiais necessários para fazer o que ela pretendia, e na sequência, com paciência, como ela procedia com os consertos.

Os jovens olhavam para a apresentação de Arisa com vivido interesse. Afinal de contas, ser um técnico em Nova Star era imensamente valioso e altamente reconhecido.

Depois de Arisa ter demonstrado como fazia, ela pegou um tablet de alguém da plateia que não funcionava mais. Fez todos os diagnósticos possíveis, fez backup de todos os dados do dono do dispositivo e começou o processo de conserto. Todos se impressionavam com a agilidade da menina com todos os passos em andamento.

Mas o que mais impressionava Keisuke era que o que estava sendo visto eram as habilidades reais da menina, o robô em nada as amplificava. E estas eram impressionantes.

E outra coisa que também o preocupava era que a ação dos sequestradores estava demorando demais, o conteúdo programado para a apresentação de Arisa já estava acabando e não havia sequer sinal de ação. Por um lado era bom por ter gerado entretenimento para a feira, mas por outro deixava os agentes tensos com a falta de movimentação dos inimigos.

Quando a apresentação acabou, o apresentador chegou aí palco batendo palmas e finalizando a apresentação. Ele olhava de maneira estranha para “Arisa”, e pediu à menina que o acompanhasse.

E isso não passou despercebido de Keisuke.

- Equipe Bravo. Fiquem de olho no apresentador. Ele pode ser um infiltrado. Sigam-no sem que ele desconfie.

A equipe Bravo era a mais próxima do palco e estava a postos depois da ordem dada pelo gestor da feira, que tudo assistia através do monitoramento feito através da própria robô pilotada por Arisa.

O apresentador foi levando “Arisa” para as coxias do palco, e nos bastidores, ele puxou um lenço e, com um agarrão, colocou no rosto da menina. A robô analisou imediatamente o que era e fingiu a reação adequada para não estragar o disfarce, mas Arisa seguiu consciente do que estava acontecendo.

O pano estava embebido em clorofórmio.

Depois de “Arisa” “desmaiar”, outros funcionários das coxias surgiram. Um pegou a “menina” no colo enquanto o outro vigiou todo o processo. O time Bravo identificou a todos através das câmeras de vigilância ocultas no palco (instaladas especialmente para a ocasião) e passou toda a informação a Keisuke.

Arisa seguiu conectada à robô, acompanhando todo o processo de seu “rapto”. Ela era levada por túneis subterrâneos que, inicialmente, eram usados pelas equipes da feira para realizar o necessário sem atrapalhar a vida dos frequentadores. Depois de algumas voltas e de o raptor se esconder diversas vezes, entraram em uma parte do túnel aparentemente desconhecida para a equipe de segurança.

Era um túnel cavado na pedra, com resquícios claros de utilização recente e a velocidade do “rapto” aumentava a cada vez mais que seu “raptor” se embrenhava naquele túnel desconhecido. Silenciosamente a equipe Alfa já tinha se deslocado para onde a equipe Bravo estava anteriormente, e esta última seguiu pelos túneis, neutralizando os agentes apontados pelas câmeras.

Em poucos minutos, eles chegaram ao túnel que “Arisa” tinha sido levada, mas antes de chegar, eles perceberam que, além daquela rede ser desconhecida, era cheia de equipamentos de vídeo para visualizar se tinham sido seguidos. O equipamento de rastreamento de “Arisa” estava com eles, então eles poderiam se manter ali e entender por quanto tempo e por qual distância ela seria levada.

Aos poucos eles foram neutralizando os equipamentos das bordas, como se todos os equipamentos dos túneis tivessem sido neutralizados, mas era o máximo que tinham conseguido.

Enquanto isso, “Arisa” era levada de maneira rápida o suficiente para que aqueles que a rastreavam ficassem intrigados, porque a velocidade era muito acima de um ser humano normal, e no entanto, o raptor não era robótico. Eliminando algumas possibilidades em face disso, outras foram mantidas.

E nenhuma delas era boa.


4 Comentários

  1. Grande George !

    O clima de suspense aumentou consideravelmente aqui, me deixando intrigado .

    Apesar da estratégia de Keisuke e da verdadeira Arisa ter dado certo,sinto que tem algo que não bate.

    Alguma peça propositadamente tá faltando nesse quebra-cabeça ...

    Tá mandando muito bem amigo!

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    1. Valeu por ter lido. É meio que de propósito. Haha. Abraço

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  2. Oi, George! Que capítulo impressionante de Rise to the Skies! A forma como você cria uma atmosfera de suspense e desenvolve a trama envolvendo a proteção de Arisa está excelente. Sinto que a tensão aumenta a cada parágrafo, o que prende o leitor e o faz avançar para saber o desfecho da situação. Essa habilidade de manter a curiosidade do leitor é essencial, e você fez isso de forma primorosa!

    Pontos Fortes
    Cenário e Ambientação: Você descreve o ambiente da feira e o prédio da administração de maneira vívida, o que dá um toque de realidade ao cenário. Esse nível de detalhe ajuda a imaginar Nova Star como um lugar onde cada canto tem seu propósito, aumentando a imersão.

    Desenvolvimento de Personagem: Arisa aparece como uma personagem complexa, dividida entre a coragem e o medo, e Keisuke se mostra um líder protetor e estrategista. A relação deles adiciona profundidade emocional, e é ótimo ver como você explora o contraste entre a vulnerabilidade de Arisa e a seriedade de Keisuke.

    Estratégia e Tensão Crescente: A ideia de criar um robô idêntico a Arisa é um toque genial! Isso aumenta a intriga e prepara o leitor para uma série de acontecimentos imprevisíveis. A maneira como você conduz a missão, com todos os detalhes técnicos e o plano estratégico, cria uma atmosfera de constante perigo e urgência.

    Sugestões de Aprimoramento
    Ritmo da Narrativa: Em algumas partes, a descrição pode parecer um pouco extensa. Talvez você possa considerar intercalar os detalhes com diálogos ou pensamentos internos dos personagens para manter o ritmo dinâmico, especialmente durante cenas que exigem mais ação e menos explicação. Por exemplo, durante o deslocamento até o prédio ou enquanto Arisa está conectada à robô, alguns pensamentos rápidos dela poderiam enfatizar o nervosismo e a pressão da situação.

    Profundidade Emocional: Como Arisa é uma personagem jovem e corajosa, seria interessante ver um pouco mais dos dilemas internos dela, especialmente quando ela observa o robô que se parece com ela. Um pensamento rápido ou uma dúvida momentânea ("Será que esse robô poderia ser uma 'nova Arisa' para eles?") adicionaria mais camadas emocionais ao texto, ajudando o leitor a se conectar ainda mais com ela.

    Ação mais Visual e Sensorial: Durante a cena do "sequestro" do robô, você já criou um ótimo clima, mas poderia enriquecer com descrições de sons, sensações de tensão ou algo visual que Arisa perceba enquanto segue conectada ao robô. Pequenos detalhes como “os passos ecoando pelos corredores” ou “o zumbido baixo dos monitores ao redor” dariam uma dimensão sensorial a mais, deixando o leitor totalmente imerso na cena.

    Conclusão
    George, o desenvolvimento de Rise to the Skies mostra o quanto você tem talento para criar narrativas de mistério e ação com um toque de sci-fi! A história está ficando cativante e cheia de potencial, com personagens interessantes e uma trama envolvente. Continue explorando o lado psicológico dos personagens e a construção de um suspense bem dosado. Seu trabalho está incrível e evoluindo muito bem!

    Mal posso esperar para ver os próximos capítulos e descobrir o que vem pela frente. Mantenha essa paixão e siga em frente; você tem uma história fantástica nas mãos!

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    Respostas
    1. Obrigado pelo seu comentário, Artur. Vou levá-lo em consideração. E obrigado por continuar lendo.

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