No capítulo anterior:
O grupo de Zaira chega à Ilha das Rosas e lá encontra com os Omegatrons, mas o grupo consegue passar pelos robôs e chegar até o ascensor que dá acesso ao complexo.
Capítulo #9 – Um monte de respostas
Vamos ao continente para saber o que está acontecendo com os outros Batarangers.
BataBase – Divisão de Investigação
Enquanto o grupo de Zaira chegava à Ilha das Rosas, por volta das onze horas da manhã, o Comandante Lopes e os Batarangers estavam na Divisão de Investigação, chefiada pelo Inspetor Meirelles. O inspetor os chamou, alegando que tinha alguns indícios sobre o porquê de Turana e Hércules estarem em Copacabana na noite de Ano-Novo.
Comte. Lopes: “Bom dia, Meirelles. Você nos chamou e estamos aqui. Espero que tenha obtido resultados.”
Inspetor Meirelles: “Bom dia, Lopes. Bom dia, Batarangers. Bem, indo direto ao ponto, desde quando interroguei aqueles HMs que atacaram durante o Ano-Novo em Copacabana, ordenei à minha equipe para investigar possíveis anormalidades por lá.”
Comte. Lopes: “Isso já sabemos, Meirelles. E então?”
Inspetor Meirelles: “E então, Lopes, que eles encontraram... isto.”
Ele mostrou a eles várias fotografias de uma espécie de morro. Os presentes não compreenderam o que aquilo significava.
Cris: “Hã, inspetor... Que morros são esses?”
Inspetor Meirelles: “Então, Ribeiro, isto aqui parece ser um morro comum, mas na verdade, ele surgiu no meio da Praia de Copacabana, justamente a partir da noite de Ano-Novo!”
Cris: “Sério?! Então, essa era a missão daqueles dois... Porém, eles não devem ter feito esse monte sozinhos, apesar de Hércules ser muito forte.”
Inspetor Meirelles: “Bem, aí eu não sei dizer.”
Comte. Lopes: “Tenho uma dúvida, Meirelles. Você e sua equipe sabem de que esse morro é feito?”
Inspetor Meirelles: “Então, Lopes, minha equipe coletou uma amostra e a enviou para a DCT. A Dra. Gomes, antes de partir para a ilha, me comunicou o resultado e eu o achei muito estranho, até para mim, que já viu de tudo nesta vida.”
Comte. Lopes: “Diga logo o que era, Meirelles.”
Inspetor Meirelles: “Certo. A Dra. Gomes me disse que o material coletado tinha a mesma composição de um... cupinzeiro.”
Os outros: “Cupinzeiro?!”
Inspetor Meirelles: “Vocês tiveram a mesma reação que a minha. Segundo a doutora, o material continha sedimentos e saliva de cupins, o que compõe um cupinzeiro.”
Aline: “Meu Deus, isso está cada vez mais bizarro! O que Araki quer colocando um cupinzeiro na Praia de Copacabana?”
Inspetor Meirelles: “Aí é que tá, Hashimoto. Esse cupinzeiro não é do tamanho de um cupinzeiro normal, ele é gigantesco”
Aline: “Hein?!”
Inspetor Meirelles: “Exatamente. Eu tive que vê-lo com meus próprios olhos para acreditar e realmente é gigantesco, quero dizer, não é como o Morro do Corcovado, mas ele tem um tamanho considerável.”
Jéssica: “Será que Araki vai atacar a cidade com cupins gigantes? Esses bichos irritam no calor que meu Deus do Céu! Imagina só, enfrentar cupins gigantes!”
Inspetor Meirelles: “É uma possibilidade, Nascimento, mas que isto é bizarro, é.”
Comte. Lopes: “De fato, chega a ser bizarro. De qualquer forma, Meirelles, tenho que agradecê-lo pelo seu trabalho e de sua equipe. Agora, nós sabemos qual era a missão daqueles dois HMs.”
Inspetor Meirelles: “Não há de quê, Lopes. Ah, ainda tenho outra coisa para falar. É sobre a ‘morte’ de Araki.”
O comandante ergueu as sobrancelhas e perguntou:
“Como assim, Meirelles? Você descobriu algo?”
Inspetor Meirelles: “Eu não, mas ela descobriu.”
Ele apontou para a mulher que acabara de entrar na DI. Era uma mulher baixa e morena, de traços orientais, por volta de 30 anos. Ela estava vestida de paletó cor-de-rosa e saia da mesma cor.
Inspetor Meirelles: “Lopes e Batarangers, essa é a Detetive Amanda Lee, da Polícia Civil. Ela era a responsável por investigar a morte de Lahm e agora, a de Araki.”
O comandante cumprimentou a detetive e disse:
“Prazer em conhecê-la, Detetive Lee. Já ouvi falar na senhora.”
Detetive Lee: “Oh, comandante, o prazer é todo meu.”
Os Batarangers, um por um, cumprimentaram a detetive. Quando chegou na vez de Aline, Amanda Lee comentou:
“Olha, você também é oriental como eu. Qual é sua descendência?”
Aline: “Na verdade, tenho ascendência japonesa.”
Detetive Lee: “Hum, legal. Já eu, tenho descendência sul-coreana.”
O comandante pigarreou e disse:
“Bem, Detetive Lee, o Inspetor Meirelles disse que a senhora tinha descoberto algo sobre o ‘falecimento’ da Dra. Rosicler Araki.”
Detetive Lee: “Ah, sim, comandante. Bem, quando o corpo foi encontrado, há dois dias, fui designada a investigar e cheguei ao local do crime, onde o corpo estava pendurado por uma corda no teto. Ele foi retirado pelos legistas e levado ao Instituto Médico Legal. Até aí tudo bem, procedimento padrão. Contudo, ontem, o legista me informou algo, digamos, suspeito. Ele constatou, ao realizar a autópsia, que o cadáver encontrado tinha um mês de falecimento e que a causa-mortis nem era enforcamento!”
Os outros ficaram estupefatos, mesmo sabendo que Araki fingiu sua morte.
Cris: “Hein? O cadáver tinha um mês? Ele deve ter ficado todo esse tempo pendurado.”
Detetive Lee: “Meu caro, ainda não terminei. Então, quando recebi esta informação do legista, achei que ele tinha se enganado, porque no dia da ocorrência, eu interroguei a vizinhança e alguns moradores alegaram ter visto a Dra. Araki um dia antes. Se for verdade, não tinha como o corpo ficar pendurado por um mês, a não ser...”
Comte. Lopes: “... que o cadáver não seja de Araki. Detetive, nós já sabemos que ela fingiu a própria morte, mas sua informação é muito pertinente, porque não sabíamos como Araki simulou o suicídio. Agora, sabemos.”
Detetive Lee: “Pois é, eu descobri essa reviravolta ontem à noite. Rapidamente, comuniquei ao Inspetor Meirelles, antes de falar com a imprensa.”
Inspetor Meirelles: “Pois fez muito bem, Amanda. Com todo o respeito, mas aqui na F.E.B., sempre estamos à frente.”
Comte. Lopes: “Não diria com as mesma palavras do inspetor, mas eu concordo com ele. Detetive, agradeço demais pela informação.”
Detetive Lee: “Não há de quê, comandante. Gosto muito do trabalho de vocês, daqui da F.E.B.. [Ela olhou para o celular] Bem, o dever me chama. Foi um prazer falar com vocês.”
Inspetor Meirelles: “O prazer foi nosso, Amanda. Caso descubra algo, entre em contato.”
Detetive Lee: “Claro, inspetor. Bem, vou indo. Até outro dia!”
Os outros: “Até!”
A detetive se retirou da DI.
Cris: “Então, Araki usou um cadáver de um mês para simular seu suicídio... Não sei vocês, mas para mim, ela foi, sei lá, imprudente demais, porque era só um especialista ver que o cadáver não era dela e a farsa seria descoberta.”
Comte. Lopes: “Discordo, Ribeiro. Até descobrirem a farsa, a opinião pública já estaria toda contra nós e a favor dela. Além do mais, a maioria iria pensar que ela já estava morta há um mês.”
Cris: “Verdade, comandante. Também tem isso.”
De repente, ouviu-se um apito de alerta e ele veio do tablet do Comte. Lopes, que respondeu:
“Diga, Srta. Flores.”
Talita: “Comandante, há uma ocorrência na Praia de Copacabana e pelo o que está sendo relatado, é um ataque de HM.”
Comte. Lopes: “Obrigado pela informação, Srta. Flores. Câmbio, desligo.”
Ele guardou o tablet no bolso do paletó e disse aos Batarangers:
“Vocês ouviram, vão para lá imediatamente.”
Batarangers, prestando continência: “Sim, senhor!”
Eles se retiraram da DI.
Praia de Copacabana
Cerca de dez minutos, pilotando as BataCicletas e trajando as BataFardas, os Batarangers chegaram à Praia de Copacabana e de longe, avistaram o cupinzeiro gigante. Ele estava no Posto 5 da praia.
Cris: “Caramba, esse troço é gigante mesmo! Vamos lá, pessoal, vamos ver o que está havendo.”
Os outros assentiram e eles se aproximaram do cupinzeiro. Eles apearam das motos e sacaram as BataBazookas. Chegando mais perto, eles viram algo inimaginável...
Cris: “Meu Deus! O que é isso?!”
CONTINUA...
No próximo capítulo:
O grupo da Ilha das Rosas chega ao complexo de Araki e Felícia tenta lembrar-se de seu passado.
2 Comentários
Grande Israel!
ResponderExcluirUm capítulo voltado para a investigação policial com a equipe original,que ficou no continente.
A investigadora Amanda Lee, só mostrou o quanto Araki é bizarra e sórdida com estratégias pra lá de ousadas.
No final um ataque de HMs na praia de Copacabana e um cupinzeiro gigantesco para nossos heróis enfrentarem.
Vem momentos de tensão em duas frentes narrativas, no continente e na Ilha das Rosas.
Parabéns, meu amigo!
Obrigado pelo feedback de sempre. Abraço.
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