Os Batarangers se espalham pelo Rio de Janeiro para destruir os cupinzeiros, enquanto Capitão Torelli reassume o posto de comandante da Divisão Tática.
Capítulo #19 – Regicídio e resgate
No tocante à missão dos Batarangers em destruir os cupinzeiros, para não tornar a história repetitiva, vamos acompanhar apenas Jefferson e Jéssica se encaminhando para o cupinzeiro pelo qual eles estavam encarregados, na Praia de Copacabana.
Praia de Copacabana
Os irmãos Nascimento, trajados das BataFardas e pilotando as BataCicletas, chegaram ao cupinzeiro gigantesco implantado na Praia de Copacabana, depois de terem dificuldade em chegar ao local, por conta do trânsito congestionado, devido à invasão dos homens-cupins. Apeando das BataCicletas, eles ficaram diante do cupinzeiro e olhando para cima, viram os homens-cupins saindo voando pelo topo.
Jefferson virou-se para a irmã e disse:
“Mana, a única entrada e a única saída é o topo do cupinzeiro. Temos que escalar até lá.”
Jéssica: “Bem, a gente tem que fazer valer os vários anos de alpinismo no treinamento...”
Jefferson: “Então, vamos.”
Então, os gêmeos escalaram até o topo e esperaram passar uma revoada de homens-cupins para olhar para o interior do cupinzeiro. Jefferson iluminou sua mão e disse à irmã:
“É uma queda feia até lá embaixo. Temos que usar o rapel para descer.”
Jéssica: “Certo.”
Os dois apertaram um botão na fivela do cinto e de lá saiu uma corda com um gancho. Eles fincaram o gancho no topo e foram descendo cuidadosamente para dentro do cupinzeiro no meio da escuridão, para não atrair os homens-cupins com as luzes das lanternas e com a luz natural de Jefferson.
Eles chegaram até o solo e pela luz do luar, viram que o local estava cercado de galerias repletas de incubadoras em forma oval, como se fossem ovos gigantes.
Jéssica: “Uau, é bem maior por dentro!”
Jefferson: “É verdade. Vamos nos comunicar com a base.”
Jéssica: “Deixa comigo.”
Então, ela usou o comunicador do capacete e disse:
“Nascimento para a base. Estamos dentro do cupinzeiro de Copacabana.”
Quem respondeu foi Angélica:
“Ótimo, Jéssica. E então, já incineraram o local?”
Jefferson: “Ainda não, doutora. Vamos explorar melhor o local para ver se achamos a tal ‘mulher-cupim-rainha’ que a senhora falou e aí então, a gente coloca fogo.”
Angélica: “Ótimo. Tomem cuidado.”
Jéssica: “Vamos tomar. Hã, doutora, como estão os outros?”
Angélica: “Eles já chegaram aos respectivos locais, mas ainda não obtive retorno de resultados.”
Jefferson: “Tá certo, doutora. Nós avisaremos quando conseguirmos desmantelar o cupinzeiro.”
Angélica: “Certo. Estou no aguardo de resultados.”
Jefferson: “Certo. Câmbio e desligo.”
Então, os irmãos foram explorando o local, para encontrar a tal rainha do cupinzeiro. Eles caminharam por todo o local, mas não a encontraram.
Jéssica: “Bem, Jeff, não encontramos a rainha. Acho que a gente pode começar o incêndio.”
Jefferson: “Tenho uma ideia melhor, mana. Vou jogar uma bola de luz para atrair os homens-cupins e quem sabe a rainha.”
Então, ele fez uma bola de luz com a mão e lançou-a no chão. Com isso, os homens-cupins morderam a isca e uma horda deles foi até a luz. Jefferson gritou para a irmã:
“Agora, Jéssica!”
Os gêmeos sacaram os lança-chamas e atiraram contra os homens-cupins. As criaturas não resistiam ao calor das chamas, fazendo-os cair no chão feito fruta podre. Os ovos gigantes que circundavam o antro derreteram como cera de vela.
Jéssica: “Está funcionando, Jeff!”
Eles prosseguiram com a incineração, até que pararam, porque o calor dentro do cupinzeiro estava intenso.
Jefferson: “Vamos sair daqui, mana, antes que a gente também derreta.”
A irmã assentiu e eles começaram a escalar pela parede do cupinzeiro, segurando a corda do rapel, quando de repente, um vulto os atacou, fazendo-os cair da corda e ir ao chão.
Jéssica: “O que foi isso?!”
A resposta estava diante deles. Era uma criatura alada, mas o corpo de formato feminino e um pouco maior que os homens-cupins comuns.
Jefferson: “Eu presumo que esta seja a mulher-cupim-rainha.”
Jéssica: “Ela deve está irritada porque queimamos os filhotes dela e agora quer vingança contra nós!”
Jefferson: “É, mas os filhotes foram mal-educados com a gente e com a cidade. Por isso que eles mereceram uma lição. Vamos fazê-la se juntar a eles!”
A irmã assentiu e eles atiraram os lança-chamas contra a mãe dos homens-cupins, contudo, ela desviava das labaredas e os atacava com rasantes.
Jéssica: “Droga, ela não para quieta!”
Jefferson: “Temos que derrubá-la, mana. Alguma sugestão?”
Jéssica: “Tenho.”
Então, ela levantou o capacete até a altura do nariz e deu seu super-grito, fazendo com que a criatura fosse ao chão.
Jefferson: “Boa, Jéssica! Agora, hora do churrasco!”
Jéssica: “No ponto!”
Eles atiraram os lança-chamas na rainha. Ela soltou um grito angustiante de dor e então, ela virou cinzas.
Ambos: “Conseguimos!”
Então, eles rapidamente foram subindo pela corda do rapel até o topo. Por conta do calor do interior, o cupinzeiro foi-se desmoronando, até virar pó, misturando-se com a areia da praia.
Jefferson usou o comunicador do capacete para comunicar-se com a base e disse:
“Nascimento para a base. Um cupinzeiro a menos.”
Angélica respondeu no outro lado da linha:
“Ótimo, meninos! Os outros também conseguiram! Agora, voltem para a base, para a DCT, porque ainda não acabou.”
Jefferson: “Estamos indo, doutora. Câmbio, desligo.”
Os gêmeos subiram nas BataCicletas e retiraram-se da Praia de Copacabana, em direção da base.
BataBase – Divisão de Ciências & Tecnologia
Os Batarangers reuniram-se no DCT junto com o comandante e Angélica. O mandatário da F.E.B. falou aos comandados com um semblante entusiasmado:
“Excelente trabalho, Batarangers! Com a destruição dos cupinzeiros de Araki, conseguimos ao menos mitigar a infestação dos homens-cupins. Contudo, ainda restaram muitas dessas criaturas pela cidade, principalmente por aqui pelo Centro.”
Tarso interrompeu o comandante:
“Permissão para falar, senhor!”
Comte. Lopes: “Permissão concedida, Monteiro. Pode falar.”
Tarso: “Eh..., onde está o Capitão Torelli, senhor? Ele não voltou?”
Comte. Lopes: “Então, Monteiro, eu ia chegar neste ponto. Há alguns minutos, o Capitão Torelli nos mandou um S.O.S., porque a unidade dele não conseguiu dar conta de uma horda de homens-cupins.”
Aline: “Nossa, igual no dia daquela operação do Morro do Morcego (*)! Só espero que o capitão não se dê como morto e não fuja para o complexo de Araki dessa vez.”
Comte. Lopes: “Então, Hashimoto, para que isto não ocorra novamente, vocês devem ajudá-lo. Ele está na Av. Presidente Vargas, próximo à Central. Vão para lá imediatamente.”
Batarangers, prestando continência: “Certo!”
Eles retiraram-se da DCT e foram ao resgate do Capitão Torelli.
Avenida Presidente Vargas
Os Batarangers, pilotando as BataCicletas, chegaram ao local indicado pelo comandante e viram uma horda de homens-cupins. Eles dispararam os lasers das motos para abrir caminho. Para atrair a horda, Jefferson jogou uma bola de luz no chão e os homens-cupins foi atrás da bola. Enquanto isso, os outros dispararam os lança-chamas nas criaturas, além de Tarso e Roberta dispararem das garupas das motos de Cris e Aline, respectivamente. Os homens-cupins viraram cinzas.
Cris: “Conseguimos acabar com essa horda, mas cadê o Capitão Torelli? Não estou o vendo.”
Tarso: “Nem eu, primo. Só espero que não tenha ocorrido o pior...”
De repente, eles ouviram passos arrastados atrás deles e eles viraram-se. Era o Capitão Torelli, ferido e com o uniforme rasgado.
Batarangers: “Capitão!”
O capitão falou com eles com alguma dificuldade:
“Minha unidade... foi atacada... por uma horda... Só eu sobrevivi... Perdi todos meus homens...”
Ele cambaleou para frente e Cris e Tarso o seguraram.
Tarso: “Sei como se sente, capitão. Foi exatamente assim lá no Morro do Morcego.”
Capitão Torelli: “Eu sei, Monteiro. Mas... dessa vez... não os abandonei...”
Tarso: “Esqueça isto, capitão. Isso ficou no passado. O importante é que o senhor está vivo.”
Capitão Torelli: “Estou vivo, mas por sorte. O ataque deles era muito voraz! Eles mordiam e arranhavam. Infelizmente, minha unidade não resistiu.”
Cris: “Vamos levá-lo para a DCT, capitão. O senhor vai na moto de Jéssica. Vamos logo!”
O capitão estranhou a menção à DCT e perguntou, subindo na garupa de Jéssica:
“Para a DCT? Estou precisando ir ao Centro Médico!”
Cris respondeu de forma enigmática:
“O senhor vai entender quando chegarmos na DCT.”
BataBase – Divisão de Ciências & Tecnologia
Os Batarangers chegaram na DCT carregando o capitão ferido. Logo assim que viu Angélica, Cris perguntou:
“Doutora, onde está Sabrina? Precisamos dela agora!”
Angélica: “Ela está no quarto do pânico. Já volto.”
A cientista se retirou e em cerca de dez segundos, ela voltou com a menina. Enquanto isso, o capitão ainda estranhava o porquê dele estar na DCT, não no Centro Médico, além de Cris ter chamado aquela menina, a vizinha de Tarso Monteiro.
Angélica tirou as dúvidas do capitão:
“Capitão, Sabrina tem a habilidade da cura. Ela vai curar-lhe seus ferimentos.”
Capitão Torelli: “Hein? Uma HM de cura? Eu nunca ouvi falar disso!”
Angélica: “O senhor não perde por esperar. Sabrina, faça sua mágica!”
Sabrina: “Sim, doutora, hihihi...”
Então, a garota pôs suas mãos no peito do capitão e fechou os olhos. Alguns segundos depois, ela abriu os olhos e perguntou ao capitão:
“O senhor sente alguma dor?”
O capitão respondeu, eufórico:
“Não sinto mais nenhuma dor! Incrível! Eu...eu nunca tinha testemunhado esse tipo de habilidade. Você é abençoada, menina. Muito obrigado!”
Sabrina disse, sorrindo:
“Não há de quê, capitão. Estou sempre aqui para ajudar os Batarangers e os chefes deles”
O capitão abraçou Sabrina. Enquanto isso, o Comandante Lopes aproximou-se deles e disse:
“Torelli, é muito gratificante que você esteja vivo e totalmente curado de suas feridas, graças à esta menina [Ele pousou sua mão na cabeça de Sabrina]. Uma pena que tenha perdido sua unidade. Infelizmente, terei que comunicar o ocorrido às famílias das vítimas.”
Capitão Torelli largou Sabrina e disse ao comandante:
“É uma pena mesmo, Lopes. Infelizmente, eu falhei na minha volta ao comando da DT e por isso eu renuncio ao meu cargo.”
O comandante não mudou sua expressão e disse ao capitão:
“Não diga uma bobagem dessas, Torelli! A princípio de conversa, você não falhou, até porque era uma situação inédita para a DT e para toda a força. Segundo, se algo acontecesse com você, eu seria o culpado por tê-lo jogado na fogueira. Eu o fiz porque ainda confio em sua capacidade e por isso, está efetivado como comandante da Divisão Tática.”
O capitão ficou surpreso com a declaração do comandante.
Capitão Torelli: “Sério, Lopes? Depois de tudo que fiz contra a força?”
Comte. Lopes tranquilizou-o:
“A culpa não foi sua, mas de Rosicler Araki. Ela é a verdadeira traidora da F.E.B. Você foi mais uma vítima da influência dela, assim como Zaira.”
Capitão Torelli: “Muito obrigado, Lopes. Prometo não decepcioná-lo novamente.”
Comte. Lopes: “Você nunca decepciona, Torelli. Agora, vá para a sala da DT e diga para os soldados usarem lança-chamas. Dispensado!”
O capitão prestou continência, fez um sinal de despedida com a cabeça à Angélica e aos Batarangers e retirou-se da DCT.
Angélica comentou com o comandante:
“O senhor fez bem em aceitar o capitão de volta. Eu acho melhor que ele esteja do nosso lado do que de Araki.”
Comte. Lopes: “Concordo, doutora. Precisamos de toda a ajuda possível no momento.”
Virando-se para os Batarangers, ele disse:
“Batarangers, vocês realizaram um grande serviço ao resgatar o Capitão Torelli. Com o desmantelamento dos cupinzeiros gigantes e a mitigação da infestação dos homens-cupins, a DT irá completar o serviço com os lança-chamas.”
Cris: “Ótimo, comandante. Assim, mais um plano de Araki irá por água abaixo.”
Aline: “E falando nela, onde será que ela está?”
Comte. Lopes: “Não fazemos ideia, mas não iremos desistir de encontrá-la. Porém, nossa preocupação é com o restante dos homens-cupins. Batarangers, vão ajudar a DT imediatamente.”
Batarangers: “Certo!”
Eles prestaram continência e retiram-se da DCT.
No recorrer da noite, os Batarangers e a DT foram eliminando o restante dos homens-cupins pela cidade. Com o caminho livre, as irmãs Reis e Felícia saíram do quarto do pânico e foram para casa através de uma viatura da F.E.B.
Os Batarangers voltaram para a DCT e o comandante disse:
“Excelente trabalho, Batarangers! Foi difícil, mas conseguimos frustrar mais um plano de Araki. Ela achou que nós não daríamos conta de seus homens-cupins, mas ela estava enganada. Porém, algo me diz que ainda não acabou, porque Araki ainda está livre.”
Cris: “Também acho que não acabou, comandante. Nós vamos encontrar Araki custe o que custar!”
Comte. Lopes: “Eu acredito nisso, Ribeiro, mas acho melhor começarmos amanhã, porque vocês merecem um descanso. Dispensados!”
Os Batarangers prestaram continência e retiraram-se da DCT.
O comandante voltou-se para Angélica e disse:
“A senhora também merece um descanso, doutora. A experiência no complexo de Araki e a morte de Zaira deve ter sido muito difícil para a senhora.”
Angélica: “Nem me fale, comandante! Foram experiências realmente complicadas para mim, que sempre viveu em laboratórios.”
Comte. Lopes: “Entendo, mas todos nós temos uma história para contar, não é mesmo? Bem, está dispensada por hoje, doutora.”
Angélica: “Certo! Permissão para se retirar, senhor!”
Comte. Lopes: “Permissão concedida.”
Angélica prestou continência e retirou-se da DCT.
Centro do Rio - Apartamento de Angélica
Já eram dez horas da noite quando Angélica chegou ao seu apartamento. O espaço aéreo do Centro estava livre dos homens-cupins e ela voou tranquilamente. Tudo o que ela mais queria naquele momento era tomar banho e tentar dormir. Tentar, porque a cena de Zaira explodindo-se ainda estava gravada em sua mente.
Pensando na ex-soldado Ômega, a cientista tirou do bolso da calça a pulseira multifuncional da jovem. Zaira disse, antes de morrer, que aquela pulseira “acabaria com Araki de uma vez por todas”. Angélica ainda não tinha entendido o significado daquelas palavras e olhou atentamente para o objeto. Ele tinha vários botões e Angélica foi apertando-os. Ela ficou impressionada com tanta coisa que havia na pulseira, chegando a compará-la a um canivete suíço. Contudo, uma das coisas presentes na pulseira lhe chamou a atenção.
Angélica: “Parece... uma entrada USB. Mas o que significa?”
Rapidamente, ela abriu seu laptop e encaixou a pulseira na entrada USB. Ela via os arquivos na tela e ficava espantada. Extremamente agitada, ela pegou seu comunicador e disse:
“Cris, pode vir ao meu apartamento agora, por favor?”
CONTINUA...
(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 1 (“A primeira missão”).
No próximo capítulo:
Angélica descobre algo que pode prejudicar Rosicler Araki.
2 Comentários
Olá Israel!
ResponderExcluirMuito bom te ver produzindo!
A temporada 3 de Batarangerts chega naquela momento crucial, onde os heróis sabem que não podem falhar.
Ainda sim, creio que Araki está um passo a frente.
Esse arco com os Homens-Cupins, evidencia quer ela quis ganhar tempo para algo maior, ou a cartada final.
A descoberta de Angélica pode dar um final definitivo oas planos dessa vilã ardilosa.
Vejamos como esse quebra-cabeça se fecha.
Parabéns!
Obrigado pelo feedback de sempre. Demorou, mas aí está. Abraço.
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