Angélica constrói um poderoso canhão e Araki entra em contato com o Comandante Lopes.
Capítulo #22 – A metamorfose
BataBase – Telhado
Cinco minutos após a ligação, o comandante, Angélica e os sete Batarangers subiram até o telhado da base. Lá estava Rosicler Araki, vestida toda de preto diante do pôr-do-Sol do Rio de Janeiro. Contudo, algo chamou a atenção dos outros: Araki estava usando uma espécie de coleira ortopédica.
Assim que eles chegaram, a ex-chefe da DCT disse, forçando gentileza:
“Olá, meus caros. Estavam à minha procura? Pois aqui estou. Como diz o ditado: ‘Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha’.”
Nenhum deles falou algo, até que Angélica perguntou:
“O que houve com seu pescoço, Rosicler? Sofreu algum acidente?”
Araki apontou para a sua coleira e respondeu:
“Ah, isto? É um inibidor. Vocês vão descobrir o que ele inibe, assim que terminarmos nossa conversa.”
Cris: “O que quer conversar conosco, Araki? Espero que seja sobre a indenização que tem que pagar a mim.”
Araki: “Estou sabendo, Ribeiro, mas não é sobre a indenização. Na verdade, só quero conversar com vocês.”
Roberta: “Você já disse isso, nariguda. A gente só quer saber sobre o que quer conversar.”
Araki: “Ah, sim. Vamos lá, já enrolei muito. Então, vim aqui para despedir-me de velhos amigos e de minhas criações.”
Os outros estranharam a fala de Araki.
Comte. Lopes: “Despedir-se? Novamente? Está tramando outro suicídio fajuto para nos acusar?”
Araki: “Não, Lopes. Dessa vez é sério. Vim despedir-me de vocês, porque quero deixar tudo de minha outra vida para trás e começar uma nova vida.”
Comte. Lopes: “Como assim?”
Araki: “Bem, eu deixarei esta aparência humana para trás, como uma lagarta que vira borboleta.”
Ao ouvir a analogia, Angélica perguntou:
“Falando em lagarta e borboleta, por que você atacou a cidade com homens-cupins e outros HMs insetos?”
Araki: “Que bom que perguntou, Angélica, mas acho que está muito claro para você.”
Angélica: “Claro para mim?”
Araki: “Sim, afinal, é minha substituta e você deduziu bem sobre os homens-cupins lá no meu complexo.”
Angélica pensou um pouco e disse em seguida:
“Eu arriscaria dizer que talvez seja porque insetos e artrópodes em geral sejam a maioria dos animais do planeta.”
Araki disse com satisfação:
“Exatamente, Gomes! Você nunca decepciona.”
Cris: “É, mas seu plano falhou, Araki. Nós destruímos seus cupinzeiros e seus homens-cupins já eram!”
Araki: “Sim, falhou, mas não sou de chorar pelo leite derramado. Eu sempre tenho algo para compensar a falha e por isso estou aqui.”
Comte. Lopes: “E o que vai fazer, Araki? Você disse queria conversar conosco para se despedir, mas ainda não disse para quê.”
Araki: “Eu já disse, Lopes, vim para despedir-me de vocês e de minha forma humana. Eu fiquei este tempo fora de cena para aperfeiçoar minha metamorfose.”
Os outros: “Metamorfose?”
Araki: “Sim, metamorfose. Todo artrópode passa por metamorfoses e no caso dos HMs artrópodes não é diferente. Eu fiquei um mês dentro de um casulo feito por mim para aperfeiçoar esta metamorfose que resolvi proporcionar a mim mesma. Sabe, de tanto criar HMs, eu acabei me tornando uma...”
Tarso: “Como assim? Você... agora tem... poderes?”
Araki: “Mais do que isso, Monteiro. Agora, chegou o momento de explicar para que serve o inibidor que está em meu pescoço. Então, ele inibe minha metamorfose, ou seja, impede que eu fique na minha nova forma.”
Angélica: “Que nova forma é essa, Araki? Do que está falando?”
Araki: “Bem, acho que está na hora de demonstrar do que só falar. Vocês verão a minha nova forma, mas será por pouco tempo, porque vocês serão extintos em breve.”
Então, Araki apertou um botão da coleira que ela chamava de inibidor, que se soltou do pescoço da cientista. De repente, ela começou a ter convulsões e foi ao chão. Os outros começaram a ficar preocupados.
Jéssica: “Meu Deus! Ela está passando mal! Ela é nossa inimiga, mas ela precisa de ajuda. Temos que chamar a Dra. Carla.”
Contudo, o comandante disse:
“Não será necessário, Nascimento. Acho que isto faz parte de sua metamorfose.”
Araki ficou alguns instantes inconsciente, mas ela voltou a si e levantou-se. De repente, sua pele rasgou-se e surgiram quatro pares de patas de aranha no lugar das pernas, tornando-se uma espécie de opistossoma, que é a parte traseira das aranhas. Os braços transformaram-se em duas pinças, como as dos caranguejos e escorpiões. Finalmente, Araki completou sua bizarra metamorfose.
Os outros assistiam aquilo horrorizados, porém, os Batarangers imediatamente ativaram suas BataFardas, com as BataPistolas em punho.
Ao ver a metamorfose de Araki, Angélica comentou friamente:
“Esta não é a nova forma de Rosicler Araki, mas a sua verdadeira, a do monstro que ela é.”
CONTINUA...
No próximo capítulo:
Os Batarangers enfrentam Araki em sua forma monstruosa.
4 Comentários
Não poderia esperar nada diferente de um monstro como Rosicler Araki.
ResponderExcluirEssa metamorfose não surpreendeu...
O que surpreende é a inocência da equipe , a ponto de Jéssica cogitar socorrê-la quando ela se encontrava em processo de metamorfose.
A vitória da equipe dependerá de Angélica e seu canhão.
Parabéns,meu amigo !
Mandou bem !
Obrigado pelo feedback de sempre. Finalmente, chegamos à batalha final e com certeza, não será fácil. Abraço.
ExcluirEssa metamorfose foi algo totalmente inesperado!
ResponderExcluirAraki em sua forma de aracnídeo parece uma típica chefona de jogos de RPG - ela, inclusive, me lembra o vilão Gideon (do jogo Blood 2: The Chosen) em sua forma de aranha!
A intenção era essa, ser tipo boss final de jogo. Abraço.
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