Loading....

Spectrum-EX - Halo 19 - Spectrum-EX vs Vila da Morte

 

🌟 Olá amigos! 📚 Estou empolgado em compartilhar a segunda parte do confronto entre Spectrum-EX e os vilões da Vila da Morte! 🦸‍♂️ Agradeço todo o apoio e motivação que vocês me proporcionam para continuar escrevendo.

 

📖 Sinopse: Depois de meses desaparecido, Miguel é encontrado por seu mestre Leon. No entanto, uma discussão acalorada entre os dois é interrompida por uma horda de zumbis... 🧟‍♂️

 

O Autor - Jeremias Alves Pires 🖋️

 

 

⚔️Spectrum-EX vs Vila da Morte💀

📓Por Jeremias Alves PIres

 

Parte 2 — Confronto sem esperança

 

Acordo com uma dor terrível no queixo. Estou no banco de trás de um carro tão velho que desafia todas as leis da física.

 

— Espero que esteja doendo muito, moleque…

 

— Boa noite, mestre… — Saúdo respeitoso o campeão que me nocauteou, Leon, meu mestre, um homem que apesar de já apresentar uma certa idade é muito forte. 

 

— Nunca pensei que você fosse um covarde… Sua mãe está à base de remédios, seu pai quase não consegue mais trabalhar, mas ele até que está bem… Sua namorada, a Miriam parou a própria vida pra procurar você… Ela está morando com seus pais… Ela não trabalha mais… Passa o dia te procurando…

 

— Estão todos vivos… É só o que importa… — respondo contemplando a noite pela janela do carro.

 

— Vivos? Aquilo não é viver… Como você teve coragem?

 

— Não sei… Depois de  ver o Spectrum-EX na tv… Pensei em quanto tempo levaria pro inferno me achar? Em quanto tempo levaria pra encontrar alguém que amo em pedaços… Então comecei a andar e andar… E é só isso… Mas eu te digo uma coisa, vou morrer sozinho, mas vai ser lutando feito um cão raivoso…

 

Leon se cala por um instante. A pele branca hoje está avermelhada. Ele realmente está furioso comigo. O breve silêncio diz que ele entende, mas não aceita minha decisão.

 

— Sabe qual é o seu problema? Eu vou dizer qual é o seu problema… Você não é muito bom  nesse negócio de pensar… Viram você de armadura, não viram seu rosto… Bastava ficar um tempo na encolha… Eu tenho uma chacarazinha no interior… Eu teria te ajudado… Todo mundo teria te ajudado… O que você fez, não faz o menor sentido… Tem pessoas que te amam, moleque. Vou levar você direto pra casa dos seus pais… No caminho vamos pensar numa desculpa… Podemos dizer que você voltou a beber.

 

Imediatamente, usando o poder da Lágrima dos Anjos, conjuro uma pistola e aponto pra cabeça do meu mestre…

 

— Para o carro… Eu vou descer, depois você some… Esquece que me viu!

 

Meu mestre obedece…

 

— Eu só parei o carro pra poder olhar bem na sua cara — Leon me encara, olhando bem no fundo dos olhos — Abaixa a arma, ou atira logo… Anda!!! Atira!!!

 

Antes que possamos prosseguir com nosso embate, um maluco arrebenta o vidro do carro do meu lado e tenta me agarrar. Aperto o gatilho e um feixe de luz saido da minha arma joga o infeliz longe. Agindo de modo automático, Leon e eu saímos do carro para ver quem era meu atacante alucinado. Nos deparamos com um defunto com fumaça saindo do peito, no exato ponto onde eu o acertei.

 

— Que merda!!! Você o matou… — Leon berra.

 

— Impossível… Conjurei uma pistola de raios atordoantes, com quase zero de letalidade. Eu ia te derrubar e sumir no mundo — Explico a Leon.

 

— Espera… Parece que ele já estava morto quando você o acertou…

 

De repente, o defunto levanta e vai pra cima de Leon. Bem menos bonzinho que eu e muito rápido pra idade, Leon materializa sua armadura de ouro quase que instantaneamente, desfere um soco tão forte que a cabeça do maluco-morto estoura feito um balão de sangue. O velho é experiente demais, ele já sabia o que ia acontecer.

 

— Moleque.. Essa porra era um zumbi… Se prepara… Vamos ter um problema enorme…

 

Leon conjura um escudo e uma maça de guerra. Apesar de ser criticado por “não pensar muito”, na minha área, o melhor modo de sobreviver, é partir com tudo pra cima, sem perguntas, sem parar para ficar analisando nada. Me transformo em Spectrum-EX, conjuro minhas armas favoritas as Sword-Pistols, uma mistura de arma laser com sabre de luz.

 

Eles estão vindo. Ainda não os posso ver. Mas sinto o ar à minha volta ficar pesado. Uma parte minha está feliz  por entrar num combate junto a Leon, o ex-cavaleiro da tal “Ordem da Luz”, que me ensinou tudo o que eu sei. Juntamente com vultos de pessoas que andam de um modo anormal, com espasmos a cada passo, vem um conjunto de sons aterrorizantes. Gritos, grunhidos, gargalhadas, todos produzidos por vozes sobrenaturais. Mais um instante e olhos brilhantes amarelos se fazem notar.

 

— Venham… Venham logo!!! — Quase não consigo conter minha ansiedade.

 

— Foco… Foco… Controle suas emoções… Leve a luta a sério!!!— Leon me aconselha com uma voz quase serena tal seu nível de calma diante da situação.

 

Gostaria de fazer tudo do modo como fui treinado, com cada passo devidamente calculado, mostrando preparo, profissionalismo, como meu mestre está fazendo. A verdade é que devo ser louco de algum modo. A sensação de perigo me anima. Lutar me diverti. Me sinto no episódio de uma série ou dos filmes que amo. No caso, um clássico de zumbi.

 

— Qual é, galera? Não tenho a noite toda!!! — Provoco meus adversários.

 

— Segura a franga, garoto!!! — Meu mestre me adverte.

 

Mais um instante e começo a ver o que vou enfrentar. Diante de mim surge um bom punhado de pessoas mortas, com pedaços da carne faltando, claramente arrancando as dentadas. Finalmente o inferno me achou…

 

Começa a batalha… As criaturas que não deviam caminhar sobre esse mundo se lançam contra nós, como feras enraivecidas, famintas por nossa carne. Há uma gota maligna de razão em seus atos, noto isso ao ver que muitos deles têm nas suas mãos armas que vão desde facas a pedaços de madeira, garrafas, pedras, ou qualquer coisa que puderam achar.

 

Em absoluta sincronia, meu mestre e eu damos um passo à frente, criando uma distância segura para nos movimentarmos sem que um atinja o outro. Nosso estilo de luta lembra muito a Capoeira, ou qualquer outro estilo de combate que envolve acrobacias precisas, sendo ao mesmo tempo esquiva e ataque, independente de estar armado, ou de mãos vazias. As capas deveriam ser um problema lógico para esse estilo, mas muito pelo contrário, ela faz parte das nossas técnicas, possuindo muitas funções, desde proteger as frestas da armadura, como também servir de escudo e até mesmo arma cortante, se as mãos estiverem vazias. Até mesmo o peso das placas de nossas armaduras faz parte dos movimentos, servindo para aumentar a força e velocidade dos golpes por conta do impulso.

 

Os movimentos circulares desse estilo peculiar fazem o vento soprar como ciclones que levam consigo o sangue dos adversários atingidos, por isso todos os chamam de Ciclone-Vermelho. Uma arte bélica com séculos de desenvolvimento, perfeita para guerreiros de armadura e capa.

 

A batalha vai se arrastando pela noite. Não fossem nossas habilidades especiais, teríamos caído logo nos primeiros momentos, mas lá estávamos, resistindo bravamente, dilacerando os corpos de nossos inimigos, de modo que seus pedaços estavam por toda parte, caídos da estranha chuva que a técnica secular dos cavaleiros nos permitia fazer. Fosse pelo disparo de minhas pistolas, ou pela maça de guerra de meu mestre, os mortos-vivos eram violentamente abatidos.

 

— Poupe energia… A batalha vai ser longa!!!

 

Ouço o conselho de meu mestre, afinal aquela batalha infernal estava se estendendo demais. Não sei se minutos, se horas… Tão somente atacava, sem no entanto ver a maldita horda de zumbis diminuir, não importava quantas cabeças eu estava estourando com os raios de minha pistola mágica… Precisava de um armamento mais simples, que gastaria quase nada da minha energia. Um pensamento e as pistolas se tornam em sabres afiados, cujo brilho do luar pouco a pouco desaparece, ficando em seu lugar o rubro vivo do sangue daquelas abominações. O primeiro sentimento que ansiava pela glória de um combate intenso, começava a se esgotar conforme o cansaço anunciava um fim ainda pior que a própria morte. 

 

— Mestre, isso não vai ter fim… 

 

— Apenas lute…

 

Meu mestre tenta me encorajar, parecendo se esforçar ainda mais. Ele emite um grito de batalha, querendo trazer de dentro da alma, ainda mais força. Impressionantemente funciona. A arma de Leon começa a brilhar, carregada da imensa energia vinda do fundo de uma determinação inabalável, que ele emana em ondas devastadoras saídas dos golpes da maça de guerra.  Nossos inimigos são transformados em uma nuvem de cinzas.

 

— Arrasou velhinho…

 

— Moleque… Ainda não acabou…

 

Leon cai de joelhos por um instante, não desistindo mas tomando fôlego para continuar a lutar. 

 

— Não pode ser… — Lamento nossa sorte ao ver mais monstros se aproximando.

 

Mesmo sabendo que irá doer no orgulho do meu mestre. Uso o pouco de energia que ainda tenho para nos transformar em fantasmas para fugirmos dali.

 

— Seu idiota!!! Acha que isso vai resolver? Esses mortos-vivos foram feitos também de magia negra…

 

Em pleno horror, vejo que os zumbis que estamos encarando podem agir tanto no mundo dos vivos, como dos mortos… Não há como escapar…

 

Continua...

 

2 Comentários

  1. Quando não estamos bem, nosso maior inimigo somos nós mesmos...

    Esse é o atual estado de Miguel, o nosso Spectrum-EX.

    Mesmo com os tuqes, esporros e comandos do seu mestre Leon, Miguel, se mostra demasdiadamente afoito e desconcentrado.

    Isso pode lhe custar um preço.

    Mais uma vez você é soberbo em ralatar as angústias íntimas do protagonista.

    Vejamos como Miguel se saírá.

    O fechamento desse arco incrível está muito bem narrado!

    Excelente capítulo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado meu amigo. Gosto de mergulhar no íntimo dos meus personagens, aproveitando para falar de coisas que todos nós sentimos.

      Excluir