No capítulo anterior:
Rita encontra o Cristal Elementar da Água e liberta a consciência de Aquus, o protetor do cristal.
Capítulo #12 – Pesca e companhia
Reino do Quartzo Negro – Castelo Obsidiano
Na sala do trono do castelo, um homem de armadura preta, com um elmo cujo topo havia uma barbatana, estava ajoelhado diante do Imperador Obsidius.
O monarca do Reino do Quartzo Negro disse ao servo:
- Agatho, você foi resignado para obter o Cristal Elementar da Água na superfície. A garota da ametista está com ele. Graças à minha habilidade de sentir os cristais que estão na superfície, sei exatamente a localização dela. Ela está em um local cercado de água e aí onde você entra.
- É uma honra, majestade. – disse Agatho – Ela não terá a menor chance em ambiente aquático.
- Espero que a garota não tenha outra ajuda. – disse o imperador – Ainda me intriga como ela recebe ajuda dos Protetores dos Cristais, com eles presos aqui.
- Eu acabarei com ela tão rápido que ela nem terá como receber ajuda!
- Senti firmeza. Vá e só volte com o cristal.
- Sim, majestade.
O servo levantou-se e retirou-se da sala do trono.
Em qual local cercado de água onde Rita estava?
Praia de Muriqui, Mangaratiba-RJ
Como domingo era o dia de folga do restaurante Joias do Brasil, quando não chovia, o pai de Rita, Zé Camilo, ia pescar na Praia de Muriqui, localizada no município de Mangaratiba, litoral do Estado do Rio de Janeiro. Era uma tradição de família, porque o pai de Zé Camilo o levava para a pescaria. Zé Camilo seguia a tradição, levando Rita consigo algumas vezes.
Naquele dia, um domingo ensolarado de maio, Rita e o pai estavam em uma canoa alugada em alto-mar, aguardando algum peixe morder a isca. A garota demonstrava impaciência com a demora em pegar um peixe.
- Pai, quanto tempo a gente tem que esperar? – perguntou Rita – Estou morrendo de tédio!
- Pescaria é assim, Rita. – respondeu Zé Camilo –Tem que esperar mesmo e pode levar horas.
- Eu só aceitei vir, porque se ficasse em casa, eu ia só ficar dormindo o dia inteiro. Acho que vou dormir aqui mesmo, do jeito que isso é chato.
- Na sua idade, seu avô e eu pescávamos para sobreviver. Graças a Deus, hoje eu posso pescar por lazer mesmo.
- Isso lá é lazer?! Bem, gosto não se discute... – De repente, Rita perguntou: - E a mamãe? O que ela achava do senhor ir pescar?
Zé Camilo ficou um pouco desconsertado, mas respondeu:
- Ah, ela era assim como você, achava chato, mas depois que você nasceu, ela ficava em casa com você.
- Pai, o senhor ainda acha que ela vai voltar, digo, voltar para nós?
Zé Camilo pensou por um instante e respondeu:
- Sim, eu acho. Sei lá, algo dentro de mim acha que ela ainda vai voltar para nós, mesmo estando longe de nós por 15 anos.
- E se... ela não estiver no Brasil? – perguntou Rita – Ou então, tiver outra família, sei lá.
- Já conversamos sobre isso, Rita, e sempre digo que eu não me importo. – respondeu Zé Camilo – Tudo que mais desejo é a felicidade de sua mãe, esteja onde e como estiver.
- Eu também desejo e queria saber como ela está agora. Pelo menos, ela me deixou o pingente de ametista e me sinto protegida com ele.
- Com certeza... – De repente, Zé Camilo gritou: - Olha, acho que vi um!
Ele viu uma barbatana na água, imaginando ser um peixe. Ele jogou a linha de pesca na água, mas a isca não foi mordida.
- Joga de novo, pai! – pediu Rita.
Ele jogou a linha na água mais uma vez, mas nada adiantou. De repente, a canoa balançou e pai e filha caíram no mar.
Os dois foram nadando até a embarcação, mas Rita foi puxada para o fundo do mar. Zé Camilo voltou à canoa, mas viu que a filha não voltou com ele.
- Rita! Rita! – gritou Zé Camilo.
Ele continuou a gritar pelo nome da filha e foi remando à procura da garota. Enquanto isso, Rita conseguiu sussurrar “Liberte a Ametista” e a armadura roxa surgiu. Ela percebeu que respirava sem problemas, como se estivesse na superfície.
Ela tentou voltar à superfície, mas de repente foi impedida por conta de uma correnteza. Então, ela viu a causa da correnteza. Agatho.
- Você! – exclamou Rita – Foi você que me puxou para cá!
- Sim, garota da ametista. – confirmou o outro – Eu sou Agatho e vim obter o Cristal da Água de você.
- Pois perdeu seu tempo, porque ele não está comigo e não vou dizer onde ele está.
- Então, vou fazê-la falar onde está! – ameaçou Agatho.
- Pode vir, mas deixe meu pai fora disso! – desejou Rita.
- Não se preocupe, não farei nada com ele. Meu negócio é com você.
- Então, vamos resolver isso agora.
Ela desembainhou sua espada, mas ao mesmo tempo Agatho lançou sua correnteza, afastando a garota para longe. Ela foi parar em uma rocha.
- Droga, ele me jogou para longe! – lamentou Rita – Radya, Aquus, o que eu faço?
Quem respondeu foi Aquus, em tom lamentoso:
- Infelizmente, não conheço nenhum ataque. Só lhe concedi a habilidade de respirar em ambientes aquáticos.
- OK, isso ajuda, mas não o suficiente.
- Você terá que improvisar, Rita. – disse Radya – Iniciativa própria também é uma virtude de uma guerreira.
- Apesar de eu não ser guerreira, vou tentar.
Então, Rita tomou impulso na rocha e saiu nadando em disparada, como um torpedo. Ela nadou por alguns minutos, mas não encontrou Agatho. De repente, ela sentiu a correnteza dele, mas ela estava disposta ao contra-ataque.
Ela foi nadando contra a correnteza com a espada em punho. Ela concentrou todo o poder do Raio na lâmina da espada e a correnteza não mais a atingiu. Chegando até o servo de Obsidius, ela desferiu um golpe lateral e outro frontal. Agatho desapareceu, transformando-se em uma pequena pedra, assim como Jetta e Garneto.
- Você conseguiu, Rita! – celebrou Aquus – Você foi incrível!
- Você improvisou bem, Rita. – elogiou Radya – Dessa vez, você me surpreendeu.
- Ora, não foi nada. – disse Rita, modestamente – Eu só usei o poder do Raio e a eletricidade enfraqueceu Agatho.
Ela olhou a pedra preta na mão e perguntou:
- Radya, que pedra é essa que Agatho se transformou?
- É a ágata negra. – respondeu Radya – Assim como outras pedras, a ágata pode ser de várias cores, inclusive preto.
- Bem, mais um servo de Obsidius derrotado... – De repente, Rita exclamou: - Ai, meu Deus, meu pai! Ele deve está me procurando.
Enquanto isso, Zé Camilo estava na canoa remando à procura de Rita, chamando-a pelo nome. De repente, ele a viu nadando e imediatamente acenou para ela. A garota nadou até a canoa e subiu nela. O pai a abraçou.
- Graças a Deus você está a salvo, Rita de Cássia! Achei que ia te perder!
- Eu fui puxada para o fundo, pai, mas consegui voltar à superfície. – explicou Rita – Mais uma vez, o pingente de ametista me protegeu.
- Sempre o pingente... – disse Zé Camilo, que depois lamentou: – Bem, acho que perdi o peixe. Melhor perder o peixe do que a minha filha. Vamos voltar para a praia. Acho que foi uma péssima ideia te trazer para pescar, Rita.
- Que nada, pai. – retrucou Rita – Foi até... divertido, tirando a parte da gente quase se afogar.
Eles riram e Zé Camilo foi remando em direção da areia da praia.
Agatho
2 Comentários
Obsídius precisa rever seus conceitos.
ResponderExcluirA cada batalha , com a aquisição de novos cristais e, consequentemente, novos poderes,Ametista está fuçando cada vez mais forte .
Creio que essa foi a batalha que Ametista venceu com relativa folga .
Pata ens pelo excelente episódio !
Obrigado pelo feedback de sempre. Abraço.
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