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Esquadrão Eletrônico Virtuaranger - Prelúdio

 

Sinopse:

Um grupo de quatro jovens jogadores de e-sports conhecidos como “Virtuarangers” se vê envolvido em uma aventura épica dentro do mundo virtual chamado Simulacro, um universo vasto e cheio de mistérios.



Prelúdio



Eles abriram os olhos.

O que viram estava além da compreensão deles...

 Uma espécie de câmara gigantesca com diversas telas holográficas enormes no teto. No centro da câmara, havia um também enorme mapa holográfico acima de um console e diante dele estava um homenzinho idoso, de barba branca e o restante de cabelo da mesma cor.

O homenzinho virou-se para aquele grupo de quatro jovens que surgiram ali. Eram dois rapazes e duas garotas. Um dos rapazes era ruivo e alto e o outro era negro, um pouco mais baixo e usava óculos. Já as garotas, uma era loira alta de olhos azuis com cabelos encaracolados e a outra era morena, baixa e cabelo castanho curto.

O homenzinho falou com o grupo com sua voz rouca e com ar receptivo:

- Bem-vindos ao Simulacro. Eu sou o Cyber Master e vocês estão na Torre de Controle de Simulacro City, antes que perguntem.

Porém, o rapaz ruivo fez uma pergunta:

- Hã, Cyber Master... Por que... estamos aqui?

Cyber Master deu uma risadinha e respondeu:

- Uma boa questão, Rodrigo. Obviamente, vou respondê-la.

O rapaz ruivo espantou-se e interrompeu o homenzinho:

- Hein? Como sabe meu nome?

Cyber Master respondeu:

- Sei tudo sobre vocês, meus caros. Não é à toa que estão aqui.

A garota loira perguntou:

- Sim, mas por que estamos aqui, Cyber Master? A dúvida do Rodrigo é a de todos aqui.

- Acalme-se, Sofia. – respondeu Cyber Master à garota – Sei que vocês estão muito curiosos, mas tenham paciência. Vou pô-los a par da situação. – Virando-se para o rapaz negro e a garota morena, ele perguntou: - Certo, Cauê? Certo, Gabriela?

Os outros dois apenas concordaram com a cabeça, mas ainda cheios de dúvidas na mente.

- Bem, meus caros, - começou Cyber Master – a razão de vocês estarem aqui é porque o Simulacro está sob ameaça. Esta ameaça chama-se Lorde Crashware. Ele quer dominar o Simulacro e quer expandir este domínio para o mundo de vocês, o Concreto. Para aplacar a ameaça de Lorde Crashware, vocês foram enviados para cá.

- Mas por que nós? – perguntou Rodrigo

- Porque vocês demonstraram extrema destreza no que vocês do Concreto chama de jogos eletrônicos. Por isso que vocês foram escolhidos.

- Certo, mas o que podemos fazer contra esse Lorde-não-sei-das-quantas? – perguntou Sofia. – Nós só sabemos de jogos, não de lutar contra essas tais ameaças que o senhor falou.

- Uma excelente observação, minha cara. – disse Cyber Master. – Para enfrentar a ameaça de Lorde Crashware, vocês vão precisar disso.

Então, o homenzinho foi ao console, pegou uma caixa prateada plana e a abriu. Lá, haviam quatro espécies de braceletes em forma de controle de um videogame antigo.

- O que são essas coisas? – perguntou Cauê – E por que elas têm a forma de um controle de Nintendinho (*)?

- Esses são os Pad Changers. Eles ativam trajes especiais que vão fazer vocês serem capazes de lutar.

- Sério?! – perguntou a garota chamada Gabriela.

- Sim, Gabriela. Peguem os Pad Changers, por gentileza.

Mesmo desconfiados, os quatro pegaram os braceletes e os colocaram nos respectivos pulsos.

- Excelente! – exclamou Cyber Master – Para ativar os trajes, vocês precisam apertar o botão START.

- Certo! – responderam os quatro.

Então, eles apertaram o botão START dos Pad Changers e os corpos deles brilharam...

Quatro trajes coloridos surgiram. Vermelho, azul, amarelo e rosa. No peito, havia um símbolo de uma estrela de quatro pontas. O traje vermelho ficou com Rodrigo, enquanto o azul ficou com Cauê, o amarelo com Sofia e o rosa com Gabriela.

Os jovens tiraram os capacetes e olhavam maravilhados para os trajes.

- Uau, que incrível! – exclamou Rodrigo – Estou me sentido poderoso!

- Sim – disse Cyber Master – É a energia do Simulacro correndo em suas veias. Bem, preciso explicar como os trajes funcionam. Cada traje possui a Vida Útil, que fica em 100% quando o traje é ativado, mas que vai diminuindo conforme vão lutando. Quando a Vida Útil chegar a 0%, o traje é desativado.

- Entendi. – disse Cauê – É como se fosse a “vida” dos jogos.

- Exatamente, Cauê.

- Uma dúvida, Cyber Master. – disse Gabriela – Tem como recuperar essa Vida Útil durante a batalha?

- No momento, não, Gabriela. – respondeu Cyber Master – Há até um jeito, porém é inviável no momento.

- Entendi. É porque sou a healer (**) do esquadrão. – comentou Gabriela.

- Bem, continuando - disse Cyber Master, – cada traje possui uma pistola que atira raios lasers capazes de causar danos consideráveis nos inimigos.

- Está olhando para a pro-player com umas das melhores precisões de tiro do Brasil... – disse Sofia, gabando-se – Mas nunca atirei na vida real.

- O traje está programado para que atirem com a máxima precisão possível. – explicou Cyber Master.

- Ótimo! – exclamou Sofia, contente.

De repente, um alarme soou na câmara. Imediatamente, Cyber Master apertou um botão no console e o mapa holográfico expandiu-se ainda mais.

- Uma horda de Bugs está sobrevoando o ponto 2-4-2. Lorde Crashware começou a atacar. Essa é a chance de vocês estrearem os trajes.

- Bugs? – perguntou Rodrigo.

Cyber Master apertou outro botão no console e surgiu uma tela holográfica pequena e na tela, estava uma criatura humanoide de cor preta com um chifre na testa e uma espécie de carapaça nas costas, com detalhes em vermelho.

- Esse é um dos Bugs. São os soldados rasos de Lorde Crashware. Eles só atacam em hordas e saem de torres implantadas por Crashware, chamadas de casulos. Um desses casulos está nesse ponto. Vocês precisam simplesmente destruí-lo.

- E como vamos chegar lá? – perguntou Gabriela.

- Não se preocupem. – respondeu Cyber Master – Vou transferir vocês para lá.

Então, o homenzinho apertou um outro botão e os quatro jovens desapareceram.


Simulacro City – Ponto 2-4-2


Os quatro apareceram no ponto do mapa para onde Cyber Master os teleportou. Estava de noite e aquele local de Simulacro City era cercado de prédios com gigantescas telas de LED.

- Uau, esse lugar lembra a Times Square de Nova York. – comentou Cauê.

- Você já foi para lá, Cauê? – perguntou Gabriela.

- Que nada. – respondeu o rapaz, dando uma risadinha – Só vi nos filmes mesmo.

De repente, todos os telões exibiam uma única imagem: uma tela preta com um triângulo vermelho e no centro do triângulo, havia um símbolo de rachadura. Da tela, saiu uma voz robótica:

- Povo de Simulacro City, sou o Lorde Crashware. Vocês estão sob meu poder. Qualquer resistência será inútil. Bugs, ataquem!

Então, uma nuvem de Bugs sobrevoou o local, atirando raios oculares, causando explosões na rua. Os transeuntes corriam apavorados, passando pelo quatro sem lhes notar a presença.

- Ué, por que esse povo passa pela gente como se nós fôssemos invisíveis? – perguntou Rodrigo.

Cyber Master respondeu através do comunicador do capacete:

- Eles são os NPCs (***). Eles não entram em contato com ninguém que venha de fora do Simulacro.

- Entendi. – disse Rodrigo.

- Olhem, eles estão chegando! – gritou Gabriela, apontando para cima.

De fato, os Bugs estavam se aproximando dos jovens. As criaturas atiraram os raios oculares na direção dos jovens. Eles se desviaram dos raios, mas o impacto das explosões fez com que eles fossem ao chão.

- Droga, começamos mal! Estou com 90% de Vida Útil. – disse Rodrigo.

- Eu também! – responderam cada um dos outros.

- Bem, pessoal, não vamos ficar parados. O Cyber Master nos trouxe aqui para enfrentar essas coisas e não podemos decepcioná-lo. – disse Rodrigo – Somos o Esquadrão Virtuaranger ou não somos?

- Somos, sim! – responderam os outros.

- Beleza. Então, vamos lá!

Então, eles sacaram as pistolas que estavam no coldre do traje e atiraram contra os Bugs. As criaturas foram atingidas pelos raios laser das pistolas e caíram no chão. Em seguida, os Bugs caídos se contorceram e explodiram, um a um.

- Caramba, esse negócio é poderoso mesmo! – disse Sofia.

- E a precisão de tiro, Sofia? – perguntou Rodrigo.

- Suave. – respondeu a garota.

- Show! Vamos encontrar o casulo que o Cyber Master falou.

- Rodrigo, acho que a gente deveria seguir o caminho oposto dos Bugs, para saber de onde eles vêm. – disse Cauê.

- Boa ideia, Cauê! – concordou Rodrigo - Então, vamos fazer desse jeito.

Os outros assentiram e foram correndo pela rua principal daquele ponto de Simulacro City. Enquanto corriam, eles abriam caminho atirando nos Bugs.

Correndo cerca de dois quilômetros, eles chegaram ao objetivo. Então, eles ficaram diante de uma imensa torre negra com o símbolo do triângulo com rachadura, de onde os Bugs saíam por buracos na torre.

- O casulo... – disse Rodrigo – Cyber Master, achamos o casulo, mas não sabemos como destruí-lo.

- Um instante, vou analisá-lo. – respondeu Cyber Master.

O outro lado da linha ficou em silêncio por um instante, mas a voz de Cyber Master não demorou muito para ser ouvida.

- Fiz a análise e a forma de destruir o casulo é atirando no símbolo que está nele.

- Ótimo! – disse Rodrigo – Vamos atirar lá, pessoal!

Os quatro sacaram suas pistolas e atiraram no símbolo vermelho. Os tiros foram certeiros. De imediato, o casulo começou a desmoronar e os Bugs restantes foram caindo e se contorcendo, até explodirem.

- Conseguimos! – exclamaram os quatro.

De repente, surgiu uma luz azul próximo a eles. A voz de Cyber Master disse-lhes:

- Entrem na luz. É o portal que os levará de volta à Torre de Controle.

Os quatro obedeceram e desapareceram dentro do portal.


Torre de Controle de Simulacro City


Os quatro estavam novamente diante de Cyber Master, ainda com os trajes, mas sem os capacetes. O homenzinho parecia estar satisfeito com o desempenho dos jovens.

- Excelente trabalho, meus caros! Foi melhor do que imaginava. Posso garantir que vocês estão prontos para os próximos desafios.

As últimas palavras fizeram com que o quarteto ficasse espantado.

- Próximos desafios?! – perguntou Rodrigo – Ainda não acabou?

- Não, não acabou. – respondeu Cyber Master, gravemente – Isto foi apenas o começo. Como dissr antes, Lorde Crashware quer não só dominar o Simulacro, mas também o Concreto. Só vocês podem impedir.

- Mas nós temos nossas vidas pessoais no nosso mundo. – redarguiu Sofia.

- Não se preocupem. – disse o homenzinho, placidamente – O tempo que vocês passam aqui no Simulacro não interfere no Concreto.

- É como se o tempo do nosso mundo parasse? – perguntou Cauê.

- Exatamente.

- Então, a gente vai ficar aqui, esperando o próximo alerta? – perguntou Gabriela.

- Sim, mas vocês se acomodarão aqui na Torre de Controle. Vocês ficarão nos seus quartos e terão todo o conforto possível.

- Legal! – exclamaram os quatro.

- Vocês poderão para seus quartos agora. – disse Cyber Master - Porém, antes de vocês se retirarem, acho que seria de bom grado que a equipe tivesse um nome. O que acham?

- Seria ótimo. – respondeu Rodrigo – Aliás, nosso esquadrão já tem um nome.

- E qual é?

Os quatro se entreolharam e responderam em uníssono:

- ESQUADRÃO ELETRÔNICO VIRTUARANGER!



(*) Apelido do Nintendo Entertainment System (NES), console lançado em 1985;

(**) É o personagem de jogos responsável por recuperar os pontos de vida;

(***) Personagens não-jogáveis, em inglês;



VirtuaRed

VirtuaBlue

VirtuaYellow

VirtuaPink

8 Comentários

  1. Israel, que prelúdio, hein? Eles foram transferidos direto do mundo 'Concreto' para o Virtual, fazendo com que eles jogassem a aventura de lutar contra o Lorde Crashware. Eu entendi todas as referências, foi da hora demais!!!

    Só tenta trazer mais detalhes, descrever mais a cena, um pouco melhor do que os personagens sentem, é interessante saber isso.

    Um grande abraço!!

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  2. Um estreia bem interessante.
    Foi uma boa apresentação dos personagens, no mundo onde as lutas acontecerão e um vislumbre interessante do vilão.
    Os apontamentos feitos pelo Firefalcon são uma boa dica a ser considerada.
    parabéns.

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  3. Muito boa essa introdução;

    O mundo virtual é algo que permite várias possibilidades a serem exploradas.

    Você começou muito bem.

    Conforme o Jorge apontou, é importante você trabalhar as personalidades dos heróis, assim como fez brilhantemente em Batarangers.

    Meus parabéns!

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  4. Gostei da ideia apresentada no prelúdio! A narrativa flui bem e consegue nos inserir no universo de *Esquadrão Eletrônico Virtuaranger*. Aqui estão alguns comentários que talvez possam ajudar no desenvolvimento ou refinamento:

    ### Pontos positivos:
    1. **Ambientação clara**: A descrição da Torre de Controle e de Simulacro City é bem detalhada, facilitando a visualização do cenário. A comparação com a Times Square é eficaz e ajuda o leitor a se localizar.
    2. **Personagens introduzidos com dinamismo**: Os diálogos ajudam a distinguir as personalidades do grupo, e os nomes são fáceis de lembrar.
    3. **Ação direta**: A sequência com os Bugs é ágil e transmite bem o clima de uma primeira missão de um esquadrão recém-formado.
    4. **Contexto interessante**: A conexão entre o mundo virtual (*Simulacro*) e o mundo real (*Concreto*) é promissora, especialmente com a ameaça de *Lorde Crashware*.

    ### Sugestões de melhoria:
    1. **Desenvolvimento dos personagens**: Embora os protagonistas sejam apresentados, seria interessante explorar mais as personalidades e motivações deles. Por exemplo:
    - Por que Rodrigo é o líder natural?
    - Alguma insegurança ou conflito interno que possa surgir mais tarde?
    2. **Exposição um pouco longa**: A explicação do *Cyber Master* é importante, mas pode ser condensada para manter o ritmo. Talvez deixar algumas informações para serem descobertas pelos personagens ao longo da história.
    3. **Detalhes técnicos dos trajes**: A ideia da “Vida Útil” é interessante, mas poderia ser mais explorada. Por exemplo, o que acontece quando alguém atinge 0%? É apenas o traje que desativa ou há outros riscos?
    4. **Introdução mais impactante**: Começar diretamente com os jovens "abrindo os olhos" é envolvente, mas poderia haver um breve prólogo antes disso, mostrando o cotidiano deles no mundo real e como foram transportados para *Simulacro*. Isso ajudaria a criar contraste entre os dois mundos.
    5. **Inimigos mais ameaçadores**: Os *Bugs* funcionam bem como soldados rasos, mas talvez haja espaço para uma ameaça intermediária antes de enfrentar o *casulo*.

    ### Ideias adicionais:
    - **Explorar a relação entre o virtual e o real**: Será que o que acontece em *Simulacro* pode ter reflexos no *Concreto* além da ameaça de Crashware? Isso poderia gerar tensão adicional.
    - **Desafios individuais**: Seria interessante que cada personagem tivesse um momento para mostrar sua habilidade especial ou lidar com alguma dificuldade específica.
    - **Regras do Simulacro**: Algo como “vida real se funde ao jogo” pode criar situações emocionantes e perigosas.

    No geral, o prelúdio estabelece um universo promissor, com potencial para aventuras emocionantes e desenvolvimento de personagens. Continuarei acompanhando!

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    Respostas
    1. Obrigado pelo feedback. Como foi só o prelúdio, qualquer sugestão é bem-vinda. Bem, algo que foi unânime aqui foi falar que faltou desenvolvimento de personagens nesta introdução, mas isto será feito no decorrer da história. Um abraço.

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