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Sentinela da Liberdade - Capitão América #2

 


Olá Tokuleitores!

E aqui estpá o segundo capítulo do Capitão América em estilo Metal Hero.

Espero que gostem, pois foquei muito na ação.

Portanto, sem delongas...

Boa leitura!






    Os bombeiros chegaram em poucos minutos e com rapidez e eficiência, conseguiram isolar o incêndio, resultante da explosão ocorrida em um prédio de Manhattan.

 

        Estavam também no local, além dos vários agentes da SHIELD, o diretor-geral da agência mundial de segurança, o Coronel Nicholas “Nick” Fury, que andava de um lado para o outro, com os braços atrás do corpo, uma mão apertando a outra, numa tentativa frustrada de manter a calma.

 

        “Merda rapaz… Não acredito que tu fez essa cagada toda…”

 

        Repentinamente a fachada do prédio, cuja estrutura já estava abalada, veio abaixo, revelando algo que, em seu íntimo, o Coronel Fury dizia para si mesmo que não deveria ser uma surpresa.

 

        — Desgraçado… Não é que você fez de novo?

 

       

Marvel UT apresenta.

Sentinela da Liberdade.

Capitão América #02

Operação Renascimento.

 

 

Horas atrás, pouco depois de ajudar uma jovem em perigo, Steve Rogers se encontrava em um beco próximo de um belo prédio residencial, ao seu lado um imenso morador de rua devorava um hambúrguer triplo, que seu amigo havia trazido como parte do pagamento pelas informações que ele sempre lhe enviava.

 

— É aqui mesmo Dennis?

 

Dennis “Demolição” Dunphy fora um lutador famoso na categoria infinita do MMA moderno, após a propagação de melhoramentos genéticos, que explodiu anos atrás, graças a uma verdadeira corrida armamentista mundial para definir quem conseguiria o que se chamou de "seres de destruição em massa", até que tratados foram assinados por dezenas de países, proibindo e criminalizando tais práticas, mas o estrago estava feito.

 

Humanos capazes de feitos antes tidos como impossíveis, agora estavam espalhados pelo globo, tentando sobreviver e para isso, muitas vezes, aceitando fazer qualquer atividade, lícita ou não.

 

Steve Rogers encontrou Dennis à beira da morte por inanição nas ruas de uma cidade do interior dos EUA, após ser desligado do mundo do MMA, ao mostrar seu caráter, tendo se recusado a vender uma luta.

 

Sua vida foi destruída pelos mafiosos que bancavam a nova categoria do esporte, usado muitas vezes para recrutar capangas para suas fileiras, tirando do lutador tudo que lhe importava na época, o que terminou com ele morando nas ruas e passando fome, uma vez que seu metabolismo alterado exigia muito mais comida que uma pessoa comum.

 

Após uma semana em um lar especial para a recuperação de dependentes químicos e proteção de testemunhas especiais, envolvidas em grandes casos judiciais, o gigante agradeceu a seu salvador e prometeu que dedicaria sua vida a cuidar dos demais moradores de rua da cidade de Nova York, para onde ele havia se mudado e permaneceria de ouvidos atentos, após ouvir a história pessoal de Steve.

 

— Cara, tu vai precisar de alguma ajuda? Eu poderia…

 

— Relaxa Dennis, já tenho todo suporte que vou precisar, você já me ajudou demais, acredite.

 

— Bom, vou nessa então, tem um grupo que eu ajudo às terças e as crianças não podem ficar sem ver o Tio Dunphy.

 

— Vai na paz, se precisar de algo me avisa e… Dennis?

 

— O que?

 

— Muito obrigado.

 

Com um imenso sorriso por detrás da barba desgrenhada e suja, Dennis deu um abraço efusivo e caloroso em seu amigo e sumiu pelos becos próximos, deixando Steve a sós, encarando seu alvo.

 

— Todos em seus postos? — ele levou o dedo indicador direito até um comunicador auricular. — I-01 e I-03, a saída dos fundos está segura? Perfeito. I-02, o espaço aéreo está sob controle? Muito bem pessoal, hora de salvar algumas crianças.

 

Ele baixou a mão e logo pegou um celular, enquanto começava a caminhar, de forma despreocupada, na direção do prédio.

 

— Coronel Fury. Bom dia. Sim, eu sei que causei confusão, de novo, mas liguei para avisar que vou fazer outra. Localizei um possível refúgio da Hidra, onde estão mantendo crianças, provavelmente para usá-las em na nova Operação Renascimento. Não precisa se exaltar, minha equipe já está a postos e eu tô a uns segundos de bater, com jeitinho, na porta do lugar. Esperar? Enquanto crianças estão em perigo? Esquece Coronel, pode rastrear esse celular, foi baratinho mesmo.

 

Dito isso Steve deixou o celular ainda ligado cair no chão e continuou a seguir, calmamente, na direção da recém-descoberta base da Hidra, uma de várias que a organização mantinha em segredo, espalhadas por todo país.

 

— Ei, dá uma olhada nisso.

 

— O que foi? Tava indo tirar um cochilo…

 

Dentro da base, na sala de vigilância, dois agentes da Hidra observavam o jovem alto e musculoso que ia se aproximando.

 

— O que que tem isso? O cara só tá atravessando a rua…

 

— Gostoso demais ele né?

 

— O que?

 

— O cara aí da rua, olha como os músculos dele aparecem por debaixo dessa camisetinha colada… Delícia.

 

— Putz… Tu me atrapalhou pra isso? Se ferrar… Já falei que eu gosto é de mulher e… Cacete! O que ele tá fazendo?

 

Steve se mantinha concentrado, olhos fixos na porta à sua frente e, quando faltavam poucos passos para alcançá-la, ergueu o punho direito até quase a altura de seu rosto, deixando à mostra um tipo de relógio, cuja tela de cristal se converteu de números digitais para a imagem de uma estrela branca em um fundo azul.

 

— Sentinela da Liberdade! Capitão América! Avante!

 

Um flash de luz o cobriu totalmente, conforme finalmente ele chegava até a porta da base e, tendo ofuscado os vigias, conseguiu derrubá-la com um chute bem aplicado, enquanto milhares de nanorrobos iam terminando de formar uma armadura ao seu redor.

 

Dessa forma Steve Rogers dava lugar ao Capitão América, enquanto finalmente os terroristas da sala de vigilância pareciam despertar e conseguiam acionar os alarmes.

 

Tarde demais, mas eles não tinham como saber naquele momento.

 

No saguão do prédio o invasor ia avançando, esperando a informação de onde estavam as crianças, que seria fornecida por seus aliados, mas, no mesmo instante, algumas portas laterais se abriram, dando passagem para cerca de vinte agentes da Hidra, que não perderam tempo com ameaças vazias, partindo imediatamente para o ataque.

 

Como o capacete da armadura lhe cobria todo o rosto, foi impossível para os vilões verem o sorriso de satisfação do Capitão.

 

Socar agentes da Hidra era uma de suas maiores diversões.

 

— Vamos aproveitar a confusão e sair pelos fundos.

 

— Sim, afinal esses arquivos não podem cair nas mãos da SHIELD e…

 

A frase foi interrompida quando um dos cientistas da organização terrorista que, assim como seus colegas, trazia nas mãos uma maleta de metal, tentou abrir a porta que levaria para veículos de fuga e acabou desmaiando, após ter sua face socada por um punho certeiro.

 

— Eu ainda acho injusto o Sam ser o I-02.

 

— De novo com essa história Bucky?

 

— Qual é Sharon? Eu faço tanto quanto ele nessa equipe e…

 

“E que tal evitarmos nossos nomes reais no meio da missão?” a voz do outro companheiro deles ressoou nos comunicadores auriculares “O Capitão América já está em combate e meus amiguinhos estão escaneando a base. Como vocês estão?”

 

— Prestes a socar as caras de alguns desgraçados da Hidra… O que mais? Escudo da Liberdade! Patriota! Avante!

 

— Guardiã da Liberdade! Destruidora! Avante!

 

Ao redor de Sharon Carter e James Buchanan “Bucky” Barnes o mesmo flash de luz surgiu, ferindo os olhos dos cientistas, que não conseguiram se recuperar a tempo de ver os dois guerreiros de armadura que, em poucos instantes os derrubaram, recolhendo e entregando as maletas a uma série de pequenos drones voadores.

 

— Acho que assim o Fury deve ficar um pouco menos bravo e… Ah, a quem eu tô tentando enganar, ele já deve estar puto. Opa. Se não são ratos tentando fugir pelos ares?

 

No topo de um prédio próximo, um homem observava atentamente à base terrorista que estava sob ataque e, mostrando uma incrível capacidade multitarefa, enquanto controlava os drones para recolher informações e fazia uma busca pelas crianças sequestradas, ao ver um grupo de agentes da Hidra tentando chegar às aeronaves de fuga, não pensou duas vezes.

 

Saltou imediatamente do prédio onde estava.

 

— Asas da Liberdade! Falcão! Avante!

 

Em pleno ar uma armadura se formou ao redor de Sam Wilson, que abriu seus braços, o que serviu de comando para que asas retráteis se expandissem e impedissem sua queda, fazendo-o voar até o local onde estavam as naves da Hidra.

 

Novamente, antes que os terroristas sequer tivessem a chance de perceber o que estava acontecendo, o Falcão derrubou todos, voando entre eles, usando suas asas de várias formas, com ataques contundentes ou de corte.

 

Dois terroristas tentaram voltar para o prédio, mas ambos caíram sem sentidos no chão, após serem atingidos na nuca pelas botas do invasor, conforme ele finalmente pousava.

 

— Todas as rotas de fuga foram comprometidas! Acionem os Ossos Cruzados já e…

 

O último terrorista da cobertura do prédio não pode terminar a frase, depois de levar um tiro de energia na cabeça, dando passagem assim para que o Falcão entrasse em contato com seus aliados.

 

— O telhado está seguro. As naves de fuga estão sendo inutulizadas e, pelo que ouvi, algum grupo de agentes especiais vão entrar em ação. Segurem as pontas. Vou descer e continuar a procurar as crianças.

 

— Faça isso. Ainda não consegui avançar muito pelo saguão de entrada, mas, ao menos, estou atraindo uma boa quantidade desses desgraçados.

 

O Capitão América saltava no ar, segurando e batendo as cabeças de dois terroristas, enquanto acertava o queixo de um terceiro e respondia seu colega, dessa vez não precisando apertar algum botão para acionar o comunicador da armadura.

 

Assim que pousou, o soldado ficou à frente de três inimigos que tentaram juntos desferir socos contra o invasor, mas ele desviou dois dos punhos, fazendo com que um acertasse o outro, enquanto, com um chute lateral, ele derrubava o terceiro atacante.

 

Mal caíram no chão e mais dez terroristas da Hidra logo passaram pelas portas laterais, correndo em sua direção.

 

— Caramba! Eles são feitos em série? Isso não tem fim... — agora ele segurava um pé que tentava acertar-lhe a cabeça, afastando o inimigo ao girar o corpo dele em pleno ar e jogando-o contra outro grupo de terroristas. — Mas não importa! Continuem vindo que eu dou conta!

 

Como que atendendo às palavras do Capitão, mais uma dezena de inimigos surgiram, mas esses não tinham o típico traje esverdeado, aquele que era comumente usado pela maioria dos agentes da Hidra.

 

Todos trajavam uniformes basicamente pretos, com uma caveira estilizada em seus capacetes e seguiram com passos firmes até ficarem entre os terroristas e o invasor.

 

Ossos Cruzados! Despertem!

 

Diante dos espantados olhos do Capitão América, bem como de seus companheiros de equipe, que também haviam sido cercados pelos novos agentes da Hidra, os recém-chegados, tentando conter um grunhido de dor, começaram a crescer de tamanho, seus músculos assumindo formas quase impossíveis.

 

Poucos instantes foram necessários para que os Ossos Cruzados ficassem prontos para o combate, aguardando apenas uma ordem, que não demorou a ser dada por um dos terroristas.

 

— Matem os invasores.

 

Com um urro inumano, finalmente sendo libertados de suas gargantas, os Ossos Cruzados avançaram.

 

E foi justamente Bucky Barnes quem deu voz ao que seus companheiros pensavam.

 

— Agora fudeu!

 

 

Conclui a seguir.


Galeria de Imagens.

Capitão América.



Destruidora.



Patriota



Falcão.



Nick Fury.


Agente da Hydra.


Operativo Ossos Cruzados



4 Comentários

  1. Grande Norberto!

    Maravilhoso!

    Texto fluído, bem conduzido, envolvente , e o melhor: sucinto.

    Com poucas palavras, você disse muita coisa nesse capítulo.

    Muito bom ver essa nova roupagem não só do Capitão, como do Falcão, da Destruidora e do Patriota.

    O clima investigativo característico dos Metal Heroes funcionou muito bem nessa nova realidade Marvel.

    Você fez um encaixe muito consistente e crível.

    Agora, o gancho com os denominados Ossos Cruzados, esses brutamontes da Hydra, que vai ser o bicho.

    A pancadaria vai correr solta no último episódio.

    Ansioso para a conclusão.

    Mandou bem demais!


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    1. Muito obrigado pela leitura e comentário.
      Realmente deixei o capítulo um pouco menor, para evitar que caísse em uma "barriga" desnecessária.
      Vamos ver se conseguirei encerrar bem essa história.
      Valeu!

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  2. Capítulo #02...
    A história parece caminhar para algo muito maior, não a cena comum em tokusatsu de ‘o monstro da semana’ ou algo similar, quando os “Ossos Cruzados”, similares ao Dennis Dunphy, em tamanho e força física. Meu palpite é que talvez a tecnologia tenha sido aprimorada para conter uma transformação... Então por enquanto é só uma suposição.

    A história continua muito boa como sempre, parabéns pela escrita, só presta atenção em alguns errinhos bobos de português (olha eu vendo pêlo em ovo).

    Abraço.

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    1. Valeu mesmo pela leitura e comentário!
      Tentei manter as coisas num apecto menor, mas acredito que, ao final, deixarei futuros ganchos para uma retomada a esses personagens.
      Ah, esses "maledetos" erros... sempre passa alguma coisa. Assim que der farei uma nova revisão e tentarei corrigí-los.
      Valeu mesmo!

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