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Caçador Escarlate #03

 


Quando Se bate de frente com uma muralha de vampiros.

Olá Tokuleitores.

Chegando na edição 3 da minha versão do Metalder, é hora de encarar o Tsunami Vampiro.

É preciso dizer algo mais?

Portanto... Boa leitura.


Caçador Escarlate.

Episódio #03.

Contra a Maré.


Com certeza. É um Tsunami Vampiro.


Então é agora que fica divertido!


O casal Rika e Satoshi instintivamente procuraram um ao outro, se abraçando o mais forte que podiam, o medo de ambos crescia exponencialmente, sem entender o motivo de um dos seus salvadores achar alto tão aterrador “divertido”.


Uma reação comum em humanos que se deparavam pela primeira vez com o que parecia uma imensa massa amorfa, feita de pura escuridão, cujos movimentos fluídos lembravam os da água, emanando uma aura de pura maldade.


Em meio às trevas vivas, quem tivesse coragem para fixar o olhar, perceberia pares de olhos que brilhavam em vermelho e centenas de presas pontiagudas.


Como se não bastasse essa presença tão opressora, aumentando de forma contínua, o que começou como um riso infantil, logo se tornou uma gargalhada demoníaca.


Estou saindo Vermelho.


Sem esperar por uma resposta, Top Gunther se retirou do veículo, se posicionando no teto do mesmo, prendendo várias correias e correntes em sua cintura e pernas, desse modo não cairia quando a corrida se iniciasse.


O que não demorou a acontecer, conforme Metalder acelerava ao máximo, partindo direto para o Tsunami Vampiro, deixando seus passageiros ainda mais aterrorizados, gritando em desespero.


Não precisam se preocupar. — tom de voz calmo, até monótono, de algupem que já passou por aquilo centenas de vezes. — Não deixaremos nada acontecer com vocês.


E ele continuou avançando.


Faltando pouco mais de cem metros para que a Ambulância Negra atingisse o verdadeiro paredão sombrio à frente, o primeiro disparo da arma de Top Gunther se fez ouvir.


Cinco projéteis mergulharam no Tsunami e, após alguns instantes de um incômodo silêncio, onde só se podia ouvir os pneus da Ambulância queimando o asfalto, um grito coletivo de agonia se fez ouvir, enquanto explosões luminosas consumiam boa parte da massa de escuridão.


Mísseis e granadas de Luz Ultravioleta. Nossas Bombas-Sol.


Top Gunther disparou mais algumas vezes e, sentindo-se um Noé moderno, abriu uma passagem pelo mar de vampiros.


Piloto automático acionado.


Metalder se levantou do banco do passageiro e começou a se dirigir para as portas traseiras.


Ma-mas… Aonde você vai?


A Ambulância seguirá diretamente para a entrada, mas como não podemos arriscar que algum dos vampiros acabe se infiltrando, mesmo que eles precisem de autorização para isso, eu e Top Gunther vamos aproveitar e fazer uma limpeza. Vejo vocês mais tarde.


Dito isso, o homem-robô saltou do veículo, pousando com seu joelho esquerdo sobre a cabeça de um vampiro que, ainda atordoado, tentava em vão se levantar.


O que nunca mais aconteceria, uma vez que Metalder apenas aplicou um pouco mais de pressão com sua perna, resultando no estouro da cabeça do monstro, encharcando o chão com seu sangue escuro.


Já falei o quanto isso é nojento?


Top Gunther se aproximava lentamente de seu companheiro, trazendo um imenso lançador de granadas apoiado no ombro.


Praticamente todo dia.


Bem, repito mais uma vez. É nojento, por isso prefiro meus brinquedinhos.


No instante seguinte novos projéteis foram disparados, atingindo as últimas massas de escuridão, espalhando dezenas de vampiros desnorteados pela rua.


Sem dar sequer um segundo para que as criaturas conseguissem se recuperar, a dupla se separou, pretendendo assim realizar uma mais rápida e eficaz limpeza da área.


Top Gunther, após disparar mais algumas Bombas-Sol, que fizeram vários vampiros entrarem em combustão, abandonou sua arma grande e sacou duas pistolas, cujas balas haviam sido abençoadas e causavam um grande estrago nos vampiros atingidos.


O cheiro de carne putrefata queimando incomodaria qualquer pessoa comum, mas os dois combatentes tinham a vantagem de não serem mais humanos e, desligando seus sensores nasais, não sentirem odores.


Desse modo, conforme o robô atirador continuava a dizimar seus inimigos mantendo uma certa distância, Metalder preferia uma abordagem mais física.


Alguns dos vampiros, ainda atordoados por causa das Bombas-Sol, continuavam com partes de seus corpos mesclados em várias células de escuridão, tentando desesperadamente reassumir o controle, se separar e fugir.


Metalder alcançou um desses grupamentos e, ignorando os patéticos ataques que os cinco vampiros mesclados tentavam lhe infligir, segurou seus corpos e começou a puxar.


O som de algo se rasgando tomou o local, conforme os vampiros eram separados com violência e, uma vez que cada um estava caído, quase desfalecidos, o homem-robô terminava sua tarefa com um soco certeiro nas faces dos monstros, explodindo assim suas cabeças.


A dupla estava quase terminando a limpeza, observando ao longe enquanto a Ambulância Negra se aproximava cada vez mais da entrada do prédio, que um dia fora a sede da AlphaTech.


Foi então que o pior aconteceu.


Sem aviso algum o veículo foi atingido com força na lateral direita, capotando algumas vezes até ficar caído de lado, no interior o casal havia perdido os sentidos, o que seria uma benção para ambos.


A lataria amassou conforme algo muito pesado e grande pousava sobre o que restara da Ambulância.


Diante de Metalder e Top Gunther se apresentava um imenso monstro em forma de morcego que, após alguns momentos de silêncio, soltou um urro que estilhaçou as poucas janelas que estavam inteiras em alguns prédios próximos.


Não era esse tipo de diversão que eu queria Vermelho. Justo agorta, um Encouraçado Vampírico.


Acho que não teremos escolha.


E então uma nova batalha se iniciou.


4 Comentários

  1. Não bastasse um tsunami de vampiros que, embora numerosos, não foram páreos para a dupla Metalder e Top Gunther, temos no final, o aparecimento do Encoraçado Vampírico.

    Esse vai ser osso de roer.
    Como disse Metalder: não era diversão que ele queria.

    Mas, voltando à narrativa, essa verésão do Metalder se mostra mais resoluta e determinada em eliminar os adversários que o Metalder clássico que, embora fosse um homem máquina, hesitava um pouco.

    O nosso Metalder aqui, é mais sanguinário. Destrói sem piedade!

    Uma notável evolução!

    Excelente capítulo!

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    1. Muito obrigado pela leitura e comentário.
      Essa volta para o abrigo não podia ser fácil demais.
      E, na situação em que o Japão está, não tem como partir para o diálogo afinal de contas, cada vampiro morto é, talvez, um humano salvo.
      valeu mesmo

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    2. De fato, as circunstâncias exigem, um Metalder mais visceral.

      Ou destrói ou é destruído.
      Não há meio termo, num mundo invadido por monstros de todas as espécies e zumbis.

      Você tem mostrado isso de uma forma muito realista e crível.

      Estou ansioso para ler a batalha de Metalder e Top Gunther contra o Encouraçado Vampirico!

      Vamos que vamos!

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  2. Exatamente. Se o cenário fosse mais "normal" e não apocalíptico, eu tantaria um Metalder mais humanizado, caso estivesse enfrentando seres humanos, mas como os inimigos já estão mortos e prontos para matar os não transformados...

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