Esquadrão Eletrônico Virtuaranger - Capítulo 2 - O tesouro

 

MENU PRINCIPAL > MODO HISTÓRIA > CAPÍTULO 2

Capítulo #2 – O tesouro

Simulacro City – Torre de Controle

Após a conversa com o CyberMaster, os quatro Virtuarangers foram para cada um dos quartos com seus respectivos nomes e cores marcados nas portas. O quarto era pequeno, com apenas uma cama de solteiro, um banheiro e uma escrivaninha. Em cima da cama, estava um paletó e uma calça pretos e uma camisa da cor de cada Virtuaranger. Cada um deles estranhou a presença daquela indumentária ali em cima da cama.

- Pessoal, na cama de vocês tem uma roupa? – perguntou Rodrigo, falando pelo comunicador do Pad Changer.

- Sim! – responderam os outros.

- Deve ser o uniforme daqui. Acho melhor vestirmos.

E então, cada um vestiu a roupa.

- Uau, fiquei até mais elegante! – comentou Sofia, olhando pelo espelho do banheiro.

- Eu também gostei. – disse Cauê.

- Eu também. – disse Gabi.

De repente, um barulho ensurdecedor de alarme ouviu-se nos quartos, causando um sobressalto nos quatro Virtuarangers.

- O que foi isso?! – perguntou Rodrigo.

A resposta veio rápida. Pelo alto-falante, voz rouca do CyberMaster ouviu-se por todos os respectivos quartos:

- Virtuarangers, dirijam-se à Sala de Controle imediatamente!

Os quatro saíram de seus quartos e foram andando pelos corredores da Torre de Controle. Cinco minutos depois, finalmente eles chegaram à Sala de Controle, a ampla câmara onde eles conheceram CyberMaster. O homenzinho estava diante de um console, como da outra vez.

- Vocês demoraram. – comentou CyberMaster com leve rispidez.

- Desculpe, CyberMaster. – disse Rodrigo – É que a gente acabou se perdendo, porque são muitos corredores!

- Tudo bem, vocês vão se acostumar. – relevou o homenzinho - Bem, eu os chamei aqui, porque foi detectado um casulo de Bugs no ponto 1-3-9. Neste ponto, há uma floresta e reza a lenda que há uma espécie de tesouro guardado em uma gruta da floresta.

- Tesouro? Será que são moedas de ouro e joias? – perguntou Gabi.

- Não se sabe o conteúdo, Gabriela, mas se há um casulo por lá, é porque deve ser algo muito importante para Lorde Crashware. Portanto, é imprescindível vocês irem até lá.

- E nós vamos! – disse Rodrigo – Vai nos mandar até lá por aquele teleporte, CyberMaster?

- Claro. – respondeu o homenzinho – A propósito, vocês ficaram bem nos uniformes.

- Obrigada. – agradeceu Sofia.

- Bem, vou enviá-los até o ponto. Boa sorte, Virtuarangers!

Os jovens assentiram e CyberMaster apertou um botão do console, fazendo com que os Virtuarangers desaparecessem dali.

Simulacro City – Ponto 1-3-9

Os Virtuarangers se materializaram em uma floresta um tanto densa, com árvores de porte médio e capim alto. Eles foram andando pela floresta adentro.

- Está tudo muito calmo... – comentou Rodrigo.

Então, eles avistaram o casulo e ele realmente estava próximo à uma gruta.

- É a gruta onde está o tesouro. – disse Gabi – Vamos lá.

- Ainda não, Gabi. – repreendeu Rodrigo – Vamos destruir o casulo primeiro. Lembrem-se da outra vez, temos que atirar no símbolo do Lorde Crashware.

Os outros assentiram. Eles se aproximaram do casulo, contudo, algo os atingiu e eles foram ao chão.

- Ah, o que foi isso?! – perguntou Rodrigo – O que nos atingiu?

A resposta foi um vulto alto que se aproximava dos Virtuarangers e dava gargalhada. Eles ouviram uma voz robótica, uma voz familiar...

- Hahaha! Nós não gostamos que interrompam nosso trabalho!

- Quem... é você? – perguntou Rodrigo.

- Sou aquele que comandará o Simulacro e depois, o Concreto: Lorde Crashware!

Os Virtuarangers ficaram espantados. Estavam diante do grande inimigo que queria dominar aquele mundo e o mundo real. Então, eles puderam ver o seu inimigo de forma mais clara. Ele era extremamente alto e trajava um longo casaco vermelho escuro com detalhes dourados, incluindo botões ornamentados e bordados intricados ao longo das bordas. O casaco era adornado com várias medalhas e condecorações penduradas no peito, sugerindo um alto posto ou status militar. Havia também uma fita preta cruzando o peito, com um distintivo triangular dourado ao centro, com o símbolo de rachadura. Em sua cabeça, estava um chapéu preto com uma pena vermelho e seu rosto estava coberto por uma máscara preta brilhante e geométrica. Além disso, ele estava brandindo uma espada de mosqueteiro e tinha uma pistola de modelo antigo no coldre.

- Então, foram vocês que destruíram aquele casulo... – disse Lorde Crashware – CyberMaster não estava brincando quando disse que iria se defender de mim... Só não entendo porque ele resolveu convocar adolescentes para me enfrentar. Ou é muita imprudência ou muita estupidez.

- Não fale assim da gente e do CyberMaster! – exclamou Sofia.

- Minha cara, eu posso falar o que quiser, afinal, serei o comandante do Simulacro e do Concreto. Não serão crianças como vocês que me impedirão.

- O que tem na gruta? – perguntou Cauê – Qual é o tesouro que tem lá?

- Ah, são as armas mais poderosas do Simulacro. Com elas em minhas mãos, serei imbatível!

- Não se a gente evitar! – exclamou Rodrigo.

- Tarde demais, meus caros. As armas estão em minha posse. Bugs!

Então, alguns Bugs saíram da gruta carregando uma espécie de baú grande e eles largaram o objeto próximo de Lorde Crashware. O vilão o abriu e tirou de dentro o conteúdo. Um espada, um escudo, um arco com flechas e um cetro.

- Hahaha! Agora, as armas são minhas e nada vai me impedir!

- Nós vamos! – exclamou Rodrigo – Vamos lá!

Então, eles pressionaram o botão START do Pad Changer e bradaram:

- START! VIRTUARANGER!

Seus corpos brilharam, surgindo assim os trajes. Cada um deles se apresentou com a sua respectiva cor:

Rodrigo: - VIRTUARED!

Cauê: - VIRTUABLUE!

Sofia: - VIRTUAYELLOW!

Gabi: - VIRTUAPINK!

Todos eles: - ESQUADRÃO ELETRÔNICO VIRTUARANGER!

Então, os Virtuarangers atiraram suas pistolas contra Lorde Crashware, mas ele usou o escudo para proteger dos tiros. O contra-ataque dele foi um raio que saiu da espada de mosqueteiro que atingiu novamente os Virtuarangers. Em seguida, o vilão atirou neles com sua pistola, fazendo-os irem ao chão.

- Nossa Vida Útil está 50%! – informou Gabi – Mais um ataque dele e nossos trajes vão para o espaço!

- Alguma ideia, Rodrigo? – perguntou Sofia – A gente podia pegar as armas dele, mas como disse a Gabi, mais um ataque e já era.

- Vamos usar aquela estratégia que sempre usamos no Fantasy Legends. – disse Rodrigo – Sofia e Gabi flanqueiam, agarram os braços dele, enquanto Cauê e eu pegamos as armas.

- É, mas isso aqui não é videogame, Rodrigo! É muito arriscado! Um descuido e já era. – advertiu Cauê.

- Eu sei, mas vocês têm alguma outra opção?

Os outros não responderam.

- Então, vamos lá. Temos 50% de chance de perder, mas 50% de ganhar.

- Certo! – responderam os outros.

Então, eles levantaram-se e foram para cima de Lorde Crashware.

- Hum, querem mais? – perguntou o vilão, de forma zombeteira – Não se preocupem, vocês terão mais!

Porém, antes dele desferir o próximo ataque, ele sentiu que braços agarravam seus próprios braços.

- Rodrigo, Cauê, agora! – gritou Sofia.

Enquanto Crashware se debatia para se desvencilhar das garotas, ele deixou cair as armas adquiridas na gruta. Os rapazes as pegaram.

O vilão conseguiu se desvencilhar das garotas, mas ele viu que os Virtuarangers estavam com as armas. Rodrigo com a espada, Cauê com o escudo, Sofia com o arco e flecha e Gabi com o cetro.

- Ei! Devolvam-me as armas!

- Não! – rebateram os Virtuarangers.

- Então, vou tirá-las de vocês!

Crashware brandiu sua espada e soltou o raio dela, mas Cauê rebateu o ataque com o escudo.

- Muito bom! – exclamou o rapaz.

- Beleza. Garotas, vocês sabem o que fazer. – disse Rodrigo.

As garotas assentiram e elas flanquearam o vilão mais uma vez. Sofia atirava suas flechas, enquanto Gabi atirava bolas de energia. Rodrigo finalizou com um golpe da espada e Crashware foi ao chão.

- Legal, estou atirando flechas de verdade! – exclamou Sofia.

.- E eu, soltando bolas de energia de verdade. – disse Gabi – Aliás, será que...

A garota apontou o cetro na direção dos companheiros e dele saiu um raio cor-de-rosa. Em seguida, apontou o objeto para ela mesma. Por conta deste movimento, a Vida Útil dos trajes voltou aos 100%.

- Funcionou! – exclamou Gabi – O cetro também cura!

- Excelente! – disse Rodrigo – Uma vez healer, sempre healer.

Lorde Crashware levantou-se e disse aos Virtuarangers, de forma ameaçadora:

- Vocês deram sorte dessa vez, garotos, mas da próxima, não terão essa sorte! Deixarei vocês em boa companhia!

Então, o vilão desmaterializou-se diante deles. No mesmo instante, surgiu uma horda de Bugs.

- Temos que chegar até o casulo, mas para isso, temos que abrir caminho. – disse Rodrigo.

Os outros assentiram e foram para cima da horda de Bugs. Os Virtuarangers usaram as armas recém-adquiridas. Um a um, os Bugs iam explodindo ao serem derrotados.

A sensação dos Virtuarangers em enfrentar a horda com aquelas armas era de que estavam vivenciando uma daquelas aventuras enquanto jogavam Fantasy Legends, cada um no conforto de suas casas. Contudo, estavam enfrentando um perigo real, um perigo que poderia afetar aquele mundo chamado Simulacro e o mundo real, o mundo deles, o Concreto.

Livrando-se da horda, os Virtuarangers chegaram ao casulo. Rodrigo apontou para o símbolo triangular vermelho e disse aos outros:

- Vamos atirar ali!

Os outros assentiram, apontaram suas pistolas e atiraram no símbolo de Lorde Crashware. O casulo desmoronou-se e os Bugs restantes foram caindo e se contorcendo, até explodirem.

- Conseguimos! – gritaram os Virtuarangers.

E então, uma luz azul surgiu diante deles.

- É o portal que vai nos levar para a Torre de Controle. – disse Rodrigo - Vamos!

Os Virtuarangers entraram na luz e eles desapareceram dali.

Torre de Controle de Simulacro City

De volta à torre, os Virtuarangers, sem os trajes, estavam na Sala de Controle de CyberMaster. O homenzinho falava com eles em tom de satisfação.

- Excelente trabalho, Virtuarangers! Mais um casulo de Crashware foi desfeito e vocês ainda conseguiram o tesouro, aquelas armas. É imprescindível que vocês estejam cada vez mais fortes, porque Crashware vai dobrar a aposta.

- Essas armas são o máximo, CyberMaster. – disse Rodrigo – Vou chamar a espada de VirtuaSword.

- Hum, que chique falando em inglês! – comentou Sofia – Então, vou chamar o arco de VirtuaBow.

- O escudo se chamará VirtuaShield. – disse Cauê.

- E o cetro será o VirtuaRod. – disse Gabi.

- Ótimo. – disse CyberMaster – Com essas armas, vocês estão mais fortes, mas a batalha está longe de terminar. Ainda há muitos casulos espalhados por Simulacro City. Cada casulo destruído deixa Crashware um pouco mais fraco.

- Uma pergunta, CyberMaster. Você conhecia Crashware antes? – perguntou Rodrigo.

- Sim, Crashware e eu nos conhecíamos. – respondeu o homenzinho – Mas infelizmente, ele quis ir para outro caminho. O nosso trabalho é impedir esse plano de poder dele.

- E vamos conseguir! – disseram os Virtuarangers ao mesmo tempo.

- Eu admiro o entusiasmo de vocês. Isso mostra que escolhia bem meus guerreiros.

- Nós éramos apenas guerreiros virtuais, mas no momento somos guerreiros de verdade. – comentou Rodrigo.

- Exatamente. Como disse antes, vocês fizeram um excelente trabalho. Estão dispensados.

Os Virtuarangers retiraram-se da Sala de Controle. Andando pelo corredores da Torre de Controle, eles viram uma porta que estava escrita “TOPO”. Eles se entreolharam e foram entrando. A porta dava em uma escadaria em forma de caracol. Eles foram subindo até chegar ao topo da torre.

- Uau, olha a vista, gente! – exclamou Sofia.

De fato, a vista de Simulacro City era fantástica. Centenas de prédios completamente iluminados de neon e telas de LED. Aquele lugar era aonde que eles tinham que ficar e protegê-lo. Além do mundo real.

Lorde Crashware

Bug