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O Navalha - Caso Adelaide -Episódio 00


 Atenção!

Texto não indicado para menores de 18 anos, contendo cenas de violência e palavras de baixo calão. 


Fala, meus amigos!

Eis que apresento um projeto muito legal, o anti-herói "O NAVALHA", personagem do meu amigo Márcio Chaves do canal do youtube "Cultura Pop", com arte do grande Kiko Mauriz, autor da HQ "Fighting Pose". Tive a honra de escrever um episódio piloto do Navalha. Espero que vocês gostem.

Jeremias Alves Pires

Sinopse:

Adelaide, assim como muitas mulheres, se ilude com uma jura de amor que poderá custar sua vida nas mãos de quem acredita ser intocável, porém a justiça as vezes observa da escuridão.


Dá escuridão, o Navalha observa

 Dá escuridão, ele espera

Quando o bem não prospera

Todo o mal ele leva

 

Se inocente for,

Ele vinga sua dor

Se o mal praticar,

Ele vai castigar…

 

Tema canalha,

Lá vem o Navalha…


Navalha: A Punição que Vem da Escuridão

O CASO ADELAIDE

Adelaide voltava para casa, desolada. A escuridão das ruas por onde passava não era nada comparada à que habitava sua alma despedaçada; por isso, ela mal a notava. Apenas caminhava, com o olhar fixo no chão, como se jamais fosse capaz de erguer a cabeça novamente, tal era o peso da própria consciência. Justo ela, que sempre fora tão correta... como poderia ter vacilado daquela forma?

Alguns meses atrás, Adelaide havia conseguido um bom emprego de secretária em uma construtora. Trabalharia diretamente com o dono. Romeu, o homem mais bonito e gentil que ela já conhecera, além de ser o mais correto. Tratava-a tão bem que, rapidamente, tornaram-se amigos, confidentes nos acontecimentos de suas vidas, sonhos e desejos. Pareciam saber tudo um do outro, sem qualquer segredo. Músicas, filmes, comidas, roupas favoritas... conheciam-se de maneira muito íntima. Obviamente, Adelaide sabia que Romeu era um homem casado, e, por isso, o que havia entre os dois parecia ser apenas uma bela amizade. Adelaide admirava Romeu e o respeitava profundamente.

Infelizmente, nenhum de nós é dono do próprio coração. Ele é senhor de si mesmo e faz suas escolhas sem se importar com padrões ou regras. Um dia, você simplesmente acorda amando, mesmo que não seja permitido. Essa foi a sina que recaiu sobre os ombros de Adelaide. Ela despertou certa manhã com o corpo em chamas...

Romeu era bom demais para ser real... bom demais, como se tivesse saído de um sonho, ou dos livros de romance que Adelaide tanto gostava. Sonhadora, ela começou a acreditar que poderia estar vivendo uma bela história de amor.

Mesmo quando se viu tomada por sentimentos e desejos proibidos, manteve o respeito de sempre. Jamais faria algo para interferir na família de outra pessoa, ainda que, à noite, seus sonhos a traíssem, e, durante o dia, ela chorasse escondida em algum canto. Era uma mulher correta e assim queria continuar.

Então, aquele dia chegou... Romeu apareceu triste, de uma forma que Adelaide jamais havia visto. Ela ficou preocupada.

— Acho que minha mulher está me traindo... Não aguento mais... Acho que vou dar fim a todo esse sofrimento... Não quero mais viver... — disse Romeu, enquanto abria a janela, prestes a se jogar.

— Não... Não faz isso... Eu amo você... — Adelaide o puxou, e todo o sentimento que ela havia reprimido explodiu de uma vez só. Romeu e Adelaide se amaram ali mesmo...

Na manhã seguinte, Adelaide não sabia o que fazer, nem o que pensar. No lugar de respostas, havia apenas o sentir. Um sentimento que crescia, insaciável, descontrolado, louco, vivo, de uma forma que nunca havia experimentado antes. Ela se entregava completamente, sem pensar em mais nada. Adelaide vivia do toque ardente de Romeu e de suas promessas doces e apaixonadas, que a faziam se sentir especial.

Então, chegou o dia que deveria ser o mais feliz de todos... Deveria ser...

— Precisamos conversar, meu amor... Tenho certeza de que você vai ficar muito feliz... — disse Adelaide, com os olhos cheios de ternura.

— Fala, minha safadinha... O que você quer? Te dou tudo o que você quiser... — respondeu Romeu, dando um beijo rápido nos lábios de Adelaide.

— Sou eu quem vai te dar um presente... O maior da sua vida... — disse Adelaide, com os olhos se enchendo de lágrimas de felicidade.

— Nossa... O que é? — perguntou Romeu, tentando disfarçar a impaciência. Ele só queria transar, nada mais.

— Nosso amor vai render um fruto... Você vai ser papai... Parabéns pra nós dois... — anunciou Adelaide, finalmente.

— Puta que pariu! — Romeu se afastou de Adelaide, mudando imediatamente de expressão; o homem apaixonado deu lugar a um rosto que Adelaide não conseguia reconhecer.

— Romeu? — A mente de Adelaide começava a se preparar para ver o sonho virar pesadelo... a história romântica se transformar em um conto de terror.

— Como você deixou essa merda acontecer?

— Romeu, amorzinho, o que é isso?

— Amorzinho é o caralho!!!

A mão que antes havia proporcionado ternura e prazer agora se chocava contra o rosto de Adelaide, trazendo dor, partindo seu coração e dilacerando sua alma. O escritório luxuoso, que antes fora palco de gemidos de prazer selvagem — o que Adelaide imaginava ser também de um amor como os dos livros que sua alma romântica tanto lia —, foi tomado por um silêncio mórbido e dilacerante. Adelaide estava caída no chão...

— Muito bem... Esse pequeno problema deve estar bem no começo, certo? Uma semana? Duas? Quanto tempo? — Romeu começou a falar como "um homem de negócios" diante de um problema insignificante, enquanto ajeitava o terno caro e os cabelos.

Adelaide, perplexa, não conseguia processar o que estava acontecendo.

— RESPONDE, SUA PIRANHA!!! — gritou Romeu, chutando a perna de Adelaide.

— Duas semanas, quase três... — respondeu Adelaide, encolhida, apavorada e humilhada. As lágrimas que antes queriam rolar de alegria agora desciam geladas como um cadáver…

— Muito bem... Muito bem... Eu resolvo isso com uma ligação. Tenho um amigo que sempre cuida desses problemas pra mim... Ele é discreto... profissional... Depois, vamos fingir que nada aconteceu, que você não me aprontou essa. Começamos tudo do zero. Vou até transferir uma quantia bem gorda pra sua conta... O que me diz, minha safadinha?

Como um ator em uma peça de teatro trocando de máscara para se adequar à emoção que desejava provocar em seu público, Romeu voltou a ser o homem doce por quem Adelaide havia se apaixonado, mudando de temperamento de forma assustadoramente rápida.

— O que foi, meu docinho? Não vamos deixar uma briguinha boba de casal estragar o nosso lance, não é?

Adelaide se levantou, olhou bem nos olhos de Romeu, queimando de fúria muito mais do que já havia queimado de desejo.

— Nosso lance... É isso que sou pra você? Um lance? Vou te dizer uma coisa: eu vou ter esse filho... O meu filho... Que vou criar pra ser um homem de verdade... Não um lixo como você... E você não vai fazer nada contra nós!

O anjo de luz se foi; o demônio voltou a mostrar sua verdadeira face. Romeu esmurrou Adelaide com toda a sua força, e ela caiu novamente no chão. Preocupada em proteger a barriga, em proteger seu filho, Adelaide era espancada. Ela se encolheu como um tatu-bola, sem se importar com os chutes que atingiam suas costas e seu rosto. Seu filho era o que importava, somente seu filho... Não o rosto que começava a sangrar ou os dentes que se quebravam. Foi o cansaço que fez Romeu parar...

— Sua puta! Oportunista! Você sabe quem eu sou? Perto de você, sua insignificante, eu sou intocável... Eu podia pisar na sua cabeça até ela estourar, e nada aconteceria comigo... Nada. Por isso, é melhor você fazer exatamente o que eu mando e dar fim a essa sua tentativa barata de golpe... Você está me ouvindo?

Adelaide não respondeu; apenas chorava, caída no chão, ainda protegendo a barriga... ainda protegendo seu filho.

— Para de chorar! Você é patética... Olha só: sujou meu carpete todo de sangue. Pega esse dinheiro — Romeu jogou várias notas altas tiradas da carteira sobre Adelaide — e compra um vestido bonito pra essa noite. Depois que você limpar essa bagunça toda…  Vou dar uma volta pra me acalmar. Quando voltar, a gente conversa melhor, meu docinho.

Romeu saiu de cena, tranquilo, sorrindo. Era apenas mais uma de suas piranhas causando problemas, como sempre faziam. Ele riu sozinho ao pensar que Adelaide realmente acreditava que ele a amava, que ficaria feliz por ela lhe dar um filho. Comprou flores e uma caixa de bombons caros. Iria fazer as pazes com seu docinho, para continuar fazendo amor gostoso. Nada especial; fazia isso com todas. Planejou um discurso para pedir desculpas e manter Adelaide acreditando que ele a amava. Romeu ria, ria muito.

Ao voltar para o escritório, viu as notas de dinheiro que havia dado rasgadas e o carpete caro manchado de sangue — o sangue de Adelaide. "Você vai pagar por isso...", dizia a frase.

— Eu? Eu vou pagar?!!! VOCÊ VAI VER QUEM VAI PAGAR!!!

Romeu estava furioso, mortalmente furioso...

Nos meses que se seguiram, a barriga de Adelaide foi crescendo, assim como seu amor pelo filho que estava prestes a chegar e o medo do pai, o homem terrível que a enganara. Ela havia decidido ficar longe dele; ao contrário do que Romeu pensava, só queria ser feliz com seu filho. No entanto, Romeu não a deixou em paz. Ligou tentando reatar, negociar e até ameaçar...

Se não estivesse perdida nas imagens amargas do que lhe acontecera, talvez Adelaide tivesse reparado nos cinco homens se aproximando, cercando-a.

— Boa noite... Docinho! — um dos homens saudou Adelaide de modo cínico, enquanto os outros a rodeavam.

— O que vocês querem? — Já era tarde demais; Adelaide não tinha como escapar.

— Calma... Somos apenas mensageiros...

O criminoso tirou o celular do bolso e fez uma chamada de vídeo.

— Boa noite, meu amor... — Romeu apareceu na tela do celular.

— Desgraçado... O que você quer? — Adelaide disse, dividida entre a raiva e o medo que a tomava.

— Bem... Eu só queria me despedir. No fundo, acho que gostei um pouco de você... Mas você insiste em me desobedecer, em continuar com sua tentativa de golpe... Mas não importa mais. Adeus! Rapazes, divirtam-se!

A chamada terminou... e a vida de Adelaide também estava prestes a acabar.

— Vamos acabar logo com isso. Não se esqueçam: é pra descarregar totalmente as armas... — disse o criminoso, mostrando-se o líder, guardando o celular e sacando uma pistola automática, assim como os outros também fizeram.

— Por favor... — Adelaide implorou.

— Desculpa, não é pessoal...

Adelaide fechou os olhos. Não queria morrer. Sentiu um líquido quente cair em seu rosto. Ao abrir os olhos, viu o criminoso que outrora a ameaçava com o pescoço cortado tão fundo que a cabeça caiu lentamente para trás, presa por um pedaço de pele. O corpo do criminoso ficou alguns segundos em pé e depois caiu de lado. Foi a primeira morte, a primeira punição.

— Que porra é essa!!! Que porra é essa!!!

O segundo a ser punido gritou e, algo mais rápido do que os olhos podem ver atacou novamente, o bandido teve seus dois braços decepados na altura dos ombros. Ele caiu de joelhos, seu sangue jorrando, formando uma poça onde os braços amputados pareciam navegar. Caiu e morreu de cara no próprio sangue.

— Eu acho que vi... O desgraçado está escondido nas som...

Não houve tempo para o terceiro completar sua fala. Algo cortou seu abdômen e puxou suas entranhas para fora, novamente rápido demais para ser visto. O criminoso sentou no chão, olhos arregalados de terror, olhando para suas próprias tripas, e morreu em profunda agonia.

Havia tanto sangue no chão que o quarto escorregou e deu de cara no chão. Tentou se levantar, mas suas costas foram cortadas e a pele arrancada. Assim como os outros, morreu sentindo a dor excruciante que merecia.

— Eu vou morrer, mas vou cumprir minha missão... — o último dos vilões em pé apontou para Adelaide e disparou.

Aquele que até então não se podia ver surgiu na frente de Adelaide, recebendo todos os tiros. O Navalha finalmente estava diante dos olhos de todos. O criminoso não errou nenhum disparo, até ficar sem munição. Em momento algum o Navalha se moveu. Deveria estar morto, mas estava lá, cheio de buracos de bala, até mesmo no rosto. O Navalha sorriu, e o canalha tremeu.

— Por que você não morre? — o último dos malfeitores tentava entender o que estava acontecendo.

— Quem disse que eu estou vivo...

Mais uma vez usando sua velocidade fora do normal, o Navalha fez vários cortes no peito de sua vítima, enfiou o braço esquerdo e puxou seu coração para fora.

— Você não precisa disso...

O último dos homens contratados para dar fim a Adelaide caiu no chão. Para comemorar sua vitória, o Navalha ergueu o coração que acabara de arrancar e o espremeu, tomando um banho de sangue. Sua fiel companheira, a navalha em sua mão direita, absorveu todo o sangue, e os ferimentos de seu mestre se curaram instantaneamente. O Navalha olhou ternamente para Adelaide, encolhida em um canto, paralisada de medo, protegendo a barriga.

— Calma... Me desculpe pelo que você viu aqui, mas essa é minha missão: proteger os bons e punir os maus... Proteger você e seu filho e punir qualquer desgraçado que queira fazer mal a vocês dois...

O Navalha guardou sua arma e estendeu gentilmente a mão para Adelaide, com os olhos cheios de sinceridade. Adelaide tocou a mão do Navalha, e ele viu tudo... Viu Romeu...

— Você é muito corajosa. Vai ser uma mãe incrível, e, criado por você, seu filho será uma ótima pessoa... Estou muito orgulhoso por ter ouvido seu chamado no reino das sombras e ter salvo sua vida.

O Navalha beijou a testa de Adelaide como se ela fosse uma criança, deu alguns passos para trás e sumiu na escuridão da noite.

Momentos depois...

Romeu comemorou tomando o champanhe mais caro que conseguiu comprar. Mais uma vez, havia vencido. Mais uma vez, tinha saído de um problema totalmente intocado.

— Viu, sua puta? Viu quem pagou no final?

Romeu começou a rir descontroladamente, com a mão esquerda no rosto e a direita dando tapas na mesa, como quem acaba de ouvir uma ótima piada. De repente, ele ouviu o som de algo batendo na madeira, um barulho parecido com o que se ouve quando um açougueiro usa seu cutelo. Sentiu uma dor terrível e percebeu, então, que sua mão estava sangrando, sem os quatro dedos que viu jogados sobre a mesa.

— É você quem vai pagar...

A mesa de Romeu foi jogada longe, com tanta força que se quebrou. Diante dele estava o Navalha, totalmente furioso, sedento por sua justiça rubra.

— Por favor... Pode me pedir o que você quiser... Eu juro que dou o que você quiser — implorou Romeu, com lágrimas caindo pelo rosto, enquanto se mijava todo.

— Eu só quero uma coisa de você... Por favor, não morra rápido...

O Navalha decepou o nariz de Romeu, depois as orelhas, e foi cortando pedaço por pedaço, levando várias horas para finalmente dar fim à vida do monstro que achava que nunca iria pagar o preço por seus crimes.

Naquela noite, duas almas inocentes foram salvas, e almas pecaminosas foram severamente punidas. Foi mais uma noite do Navalha...

FIM!

O Navalha

Personagem de Márcio Chaves

Texto de Jeremias Alves Pires

Arte de Kiko Mauriz


8 Comentários

  1. Karaléo!!!!

    Que texto, Jeremias!

    Bem gore!

    Navalha, o justiceiro da morte, já chegou chegando.

    Contra canalhas como o poderoso Romeu, ele é implacável.

    Mais uma crítica social contundente, onde as pessoas poderosas acham que podem tudo tratando os mskd humildes como se fossem lixo.

    Matou a pau!

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    1. Valeu, meu caro! Entregar horror extremo e fazer pessoas pensarem é minha missão de vida.

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  2. Um texto realmente feito para instigar e criar curiosidade a respeito desse novo anti herói.
    O vilão foi escrito perfeitamente para ser aquele tipo de pessoa para odiar de cara, principalmente quando ele se revela ao espancar a garota que fora enganada e se mostra como o total oposto, uma verdadeira batalha entre bem e mal, totalmente preto e branco.
    E no meio esse personagem, o Navalha, que chamou a atenção, mas deu prá ver que foi só "arranhado" aqui, com certeza será melhor explorado nas próximas obras dele.
    Meus parabéns pela one shot

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  3. Obrigado. É sempre um prazer escrever para vcs.

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  4. Que experiência visceral foi ler esse episódio 00! Jeremias Alves Pires cria um texto que mistura tensão psicológica, denúncia social e horror urbano de uma maneira muito eficiente. Desde o início, a construção emocional da personagem Adelaide é conduzida com um realismo doloroso: o sentimento reprimido, o autoengano, a culpa e a entrega a um amor ilusório. Tudo isso é trabalhado de forma que o leitor se conecta e sente as dores dessa personagem.

    A virada da história é brutal e, ao mesmo tempo, muito verdadeira. Romeu é um retrato assustador de homens que mascaram seu verdadeiro caráter com gentilezas superficiais. O texto, com suas descrições cruas e sem suavizações, mostra como a violência contra a mulher pode ser devastadora e como, frequentemente, o agressor se sente intocável e acima de qualquer punição.

    A inserção do personagem Navalha é onde o horror se transforma em uma fantasia sombria de justiça. Ele é um agente sobrenatural que atua como a própria retribuição implacável. A forma como suas ações são descritas traz um equilíbrio interessante entre violência gráfica e um senso de catarse para o leitor. O Navalha não é um herói clássico, ele é um executor, um justiceiro das sombras. Ele se torna a resposta crua e brutal para a impunidade.

    Gostei especialmente de como o texto, apesar da violência explícita, consegue manter um fio de ternura na relação entre o Navalha e Adelaide. Há algo muito simbólico quando ele promete protegê-la e beija sua testa. É uma pequena luz de cuidado e respeito em meio a tanta escuridão.

    O final é impactante. O sadismo com que Romeu é punido pode chocar, mas também entrega a sensação de que finalmente alguém como ele encontrou seu limite. É uma narrativa que não busca redenção para o vilão – ele é despido de qualquer humanidade e tratado como o monstro que se revelou ser.

    Como sugestão construtiva: o ritmo inicial, que traz mais desenvolvimento emocional da Adelaide, poderia ser um pouco mais dinâmico para equilibrar melhor com a ação frenética da segunda parte. Além disso, talvez fosse interessante dar um pouco mais de detalhes sobre a origem do Navalha ou sobre o "reino das sombras" que ele menciona, o que poderia fortalecer ainda mais o universo do personagem.

    No geral, é um excelente conto de terror urbano, com forte impacto social e emocional. Jeremias criou uma história que dói, revolta, mas que também entrega uma sensação de justiça poética. E o Navalha... Bem, o Navalha é uma força que não se esquece.

    Parabéns ao Jeremias, ao Márcio Chaves pela criação do personagem, e ao Kiko Mauriz pela arte!

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    1. Obrigado, meu amigo. Ficarei atento as sugestões para o próximo ep. O Márcio Chaves está ajustando a origem do personagem e vou tentat contar aos poucos. A analise de vcs sempre me anima mais para continuar.

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  5. Jeremias... Desculpe o palavreado, mas você arregaçou. Matou a pau. As descrições foram finas, a imersão tava perfeita, e o Navalha foi o perfeito Vingador Urbano. Foi simplesmente sensacional.

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  6. Valeu. Espero manter o nível nos próximos textos. Desculpe o nível de violência até verbal do meu texto... rs

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