Spectrum-EX - Halo 31 - Spectrum-EX vs Vila da Morte 14

 

Sobre:

E ae, meu povo!!!

 

Finalmente saiu o penúltimo Ep de Spectrum-EX VS Vila da Morte. Pra esse trecho sai um pouco do horror pra mergulhar na aventura, com referência a alguns animes, isso tornou o processo divertido e me surpreendeu como fica mais fácil o uso dos golpes com nome. Espero que vocês gostem e se divirtam tanto quanto eu.

 

Jeremias Alves Pires

O Autor

 

Sinopse:

A luta de Miriam e as garotas do Blog Aberração chega a um ponto terrível, levando as guerreiras a exaustão total. Será que elas vão sobreviver?

 

TEXTO NÃO RECOMENDADO PARA

MENORES E PESSOAS SENSÍVEIS

 

Parte 14 — A Busca de Miriam Parte 7:

 Lutando até o fim

 

Os não vivos cercaram as três guerreiras, ainda ofegantes da vitória anterior. 

— Por quê eles não atacam de uma vez, ficam só nos encarando? — Miriam perguntou.

 

— Eles não são burros… Mesmo sendo muitos eles sentem nosso espírito de combate, sabem que  vamos reagir com tudo… Não vamos desapontá-los!!! — Ana conjurou mais um encanto e quatro adagas de luz surgiram ao seu redor, além das duas em suas mãos. As adagas extras pareciam vivas, ansiando pelos comandos de Ana, se moveriam conforme os movimentos das “adagas mestras”, nas mãos de Ana, causando dano adicional.

 

— Concordo plenamente… Minhas luvas de super força ainda tem bastante energia… Bia esmaga!!! — Bia golpeou o chão que se rachou em um trovejar que fez os inimigos à sua frente recuarem um pouco.

 

— Vocês são loucas, me orgulho de estar ao lado de vocês, eu também não vou recuar!!! — Miriam era uma novata incomum, era um verdadeiro prodígio da arte da guerra. Manuseava seu facão e revólver como se tivesse nascido com eles. Girou o facão algumas vezes, fazendo-o raspar no chão, afiando-o, preparando-o para decepar membros. Por fim, numa demonstração ainda maior de suas habilidades, jogou o facão para o alto, recarregou seu revólver, jogou-o para a mão esquerda e apanhou o facão com a direita, pondo-se em posição de combate.

 

Aquela noite parecia não ser só a noite em que o atroz caminhava livremente pelas ruas, mas também era a noite em que a valentia podia gerar verdadeiros milagres. 

Um novo combate começou. A multidão de mortos-vivos e as três belas guerreiras lançaram-se um contra o outro. Os golpes de facão e tiros de Miriam, as adagas mágicas de Ana, a super força das luvas de Bia, em movimentos que mais pareciam um dançar bélico destruía as criaturas malignas, como se eles nada fossem, nada significassem, existindo tão somente para o abate. A única vantagem que tinham era seu enorme número, que a cada minuto diminuía. A vitória parecia certa.

 

— Argh… Minha perna… Algo cortou minha perna! — Miriam parou por um segundo, sentindo dor de uma lâmina cortar superficialmente a sua coxa direita, vendo seu sangue jorrar.

 

— Cuidado, Miriam! — Bia estoura com um soco a cabeça de um morto-vivo um segundo antes dele vitimar sua amiga, que baixou a guarda por um instante.

 

— Ahhh!!!! — Miriam grita, dessa vez o soprar de um vento maligno fez um corte em suas costas.

 

— Campo de proteção!!! — Ana ordena as suas adagas que começam a girar ao redor das garotas rapidamente.

 

— Miriam! Toma isso… — Bia entrega um tipo de poção de cura para Miriam.

 

Alguém gargalha, oculto entre os mortos-vivos.

 

— Meninas, estejam prontas, parece que vamos encarar mais um chefão de fase… — Ana alerta suas irmãs de armas.

 

Os mortos-vivos também começam a gargalhar, o que fere o espírito das garotas.

 

— Seu covarde, apareça de uma vez!!! — Miriam grita, pondo-se de pé, um pouco melhor por conta da poção. Em seu gritar está mais que o desafio, está a demonstração de que será preciso mais para derrubar sua moral, e algo mais estava por vir.

 

— Você quer olhar nos meus olhos antes de morrer? Tudo bem, eu curto isso… Afastem-se!!!

 

Obedientes como soldados do inferno os zumbis se afastam revelando uma criatura magra, alta, que em muito pouco se assemelha a um homem, com uma faca manchada com o sangue de Miriam, que se apresenta educadamente:

 

— Meus amigos carinhosamente me chamam de “Caveirão”. Eu vivo para cortar, para fazer sangrar. Você, garota do facão, é a mais fraca da sua equipe. Vou fazer suas amigas morrerem para te proteger. Veja quantos cortes você consegue aguentar.

 

— Desgraçado covarde! Ana, vamos proteger a Miriam.

 

— Ok, não se preocupe Miriam…

 

— Vão tomar no cú vocês duas, eu posso me defender sozinha.

 

— Vamos recomeçar!!! — Caveirão grita.

 

Ao comando de seu mestre, os zumbis começam a correr em volta das garotas, como se fossem crianças. Caveirão volta a se esconder.

 

— Bia, fica de olho na Miriam, eu gastei muita energia espiritual, não vou poder manter o ritmo das minhas adagas por muito tempo…

 

— A energia das minhas luvas também está pela metade… Mas vou dar o meu melhor…

 

— Mas que porra… Eu já falei pra vocês… Argh!— Miriam mal termina de falar e leva outro corte nas costas.

 

— Que droga, Ana!!! — Bia grita.

 

— Eu disse que estou com pouca energia… O desgraçado é rápido demais.

 

— Argh! — Miriam leva outro corte.

 

— Os zumbis vão atacar, suas idiotas, foquem em vocês mesmas!!! — Miriam avisa sobre o movimento dos mortos-vivos que começam a se jogar contra o campo de proteção feito pelo girar das adagas de Ana.

 

— Arrghh!!! — Dessa vez é Ana quem leva um corte após um pedaço de um dos mortos bater em seu rosto, fazendo o campo de proteção oscilar.

 

Mais e mais mortos-vivos se jogam contra o campo de proteção, apenas para serem estraçalhados. Miriam é cortada nas costas mais duas vezes e cai de joelhos. Cada corte é feito cada vez mais e mais fundo.

— Deixa ela em paz!!! — Bia se joga por cima de Miriam, recebendo mais um corte destinado a sua amiga. 

 

As luvas de super-força de Bia deixam sua pele mais resistente, de modo que os golpes rápidos da faca de Caveirão a atingem como chicotadas excruciantes.

 

— Bia… Sai de cima de mim!!! — Miriam tenta se desvencilhar de Bia, mas não consegue superar a força monstruosa de Bia.

 

— Nós não vamos morrer aqui, não vamos!!! — Ana junta todas as suas forças.

 

Os olhos de Ana se acendem, revelando o elevar de seu espírito de combate.

 

— Furacão Cortante!!! — Ana conjura um ataque mágico com toda sua força.

 

As adagas de Ana geram um furacão que retalha definitivamente todos os zumbis e joga Caveirão longe. Ana caí exausta.

 

— Ana! Ana! — Miriam, liberta de Bia, corre e abraça Ana. 

 

— Vencemos de novo, somos muito fo… — Bia é atingida de surpresa no estômago por um golpe de Caveirão.

 

— Ha, ha, ha, ha, ha!!! Vocês quase acabaram comigo, mas meu plano deu certo — Caveirão se revela novamente, está muito machucado pelo ataque especial de Ana, mas está de pé.

— Miserável… Você vai ver… — Ana tenta conjurar novamente suas adagas, mas está totalmente sem energia.

 

— Olha só, temos mais uma humana fraca aqui. Vou matar vocês duas por último…

 

— Vai ter que passar por mim primeiro — Bia ataca Caveirão antes que ele faça qualquer coisa.

 

Com facilidade, Caveirão se esquiva com facilidade dos golpes de Bia, uma vez que ela já está cansada, machucada.

 

— É inútil… — Caveirão acerta um chute giratório em Bia que quase a nocauteia — Eu sei o truque da sua luva. Sua energia também vai acabar… E eu vou fazer uma festinha com três gostosinhas…

 

— Não vai rolar… Seu pervertido. Tenho mais uma carta na manga!!! — Respondendo aos seus sentimentos, as luvas de Bia começam a brilhar — Vamos ver se você é mais rápido que a luz…

 

— Assuma de uma vez sua derrota, sua maldita!!! — Caveirão avança contra Bia.

 

— Canhão de luz!!!! — Bia dispara dois poderosos raios que desintegram Caveirão completamente.

 

As garotas se sentam no chão, respiram fundo, já não possuem mais condições nenhuma de lutar.

 

— Agora acabou, não é? — Bia pergunta a Ana, sabendo que a amiga possui uma percepção fora do comum.

 

— Não… Sinto que muito mais dessas coisas por aí… Estão dominando a cidade.

 

Miriam não diz nada. Em sua alma ela foi derrotada. Ela respira e diz:

 

— Me deixem aqui… Eu não vou mais atrapalhar vocês…

 

— Mas que bobagem é essa, meu amorzinho… — Ana se levanta para abraçar e consolar Miriam, notando sua tristeza, conhecendo seus pensamentos.

 

— Espera, Ana — Bia impede Ana e olha seriamente para Miriam — Você lutou muito bem, mas pode deixar com a gente agora. Vamos te levar para o hospital… Você merece um descanso…

 

Ana baixa a cabeça, concordando silenciosamente com Bia. Miriam chora:

 

— Eu achei que poderia fazer parte disso, que podia ser como o Miguel… Lutar do lado dele quando o encontrar… Agora eu entendo por que ele sumiu… Eu entendo… Que droga…

 

Bia e Ana ficam estáticas, gostariam de confortar Miriam, mas temem que ela morra pelas mãos das criaturas do inferno.

 

— Vocês me quebraram um galhão, hahahahaha!!!

Dessa vez tomadas de terror, as garotas veem mais uma horda de zumbis de aproximar, parecendo serem lideradas por outro super-zumbi.

 

— Agora eu sou o último general dos mortos. Agora eu mando em tudo e vocês colaboraram. Podem me chamar de Brasa e estou a serviço de vocês, ahahaahaha!!!

 

— Você ficou vendo seu companheiro ser derrotado… Como pode? — Miriam se indigna.

 

— Não fique assim, nós não somos movidos por bobagens como “amizade”, só o poder importa — As mãos do Brasa começam a pegar fogo — Vou incinerar vocês bem rápido, prometo que não vão sentir nada… É um presente pelo poder que vocês me ajudaram a conquistar…

 

As garotas se entreolharam. Se abraçaram, preparando-se para o fim…

 

— Spectrum Punch!!! — Alguém grita, interrompendo o que iria ser uma execução terrível.

 

Uma explosão de energia elimina a tropa de zumbis, restando apenas o último general dos mortos.

 

— Miguel? — O coração de Miriam acelera.

 

O encontro e batalha final estão prestes a acontecer…

 

Continua...