Vou fazer das sextas o dia para postar os meus capítulos novos...
Estão todos bem? Espero que sim.
E também espero que curtam esse novo capítulo.
--
--
Turles estava desmaiado como fruto do ritual. Dentro de sua mente, ele via duas personas, a sua natural, com a transformação natural dos saiyajins, e a outra, que era um demônio negro, de olhos vermelhos, com transformações esbranquiçadas. O saiyajin percebeu que a persona do lado esquerdo era a sua persona natural, enquanto a persona do lado direito era algo no qual ele se transformaria, quando o dominasse totalmente o poder demoníaco que agora residia dentro de si.
As primeiras coisas que via dentro de sua mente era a sua história anterior, o que viveu junto com seu pai, Bardock, e sua mãe, Gine. Lembrava de seu irmão menor, Raditz, e de seu irmão caçula, Kakarotto. Aquela época era de uma vida bastante simples, seu pai ainda era mais poderoso do que ele e, por terem nascido como guerreiros de classe baixa, eram sempre subestimados pelos guerreiros de elite, com nascimento mais privilegiado e em classes sociais acima do normal.
Então, por uma traquinagem feita com o filho do rei Vegeta, Turles havia sido banido do planeta Vegeta para outro planeta desolado. Mas, mesmo banido, ele foi aceito no exército mercenário de Freeza no qual ele era visto apenas por seu poder, e não por seu nascimento.
Naquela época ele já contava com 15 anos, podendo sair de casa antes de Raditz e bem mais velho que seu irmão caçula. Enquanto fazia uma missão nas proximidades do planeta Vegeta, Turles pôde acompanhar a explosão de seu planeta natal, celebrando, de certa maneira, a extinção de sua raça. Não havia mais preconceito por nascimento e tampouco a linhagem real do sangue saiyajin.
Porém, ele soube que seis saiyajins haviam sobrevivido, além de ele mesmo; O também banido Broly, e seu pai Paragus; O filho mais velho do rei Vegeta e seu acompanhante Nappa; o filho mais novo do rei Vegeta, Tarble; E, por fim, seus dois irmãos, Raditz e Kakarotto.
Porém, este número foi diminuindo conforme o tempo. Nappa havia morrido nas mãos do próprio protegido (por ter se mostrado um inútil), e Raditz nas mãos de seu irmão caçula, Kakarotto. Bem mais tarde soube da morte de Paragus, pai de Broly. Então, no frigir dos ovos, do sete saiyajin sobreviventes, havia sobrado apenas quatro, sendo ele um deles.
Mas também soube do surgimento dos saiyajin híbridos, filhos dos saiyajin puros com fêmeas terráqueas. Seu próprio irmão teve dois, e o filho do rei teve mais 2. E a prole de seu irmão também começava a se reproduzir, o filho mais velho tinha uma filha agora.
Turles analisava todas as informações que havia recebido de Senrosa, principalmente ligadas à sua raça. Então, no final das contas, havia quatro puros e quatro mestiços. Porém, ele se lembrou no momento seguinte que os saiyajin também existiam no universo seis tendo todo o planeta antigo dos saiyajins, Sadala. No universo deles, este planeta foi destruído por causa das lutas entre os saiyajins.
Enfim ele tinha que pensar muito se ia eliminar a própria raça no seu próprio universo ou se daria cabo de todos os saiyajin dos dois universos irmãos. O primeiro trabalho era mais simples, mas mais difícil; Havia menos números, mas os lutadores eram mais poderosos. Se fosse eliminar todos os saiyajin, ele teria que começar pelo universo seis, indo até o planeta Sadala e eliminando a todos primeiro.
No final das contas Turles decidiu não eliminar ninguém. Decidiu ficar mais forte, tomar o planeta Sadala do universo seis para si e sagrar-se o novo rei, mudando o nome do planeta para o seu próprio nome, assim como havia feito a linhagem de Vegeta com o planeta substituto da raça. Em determinado momento, o demônio formado na mente de Turles poderia tentar dominá-lo, tomar seu corpo e realizar as mudanças que quisesse… Mas ele já tinha uma mente muito forte, poderia resistir.
A primeira etapa de transformação demoníaca mantinha os cabelos pretos e trocava a cor dos olhos para vermelhos, pelo que ele pôde perceber… Mas ainda estava muito longe de conseguir alcançar seu nível mais alto agora que seu ‘limitador’ foi removido.
Naquele momento ele acordou, vendo uma Umai arfante ao seu lado, olhando para ele com olhares lânguidos, cheios de desejo.
- Não sabia que vocês saiyajins eram assim tão… Resistentes.
- Você ainda não viu nada. Se a mulher tiver personalidade forte, nós até podemos ser mais ferrenhos. Talvez por isso tenhamos nos dado tão bem, mesmo que com uma rixa inicial.
- Mas não pense que eu acredito nessa baboseira de amor. A paixão é o melhor combustível.
- Pelo menos em uma coisa eu concordo contigo, Umai. Amor é mesmo para os fracos.
- Eu disse que era uma baboseira, não disse que era fraco, muito pelo contrário. É mais como uma faca de dois gumes, sendo que o que não te mata te fortalece, e o que não te fortalece te mata.
- Eu já discordo. Com o amor vem a dependência, e com a dependência, a fraqueza.
Umai havia percebido facilmente que Turles nunca havia se apaixonado por ninguém. Não sabia se todos os saiyajins eram assim, afinal de contas, ele era o único que ela conhecia. Ela sabia de mortais que se tornavam tão poderosos quanto deuses ou demônios só de sofrer pela pessoa amada… Mas aquele não era o momento, ela não se prestaria a tal papel, não se humilharia perante a alguém que ela não tinha tanto sentimento.
- Vou voltar para os meus treinos. Senrosa-sama tem muitas expectativas em mim, e eu não quero morrer por desapontá-lo. – Turles estava focado em tornar-se mais forte, e quem sabe, derrotar os saiyajins restantes, tornando-se o rei deles.
E Turles continuou treinando sozinho. Forçou-se a se transformar além, com a transformação que já conhecia, usando seu poder máximo e concentrava-se em lutar contra si mesmo, aumentando seu nível de maneira bastante rápida. As transformações base que ele já tinha vieram rapidamente, todas modificadas pela aura negra.
Porém, ele se viu novamente barrado pela limitação de seu corpo, não mais de seu poder. Sabia que aquele treinamento era para fortalecê-lo. Então manteve-se treinando todo o tempo em poder máximo, para forçar seu zenkai a trabalhar o máximo possível. Ele já havia sobrepujado o maior ponto fraco da transformação 3, e sua força estava aprimorada pelo poder demoníaco.
Ele se forçou, inclusive, a treinar durante a noite, para se acostumar com qualquer satélite natural que servisse de inspiração para a sua forma Oozaru. Lembrou-se do quanto aumentava seus poderes aquela forma, porém era necessário tempo para dominar a fera dentro de si, e tentou, porém, não conseguiu de imediato. A fera era basicamente o inconsciente de todo saiyajin, e dominá-lo faria com que pudesse dominar sua fúria e transformações.
Como Turles não era uma pessoa dada a autocontrole, ele tentou várias e várias vezes, sendo facilmente vencido pelo próprio ódio e fúria da raça no começo. Quem acabou pagando pelos estragos da fúria de Turles no começo foi a região onde ele treinava. Senrosa o deixou em um lugar isolado para não causar danos desnecessários ao planeta que construíra com tanto esmero.
O tempo passava e ele não conseguia visualizar como conter a raiva dentro de si, e por mais que aquela raiva era o que alimentava seu poder, ele sabia que ficar em estado de raiva por tanto tempo poderia cansar seu emocional, por isso até para a transformação super saiyajin ele precisava encontrar um sentimento substituto para o gatilho, a fim de que pudesse conservar sua força mental.
Vendo que sua primeira barreira era o jeito com que havia sido criado, ele não entendia como a ausência de raiva poderia gerar poder... Então chamou Umai, para entender dela como isso poderia funcionar. Já que ela era sua parceira e seu poder parecia não vir da raiva, mas de algo mais interno, talvez ela trouxesse o poder do âmago, coisa que ele não sabia como funcionava.
Chegando onde ela estava, ela estava distraída, prestando atenção em um dispositivo... E havia outro ser no outro lado da tela... Turles não reconheceu a pessoa, e se aproximou de Umai, surpreendendo-a e fazendo com que ela ficasse apavorada com a possibilidade de ele saber o que estava acontecendo naquela ligação.
- O que você está fazendo aqui, saiyajin?
- Vim pedir a sua ajuda, mas acho que cheguei em um horário propício. Agora você vai me contar tudo o que você sabe, caso contrário entregarei você para o Senrosa.
Umai estava aterrorizada com o que estava acontecendo. “De todas as pessoas que poderiam ter descoberto, justo ele conseguiu chegar no pior momento”, Umai pensou consigo mesma.
- O que você quer em troca de manter isso em silêncio? – Perguntou Umai.
- Me ajude a me tornar, em primeira instância, o braço direito de Senrosa.
Umai olhou para Turles como quem olha um alienígena. Era o que Senrosa queria, mas parecia que o saiyajin queria algo diferente daquilo. Queria alçar mais, parecia querer tomar o lugar de Senrosa um dia, utilizando de seu Zenkai. Mas ela se manteve quieta, se ele quisesse derrubar Senrosa e tivesse poder para isso, talvez ele conseguisse, porque ele fez seu poder subir exponencialmente.
- Voltando ao que eu ia te perguntar... Como você faz para despertar o seu poder sem se valer da sua raiva?
- Me explica melhor isso aí... Eu só manifesto o meu poder. – Disparou Umai, afirmando o que deveria ser pergunta.
- Nós, saiyajins, manifestamos nossos poderes nos valendo da nossa raiva, alimentando o poder com ela. Por isso perguntei que emoção você utiliza para manifestar o seu. – Perguntou Turles, estranhamente paciente.
- Eu não pensei em que sentimento que sinto quando manifesto meu poder... – Respondeu Umai, confusa. – Por que você quer saber sobre sentimentos que você sente ao manifestar o seu poder? – Perguntou Umai, desta vez decididamente curiosa.
- Porque sinto que esta é a minha barreira. Sinto que a raiva está me privando de aumentar meu poder. Sinto que a raiva está sendo um tiro no pé.
Umai pensou, muitos demônios afirmavam ter problemas com a raiva. Então normalmente procuravam monges ou mesmo os Glinds, que eram o mundo dos demônios original.
- Posso te levar até um velho Glind que temos aqui... Ele é expert em controle da fúria ou raiva...
- Então me leve a ele. A única coisa que peço em troca do meu silêncio para aumentar meu poder.
1 Comentários
Para alcançar seis objetivos , Turles mostra inteligência e perspicácia típicas de um ser ambicioso.
ResponderExcluirAcho que Umai comete um erro capital
Excelente capítulo, meu amigo!
Os objetivos de Turles cada vez mais claros!
Meus parabéns !