Loading....

Shurato: A Herança de Brahma, O Legado de Shiva - Capítulo 01

 

Boa tarde, pessoal.

É com alegria que eu trago mais essa história, espero que gostem!!

...

A luta contra Shiva foi extenuante. Intensa. Shurato com seu shakti de Brahma, o deus da criação, trouxe novo significado para o termo ‘vitória’, por ter se igualado ao poder de um deus ao batalhá-lo e vencê-lo.

Ao passo em que tudo o que foi destruído era reconstruído, Shurato treinava todos os dias, e todos os dias aprendia algo novo, e todos os dias se tornava mais e mais forte. Ele entendeu que o shakti de Brahma o fizera general das forças de Dehva, acima de qualquer um, menos da mantenedora da paz...

Que agora era Rakesh.

Sim, aquela garota impulsiva, mimada e cheia de manias agora havia recebido uma responsabilidade maior do que ela mesma, maior do que muitos do antigo séquito de Vishnu, que havia perecido, graças à Shiva.

Mas agora que o deus da destruição também havia perecido, uma nova era de reconstrução havia começado no Mundo Celestial, e Shurato era a principal causa da paz conquistada.

Depois da morte de Gai, Shurato se tornou um pouco menos inflamado e mais quieto, mais contido. Shurato compreendeu várias coisas da vida enquanto treinava, deixando de ser o garoto impulsivo que foi transmigrado da Terra para o Mundo Celestial e se tornando o que era hoje.

Meditando, ele percebeu que os oito guardiões agora eram seis: Hyuuga, Ryouma, Leiga, Lenge, Kuuya e Dan.

Não havia mais Rei Shura ou Rei Yasha. Ele não poderia ser, ao mesmo tempo, o General das forças de Dehva e o Rei Shura. Ele não conseguiria utilizar dois shaktis, não com a proporção que valesse a pena.

E até mesmo era necessário que houvesse 8 Reis e Rainhas Dehva, porque ele, como o nono guerreiro e o mais forte, faria sentido pelas regras daquele mundo, que agora ele entendia.

Com isso, Shurato resolveu pedir auxílio para os agora amigos reis e rainhas Dehva, para que dois novos membros fossem eleitos. Os chamou para uma reunião, todos participariam sem pompa ou circunstância, até porque era só um velho amigo chamando os demais para conversar. Nada de ordens, nada de marchar, luta, nada.

Pessoal... Preciso da ajuda de vocês para elegermos os novos reis Shura e Yasha.

Shurato estava bem dolorido com aquilo, ele não queria ter que substituir Gai, mas como o velho amigo havia se tornado parte do Sohma dele, ele precisava ser prático. E, aliás, praticidade era algo de Gai, e isso ele havia ‘herdado’ do amigo ao absorver seu Sohma.

O que você tem em mente quando pensa em novos Rei Shura e Rei Yasha, Shurato? Afinal de contas, você é o antigo Rei Shura, e o Gai, bem...

Hyuuga tentava tomar cuidado com as palavras que dizia, afinal de contas falar de Gai ainda era um tema dolorido para Shurato.

Eu não sei, não participei de eleições similares... Vocês sabem que mal eu cheguei aqui o shakti de Shura me escolheu diretamente, sem que eu passasse por qualquer escolha menos direta. Por isso perguntei a vocês, que eu imagino que tenham passado.

Isso era verdade. Eles haviam sido escolhidos pelos shaktis que envergavam graças a um processo de fortalecimento guiado, na época, por Indra. E agora cabia a eles serem aqueles que iniciariam o processo.

Especialmente Shurato.

Precisaremos envolver Rakesh também. Afinal de contas, agora ela é a nova mantenedora da paz, assim como Vishnu era.

Hyuuga sabia de parte dos processos... E também havia uma escolha a ser realizada.

Outra coisa também muito importante é que precisamos que alguém tome o lugar de Indra. Precisamos de um líder direto para isso.

Mas esse já é o seu papel, não é mesmo, Shurato?

Hyuuga havia tocado em um ponto importante. Shurato agora era o líder deles, e foi colocado no poder de maneira natural...

Vou precisar de um vice-líder, alguém que me oriente no que eu não souber. Posso ser o líder de vocês, escolhido pelo shakti de Brahma, mas eu não sou orgulhoso o suficiente para dizer que sei tudo. Preciso de mais ajuda do que vocês pensam.

Todos sorriram. O crescimento de Shurato era palpável, graças ao treinamento de fortalecimento a mente dele também havia mudado.

Outra questão também era passível de votação: Shurato precisaria de um vice-líder, um que o ajudasse na burocracia.

E não havia ninguém mais qualificado que Hyuuga, já que ele vivia junto de Indra e conhecia muito bem os procedimentos internos do Palácio de Lótus.

Todos de acordo?

Shurato queria que tudo fosse muito transparente, afinal de contas, ele não queria ver discórdia entre os seus comandados, mesmo que ele ainda não se sentisse um comandante de fato e de direito.

Todos assentiram, Hyuuga foi feito vice-líder junto a Shurato. Então era hora de organizar um torneio para ver a posição entre os guerreiros Dehva, para entender quem assumiria os papeis de Rei Shura e Rei Yasha, independente de sexo, raça ou qualquer outra coisa.

Não demorou muito para que as preparações do torneio começassem, ele ocorreria à frente do Palácio de Lótus, em uma área que estava sendo preparada especialmente para isso. A triagem para cada shakti seria separada, porque cada um tinha suas particularidades.

Os shaktis seriam ativados em estátuas quando a hora de mostrar aos combatentes chegasse, mas pelo restante do tempo eles ficariam guardados onde estavam naquele exato momento.

Vários guerreiros Dehva estavam esperando por aquela chance, quando Shurato e Gai apareceram, completando os oito guardiões sem um processo de seleção, que foi atrasado para o que estava acontecendo naquele momento.

As primeiras lutas eram travadas, truncadas, o nível era o mesmo para baixo, decepcionando os reis e rainhas entre os atuais seis guardiões, além de Shurato e Rakesh.

Era pra ser assim, tão ruim?

Rakesh não entendia de treinamento militar, estava tentando aprender para entender.

Não, Rakesh. Não era pra ser assim, tão ruim. Eu já esperava que fossem menos poderosos que os atuais guardiões, mas tão mais fracos assim é decepcionante. Vou precisar tomar uma atitude como atual general para reverter essa quantidade de guerreiros fracos.

Shurato estava decidido a ir consertando a má administração que Indra havia deixado para trás, afinal de contas, o antigo guardião havia prestado muito mais atenção em seu próprio ego do que nas necessidades do povo.

O general das forças de Dehva não era apenas o guerreiro mais forte, mas sim aquele que era o braço direito da Mantenedora, não só para lutas e administração do exército, mas também na própria administração do reino, sendo quase um rei de fato e de direito – isso se a Mantenedora não arrumasse um parceiro, claro.

Porém, houve dois candidatos que surpreenderam a todos, não só pela calma com que lutavam, mas também pelo poder demonstrado.

O primeiro era Takeru. Ele era intenso, direto ao ponto, poderoso ao ponto de ser uma boa adição ao exército mesmo se não fosse um dos oito guardiões. Ele utilizava poderes relacionados ao fogo e ao vento, o que seria uma séria adição até mesmo aos poderes de Shura.

A segunda era Kaguya. Com uma graça fria e distinta, ela vencia seus adversários facilmente, mesmo os que pareciam ser maiores e mais poderosos que ela.

Ela lutava de maneira inteligente, eficiente, calculada.

Quase como Gai fazia.

Shurato via até mesmo muitos dos trejeitos dele espelhados nos atos da menina.

Seria ela uma sucessora natural de Gai como Rainha Yasha? Isso apenas o tempo diria, mas era como se tudo fosse encaminhado.

Isso fez o Rei Brahma sorrir, entendendo que os possíveis candidatos já começavam a ser desenhados (de certa maneira), e seus poderes pareciam ser bastante promissores. Claro que precisariam de treinamento e tempo para se adequarem aos shaktis, mas isso era fácil de se lidar.

Foi quando um candidato, lutando contra Takeru, se mostrou ser mais do que apenas um desafio. Seu nome era Hidan e ele usava poderes relacionados à água e à terra, poderes que podiam anular as técnicas de Takeru naturalmente, testando a inteligência e a rapidez de raciocínio dele.

E ele não decepcionou. Vendo que suas técnicas principais não funcionavam, ele se ateve apenas às artes marciais e a uma utilização inteligente do elemento vento, acelerando seus golpes e aplicando força cinética neles.

A vitória não foi fácil, mas ele a conseguiu tranquilamente, vencendo a etapa final e conseguindo tornar-se o primeiro entre os classificados a testar a lealdade e a aprovação do shakti de Shura.

Já do lado de Kaguya teve um adversário na final que a forçou a utilizar força bruta, técnicas mais pesadas, em um estilo mais próximo ao de Takeru, e ela não decepcionou. Ela utilizava técnicas focadas com elementos de água e trevas, com os quais ela poderia gerar técnicas debilitantes, e ela fez isso mesmo.

Debilitou tanto seu adversário que aproveitou a oportunidade para se mostrar um pouco ao Rei Brahma, que ficou encabulado. Ela tentava mesmo impressioná-lo, porque sabia muito bem que o antigo Rei Yasha era amigo pessoal do general em atividade.

Os dois ficaram frente a frente aos shaktis feitos em estátua após às lutas finais, e as reações não tardaram. Eles eram, mesmo, os escolhidos.

Quando os shaktis foram vestidos, as linhas retas e torcidas que eram o padrão para Gai e para Shurato anteriormente, formavam linhas mais retas e agradáveis, até mesmo simétricas nas mãos de Kaguya e Takeru. Kaguya meditou com seu shakti, mostrando até mesmo o quanto ela era contida; Porém, Takeru transformou o shakti no hover voador, fazendo um estardalhaço ao festejar ter se tornado o mais novo Rei Shura.

Kaguya, por ser contida, não foi tão festejada como Rainha Yasha como Takeru foi como Rei Shura. O povo amava a personalidade solar e desinibida dele, ele até brincava um pouco com o povo, o que fazia com que Shurato lembrasse de si mesmo quando vestiu aquele shakti pela primeira vez.

8 Comentários

  1. Um líder se faz de atitudes e Shurato, mostrou que tem.

    Ja dizia o ditado " humildade vai adiante da honra " e reconhecer que não sabe tudo é sinal de grandeza.

    Na segunda parte do capítulo, temos inícios às batalhas, que começam num nível baixo, mas crescem com a participação de personagens chaves.


    Uma excelente introdução!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por acompanhar mais este conto, caro Rider.

      Ele ainda está em construção, pouco a frente do que está aqui, mas em breve você verá algumas reviravoltas.

      Você não perde por esperar.

      Abraço!

      Excluir
  2. Um bom começo. Como Shurato não foi nem de longe meu anime favorito na época precisei buscar imagens para lembrar da maioria dos personagens, eu nem lembrava que tinham tantos reis e rainhas.
    Vamos ver como os novos guerreiros se sairão e se, como aconteceu no passado, se tornarão oponentes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por ter lido, Norberto. Espero que goste de como o conto se desenhará.

      Excluir
  3. Legal ver uma história de Shurato por aqui, e mostrar um pouco do que aconteceu no mundo celestial após o fim do anime, o pós-batalha final e o processo de restauração do mesmo.

    ResponderExcluir
  4. Opa, uma fic sobre Shurato, que foi um dos meus animes favoritos lá na extinta TV Manchete (era o chamado "quarteto das tardes da Manchete": Cavaleiros do Zodíaco, Shurato, Samurai Warrios e Yu Yu Hakusho)...

    Interessante a evolução de personalidade do Shurato, daquele garoto barulhento e impulsivo do começo da série, para um guerreiro responsável e humilde (apesar da sua nova posição). Por um instante, cheguei a achar que iam transmigrar mais dois "candidatos" da Terra (como aconteceu com o Shurato e o Gai) para ocupar os postos vagos dos Guardiões, mas lembrei que o Shurato e o Gai foram mais exceção do que a regra.

    E, com uma nova Rainha Yasha, quem vai gostar disso provavelmente será a Lenge, que não será mais a única mulher dentre os Guardiões e terá uma nova amiga. Só acho que, se a Kaguya se aproximar demais do Shurato, a Rakesh é quem vai ficar com ciúmes rsrsrs

    Grande trabalho, Firefalcon!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por ter lido, Treinador. Claro que eu ainda tenho muito o que desenhar nessa história, mas pode ter certeza. Vai ter muita coisa que a história original não teve.

      Excluir