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Iniciativa Mindstorm 8



a Mindstorm Produções Apresenta...



Cidade de Fantasia, casa da Rainha da Magia: Merak.
- Socorro! – dizia a imagem de uma mulher cansada e fraca, de cabelos curtos e roupas que pareciam com as de um hospital ou até mesmo laboratório. – Me ajuda, por favor!
Merak estava recolhida no chão com as mãos na cabeça. Junto dela estavam Aldo, seu pupilo, e Cassandra, sua governanta, ajudante e braço direito. Os dois olhavam preocupados enquanto Merak gritava de dor.
- Mestra! O que foi?! – Aldo se aproximava preocupado enquanto a segurava. - Você está bem?!
- É aquela mulher! – ela dizia sentindo muita dor. Aldo não entendia nada. – Está tentando falar comigo de novo!
- Mulher? Mestra... Do que está falando? Eu não...
A dor aumentava ainda mais. Merak olha para a frente e, diferentemente de antes, via a mulher agora ali, diante dela, como se fosse uma projeção.
- Socorro! – dizia a mulher. – Me ajuda, por favor!
Aldo e Cassandra não viam nada. A rainha da magia tentava falar com a projeção que aparentemente somente ela que tinha um nível alto de magia dentro de si conseguia ver. No entanto, a mulher não parava de repetir a mesma frase: “Me ajude”. A mulher estranha desaparece e leva junto toda a dor e agonia que Merak sentia. Ela é levada até seu quarto por Aldo que a coloca na cama.
- Mestra, existe alguma forma que eu possa lhe ajudar? – perguntava o detetive arcano.
- Não sou eu quem precisa de ajuda, Aldo. – respondia ao pupilo ainda com a cabeça tonta. – Mas sim a pobre mulher que apareceu pedindo socorro.
- A senhora continua dizendo isso, mas...
Antes que Aldo conseguisse concluir, uma mulher invadia o quarto seguida de Cassandra que lhe pedia desculpas por não conseguir segurá-la. Merak faz um sinal como quem dizia estar tudo bem.
- Me diga, o que houve? O que te aflige? – perguntava Merak ainda que não muito bem.
- Eu preciso da ajuda da senhora! – suplicava a mulher se jogando aos pés de Merak que assustara. – É o meu filho! Precisa ajudar ele, moça!
- Calma senhora, o que há com seu filho? – Merak perguntava.
- Está possuído! Um demônio o possuiu! Há alguns dias ele vem agindo estranho. Era um jovem tão amável, tão respeitoso, de repente começou a agir de forma muito estranha! Por favor, moça! – a mãe desesperada agarra os braços de Merak em súplica. – Não sei mais a quem recorrer! Ninguém aceita me ajudar, então me indicaram você! É minha única esperança!
- Olha, a mestra não está em condições de ajudar ninguém nesse momento. – Aldo intervém ajudando a pobre mãe a se levantar. – Mas se a senhora aceitar, eu posso cuidar do caso.
A senhora olha para Merak perdida e sem saber o que fazer.
- Não se preocupe. – dizia Merak. – A senhora ficará em boas mãos com ele. Apesar de velho e inconsequente, é muito competente e pode dar conta do recado.
- Bom, se você o recomenda...
Aldo indica a saída do quarto para a senhora olhando feio para Merak deixando claro que não gostara nada de ser chamado de velho. Merak lhe responde da forma mais inesperada o possível: dando língua para o pupilo como a jovem que era na verdade.*

*Nota: Essa história com Aldo vocês verão futuramente em Libellulus #1

Iniciativa M.I.N.D.S.T.O.R.M em:
Intervenção
Roteiro: Dan Lana         Arte: Dan Lana       Iniciativa Mindstorm, criado por Dan Lana e o Blog Mindstorm

Casa da Rainha da Magia, Merak.
A casa de Merak vista de fora era muito velha, de fato, parecia uma casa abandonada no meio do centro da cidade de Fantasia. Envolta por árvores e prédios modernos. Era quase como se fosse um patrimônio da cidade. Um grito vinha de dentro ecoando em volta e fazendo os pássaros ali perto voarem assustados. Merak caíra da cama com muita dor de cabeça enquanto era acudida por Cassandra que a ajuda a voltar pra cama enquanto Merak se sentava em posição de lótus.
- Eu preciso encontrar essa mulher... – dizia Merak com muita dor. – Preciso ajudar a Criança Índigo!
- E como sabe? – perguntava Cassandra que estava em pé do seu lado. – Como sabe que essa moça da aparição é uma Criança Índigo?
- Porque há somente dois tipos de pessoas capazes de realizar Projeção Astral dessa forma. Alguém com grande conexão mágica e uma Criança Índigo. Não senti ligação mágica naquela projeção, então só pode ser uma Criança Índigo.
- E a senhora percebeu isso com uma projeção rápida? Nossa... – Cassandra se espantava mesmo sabendo o quão poderosa era a conexão de Merak com o campo mágico. – Mas ainda assim, como a senhora pretende encontrar essa Criança Índigo se não há ligação mágica?
- O Campo da Magia e o Campo da Paranormalidade são como duas linhas que caminham juntas. – explicava Merak. – Em tese, elas não se encontram, mas alguém com dons paranormais pode, em casos extremos de descontrole, criar ondulações no Campo da Paranormalidade, fazendo com que uma energia estática seja criada entre os dois campos.
- Entendi. – dizia Cassandra. – Essa energia estática deixa um rastro de Paranormalidade, não é isso?
- Exatamente, Cassandra! – dizia Merak orgulhosa. – Só que esse rastro só pode ser visto pela Rainha da Magia ou alguém com conexão ao Campo da Magia semelhante. E como eu sou a Rainha da Magia...
- Só a senhora pode seguir seu rastro! A senhora é incrível!
- Eu sei. – ela fechava os olhos se concentrando. – Agora por favor me deixe sozinha para me concentrar, ok? Isso não será nada fácil.
- Certo, estou me retirando.
- E Cassandra...
- Sim?
- Pare de me chamar de senhora, ta? Temos quase a mesma idade.
As duas sorriem uma para a outra e então Merak fecha os olhos novamente se concentrando. Merak então entra em um nível alto de meditação que a leva ao Campo da Magia. Ela busca pelo rastro da Paranormalidade que se apresentava com a cor Índigo. Ao seguir o rastro, ela vê um homem envolto por ele. Esse homem parecia estar numa espécie de velório ou algo parecido. Estava cercado de pessoas em ternos pretos e conversavam em vietnamita.
Châu Đốc, província de An Giang. A casa de Dung Ngo.
Dung na verdade estava em sua casa recebendo visitas após o funeral de sua avó. Ao seu lado estava o homem conhecido como Star Commander, mas que para sua família era meramente An-toan, militar a serviço do exército e amigo pessoal. Fora também ex namorado da avó de Dung. Merak observava a tudo como uma projeção astral também. Ela podia sentir a tristeza do rapaz.
Dung via aquelas pessoas todas entrando e lamentando o ocorrido, relembrando os bons momentos, mas ele só queria se esconder e chorar em um canto como um garoto de cinco anos faria. Star Commander tocava seu ombro naquele momento.
- <Ela está em paz agora, garoto.> - dizia o comandante sorrindo para o rapaz que o olha. - <Viveu uma vida linda e plena, graças a você. Pode ter certeza. Ela deixará saudades.> - o comandante então faz uma cara de pensativo, como se lembrasse do passado. - <Muitas saudades!>
- <Comandante... O senhor está falando da minha avó, não se esqueça.>
- <Hahahahahaha> - o comandante ria um tanto sem graça. - <Me desculpe, garoto. É que pra mim, sua avó é muito mais do que isso. Ela foi o grande amor da minha vida.>
Dung sorri ao ouvir aquilo. Ele gostava muito do comandante, era como uma figura paterna para ele. Voltava a olhar para a sala de sua casa. Via outros heróis do Vietnã ali, entre soldados do exercito e com super poderes. Ele bate levemente no copo com um garfo chamando a atenção de todos e, quando estava prestes a dizer algumas palavras, desaparece como mágica.
Cidade de Ponte Alegre.
Era a época da Semana Farroupilha**. A população se reunia em uma grande festividade com desfiles e muita música tradicional gaúcha. Estavam todos caracterizados de forma adequada, trajando bombacha, lenço, guaiaca, chapéu, tomando chimarrão e celebrando nas ruas. Marinny cobria o evento para o Primeira Hora. Ela, assim como todas as mulheres ali, estava usando um lindo vestido de prenda.
- Eu adoro a Semana Farroupilha! – dizia um rapaz vestido a caráter, mas que segurava uma câmera e tirava fotos sem parar. Parecia acompanhá-la. O cabelo mal podia se ver, já que estava coberto por um chapéu, no entanto, podia-se ver pelas costeletas que eram ruivos. Tinha algumas sardas no nariz e bochechas.
- É linda realmente, João. – ela comentava olhando maravilhada até que algo lhe chama a atenção. – Mas to achando que vamos ter problemas aqui.
O fotógrafo não entendera nada até que Marinny apontava para um grupo de rapazes segurando garrafas com um pano preso a elas.
- Ai caramba... – dizia João aflito. – O que a gente faz, Mari? – ele se vira para ela, mas vê que a jornalista havia sumido. – Mari?
** Nota 2: Semana Farroupilha é um evento festivo em homenagem aos líderes da Revolução Farroupilha.
O grupo começa a arrumar confusão no meio da festa enquanto que alguns deles jogam o coquetel molotov na direção do prefeito da Cidade que participava do desfile, mas, aproveitando a confusão, Marinny aparece vestida como Sonido disparando ondas sonoras fazendo a garrafa levitar até ela que a envolve numa espécie de esfera de contenção criada com seu poder concentrado em suas mãos, onde ela agita com ondas sonoras fazendo a garrafa explodir lá dentro sem causar danos a ninguém. Os revoltosos se assustam com ela e correm desesperados apenas gritando contra o prefeito.
- O senhor está bem, prefeito? – perguntava a heroína se aproximando do político.
- Oh, sim. – o prefeito respirava aliviado. – Graças a você, Sonido. Se não tivesse aparecido...
- O senhor pode sempre contar comigo, Sr.Prefeito. Agora, quem será que eram aqueles...?
Antes que pudesse completar a frase, a heroína some como num passe de mágica deixando o prefeito confuso.
Cidade de Azevinho.
O jovem Jehu caminhava pelas ruas da cidade ainda tentando entender o que havia acontecido com ele.
- Que loucura... – ele pensava enquanto passava por um bairro mal cuidado e barra pesada. Enfiava as mãos no bolso de sua jaqueta enquanto deixava escapar um ar frio de sua boca. Estava um dia frio e com cara de que uma chuva cairia logo. – Será que eu poderia limpar essas nuvens com meu poder?O que o Irmão Wilder diria?
A imagem de Wilder morto em seu colo transformado no guerreiro Inca conhecido como Trovão em meio aos escombros da sua antiga morada lhe invadia o pensamento. Uma lágrima escorria de seu rosto que Jehu enxugava em seguida.
- Não... O irmão é um traidor da fé Inca. Não merece essa lágrima... Eu preciso, eu... Preciso sair das sombras dos Filhos do Trovão...
Ele enfim chega à sua nova casa - um pequeno apartamento alugado num dos bairros mais perigosos de Azevinho. – O síndico parecia lhe esperar. Era um homem já velho, careca e gordo. Usava uma camisa listrada, calça social e suspensórios quase arrebentados. Parecia que nunca tomava banho, pois estava sempre fedendo.
- Sr.Jehu, recebi reclamações de barulhos vindos do seu quarto outra vez. – reclamava o síndico que enxugava o suor em sua testa constantemente. – Você está aqui apenas há uma semana, por favor, eu não quero ter de despachá-lo daqui.
- O senhor está certo, Sr.Dias. Me desculpe por isso. Vou procurar resolver essa questão.
- Assim espero, rapaz.
A verdade era que Jehu passara algumas noites testando seus poderes em segredo no próprio quarto e infelizmente ninguém o avisara que aparelhos domésticos poderiam sofrer com as descargas elétricas de sua transformação. Ele entra no quarto finalmente e retira de sua bolsa a Luz do Trovão.
- Ok, vamos lá... – dizia o rapaz puxando o fôlego. – Mais uma vez, só espero não botar fogo em nada...
Ele se preparava para se transformar uma vez mais no Imparável Trovão quando desaparece como mágica.
Lagoa dos Cristais, aquele mesmo dia.
Roger Rodrigues e Marcus Miranda, o casal de namorados também conhecidos como os recém heróis Radiante e Magnífico respectivamente estavam em uma construção parada usando seus uniformes. Eles pareciam treinar para entender melhor seus poderes. Os acompanhando estava um homem de camisa rasgada mostrando a barriga e um short colado na bunda. Quem o olhasse daquela forma, jamais imaginaria que ele e Tina Scious, uma das grandes drags da boate Miss Liberdade eram a mesma pessoa. Tina assistia os dois testarem seus poderes e ficava encantada com a demonstração.
Radiante voava envolto por uma energia que usa para disparar raios contra Magnífico que levitava vigas de ferro ali as usando como um escudo protetor. Em seguida, Magnífico usa as mesmas vigas para prender Radiante que cai no chão com o peso.
- Vai escapar como agora hein, amor? – dizia Magnífico se vangloriando.
- Você vai ver, “amor”. – respondia Radiante com ironia ao dizer amor.
O herói enfim concentra sua energia em todo o corpo fazendo com que ela irradiasse por toda a viga aumentando seu calor e a derretendo. Radiante então vai pra cima de Magnífico que, impressionado, tenta usar a mesma técnica que usara contra o Bisão de Aço***. Ele desfere um raio de plasma de sua boca, porém, Radiante parecia não sentir nada e seu uniforme parecia intacto.
***Nota 3: Ler Radiante & Magnífico #1
- Essas roupas são incríveis, Tina! – dizia Radiante olhando para si maravilhada.
- Eu diria que são magníficas. – brincava Marcus.
- Aff... Você vai mesmo adotar esses nomes pra nós? – dizia o outro herói. – São meio bregas, não acha não?
- Ai, xuxu... – Tina se intrometia. – Qual a graça se não for brega? Convenhamos... Super-homem, Homem-Aranha, Homem Morcego, Super Dan... Esses nomes não são a última tendência do estilo...
- Enfim... – Radiante dizia revirando os olhos. – Agradeça novamente ao seu primo por nós, sim?
- Que bobagem, querido! – dizia Tina abraçando os dois. – Não há nada que agradecer. Nós é que somos gratos e felizes por saber que nosso bairro onde crescemos está bem protegido por esses Super Heróis fabulosos!
Radiante e Magnífico se olham um tanto sem graça enquanto Tina os solta indo pegar suas coisas. Quando os dois heróis estavam prestes a dizer algo, desaparecem bem diante dos olhos de Tina.
- Err... Ok... Isso é parte dos poderes de vocês? – ela olhava em volta confusa não vendo ninguém além dela naquela construção. – Gente, é sério. Se for, não tem graça nenhuma!
Uma pequena casa em algum lugar nas proximidades de Campo Frio.
Tudo parecia bastante calmo por ali. A casa ficava próxima a uma floresta com um pequeno lago por perto. Dom preparava umas omeletes para comer enquanto se lembrava das vezes que viajava com seu irmão e sua mãe e ficavam naquela mesma casa. Ele ficara feliz que ninguém além deles sabiam daquela casa, e de que a chave continuava escondida no mesmo lugar que se lembrava. Sua lembrança feliz é cortada quando Ben aparece entrando repentinamente na casa.
- Ben? O que houve, irmão? – perguntava Dom preocupado. – Parece que viu um urso ou coisa parecida.
- É pior do que isso, mano. – dizia Ben ofegante. – O papai...
- Nosso pai? – Dom se preocupava querendo não ouvir o que Ben diria em seguida.
- Sim... O desgraçado nos encontrou! Vamos, precisamos-
- Precisamos revidar! – cortava Dom. ele então pega as luvas que haviam roubado e as joga para Ben.
Os dois logo escutam a movimentação lá fora. Dom tenta acalmar Ben e e então se posiciona próximo à porta enquanto Ben se posicionava com as luvas em suas mãos. Alguns homens vestidos com trajes de espiões cercam a casa onde eles estavam e quando a invadem, tudo o que vêem é uma fumaça, eles haviam sumido como mágica.
Casa da Rainha da Magia, Merak.
Um portal arcano surge na sala de Merak transportando Dom e Ben que olhavam confusos e viam outras pessoas ali também.
- Mas que merda é essa, mano? – perguntava Dom.
- Não faço ideia, Dom... Não faço ideia... – respondia Ben tentando entender a situação também.
Continua em Iniciativa Mindstorm Nº 2...

Querem saber como essa história vai acabar? Como será que os heróis foram parar na casa de Merak? Terá sido um feito da Rainha da Magia? Serão eles capazes de ajudá-la? Fiquem ligados nas próximas edições!

3 Comentários

  1. Bravo!! Muito bom, muito mesmo, perfeito!! Merak sem qualquer preocupação simplesmente os está reunindo e vai provavelmente mostrar a eles o que está por vir e que eles precisam agir, vai ir deles quererem se unir ou não! Achei diferente, criativo e coletou digamos assim a todos no momento em que a maioria está indecisa sobre o futuro de suas vidas visto seus poderes e novos acontecimentos! Estou com grandes expectativas para o que preparastes para este grande encontro e, me sinto vendo os filmes da Marvel e me preparando para o filme dos Vingadores! Sem palavras meu amigo, muito bom, parabéns por mais esta obra!

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  2. Concordo plenamente com Lanthys. E uma grande honra ter um cara como você no mind. Você se propôs a criar e dar vida ao mindstorm de um modo diferente e único.... parece até a liga da justiça.

    Parabéns, Dana!!!

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  3. As histórias anteriores que pareciam não ter quaisquer ligações entre si através de Merak, se unem.

    Qual será o segredo e como encontrar a criança Índigo?

    Parabéns!

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