Jiraiya R - Neo Changeman - Taazan. Batalha Paralela - Conclusão.

Olá Tokuleitores!

Espero que tenham gostado da primeira parte desse crossover, criado como uma sincera homenagem a dois títulos que eu curto muito.

Mais uma vez, antes de lançar a conclusão que, confesso, me tirou algumas horas de sono, tamanha a preocupação com a qualidade do texto, se iriam gostar ou não, mas... Ufa, vamos lá...

Agradeço mais uma vez aos incríveis escritores Lanthys LionHeart e Renato Marqxx, que me deram a permissão para brincar com os seus "filhos"... Espero sinceramente que curtam esse final.

E, sem mais delongas... Boa Leitura!

JiriAYA

Neo 

Changeman

Taazan.

batalha

 paralela

Conclusão

7. Os humanos distorcidos não ligavam para suas vidas, agora tudo era apenas Lorde Gan e por Lorde Gan eles se sacrificavam de bom grado, partindo para o confronto sem nenhum tipo de estratégia, apenas contando com a superioridade numérica e violência.

Muita violência.

Havia dado certo com outros, até mesmo em ataques de larga escala, os Riders funcionavam como uma literal nuvem de gafanhotos, cobrindo uma área, infectando todas as pessoas que encontravam e então seguindo em frente, com suas fileiras aumentadas.

Mas agora não eram pessoas comuns que se colocavam diante deles, mas guerreiros, muitos querendo a liberdade de seu mundo, outros querendo encerrar aquela luta e voltar para suas respectivas realidades, onde sabiam que eram necessários.

Taazan usava suas duas espadas, as lâminas brilhando mais do que nunca, a cada onda de ataque, os monstros eram cortados em várias partes, provocando uma verdadeira chuva de sangue negro, que tingia o chão ao redor do guerreiro, que permanecia mudo.

Neo Dragon espelhava o silêncio do companheiro, também preocupado com quem deixou em seu mundo, ele usava sua NeoBlade com habilidade extrema, cada ataque era fatal, não podia permitir que um inimigo ferido continuasse atacando ou tentando surpreender algum de seus colegas ao se fingir de morto.

Jiraiya segurava firme o cabo de sua espada com as duas mãos, não podia se dar ao luxo de prender a arma na dura carapaça dos inimigos, por isso dava preferência a golpes nas juntas e articulações das armaduras naturais dos Riders e, assim como seus jovens colegas, dividia a atenção no combate, com a preocupação com seus entes queridos.

O que todos tinham em comum também era que cada inimigo atingido não se levantava mais.

- Onde você Achou esses caras meu amor!?

- Em outras realidades Jin!

Kei Yamashi e Jin Takayama precisavam gritar para que suas vozes soassem mais altas que a cacofonia de urros inumanos dos Riders, fosse por ódio, dor ou morte, o barulho dos monstros se sobressaia a qualquer outro.

Anri dava apoio aos dois amantes, os braços de sua armadura transformados em canhões laser, destroçando não só os inimigos, mas deixando crateras fumegantes por onde os feixes de energia eram direcionados.

Era um grupo de resgate pequeno, por isso era mais fácil um cuidar da retaguarda do outro, por isso conseguiam fazer frente a cada onda de ataque vinda do verdadeiro mar de monstros que se lançavam contra eles.

Mesmo assim era questão de tempo até serem subjugados.

Todos contavam com o plano de Sayaka para saírem de lá com vida.

Alheia ao que acontecia no campo de batalha, a cientista permanecia ajoelhada e, contrariando toda uma vida dedicada à razão e ao conhecimento, ela se pegava rezando diante dos três artefatos.

Sem erguer sua cabeça Sayaka não percebeu um leve brilho que começava a circundar os objetos.

Kei Yamashi não tinha tempo para pensar se a parte que cabia a sua companheira, que havia ficado na base, daria certo, usando sua katana e todo o conhecimento que recebera de seu finado pai e irmão mais velho, ela conseguia se manter razoavelmente ilesa, nenhum monstro havia causado algum dano considerável.

- Obrigada amor…

Claro que ajudava ter um bestial Amazon como seu amante e aliado.

Os disparos de Anri eram precisos, fosse em uma rajada mais ampla, destruindo vários inimigos de uma só vez, ou num fino feixe contínuo que, muitas vezes, passavam a poucos milímetros dos corpos de seus companheiros.

Um desses disparos fez explodir a cabeça de um Rider, que se aproximara sorrateiro de Neo Dragon.

O guerreiro, ao perceber o que acontecera, assim que tirou uma quantidade generosa de massa encefálica de seu capacete, acenou positivamente com a cabeça na direção da androide, em sinal de agradecimento.

No instante seguinte ele eviscerava outro monstro que tentara um ataque frontal.

Logo ao lado Taazan e Jiraiya acabaram batendo suas costas, ao dar alguns passos para trás, deixando que alguns dos inimigos se aproximassem e, após um breve sobressalto, seguido de um cumprimento silencioso, ambos se prepararam.

Jiraiya executou um corte ascendente, desenhando um arco perfeito, cortando ao meio um dos monstros, num corte que começava na virilha e subiu até fazer com que metade da cabeça e do corpo caíssem totalmente separados, servindo de distração para dois outros que vinham pelos flancos da dupla.

Taazan aproveitou e com uma estocada dupla, usando as espadas que continuavam a brilhar, mesmo em meio a todo sangue que lhe sujava as lâminas, manteve as criaturas tremendo como marionetes sem cordas que pendiam, caindo logo em seguida, assim que ele puxou as armas de dentro de suas cabeças.

O ninja aproveitou o golpe alto do guerreiro metálico e, se abaixando e usando o corpo do companheiro para atrapalhar a visão de outros monstros que se aproximavam rapidamente, aplicou um golpe horizontal, cortando as pernas dos inimigos, que desabaram aos pés de Taazan, tentando se recuperar da queda.

Antes de terem tempo sequer que apoiar as mãos nos chão, Jiraiya e Taazan trataram de cortar-lhes as cabeças.

Quem acompanhasse tal batalha realmente acreditava que o esforço hercúleo dos heróis seria o suficiente para acabar com a ameaça, mas era necessário lembrar que o próprio Lorde Gan assistia a tudo, imóvel como uma estátua.

Começou como um zumbido baixo, que foi aumentando pouco a pouco, fazendo por fim com que os guerreiros, após eliminar mais alguns inimigos, acabassem por se reagrupar, percebendo que o barulho era uma maneira do imenso monstro de controlar seu exército de riders, que cessaram o combate e se afastaram, criando uma área circular ao redor dos rebeldes.

- O que esse desgraçado quer agora e…

- Essa não… Jin… Olha ali!

Atrás das cruzes onde permaneciam Machineman e Patrine, se aproximavam três vultos, trajando armaduras negras, andando com uma imponência inacreditável, como alguém que tem a certeza estar cercado apenas por inofensivas formigas.

Com uma calma mais impressionante ainda, dois deles empunharam espadas enquanto se aproximavam dos heróis capturados.

No instante seguinte as lâminas pareceram brotar dos corpos de Patrine e Machineman, que não tiveram tempo de gritar, conseguindo apenas soltar um suspiro conforme a vida ia deixando seus corpos.

8. O urro inumano partiu de Jin e ecoou pelo campo de batalha, dando vazão ao ódio sentido por suas colegas rebeldes e também pelos visitantes dimensionais, que apertavam com mais força os cabos de suas armas.

- Os generais…

Anri apenas acenou com a cabeça na direção de Kei como forma de resposta, aquela era uma situação que elas haviam antecipado, mas que torciam para que não acontecesse.

O literal oceano de riders abriu caminho, conforme os três guerreiros de armaduras negras iam se afastando dos heróis que haviam acabado de matar, como se não fosse nada, como alguém que esmaga uma barata.

Exatamente o que os inimigos eram para eles.

- Garotos… - Jiraiya, o mais experiente e, ele não admitiria, mais velho dos visitantes, percebeu rapidamente o perigo que se aproximava. - Não conversamos muito, mas pelo pouco que percebi vocês são importantes demais para seus mundos… Por isso, talvez a Anri consiga levá-los de volta à base…

- Desculpa aí… Tio… - Neo Dragon foi o primeiro a responder, mesmo com o deboche, não tirava os olhos de um dos inimigos recém chegados, um que andava de uma maneira incomodamente familiar - Torço para que a força terrena escolha outro para continuar minha luta caso eu morra aqui, mas não poderia me encarar, nem aos meus companheiros, se eu fugisse dessa luta…

- Concordo… - Taazan sentia um nó na garganta crescendo por que, antes de seus colegas, ele percebeu de imediato a identidade de um dos três generais. - E mesmo que eu pudesse sequer cogitar a ideia de ir embora, com a chegada desses… Eu…

A frase morreu quando os inimigos finalmente entraram na área cercada pelos Riders, que continuavam em seus lugares, salivando em antecipação pelo reinício do combate.

- Anri…

- Estou pronta Kei eu… Não!

Sem qualquer aviso Jin, o Amazon Alpha avançou contra os generais, garras estendidas diante do corpo, prontas para destruir os responsáveis pelas mortes dos companheiros que eles haviam tentado resgatar.

Um ataque devastador, que teria destruído dezenas de Riders.

Nem sequer chegou perto dos generais.

Uma lâmina negra, que crepitava de energia, descreveu um arco perfeito, terminando por destroçar parte do peitoral do Amazon, bem como cortar pela metade o braço direito dele, jogando-o longe como se não fosse nada.

E para eles, era exatamente isso que a ameaça havia representado.

Nada.

O guerreiro avançou rapidamente, a espada com a lâmina erguida acima de sua cabeça, pronto para desferir o golpe final, que foi interrompido a centímetros da cabeça do Amazon caído.

- Ele é quase da família.. - por sob sua máscara, Toha se esforçava para disfarçar o quando estava difícil manter a arma do outro contida. - Não ficaria bem para mim ver uma versão da minha irmã chorando pelo seu amado... Por... Isso... Se afasta!

Nunca antes Jiraiya precisou aplicar tamanha pressão para afastar uma espada inimiga, mas assim que ele conseguiu, aproveitando a velocidade, girou a espada ancestral num corte horizontal que visava o pescoço do inimigo.

Com relativa facilidade seu ataque foi bloqueado e então ambos ficaram forçando suas lâminas, não cedendo um centímetro sequer, os olhos por debaixo dos visores estavam quase à mostra por conta da proximidade.

Para eles era como se não houvesse mais nada ao redor.

Taazan usava suas duas espadas com as lâminas brilhando, bloqueando todos os ataques, usando a força aplicada contra ele a seu favor, girando o corpo e desferindo ataques, mas todos eram defendidos pelo outro general de Lorde Gan.

O jovem não ousava falar, tamanha sua concentração, pois sabia que qualquer brecha que ele abrisse, seria seu fim, por isso ele realmente se entregou ao combate e, assim como Jiraiya, deixou de lado tudo ao seu redor.

As lâminas da espada de Neo Dragon e de seu oponente criavam faíscas cada vez que se chocavam, forçando os dois a dar, ao menos, um passo para trás, a cada ataque efetuado, ambos não perdiam tempo tentando se defender.

Eles sabiam que o primeiro ataque a acertar poderia ser o que definiria aquela luta.

- São os Generais Kei... - Anri pousou ao lado da líder da resistência, enquanto acertava vários Riders com os canhões em seus braços. - Precisamos nos retirar e...

- Não! Todas as peças estão no tabuleiro Anri... Precisamos acreditar que a Sayaka vai conseguir... Não temos outras opções, nem teremos outra chance como essa... Temos que encerrar tudo nesse momento.

Apesar de não concordar, a androide se calou e continuou a abater o máximo de inimigos de que era capaz, cobrindo tanto Kei quando Jin, mas não conseguia evitar olhar, muitas vezes por cima do ombro, na direção da versão adulta da criança que ela amou como se fosse seu filho.

Taazan compensava a força superior de seu inimigo com uma destreza quase sobrenatural, usando suas espadas tanto para o ataque quanto para defesa.

Ainda assim o general de Gan não se intimidava, não parecendo preocupado com sua integridade física, assim como os seus colegas, ele se concentrava nos ataques, não apenas buscando, mas forçando, brechas na defesa de Taazan.

O primeiro corte quase custou-lhe um braço, resultando na queda de uma das espadas, deixando-o com o suficiente apenas para se defender fragilmente com a outra arma, de ataques contínuos que não davam chance alguma do jovem guerreiro sequer pensar em se recuperar, ou contra atacar.

Seus companheiros não estavam se saindo muito melhor.

Neo Dragon sentia gotas de suor brotando de seu rosto, fazendo-o balanças a cabeça numa tentativa de evitar que alguma lhe forçasse a fechar algum dos olhos, dando finalmente a brecha que seu inimigo iria aproveitar.

A habilidade dele, no entanto, não conseguiu evitar uma série de golpes, que resultaram em micro explosões pela extensão de sua armadura, jogando-o para trás, mal conseguindo erguer sua neo Blade para se defender de um novo ataque do general que o enfrentava.

Enquanto os dois travavam uma disputa de força Jiraiya recebia outro corte superficial no braço esquerdo, doía muito, mas não o suficiente para que ele abrisse sua guarda, conseguindo evitar um golpe seguinte e, aproveitando a inércia da defesa do general, o ninja girou e conseguiu atingir o ombro da armadura negra, ao mesmo tempo que conseguia bloquear um novo golpe da espada de lâmina negra.

Toha também suava por dentro de sua armadura, mas apesar da dificuldade em atingir o inimigo, ele começou a sentir que ambos estavam no mesmo nível de habilidades, na verdade pareciam parelhos até demais, lembrando-o de alguns combates de seu passado e permitindo que ele conseguisse olhar de soslaio ao redor.

O ninja notou as dificuldades de seus companheiros, tanto os que, assim como ele, haviam vindo de outras realidades, como os que já viviam naquele mundo, completamente cercados pelos humanos transformados em monstros.

O plano surgiu num relance, começando de modo perigoso, mas calculado para que, se lhe custasse a vida, talvez seus companheiros teriam alguma chance, ao menos, de conseguir tempo para que o plano de Sayaka desse certo.

A cientista permanecia na base, em total frenesi, usando de todas as maneiras ao seu alcance para ativar as relíquias antes que fosse tarde demais e todos os seus colegas rebeldes, seus amigos, sua família, morressem ou tivessem um destino ainda pior nas mãos de lorde Gan.

Sayaka deu-se alguns instantes de respiro, indo até um monitor próximo, sem conseguir evitar um suspiro de pena por causa das inúmeras trincas que se espalhavam pela tela, mas tal sentimento logo foi esquecido, ao ver como estava a situação no campo de batalha.

Levada pela frustração e dor da iminente perda, ela acabou lançando tudo o que estava ao alcance contra os expositores das relíquias e, ao falhar em destruir as paredes transparentes, caiu de joelhos, lágrimas fartas banhando seu rosto.

- Vocês nos prometeram ajuda… Por que não nos ajudam então?

Ela se ergueu e saiu do laboratório, disposta a salvar seus amigos ou morrer tentando, mas assim que se afastou poucos metros, uma luz invadiu o corredor, seguida pelo som de algo sendo destruído.

Ao voltar Sayaka viu os restos do que fora seu laboratório, um imenso rombo numa das paredes e os expositores, considerados indestrutíveis, destroçados e com pedaços espalhados pelo chão.

Com um imenso sorriso no rosto a antiga Change Mermaid correu, a esperança reacendida no coração.

De volta ao campo de batalha, Jiraiya aproveitou um contragolpe de seu inimigo para poder girar por sobre as costas dele, retirando de um compartimento secreto em sua fivela algumas shurikens.

No instante seguinte, o general que parecia prestes a matar Taazan urrou de dor, quando três estrelas de metal se enterraram pela extensão do braço que empunhava sua espada, dando assim a chance para que o jovem guerreiro dourado acertasse um chute certeiro no peito dele, rolasse pelo chão, derrubando dois riders no processo, recuperando sua espada e lançando-a contra o inimigo que lutava contra Neo Dragon.

O Neo Changeman viu o projétil e se lançou contra o inimigo que enfrentava empurrando-o, mas tal ataque foi contido facilmente com uma mão apenas do general.

Exatamente da maneira que o herói queria.

Neo Dragon, sentindo uma profunda dor no coração, agarrou o punho que lhe segurava e o torceu, deixando o braço coberto pela poderosa armadura negra, no caminho da espada de Taazan.

Um urro inumano ecoou pelo campo de batalha, enquanto o general, sem um dos braços, dava passos cambaleantes para trás.

Ao mesmo tempo, usando a espada que lhe sobrara, Taazan abria um rombo no peito do general que estava enfrentando Jiraiya e o ninja, por sua vez usou a espada ancestral para desarmar, arrancando as duas mãos daquele que deu tanto trabalho para o guerreiro dourado.

Feridos como nunca, desde que haviam se tornado generais de Lorde Gan, os guerreiros de armaduras negras conheceram o medo da morte e deram passos incertos para trás, pretendendo fugir por entre os centenas de Riders que, também surpreendidos, haviam cessado o ataque.

“NÃO”

A voz demoníaca foi mais sentida que ouvida, quando Lorde Gan estendeu a mão livre na direção dos seus generais feridos.

Os heróis aproveitaram para se reunir, mas antes de sequer trocarem uma palavra, vozes conhecidas soaram da fileira dos inimigos.

- Não!

- Por favor!

- Isso não!

De repente tanto os generais quanto os Riders começaram a derreter, formando poças imundas de um líquido negro e mal cheiroso.

Mas o que fez congelar o sangue dos heróis, foi que, no caso dos generais, primeiro as armaduras derreteram, deixando à mostra os rostos daqueles que haviam abraçado as trevas de Lorde Gan.

Rostos que traziam dor e desespero a todos os heróis, os daquele mundo e os de fora.

Pois eram rostos de parentes, amigos, amores.

Um dos heróis, no entanto, via um reflexo distorcido de seu próprio rosto.

Pois os generais eram…

Jaspion.

Tsurugi Hiryu.

E Toha Yamashi.

9. O silêncio foi longo e absoluto.

Os guerreiros vindos de outras realidades continuavam em choque, mesmo que já imaginassem as identidades dos generais, pois vê-los morrendo daquele jeito era algo que jamais teriam cogitado.

Os dois mais jovens, Taazan e Neo Dragon viam seus pais se dissolvendo.

Jiraiya via a si mesmo, pele quase alva, olhos negros e vários filamentos que vinham de seu pescoço e lhe cobriam boa parte da cabeça.

Lágrimas vermelhas molhavam os rostos dos generais, conforme seus corpos, assim como o dos riders, iam se dissolvendo.

- Chega! - a voz, que soava como algo misto de três outras vozes, ecoou pelo campo de batalha, atingindo não apenas os ouvidos dos poucos que se mantinham ainda de pé, mas seus corpos e, eles poderiam jurar, até suas almas. - Inúteis… Completamente inúteis!

O gigante negro conhecido como Lorde Gan apenas acenou com a mão livre e os servos que ainda não haviam sido totalmente dissolvidos, viraram cinzas e se espalharam aos ventos criados pelo movimento do monstro.

Agora eram apenas o gigantesco vilão e os principais insetos loucos que se colocaram em seu caminho para a conquista daquele planeta.

Em nenhum outro local do universo, desde a união entre Dokussai, Satan Goss e Bazoo, um lugar ofereceu tamanha resistência aos avanços do câncer galático e nem mesmo a união das criaturas riders com seus generais foram o suficiente para derrubar os malditos humanos.

Aquilo acabaria ali.

Quando o primeiro passo de Lorde Gan foi dado finalmente os recém chegados puderam ter uma noção do tamanho do tirano, ao perceber como ele estava longe e o quanto se aproximou com apenas um movimento.

- Esse incomodo acaba agora… - ele parou e ergueu um dos pés. - Morram!

E então ele pisou.

E um verdadeiro milagre aconteceu.

Por reflexo todos que iam ser esmagados fecharam seus olhos, a única que permaneceu com eles abertos era Anri, cujas sinapses nervosas, principalmente as referentes à dor, haviam sido desativadas a tempos, por isso ela viu como todos foram salvos e foi a primeira a colocar as mãos nos ombros dos colegas, mostrando que todos ainda estavam vivos.

Diante deles flutuavam as três relíquias e ao redor se formava um domo de energia. Que continuava a resistir à pressão exercida pelo imenso pé de Lorde Gan.

“Guerreiros de outros mundos” a voz ecoou nas cabeças de Jiraiya, Neo Dragon e Taazan “Sua coragem nos trouxe de volta à vida, assim como falamos para a cientista Sayaka...”

“Deixe que eu faça as apresentações... Sou conhecido como Ultraman Zero, ou apenas Zero, e fui o responsável por termos conseguido chegar até esse planeta... Ao meu lado estão Ultraman e Ultraman Mebius...”

Diante apenas dos olhos dos três guerreiros vindos de outras realidades, que pareciam aos seus companheiros estarem em transe, olhando para as relíquias, a imagem de três guerreiros trajando armaduras coloridas falavam diretamente para suas almas.

“M-78, o nosso belo planeta da Luz foi um dos primeiros a cair diante das forças de Lorde Gan, fomos pegos totalmente de surpresa e, mesmo tendo conseguido reagir, foi tarde demais... Ultraseven, um dos maiores guerreiros da ordem Ultra e também meu pai, conseguiu tempo para que eu, usando meus poderes dimensionais, pudesse fugir com os outros dois únicos sobreviventes e para, nessas formas de uma cápsula, um visor e uma pulseira, chegarmos até essa Terra...”

Imagens surgiam nas cabeças dos três guerreiros, de como um planeta, repleto dos maiores heróis do universo, caiu diante das forças do monstruoso câncer galático.

“Infelizmente não conseguimos chegar antes de Lorge Gan e, por causa de sua influência nociva, não havia a menor possibilidade de nos fundir com nenhum habitante desse mundo, provavelmente nenhum de toda essa realidade.”

“Por isso vocês foram convocados...” agora aquele que se intitulava simplesmente de Ultraman, o primeiro de toda uma geração de gigantes da luz, se voltava para os interlocutores “Acreditávamos que, se alguém viesse de alguma realidade livre da influência de Lorde Gan, a fusão seria possível...”

Nesse momento Taazan, Jiraiya e Neo Dragon trocaram um olhar significativo, de quem entendia para onde aquela conversa seguia.

“A coragem demonstrada por vocês... “ Quieto até o momento, Mebius decidia falar “Decidindo sacrificar suas vidas por um mundo a que não pertencem, colocando em risco até mesmo os seus mundos natais, bem como as pessoas que amam, foi o suficiente para nos tirar da inércia em que nos encontrávamos... Mesmo assim, e exatamente por isso, precisamos perguntar...”

- Não é necessário... - Neo Dragon tomou a frente do trio, sobressaltando até mesmo os doutros três aliados que permaneciam à parte da conversa. - Acho que falo pelos meus companheiros quando digo que não podemos deixar, sob hipótese alguma que esse monstro saia vitorioso desse local...

- Sim... - era a vez de Taazan se pronunciar. - Isso precisa acabar, aqui e agora... Não tem como voltarmos para casa sabendo que demos as costas para um mal desses...

- Os garotos falaram muito bonito... - Jiraiya ainda tentava disfarçar o nervosismo, provocado pela possibilidade de não voltar para casa, com um ar jovial. - Por isso não resta mais o que discutir... Vamos lá!

Ele tirou seu capacete e então estendeu a mão até o visor, sem precisar de qualquer explicação, levando-o até ficar diante de seus olhos.

Neo Dragon colocou a pulseira.

Taazan pegou e ergueu a cápsula.

E então aconteceu.

Nova e silenciosa explosão de luz que fez a maioria dos presentes a desviar o olhar.

Quando a luz se dispersou estavam diante de Lorde Gan os três últimos sobreviventes do planeta M-78.

Ultraman.

Ultraman Mebius.

Ultraman Zero.

Kei, Jin e Anri permaneciam parados, todos como que congelados com tal visão, que lhes enchia os corações num misto de esperança e temor.

Só despertaram quando ouviram a aproximação de algo muito grande, se prepararam para a luta, mas finalmente relaxaram ao reconhecer o que restara de um dos velhos veículos dos Changeman.

Sayaka não poderia perder o desfecho daquela luta, por isso tratou de entrar no Land Changer e seguir até o campo de batalha, parando ao lado de seus aliados e, assim que todos haviam se acomodado dentro do imenso veículo, ela tratou de seguir para uma distância mais segura, mas que permitisse a todos assistir o que estava prestes a acontecer, descendo assim do veículo, mas deixando-o pronto para partir caso fosse necessário.

Antes que qualquer um dos gigantes de luz pudessem se ajustar aos seus novos hospedeiros Lorde Gan girou sua imensa espada por sobre a própria cabeça e desferiu um poderoso golpe que acertou em cheio o peitoral de Zero, jogando-o longe.

Mebius e Ultraman conseguiram se defender de novos ataques do monstruoso inimigo, que parecia se mover por meios arcanos, deixando a espada de lado e socando os dois oponentes, apresentando uma velocidade não condizente com seu tamanho.

Desse modo, seus punhos permaneceram alguns segundos forçando os braços cruzados dos ultras, que se esforçavam para permanecer no mesmo lugar, mas seus pés começaram a formar sulcos no chão, indo pouco a pouco para trás.

Com outro movimento absurdamente rápido ele puxou os punhos para trás, desequilibrando os gigantes de luz e antes que eles pudessem se recuperar, voltou a socá-los, dessa vez quebrando totalmente a defesa de ambos, fazendo-os cair por sobre Zero, que tentava se levantar, avaliando a gravidade do ferimento em seu peito.

Os três caíram embolados, tentando desesperadamente se recuperar antes que o inimigo usasse da sua velocidade e os atacasse outra vez.

Ao invés disso Lorge Gan caminhou calmamente e retomou a espada, fixando o olhar nos inimigos eu iam se levantando devagar, tentando prever de onde viria o próximo ataque.

Outra vez o tirano nada fez, deixando todos os presentes apreensivos e temerosos.

Ali estava um vilão que não se sentia ameaçado pela força de três Ultras à sua frente.

Mebius tomou a dianteira, dando um espetacular salto, tentando acertar um chute no peito do inimigo, mas acabou tendo seu pé agarrado e, como se não fosse nada, Lorge Gan o arremessou contra Zero, que ainda sentia a dor do corte em seu peito.

O primeiro Ultraman conseguiu encaixar uma sequencia de socos, golpeando com força titânica a cabeça e o tronco do monstro, mas novamente seus esforços foram em vão, pois ele acabou sendo afastado por um movimento do braço direito de Lorde Gan, que disparou uma energia negra, que fez o Gigante da Luz literalmente voar para trás.

Os três se ajudaram a levantar e, por causa dos extensos danos e ferimentos, tentavam permanecer em posições de defesa, esperando por ataques que não vinham, Lorde Gan tinha uma defesa praticamente impenetrável e seus contra ataques eram devastadores.

Por isso ele permanecia em uma posição calma e concentrada.

“Isso não está indo muito bem...”

“Zero está certo… Mas o que podemos fazer?”

“Não podemos nem sequer pensar em desistir ou recuar Mebius, precisamos achar um ponto fraco...”

Aos hospedeiros só cabia a posição de observadores enquanto os Ultras travavam aquele diálogo mental.

“Só se...”

“Zero… Não...”

“Ultraman, meu pai se sacrificou para que pudéssemos chegar até esse planeta, e a união só foi possível pois os três vieram de um lugar não infectado pelo desgraçado… Temos uma chance… Eles só precisam aceitar...”

“Podemos dar nossa opinião?” Era Toha, o mais velho dos três hospedeiros quem se via quase na obrigação de falar com os Ultras.

Todos os seis agora se encontravam numa comunicação astral, era como se flutuassem num espaço multicolorido sem gravidade, mas podendo se comunicar mentalmente, mesmo que no mundo real ainda estivessem lutando.

“Existe uma possibilidade...” Zero abaixou a cabeça, enquanto os outros dois apenas cruzaram os braços sem se voltar para seus hospedeiros “podemos tentar aprofundar o nível de nossa fusão, isso pode nos deixar mais poderosos, talvez o suficiente para derrotar o maldito, mas...”

“Mas...” Taazan e Neo Dragon falaram quase que em conjunto.

“Se a fusão nesse nível demorar demais existe o risco de se tornar permanente...” o primeiro Ultraman tomou a palavra “Não podemos pedir para que você corram esse risco e...”

“Faça.” Jiraiya fitou intensamente o Ultraman Zero, que começava a esboçar uma reação, devidamente cortada pela determinação do ninja. “Faça.”

“Muito bem...” o gigante de luz olhou rapidamente para seus companheiros e então estendeu a mãos para seu hospedeiro. “Devo dizer que é muito corajoso...”

“Na verdade esse desgraçado me deixou irado, por causa de tudo o que fez nesse mundo, nessa realidade... Quero muito uma chance de chutar a bunda dele”

Se fosse possível, Zero estaria sorrindo.

Assim que as mãos se tocaram os dois foram envolvidos por uma luz cegante que, mesmo no plano astral, forçou os demais a fecharem seus olhos.

Tal brilho se fez presente no mundo real, envolvendo o imenso corpo do Ultraman Zero, fazendo todos os presentes desviarem o olhar, exceto,Lorde Gan que permanecia com sua postura calma e plácida.

Num piscar de olhos humanos a fonte de luz cobriu a distância que o separava de Lorde Gan, ressurgindo a poucos metros de distância, desferindo um golpe descendente com o que parecia ser a lâmina de uma espada.

O ataque foi aparado pelo tirano.

A onda de choque resultante do contato entre luz e trevas alcançou os expectadores, derrubando-os no chão, sem ter tido tempo sequer de registrar o que estava acontecendo.

Quando conseguiram voltar o olhar para a batalha perceberam que o impossível havia acontecido.

Lorde Gan dera um passo para trás e seus pés abriam verdadeiras trincheiras conforme ele fazia força nos braços, segurando firme o cabo de sua espada e sendo lentamente empurrado para trás pela força de seu oponente.

A luz começou a dissipar e logo foi possível ver quem estava conseguindo fazer frente ao tirano.

Era Zero, mas ele estava diferente.

Suas cores, Bem como vários detalhes de sua armadura, agora pareciam com as de Jiraiya, mas o mais impressionante é que ele empunhava uma gigantesca versão da Espada Ancestral, a principal arma do ninja.

Era essa a fusão final e perfeita entre um gigante de luz e seu hospedeiro.

Não houve tempo para os expectadores se recuperarem de tal surpresa e logo parecia que outros dois sóis explodiam em meio ao campo de batalha.

Um rugido obrigou o grupo de rebeldes a cobrir seus ouvidos, mas era como se o som reverberasse por seus ossos e ele sentiam seus corpos tomados por tremores, mas, ainda assim, a esperança haviam renascido, primeiro quando haviam conseguido trazer guerreiros de outras dimensões, depois pela fusão deles com os gigantes de luz ter funcionado.

A nova imagem que desdobrava diante de seus olhos, no entanto, ia além de qualquer sonho mais insano de liberdade que pudesse ter passado por suas mentes.

Ultraman Mebius exibia majestosas aras coriáceas vermelhas, sua armadura também era um misto dele com Neo Dragon e sobre o novo guerreiro que surgia, uma imagem espectral de um dragão se sobrepunha a dele, mostrando que o dentetsu do neo Changeman alcançava um novo patamar de poder.

O monstro mítico abriu a bocarra e então um jorro de chamas brancas atingiu em cheio o corpo de Gan, ao mesmo tempo em que Zero saltava, deixando o caminho livre para o fogo, cujo calor podia ser sentido pelos rebeldes, mesmo àquela distância entre eles e o campo de batalha.

- Isso… - a cientista dentro de Sayaka estava estupefata. - Isso deve ser uma chama comparável ao fogo que arde dentro das estrelas…

A Lorde Gan restou cruzar os braços diante do corpo, usando também sua espada para se defender do incandescente ataque, mas, mesmo assim, era possível ouvir sua armadura negra chiar até que pequenas rachaduras começavam a se espalhar por todo seu corpo.

Nunca antes o câncer galático fora ferido daquela forma.

Mas o pior ainda Estava por vir.

O primeiro guerreiro Ultra, que havia visitado a Terra a muitos anos atrás, flutuava a alguns quilômetros de altura.

Ele também exibia uma mescla de sua forma original com a da armadura metaltex de Taazan, nas costas portentosas asas douradas se abriam ao máximo e nas mãos, estendidas dos lados do corpo, começavam a surgir duas versões das espadas usadas pelo guerreiro.

Mais uma vez um movimento que só podia ser captado pelos sensores óticos da androide Anri, que não conseguiu conter as lágrimas ao ver aquela versão do filho que lhe fora negado, arrancado e assassinado, em todo seu esplendor.

O voo do Ultraman criou uma lufada de vento que forçou os expectadores a firmarem seus pés, senão, com certeza, teriam ido ao chão.

O destino das lâminas foi a espada de Lorde Gan, assim que Mebius cessou o ataque flamejante, fazendo com que o tirano perdesse o equilíbrio, dando alguns passos incertos para frente, não conseguindo evitar a destruição de sua arma, cujos pedaços se espalharam por centenas de quilômetros.

Incredulidade total.

Os rebeldes, que haviam vivido e sofrido pelo jugo do tirano por anos, mal podiam conter a felicidade que brotava em seus peitos.

Lorge Gan, que já havia se acostumado com vitórias em todas as suas investidas, agora se encontrava sem rumo, os espíritos imundos que haviam se unido para formar o câncer galático, pareciam agora gritar de desespero, não querendo morrer outra vez.

Além deles outro também não podia aceitar a derrota.

O monstro de armadura negra cambaleava, cada pisada levantava nuvens de uma terra morta, assim como todas as áreas onde ele havia passado, enquanto conquistava aquele mundo.

“Agora!” foi o grito mental efetuado por seis almas.

Zero/Jiraiya realizou um ataque frontal.

Mebius/Neo Dragon seguiu pelo flanco direito com uma versão gigante da Neo Blade em punho.

Ultraman/Taazan seguiu pelo outro lado com suas espadas.

Três ataques que carregavam não apenas a justa retribuição de seis guerreiros, mas de toda uma realidade, de todos os planetas dominados, de todas as pobres vidas encerradas de forma tão violenta e injusta, direta ou indiretamente pelas mão de um tirano.

Naquele dia o câncer galático gritou, um grito que soava com três vozes distintas.

E uma quarta que se sobressaia às demais.

Assim chegava ao fim o domínio de Lorde Gan.

Os Ultras se afastaram, pois a explosão de energia negra ainda poderia feri-los, se mantendo a uma distância segura viram o que restara do tirano seguindo para o espaço profundo numa coluna negra que ficou jorrando para o alto durante alguns minutos.

Dentro do jorro era possível perceber as silhuetas de Satan Goss, Bazoo e Dokusai, além de uma quarta, que deu a impressão de fitar com um ódio inacreditável os três Ultras que ficavam para trás.

Quando apenas o silêncio reinou no campo de batalha os gigantes de luz trocaram um olhar significativo e, após uma nova explosão silenciosa de luz, reverteram as suas formas originais.

A seus pés estavam Neo Dragon, Jiraiya e Taazan, que retiravam os capacetes e inspiravam com sofreguidão o ar, que finalmente parecia limpo e puro, após se livrar da pestilência de Lorde Gan.

Todos estavam suados e cansados, mas sorriam uns para os outros, vindos de realidades distintas, salvar aquele mundo forjara uma ligação que nunca se partiria, e os sorrisos só aumentaram quando viram um veículo, que apenas um deles conhecia, se aproximar, trazendo as versões dali de pessoas tão amadas.

Abraços e cumprimentos foram trocados, sorrisos e lágrimas se misturavam naquele momento em que palavras seriam completamente inúteis, planos começavam a ser feitos, festas planejadas, mas em meio a tanta felicidade, com dor em seu coração Ultraman Zero se voltou aos humanos a seus pés.

“Sinto muito...” sua voz ecoava nas mentes de todos “Não poderemos esperar. A hora é agora… Vi finalmente quem conseguiu reunir os três monstros que, junto com ele formaram Lorde Gan… Eu já devia imaginar quando nosso mundo foi atacado.”

“Você acha que...”

“Não acho Mebius, tenho certeza de que foi Belial quem reuniu tamanho poder maligno, por isso precisamos ir embora. Agora.”

Todos entenderam.

A forma que Sayaka havia encontrado para trazer os heróis de outro mundo se revelava como Zero, o guerreiro ultra que podia saltar de uma realidade para outra, por isso, com a iminente partida dos Ultras, a confraternização teve de ser encurtada.

A felicidade rapidamente deu lugar à tristeza do adeus, mas promessas foram feitas, de que, se fossem novamente necessários, eles poderiam chamá-los outra vez.

Todos sabiam em seus íntimos, no entanto, que muito provavelmente nunca mais iriam se ver.

Novos e demorados abraços foram trocados, agradecimentos aos guerreiros que, apesar de serem por demais importantes em seus mundos, arriscaram suas vidas por aquela realidade.

Taazan, Neo Dragon e Jiraiya prometeram jamais esquecer aquela experiência.

Ultraman Zero se colocou diante deles e, após um aceno positivo com a cabeça para aquele que fora seu hospedeiro, estendeu a mão direita sobre os salvadores e então uma luz multicolorida começou a cobrir os três.

- Bem garotos… - Toha ia desaparecendo pouco a pouco, assim como os outros dois. - Foi uma honra lutar ao lado de vocês…

- Com certeza… - Taazan exibia um sorriso.

- Absolutamente… - Ryuichi o imitou.

Então ambos disseram em uníssono:

- Tio!

Em meio a risadas todos desapareceram.

- Eles não vão se lembrar de nós não é Sayaka?

- Não tenho certeza Kei… Se tudo deu certo foram devolvidos poucos instantes após terem sido trazidos… Devem voltar como saíram, em meio a alguma noite de sono…

Anri abraçava a si mesma, lágrimas ainda caíam de seus olhos, provando o quanto humana era sua alma.

Sem outra palavra os três gigantes de luz se lançaram ao espaço, onde iniciariam uma caçada ao responsável por toda a dor perpetrada por lorde Gan.

Belial não imaginava o que estava em seu encalço.

Kei Yamashi e Sayaka Nagisa se juntaram a Anri em um emocionado abraço.

Após alguns minutos Jin Takayama as tomou em seus braços, deu um longo beijo no rosto de sua amada e fez com que elas se voltassem para o Land Change.

- Vamos lá moças… Temos um mundo para reconstruir.

E assim eles fariam, uma árdua jornada se descortinava diante deles, mas eles enfrentariam tudo que se colocasse em seu caminho, sem titubear.

Sem desistir.

Pois era isso que faziam os heróis.

Assim faziam as lendas.

FIM?