Jiraiya R #5 - Ação em Hollywood.

Olá Tokuleitores!
Mais um capítulo de Jiraiya R, trazendo mais personagens antigos para os holofotes!
E não enrolemos demais!
Boa leitura!

Jiraiya R #5
Ação em Hollywood.

Jiraiya e seu amigo não podiam fazer nada a não ser observar enquanto tudo ao redor era destruído pelo fogo. Mal conseguiram escapar quando o incêndio começou, na verdade.

De repente, seus pensamentos foram interrompidos por duas colunas de fogo, que surgiam do lado deles, se erguendo aos céus para depois descer rapidamente, quase os acertando em cheio, forçando os dois a rolar para longe.

Isso fez Jiraiya se lembrar se seus ferimentos recentes, quando ele tentou se apoiar para levantar, apertando a mão que havia sido queimada, sentindo ainda certa dor.

 
Vendo isso seu companheiro sacou de seus coldres, localizados ao lado de suas pernas, duas pistolas personalizadas, criadas exatamente para ele, por um dos melhores fabricantes de armas do mundo, algo que sempre o enchia de orgulho.

- Aguente firme companheiro... Deixa as coisas comigo agora. Seja lá quem estiver nos atacando vai ter que se ver com Lenin Wild!

XXX

Dias atrás, Manabu entrou correndo no apartamento da família Yamashi, extremamente ofegante, pois correra demais, além do que sua atual capacidade física aguentava. Ele entrou sem bater no quarto de seu irmão e:

- Ahhhh! – Agnes cobriu seu corpo com uma mão, usando a outra para lançar uma adaga na direção da porta, o rapaz escapou por pouco, apenas porque ela o reconhecera, segundo antes dela jogar sua arma. – Manabu?!

- Manabu? – Era Toha quem surgia, saindo do banheiro do quarto. - Você ainda não aprendeu a bater?

- Eu nem sabia que a Agnes tava aqui...Você não me falou nada disso no telefone ontem.

Toha, ainda contrariado e envergonhado pela situação, concordou, se vestiu e saiu do quarto deixando que Agnes se arrumasse e seguiu com seu irmão para a cozinha, começando a preparar o café da manhã.

Manabu, com a boca cheia de pão e café, contou que estava investigando umas pistas recentes na central de polícia quando chegou a notícia de que um apartamento tinha explodido, se surpreendendo, pois era no prédio em que o novo Barão Owl estava hospedado.

Ele ligou para Toha, mas este aparentemente não estava em casa:

- Aliás, eu acho que não preciso perguntar por que você não atendeu o telefone, né mano? Ai! – Manabu levou um soco na cabeça e continuou. – Eu fui até o hospital e fiquei sabendo que era mesmo o quarto do Jonh. Então acabei vindo aqui prá te avisar.

Toha decidiu que os dois deviam ir imediatamente para o hospital, Agnes ficou no apartamento para cuidar de Fenrir. Logo depois de pegar a espada e a armadura ancestrais, os irmãos estavam no carro. No trajeto Toha aproveitou para contar sobre a luta contra o Kanin Dragon.

 
- Primeiro os Corvos e agora o Kanin Dragon? Mano, o que está acontecendo?

 
- Não faço ideia Manabu, mas vou descobrir. Ah, chegamos.

Eles logo estavam com Jonh Moore e este, apesar dos ferimentos, contou o que havia acontecido: a explosão inesperada e os estranhos ferimentos em forma de mãos, vistos por transeuntes, que os médicos lhe relataram quando ele acordou, já no quarto do hospital.

Ele descreveu o que conseguiu ver do atacante e ficou claro que não era o Kanin Dragon, em seguida o Barão estendeu algo para Toha:

- Os médicos disseram que acharam esse bilhete em minhas roupas.

Toha o leu e ordenou que Manabu o acompanhasse. Já fora do Hospital eles pegaram o carro e foram direto para o aeroporto e, uma vez lá, ele mandou Manabu ir até a casa da família, para avisar Agnes que ele tinha ido para os Estados Unidos e também para ele ir até o apartamento do Barão Owl, para procurar pistas e achar o uniforme do Barão, uma vez que, segundo o próprio Jonh, ele estava sem ele no momento da explosão.

Sem mais explicações saiu do carro e entrou no aeroporto. Manabu seguiu as ordens do irmão e quando estava longe se lembrou de algo:

- Putz! – Ele bateu na própria testa. – Esqueci de contar sobre a Benikiba e a Valérie!

Mas era tarde demais, pois Toha já se encontrava no avião, com o bilhete ainda em sua mão “Esse foi o primeiro, é melhor dizer adeus ao astro.” o ninja não precisou pensar muito para saber de quem se tratava.

Lenin Wild, o ninja americano, havia voltado para seu país de origem e treinado muito. Acabou por desenvolver uma nova técnica, a chamou de Gunnjutsu e até abriu um Dojo, mas estava com dificuldades para achar discípulos e acabou indo para Hollywood, se tornando um treinador de dublês.

Ele planejou toda a coreografia de luta de um filme chamado Equilibriun[1] que diziam ser melhor do que Matrix. Wild, na época, mandou ingressos para que Toha e Agnes fossem até a América para assistir a estreia.

Infelizmente o filme não agradou a crítica e não fez muito sucesso. Os dois ninjas mantinham uma comunicação direta fosse por cartas ou e-mails e ele sabia que o amigo estava às voltas com uma continuação do filme. Depois de umas tentativas Toha conseguiu falar com o americano e pediu para que esse fosse encontrar com ele no aeroporto.

 
A viagem transcorreu de forma tranquila e logo estava pousando. Uma vez no aeroporto ele encontrou o amigo, em roupas comuns, que o aguardava com uma placa dizendo “ninja Jiraiya”.

- Você não perde a mania de brincar hein?

 
- Claro! É o que me mantém jovem. Venha, vamos comer alguma coisa e você me diz o que está acontecendo, sei que não veio até aqui tão de repente só prá me ver por causa de saudades.

 
Os dois comeram num café próximo dali e Toha relatou todos os últimos acontecimentos “isso já está ficando repetitivo, acho que vou comprar um gravador e usá-lo toda vez que precisar contar essa história...” Toha terminou e ambos ficaram em silêncio por uns instantes até que:

- Então você e a Agnes hein? Finalmente... Estava começando a te estranhar meu amigo...

- Você não prestou atenção no que eu falei? – Toha estava visivelmente constrangido – Está correndo perigo e...

- Eu sei, eu sei, calma. Foi brincadeira, poxa. Eu sei dos perigos meu amigo... Aliás, você percebeu que estamos sendo seguidos desde o aeroporto não? – Diante da afirmativa do outro ele continuou. – Que tal irmos para outro lugar? Um com menos inocentes?

 
- Sim. Vamos.

- E não se preocupe. Quem está nos seguindo deve ser tão novato quanto o filho do Barão, por isso ele foi pego tão facilmente. Agora com a gente vai ser diferente.

Horas depois os dois estavam no meio do cenário abandonado do filme Equilibriun dois, ambos vestiam suas roupas “de trabalho”.

- E eu pensei que era o único a usar roupa nova. Gostei do modelito Jiraiya. Hehehe...

- A sua roupa também não está tão ruim assim. A original era horrível.

Os dois riram, mas logo foram interrompidos por uma explosão de fogo que devastou parte do cenário. Foi a primeira de uma série, que acabou com tudo ao redor dos dois ninjas.

XXX

- Saia de onde estiver garoto! Está na hora de enfrentar uma lenda viva!

O desafio pareceu surtir efeito, pois logo uma figura saiu caminhando do inferno que ele mesmo havia causado. Quando puderam ver melhor quem era os dois ninjas se surpreenderam.

“Roupas brancas e detalhes flamejantes” fora o que o Barão Owl havia descrito e os dois perceberam que o inimigo não era outro senão...

- Eu sou Kanin Chan Kung Fu. E vou acabar com as tais lendas vivas.

- Essa não... – Jiraiya abaixava a cabeça desanimado. - Outro Morto voltando à vida?

CONTINUA...

[1] Esse filme existe mesmo... Apesar de não ser tão bom quanto Matrix vale a pena ser visto. Também é interessante para melhorar o entendimento das técnicas do Lenin Wild e sua visualização.

                                                          Lenin Wild