No
entanto, estes mesmos chefes, quando se confrontavam com Vegeta, sofriam
pesadas derrotas e muitos deles se tornavam leais a ele. Diferente dos demais
chefes de sua raça, Vegeta adotava um sistema meritocrático. Ou seja, os homens
em seu exército eram escolhidos não por parentesco e sim por mérito e esforço
próprio. Mas, mesmo com todo o seu poder e influência de que dispunha, não raro
ele sofria alguma tentativa de assassinato, por vezes até de membros de tribos
aliadas. Mas, felizmente, no fim todas essas tentativas malograram. E também
volta e meia pipocava alguma revolta nessas tribos, as quais eram severamente
reprimidas. Porém nada disso impediu o crescimento de seu poder e prestígio
entre os membros de sua raça. Alguns deles inclusive o viam como um enviado de Lesnor,
o deus da guerra do panteão saiyano. Outros também chegaram a pensar que Vegeta
se tratava do lendário Super Saiyano (o guerreiro invencível em combate que
segundo a lenda surge entre os saiyanos uma vez a cada mil anos). Seu poder era
baseado em lealdades de chefes tribais e uma casta de sacerdotes, muito
poderosos e influentes por sinal. Alianças essas que, com muita diplomacia e
negociações, Vegeta III costurou com muito cuidado e esmero.
Passados
mais alguns anos, muitos chefes achavam que já estava na hora de iniciar com a
guerra contra os tsufurianos. Porém Vegeta mais uma vez mostrou seu pulso
firme, dizendo com razão que ainda não era a hora adequada para entrarem em
guerra. Haja vista que os tsufurianos são a maioria no Planeta Plant, com 80%
da população. Entretanto, pairam no ar sinais de crise demográfica dentro dos
tsufurianos: embora eles sejam a maioria da população do Planeta Plant, a nível
demográfico eles, há alguns anos, vem passando por uma estagnação e até mesmo o
início de um inverno demográfico, já que as famílias tsufurianas não têm tido a
mesma quantidade de filhos que outrora tinham. Antes, eram comuns famílias
tsufurianas com 4, 5 ou mais filhos. Hoje, já há um considerável número de
famílias que não tem mais que um ou dois filhos. Ao passo que os saiyanos,
embora vivam nos lugares mais inóspitos do planeta, ainda assim fazem a parte
deles e continuam a ter prole numerosa. Por conta desse ascendente problema
demográfico, os tsufurianos têm tido certa dificuldade em repor os efetivos do
exército real mortos em combate.
Estamos
no ano 720 de nossa era, e Vegeta, já com todos os saiyanos unidos sob sua
égide, enfim vê que chegou a hora da guerra. Todos os seus súditos estão
ansiosos para enfim iniciarem a guerra. Isto tudo foi acompanhado de um
discurso motivador de Vegeta e seu sacerdote principal, Bambuu. “A hora enfim
chegou. De mostrarmos aos arrogantes tsufurianos quem somos nós de fato. Não
somos mais escravos deles! A era da tirania deles está com os dias contados, e
nós, nós vamos tomar as cidades deles uma por uma, até que o poder deles enfim
se torne história!”, diz Vegeta III a seus guerreiros. “Mostraremos a aqueles malditos
que eles já não mandam mais no Planeta Plant que nem antes, e que diante de
nossa força a tecnologia toda deles no fim das contas de nada vale! O que vale
é a nossa força, não as máquinas que eles possuem, pois sem elas eles não
passam de uns inúteis!”, diz Bambuu. “Quem está conosco?”, pergunta Vegeta III.
Um guerreiro saiyano responde “eu”, que é seguido por outras respostas
similares por parte de outros guerreiros.
Pouco
antes de entrar em guerra, Vegeta foi prometido a uma garota saiyana chamada Trei,
da tribo Olv. Ele prometeu a sua amada que trará vitória aos saiyanos na
guerra. Os tsufurianos, por sua vez, ignoram o perigo que está por vir. O fato
é que eles já perderam o controle da situação já faz algum tempo, principalmente
após as forças de Vegeta terem aniquilado com seus aliados. E, por conta da já
citada crise demográfica deles, o peso de uma derrota para os tsufurianos é
consideravelmente maior que para os comandados de Vegeta III. Entretanto, os
senhores do Planeta Plant ainda têm fé de que suas modernas armas e veículos
mais uma vez colocarão os “bárbaros atrasados e ignorantes“ em seu devido
lugar.
Enfim,
a guerra começa. Da mesma forma que um bando de leões, antes de atacar uma
manada de búfalos ou de zebras, geralmente procura por animais idosos e/ou
doentes, ou mesmo filhotes, para assim isolar um deles e só assim pegá-los para
ter a refeição do dia, Vegeta procedeu de forma similar antes de iniciar a
guerra. Afinal, ele mesmo, como um caçador experiente, durante muitos anos,
observou a maneira de agir de muitos dos animais do planeta Plant, em especial
as táticas de caça dos animais predadores e a maneira como eles faziam para
apanhar as presas. E sabia que deveria agir de modo similar na primeira fase da
guerra.
Vegeta,
ciente de que o poder tsufuriano já sofria de algumas debilidades, não começou atacando as defesas fronteiriças de
forma afoita e desordenada. Enviou batedores às áreas fronteiriças para
descobrir eventuais pontos fracos nas defesas, e a medida que estes lhes relatavam
os pontos fracos delas (entre elas áreas muito mal vigiadas, áreas fortificadas
em péssimo estado de conservação e até mesmo brechas nas defesas), escolheu a
dedo os pontos a serem atacados. Foi questão de tempo encontra-las e
destruí-las com o poder de que eles dispunham.
Vegeta
também sabia que o poder central do planeta Plant não dava muita atenção às
regiões fronteiriças já faz algum tempo, próximas das fortificações defensivas.
Uma vez destruídas as defesas, ele adotou uma tática de comer pelas beiradas.
Primeiro, tratou de tomar tais povoados, os quais pouca ou nenhuma resistência ofereceram.
E, mesmo as notícias sobre a queda dos povoados fronteiriços chegando à capital
e outras cidades importantes, a indiferença dos principais políticos tsufurianos
ao perigo iminente continuou intacta. Assim, Vegeta, de forma irônica, usou na
primeira fase da guerra a mesma tática que os inimigos tanto usaram contra os
saiyanos no passado: dividir para conquistar e dominar.
Mas
a indiferença do poder central não impediu que exércitos fossem enviados para
impedir o avanço de Vegeta e seus comandados. Estes, geralmente desorganizados
e com baixa moral, igualmente mostraram-se ineficazes para fazer frente aos
saiyanos, que após pequenos problemas iniciais começaram a destruir as cidades
tsufurianos uma por uma. Como resultado, o pânico e o caos tomam conta dos
tsufurianos, cujo exército seguidamente sofrera derrotas humilhantes (nas quais
as baixas do outro lado de modo geral são baixas, embora não insignificantes).
Agora
que as defesas fronteiriças dos tsufurianos foram reduzidas a escombros, começa
a segunda fase da guerra. Importantes cidades já estão à mercê do avanço das
tropas de Vegeta III. Algumas delas até já adentraram nos subúrbios dessas
cidades. Ante o desastre iminente, alguns tsufurianos se organizam em forma de
células guerrilheiras, evitando confrontos diretos com eles, mas através de
emboscadas, ataques-surpresa e atentados, além de ataques contra a logística
das forças saiyanas.
Essa
nova forma de guerrear trouxe vários problemas para os saiyanos. Vegeta, diante
dessa situação, ordenou que a seus homens que cacem sem piedade a população
tsufuriana e matem sem piedade os líderes guerrilheiros. E que uma vez mortos
estes tenham suas cabeças expostas como forma de fazer terrorismo psicológico
para com os inimigos. Com o tempo, tais grupos foram desmantelados e
aniquilados um por um, a moral tsufuriana naufragando como se fosse um navio
após ser atingido por um iceberg e a vontade de resistir ao inimigo pouco a
pouco se esvaindo (embora não esgotada). Vegeta, no entanto, perdeu muitos
soldados, embora tenha infligido pesadas perdas ao outro lado (cuja derrota na
guerra é uma questão de tempo e oportunidade, como veremos). Se as coisas continuarem
nesse impasse, a guerra ainda se arrastará por longos anos sem que o outro lado
seja totalmente aniquilado.
Porém,
para a sua sorte, algo extraordinário aconteceu: A lua do planeta Vegeta ficou
cheia após 100 anos, e assim iniciou-se a terceira fase da guerra. Todos os
saiyanos se transformaram em macacos gigantes (Oozaru). O poder deles aumentou
em 10 vezes, e os tsufurianos, pouco ou nada puderam fazer diante dos saiyanos,
apesar de suas armas e máquinas modernas, que se mostraram inúteis diante do
poder crescente dos inimigos. Darmanin, diante do caos promovido pelos saiyanos,
assume o poder em um golpe de estado apoiado pelos tsufurianos remanescentes, porém
seu governo é curtíssimo, já que não pode fazer nada diante do avanço inimigo.
Até porque já é tarde demais para que se possa fazer alguma coisa. Ao fim de
tudo, Darmanin morreu sendo pisoteado por um saiyano transformado em Oozaru
como muitos outros de sua raça.
5 Comentários
Esse é o Pistoleiro Veloz que eu conheço.
ResponderExcluirO mestre em narrar as histórias pregressas dos personagens.
As conquistas do Rei Vegeta III vão sendo narradas de modo pedagógico e histórico.
Meritocracia é algo que valorizo e gostaria de ver nas empresas públicas.
Falo, por experiência própria...
Ainda é um sonho distante...
Vamos que vamos nessa maravilhosa saga!
Parabéns!
Realmente uma trajetória digna de uma rei conquistador e que está usando de inteligência e força para compensar a falta de tecnologia, que no fim, não faz falta alguma para eles... Não obstante, visto que já estavam em vantagem, ainda se tornaram Oozaru, agora ferrou pros Tsufurianos! Parabéns pelo trabalho Pistoleiro!
ResponderExcluirNovamente uma ótima descrição de como se deu a ascenção do rei, pontuando os detalhes com a precisão de um professor.
ResponderExcluirparabéns!
Grande narrativa e mostrando a construção de VEGETA.
ResponderExcluirA meritocracia é algo fenomenal se feita corretamente. Eu sou servidor público e reconheço isso assim como disse o Jirayrider.
Parabéns pela didática em seu texto!
O Vegeta que é retratado nessa fanfic não é o Vegeta que nós conhecemos. E sim o pai dele, sogro da Bulma e avô paterno do Trunks e da Bra. Que em vida foi o rei do Planeta Vegeta e foi morto em combate contra o Freeza.
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