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O Rei Vegeta - Capítulo 5

 

Capítulo V - Vegeta III, o novo rei dos saiyanos.

Ao término da lua cheia, restavam apenas 6% da população tsufuriana original. E os saiyanos obviamente voltaram ao estado normal. Enquanto seus inimigos ainda estavam transformados em Oozaru, várias vezes os tsufurianos tentaram cortar fora a cauda dos saiyanos, sabendo que sem a cauda a transformação em Oozaru se desfaz. Mas quase todas as tentativas foram fracassadas: a cada 10 tentativas, no máximo 2 ou 3 delas tinham sucesso.

Estamos no ano 729 de nossa era. Alguns tsufurianos, vendo que a guerra (já em seu quarto estágio) estava perdida, fugiram do planeta Plant, jurando vingança a Vegeta III e toda sua linhagem por toda a eternidade, a ponto de lançarem maldições. “Um dia nós ainda se vingaremos de vocês, saiyanos!”, um desses sobreviventes disse, de sua nave espacial, ao ver de uma distância segura o Planeta Plant pela última vez. “Vegeta, soberano e líder supremo dos saiyanos, amaldiçoado seja você e toda a tua linhagem! Que todas as maldições e pragas do Universo recaiam sobre você e toda a sua linhagem por toda a eternidade! Nós nunca esqueceremos o nosso destino, e um dia ainda se verão conosco!”, outro disse também após abandonar o planeta natal em uma nave.

Os últimos bastiões da resistência tsufuriana foram destruídos, e um ano mais tarde, nenhum deles mais restava em Plant. A guerra enfim terminou após a tomada de Sitrusar, a capital de Plant. Ante o poder esmagador dos saiyanos, foi questão de tempo Sitrusar cair e suas muralhas e fortalezas serem reduzidas a farelo. A mesma Sitrusar na qual a cabeça decepada de Vegeta II, o pai do atual soberano saiyano, foi exposta como forma de humilhação pública e mostra do poder tsufuriano. Vegeta queria capturar o rei tsufuriano, como forma não apenas de vingar o pai, como também de colocar um toque de ironia na coisa toda. Já que se há algo que Vegeta III gosta muito são ironias do destino.

Entretanto, não conseguiram capturar o rei tsufuriano, Ananasu, que milagrosamente conseguiu escapar em uma nave aproveitando-se do caos da guerra. Nada muito diferente, por exemplo, do que o xá de Khwarezm e o rei da Hungria fizeram depois que sofreram pesadas derrotas para os mongóis no século XIII, ou o rei de Portugal Dom João VI fez quando fugiu de seu país ante a invasão francesa e se dirigiu ao Brasil. O rei então foi dado como morto, e Vegeta se contentou em fazer o mesmo com o príncipe herdeiro do trono, Apelsar. Aos últimos tsufurianos, Vegeta expôs a cabeça decepada do príncipe herdeiro, um dos líderes da resistência tsufuriana, em uma grande estaca, e no fim das contas os últimos resistentes foram mortos e aniquilados sem piedade.

Vegeta foi coroado o rei dos saiyanos, com direito a uma grande cerimônia. Ao se tornar rei dos saiyanos e ser coroado como tal, Vegeta intitulou-se Vegeta III, em homenagem a seu pai e a seu avô paterno, que eram poderosos chefes tribais em vida. E, após ser coroado como o Rei Vegeta III, renomeou o nome de seu planeta. A partir de agora o Planeta passou a se chamar Vegeta, em sua própria homenagem. Em essência, Vegeta agiu de forma análoga a um leão que assume a chefia de um bando após derrubar do poder o seu antecessor. Ou mesmo como os Abássidas agiram após derrubar os Omíadas do poder no Império Árabe-Islâmico após a Revolução Abássida (750): massacraram os omíadas a pauladas durante um banquete. Ou como Šao Kahn (e antes dele Onaga) fez com Edenia e tantos outros mundos que ele conquistou em nome da Exoterra. Entre tantos outros exemplos.

Já os tsufurianos, apesar de terem sido exterminados, tiveram parte considerável de sua tecnologia herdada pelos saiyanos. Um aparelho criado pelos tsufurianos que chamou muito a atenção dos saiyanos foi um chamado rastreador, que não apenas mede em números o poder de luta de qualquer indivíduo, como também pode detectar a presença deles no campo de batalha. De acordo com tal aparelho, o Rei Vegeta possui cerca de 8.000 de poder de luta. Entretanto, tais aparelhos possuem uma fraqueza: eles estouram quando estão diante de alguém com um poder de luta que excede a capacidade de leitura deles. E, como a própria guerra contra os tsufurianos mostrou, eles geralmente estouravam quando o poder de luta em questão atingia mais de 6 mil de poder de luta (mas felizmente uma boa quantidade deles conseguiu sobreviver à guerra). E, além disso, esse aparelho não consegue acusar a presença de guerreiros que conseguem ocultar seu ki ao reduzi-lo a níveis baixíssimos.

Muitos se perguntam sobre o fato de os tsufurianos, embora antes muito poderosos e um dos povos de tecnologia mais adiantada do Universo 7, terem sido reduzidos tido sua glória de outrora reduzido a escombros e pó. Na verdade, o poder tsufuriano há tempos já apresentava sinais de esgotamento e até declínio. Antes mesmo do início da guerra contra Vegeta, eles já apresentavam sinais de inverno demográfico, e os confrontos com os comandados de Vegeta foram pouco a pouco colocando mais lenha na fogueira. Além disso, o serviço militar entre a juventude tsufuriana já não era tão desejado e tão prestigiado como antes, e até já surgiam movimentos contra o exército dentro deles, que inclusive chegavam a pregar a abolição do exército enquanto instituição.

Na política, os principais políticos tsufurianos, em todas as instâncias de poder do povo até então dominante em Plant, estavam muito mais preocupados com jogos de influência e de poder que com a ameaça que já pairava no ar há muitos anos. E não era só um ou outro político que assim agia. Vários políticos, tanto do alto quanto do baixo escalão de todas as principais forças políticas de Plant assim agiam. E isso muito indignava Darmanin e seus partidários, que sabiam muito bem não só sobre a aproximação da lua cheia como também do crescente poder de seus vizinhos. O próprio Darmanin, ciente do perigo vindouro, tentou fazer com que a lua de Plant não ficasse cheia ao lançar um raio especial nela atirado de um observatório espacial. Entretanto, os caciques da política tsufuriana lhe negaram tais fundos, sob a alegação de que isso não só era um projeto inútil e muito caro e dispendioso, como também, do alto da arrogância deles, diziam que a hora em que a lua cheia chegasse as armas e máquinas deles iriam se encarregar de tudo.

Tal situação foi minando pouco a pouco minando a fé de muitas pessoas quanto ao apodrecido e corrupto sistema político tsufuriano. Sinais de conflitos intestinos entre os próprios tsufurianos já pairavam principalmente nas regiões periféricas, insatisfeitas com a inépcia do poder central ante a nova ameaça (situação essa que, como vimos no capítulo anterior, Vegeta soube aproveitar muito bem). E as famílias tsufurianas, além de não produzirem a mesma quantidade de filhos que produziam antes, já não tinham a mesma solidez de outrora.

Como vemos, o poder tsufuriano nos últimos anos do século VII e começo do século VIII era como se fosse uma madeira apodrecida, que por fora parecia forte, mas que por dentro estava bem fragilizada e pode ser quebrada ao menor toque. E assim não foi muito difícil para Vegeta e seus comandados aniquilarem o poder tsufuriano e virarem a balança de poder dentro do Planeta Plant em favor deles. Assim, a canoa virou e quem foi derrubado para dentro da água foram os poderosos de outrora. E pode-se ver muito bem que ante o crescente poder de Vegeta os políticos tsufurianos agiram de forma similar a que agiram, por exemplo, os imperadores da China (à época dividida entre os Ťin ao norte e os Song ao sul) diante do crescente poder mongólico na primeira metade do século XIII.

O regime que Vegeta ergueu é do tipo monárquico. Em suma ele é um rei, que concentra sobre suas mãos um poder muito amplo. Tem como base de apoio uma nobreza composta pelos chefes das tribos que se juntaram a ele na guerra contra os tsufurianos, um conselho de anciãos e uma casta de sacerdotes, que cuidam de assuntos ligados à religião e ao sobrenatural. Cada sacerdote representa um Deus do panteão saiyano.

As terras de seu domínio foram divididas em várias províncias, com governadores especialmente nomeados pelo rei. Em suma, um regime completamente diferente do que era adotado pelos tsufurianos. O poder que Vegeta possui contrasta e muito com o que o antigo rei tsufuriano possuía, que era limitado pelo senado. Ele ergueu em cima das ruínas tsufurianas uma capital majestosa, Lesak. Logo após o término da guerra, os saiyanos entram em contato com um povo alienígena chamado arcosiano. Estes oferecem aos saiyanos tecnologia em troca de ajuda para encontrar um novo lar para os arcosianos. A partir de então os saiyanos passaram a fazer viagens pelo espaço e a se encontrar com outros povos alienígenas.

3 Comentários

  1. Muito bom Pistoleiro, excelentes informações e narrativas sobre o passado de Vegeta e a subida de seu pai ao trono... Parabéns pelo trabalho e construção da cronologia e acontecimentos!

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  2. A conclusão que chego, ao ver você, meu caro Pistoleiro Veloz ao unir ficção e vida real é que, independente do Planeta, as populações e os líderes agem de modo parecido com que acontece aqui.


    Corrupção, negacionismo, enfraquecimento das instituições, guerras e suplementação de um império em detrimento da ascensão de outro , mais poderoso.


    Esse é o retrato da guerra entre sayadianos, liderados por Vegeta III e tsufurianos , que eram superiores, mas entraram em decadência.

    Parabéns, amigo!

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  3. Parabéns, Pistoleiro.

    Ótimo episódio e bem encaixado em toda ordem de fatos que você pretende nos mostrar.

    Siga firme!

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