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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 28, Silêncio

E dois na sequência!!

Abraço.

28. Silêncio

- Eu imaginei que algo assim fosse acontecer, mais cedo ou mais tarde. O nível está subindo muito rápido e nós não tivemos tempo de treinar e aumentar nossos poderes... Aumentamos com o tempo e a equipe se completando, mas foi só. Eu não nos vejo mais poderosos sem uma medida mais drástica. – Disse Pedro e todos assentiram confirmando.

- Faço minhas as palavras de Pedro, e se ele, que é o mais empolgado de todos nós, diz que não nos vê mais poderosos sem uma medida mais drástica, é porque não tem mesmo. – Reiterou Fábio, dando um tapinha amigável em um dos ombros do amigo.

- Deixarei que cada um mande uma mensagem para a pessoa que mais ama e ela vai reter as memórias de cada palavra que for dita, para transmitir aos outros do jeito que julgar mais acertado. Se houver algum de vocês que quiser desistir, a hora é agora. Não haverá quaisquer sentimentos ruins de nossas partes e nem terá as memórias apagadas. Isso eu posso prometer. – Afirmou Tupã.

Nenhum dos guerreiros desistiu. Todos sabiam da importância do que estavam fazendo e mantiveram o mesmo ardor no olhar, prontos para se submeter ao que quer fosse para aumentar seus poderes.

Um a um entre os Tupangers foram se despedindo de seus entes queridos. O caso de Fábio e Amanda foi até mais simples, pois o caso deles passou por uma espécie de casamento, em que viveriam em outro lugar. O mais difícil foi dizer que não voltariam mais ao plano terreno iguais, e nem em definitivo. As mães e os pais que receberam as mensagens reagiram das mais diversas formas, porém, ao final, acabaram entendendo que não era um pedido, e sim apenas um aviso, e uma despedida.

Quando Tsukiko terminou de falar com seu pai adotivo, todas as comunicações com o plano humano foram cortadas.

Todos os Tupangers sentiram um aperto no peito, sabendo que suas vidas não seriam mais as mesmas e que seu novo lar era ali, com os deuses da terra, assumindo um poder que possibilitaria a eles proteger melhor toda a raça humana.


Plano do Caos, praticamente ao mesmo tempo

Japeusá comemorava sua primeira vitória desde que se engajara na batalha desta era. Deixar Ukhel por último tinha sido muito sábio de sua própria parte, mas ele não havia previsto que os pupilos do panteão seriam tão poderosos.

“E como eles saíram com o rabinho entre as pernas! A luta contra Uushgi os debilitou, e contra Dain os aniquilou!”, pensou consigo mesmo, gargalhando de forma insana ao final da frase mentalizada.

Ukhel sabia que tinha, mais uma vez, se tornado o bastião da defesa do posicionamento de Japeusá, apenas uma vez ele teve de se mexer, e isso foi quando ele foi contratado por outros deuses, de um amontoadinho de terra rodeado por água chamado Japão... E lá o serviço teve de ser mais completo, e mesmo assim não havia conseguido nada, porque a quantia de heróis por metro quadrado era gigantesca.

Os responsáveis pelos planos eram fracos e burros demais. Japeusá era quase como eles, mas ao menos pareceu ser um pouco mais inteligente próximo do final. Afinal de contas partira com todas as forças para aniquilar os escolhidos do panteão, e Dain ressuscitado havia se provado melhor de quando estava vivo. Uushgi minou suas forças com maestria, apenas Takhal havia se provado um completo inútil e estava ali apenas para completar o número.

Como representante da morte, não é como se ele não gostasse dos seres vivos. Para ele, para ter morte, é preciso ter vida, e não era preciso ser afobado. Porém heróis trazem esperança, trazem resistência, eliminam a conformidade e o lugar comum.

Ainda mais os heróis da terra. Preferem que a morte seja natural ao invés de causal, e aquilo nada mais era do que migalhas pra Ukhel. Ele gostava de ver a raça humana com medo dele, como algo irrefreável, que não tem solução.

Ele também não gostava de médicos, que sempre tentam retardar o processo natural de morte, mas a interferência deles era pequena demais para ser levada em consideração.

Enfim... Era chegada a hora de causar mais mortes, de se deleitar com o desencarne. Era possível ver que, mesmo sem a influência de Dain, a raça humana era belicosa, principalmente os habitantes do conhecido Oriente Médio.

Já que agora possuía o controle do antes companheiro Cavaleiro da Guerra, por que não incitar uma fagulha naquele lugar? Era compreensível o porque ele gostava tanto daquele lugar.


Plano dos Humanos, nove dias depois..

Em todos os jornais eletrônicos a notícia de que a Guerra no Oriente Médio havia sido retomada. Dessa vez, os ânimos estavam mais exaltados do que nunca. O ardor de cada parte era quase como o estopim para uma explosão ainda maior.

Os países vizinhos se protegiam do jeito que podiam; Fechavam as fronteiras, colocavam seus exércitos para evitar o transbordo da guerra declarada além do território atingido e as Nações Unidas os ajudava enviando a já costumeira ajuda comunitária, que consistia em aviões cheios de mantimentos e roupas.

Os demais países do mundo estavam de olho. Todos. Sem exceções.

Mesmo o Brasil, que já estava ocupado com uma espécie de guerra civil, não tirava os olhos do conflito, afinal de contas, o lugar era um dos mais importantes polos de produção petrolífera mundial.

Ukhel se deleitava. Soldados matavam, morriam, cometiam crimes sem perdão, sacrilégios e nada era simples, mas sempre resultava em morte.

Foi quando a cobiça surgiu na mente do Cavaleiro da Morte.

Aquele lugar era pequeno, ele havia sido privado por muito tempo de um bom genocídio, o último que ele havia tido orgasmos sem fim fora em 1939, comumente conhecido pelos humanos como a Segunda Grande Guerra Mundial.

Ele conseguiria incitar uma Terceira? Os ânimos estavam exaltados, eles haviam acabado de superar uma pandemia, a situação mundial era tensa, ainda mais com a explosão da Guerra do Oriente Médio.

Foi quando ele começou a sussurrar em mentes de generais de exércitos do mundo inteiro a respeito daquele lugar, sua importância econômica e, também, religiosa, colocando no mesmo pacote os Palestinos e a cidade de Jerusalém.

Muitos se perguntavam se aquilo era realmente necessário, mas as bandeiras levantadas eram as de uma última Grande Guerra para implacar a paz definitiva de uma vez por todas.

Por mais que a luta contra o preconceito estivesse mais em alta do que nunca, o antissemitismo havia suprimido os pedidos por paz, e por causa daquilo a perseguição aos semitas e muçulmanos havia chegado ao seu ápice...

Com uma nova Inquisição.

Todos os jornais televisivos e de Internet falavam de “A Inquisição do Século XXI”, e em como o mundo estava regredindo a respeito do trato humano e humanitário.

Toda aquela tensão agradava Ukhel, mas ele estava impaciente. Por que a Guerra não eclodia, de uma vez por todas? Era preciso usar o poder de Dain para que acontecesse?

Japeusá nada disso via, o que importava era que os Tupangers estavam fora, derrotados, e graças a Ukhel, o Caos havia sido instaurado no mundo, e, para ele, aquilo era o suficiente para que se alimentasse do medo, desespero e loucura que pairava no ar.


Enquanto isso, no Plano Mítico...

O altar dos deuses brasileiros estava, mais uma vez, vazio. Os deuses haviam se recolhido às camadas mais profundas de seus domínios, e cada Tupanger seguiu seu patrono, sendo separados uns dos outros.

Nenhum deles tinha a noção do que acontecia no mundo, toda a loucura causada ou mesmo suas implicações.

Seria o fim do mundo como conhecemos?

10 Comentários

  1. Agora sim os vilões parecem dizer a que vieram...
    Vms ver como será essa transformação pela qual os tupangers passarão e se estarão a altura do desafio que surge diante deles e vms ver se os vilões não vão subestima-los de novo.
    Muito bom Jorge

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    1. Aprendi um pouco a trazer os vilões com vocês, Norberto. A força da equipe será mostrada em breve.

      Abraço!

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  2. Grande Firefalcon!

    Saudações Jirayrideranas!

    Henshin!


    Esse é gostoso de se apreciar a escrita dos queridos colegas fictors.


    A gente aprende muito!

    Seu texto, se modo competente e único mescla elementos místicos, com fatos reais e projeções futurísticas sobre uma perspectiva metafísica repleta de espiritualidade.

    Uma espiritualidade genuína e positiva.

    A sua espiritualidade!


    Eu não duvido nada que esse cenário caótico que você nos apresentou , venha num futuro muito breve ocorrer...

    O deus da morte quer mais !
    Sua sanha é insaciável.

    Japeusá que se cuide !

    Nossos heróis se despedem de seus familiares e se recolhem no mais secreto local do Plano Mítico junto aos seus patronos da nossa mitologia.

    Não se vence uma guerra sem renúncia...

    Os Tupangers renunciaram o plano físico.


    Emocionante!

    Triste!

    Soberbo!

    Um final épico se avizinha !


    Parabéns!

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    1. Fico feliz que tenha curtido tanto, cara. Obrigado mesmo.
      Abraço

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  3. Mais um episódio épico de Tupangers, dessa vez nos deixando preocupados com o desfecho de tudo... Que tipo de treinamento terão de enfrentar, será que conseguirão todos, sem sequelas emocionais ou físicas, concluir tal treinamento... São coisas que ficam passando pela minha mente e ainda tenho receio quanto a Japeusá, parece estar se controlando ou segurando alguma ação, o que pode denotar algo muito pior vindo por aí... Vamos ver o que nos aguarda nos próximos episódios, parabéns pelo trabalho meu amigo! \0/

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    1. Você não perde por esperar, Lanthys. Obrigado por acompanhar!

      Abraço

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  4. Rapaz, agora sim!!! Vilões vieram pra valer. Os caras parecem ter acordado. Os Tupan Rangers vão precisar mostrar ao que vieram!!!

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  5. Tava real me perguntando oq aconteceria com os herois afastados, e mais uma vez vc surpreende, montando uma situação plausivel para nosso mundo real e de grande escala como fez anteriormente, afinal, morte esta na ativa e a guerra se reergueu, era de se esperar algo do tipo, no minimo, basta ver se os herois serão capazes de reverter a situação sem estragos

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    1. Sem dúvida, mano. Obrigado pelos seus comentários, eles me ajudam bastante.

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