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Força Especial Bataranger - Capítulo 4 - O dia artificial


No capítulo anterior:

O inimigo dos Batarangers finalmente se revelou. Mas quem será ele?

 

Capítulo #4 – O dia artificial

 

Passada uma semana do evento no Porto do Rio, a cidade passava por vários blecautes, no período da noite, mais precisamente das 19h até o amanhecer. A prefeitura e a Light (companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro) foram cobradas a dar explicações, mas não concluiu-se nada sobre a causa dos blecautes.

Enquanto isso, na BataBase, o comandante Lopes ordenou os Batarangers investigarem essa situação, por achar que pode ser ação de HM. Eles chegaram à Subestação Santo Antônio, no Centro, em meio à escuridão de mais um blecaute.

Eles já estavam trajados com as BataFardas e ligaram as lanternas dos capacetes.

Cris: “Vamos nos separar. Se um de nós ver algo, é só falar”.

Os outros: “Certo!”

E eles se espalharam pela subestação. Jefferson, o HM com a habilidade de iluminação, fez uma bola de luz com a mão e a iluminação da subestação melhorou 100%.

Jéssica: “Valeu, mano. Parece até que está de dia”.

Jefferson: “De nada”.

Eles continuaram a procurar. De repente, Jefferson viu um vulto se aproximando.

Jefferson: “Quem está aí?”

Nenhuma resposta.

Jefferson: “Pessoal, eu vi algo. Vou checar”.

Do nada, a escuridão voltou e Jefferson não conseguiu iluminar a subestação.

Jéssica: “Mano, o que houve? Por que ficou escuro de novo?”

Jefferson: “Não sei. Não consigo usar minha habilidade e nem ligar a lanterna do capacete”.

Aline: “Gente, aconteceu o mesmo comigo. Vi um vulto e não consigo ligar a lanterna”.

Cris: “Isso tá muito estranho. Mateus, ainda está com luz?”

Mateus: “Sim... Espera, eu vi algo! Eita, agora eu que fiquei sem luz”.

Cris: “Então, só tem você e eu, Jéssica. Vamos procurar pelos outros.”

Jéssica: “Certo!”

Os dois foram à procura dos outros. De repente, Jéssica gritou no comunicador:

“Cris, eu vi um vulto! Vou usar meu grito para ver se consigo derrubá-lo.”

O super-grito de Jéssica irrompeu por toda a subestação.

Cris: “E aí?”

Jéssica: “Seja lá o que for, fugiu. Droga, minha lanterna também apagou!”

Cris: “Acho que o tal vulto tem a ver com as lanternas apagarem”.

Aline: “Também acho”.

Jefferson: “Não só as lanternas, mas eu mesmo fiquei sem minha habilidade”.

Mateus: “E agora?”

Jéssica: “Cris, você tem um plano? Hehehe”

Cris: “Humpf... Dessa vez, não sei o que fazer.”

Aline: “Como vamos sair daqui, nessa escuridão?”

Cris: “Calma, vou tentar encontrar vocês e também encontrar o vulto.”

Ele foi andando pela subestação e viu o vulto. Cris desligou sua lanterna por um instante e ligou rapidamente. E viu uma espécie de sombra humana. Cris desligou sua lanterna novamente.

Cris: “Pessoal, acho que entendi o que está acontecendo. Parece ter um HM que vai atrás de luz.”

Aline: “Ah, tá explicado, porque eu vi o vulto e de repente, ficou tudo escuro. Ele deve ter roubado a luz.”

Jefferson: “Roubado a luz? Inclusive a minha?”

Cris: “Pois é, parece que temos um ladrão de luz, que está causando os blecautes. Vamos relatar ao comandante.”

Aline: “Tá, Sherlock, mas como vamos sair daqui, nesse escuro e só você tem lanterna?”

Cris: “É, agora você me pegou.”

De repente, um gato surgiu miando perto de Cris. Com isso, ele teve uma ideia:

“Pessoal, eu já sei como eu, pelo menos, posso sair daqui sem luz.”

Aline: “Como?”

Cris: “Só esperar”.

Aline esperou para ver que o rapaz tinha em mente. De repente, um vulto surgiu diante dela e ela sacou sua BataPistola e disse:

“Parado, ladrão de luz!”

Vulto: “Ei, ei, sou eu, Cris!”

Aline: “Cris? Como me achou?”

Cris estava de cócoras, sem sua BataFarda.

Cris: “Eu toquei em um gato. Como os gatos enxergam no escuro, a única forma era ter as habilidades de um gato.”

Aline: “Percebi. Porque você está se lambendo... Que nojo!”

De fato, Cris começou a “tomar banho de gato”.

Cris: “Argh! Ainda bem que isso é temporário... Vamos tentar achar os outros”.

Como em um jogo de cabra-cega, Aline encorou-se em Cris. Eles conseguiram encontrar os outros e se reuniram novamente.

Cris: “Nota mental: nunca mais toque em um gato”

Os outros riram.

Cris: “Ribeiro para a base. Parece que achamos a causa dos blecautes. É um HM que rouba luz. Ele roubou a luz das nossas lanternas e os poderes de Jefferson Nascimento.”

Dra. Angélica: “Ok, Cris. Vou adicionar uma atualização em suas BataFardas. São os sinalizadores. Eles têm iluminação temporária, mas dá para iluminar alguma coisa. É só apertarem a fivela dos cintos.”

Eles apertaram e surgiram os sinalizadores. Pilotando suas Batacicletas, eles foram atirando os sinalizadores pelas ruas da cidade, até chegarem à base.

BataBase – Sala de comando

Os Batarangers reportaram ao comandante toda a situação ocorrida na subestação. Depois de ouvi-los, o comandante disse:

“Interessante. Um HM que rouba luz, ou melhor, energia elétrica... A sorte que nós usamos geradores, senão também estaríamos no escuro.”

Cris: “Parece que esse ladrão de luz só aparece à noite, porque a energia volta quando amanhece.”

Angélica: “Além disso, ele só ataca estações e subestações de energia, causando os blecautes.”

De repente, Jefferson gritou:

“Gente, meus poderes voltaram!”

As mãos dele iluminaram.

Jéssica: “Legal, mano! Como isso aconteceu?”

Jefferson: “Sei lá. Cheguei aqui e os poderes voltaram. Deve ser porque eu entrei em contato com a luz.”

Angélica: “Então, a luminosidade volta quando entra em contato com outra luminosidade. Uma pena que não dá para iluminar a cidade inteira, sem que o ladrão de luz roube.”

Cmte. Lopes: “Vamos chamá-lo de Quebra-Luz.”

Angélica: “Ah, sim. O Quebra-Luz precisa da energia elétrica das subestações e pelo visto, ele não aparece com a luz do Sol. Só que não dá para ter um dia mais alongando, como acontece no verão.”

Jéssica: “Quando a gente estava na subestação, a gente tinha a iluminação do Jefferson, que parecia até que está de dia...”

Angélica: “O que disse, Jéssica? Repete!”

Jéssica: “Hã... Que a iluminação do Jefferson parecia está de dia?”

Angélica, quebrando o protocolo, deu um abraço apertado na Bataranger.

“Obrigado, Jéssica! Você me deu uma ideia!”

Voltando-se para Jefferson, disse:

“Jefferson, vou precisar de você. Vamos à DCT (Divisão de Ciência & Tecnologia). Lá, eu conto minha ideia.”

Angélica e Jefferson prestaram continência e saíram da sala.

 Os outros ficaram sem entender.

Jéssica: “Eu, hein? O que será que eu disse?”


Divisão de Ciência & Tecnologia


No dia seguinte, Angélica chamou o comandante e os Batarangers (exceto Jefferson) para anunciar sua ideia.

“Comandante e Batarangers, graças ao comentário da soldado Jéssica, eu tive uma ideia para capturar o Quebra-Luz. Jefferson!”

Jefferson surgiu com um estranho traje, revestido de lanternas.

Angélica: “Eu chamo esse traje de ‘sol artificial’. Jefferson vai usar a habilidade dele para ligar essas lanternas de LED e criar um ‘dia artificial’. Nos teste realizados, pelos meus cálculos, a iluminação do ‘sol artificial’ é em cerca de 80 mil lux, o que praticamente equivale à luz solar natural.”

Jéssica: “Uau! Meu irmãozinho vai literalmente iluminar o Rio de Janeiro!”

Angélica: “Sim. Será muito difícil o Quebra-Luz roubar toda essa luz.”

Cmte. Lopes: “E quando este ‘dia artificial’ vai ser realizado, Dra. Gomes?”

Angélica: “Hoje à noite, senhor. Já fizemos todos os testes, mesmo na correria, e deu tudo certo. Agora, é hora da prática.”

Mateus: “Vai ser sua hora de brilhar, Jeff!”

Todos riram.


Subestação Santo Antônio – Noite


Chegou a noite e ocorreu mais um blecaute, causado pelo Quebra-Luz. Os Batarangers chegaram à subestação, trajados de suas BataFardas, com exceção de Jefferson, trajado do “sol artificial”. Cris, o “mestre dos planos”, como Jéssica passou a chamá-lo, contou o plano de captura do Quebra-Luz e a realização do “dia artificial”.

Os Batarangers acenderam suas lanternas para atrair o Quebra-Luz e eis que surgiu uma sombra humana, para capturar as luzes das lanternas, o próprio Quebra-Luz.

Cris: “Jefferson, agora!”

E fez-se a luz! Era uma iluminação realmente tão forte, que parecia um dia de Sol de verão. Era o “dia artificial”.

De repente, a sombra humana foi ao chão e começou a ter convulsões. O Quebra-Luz não podia resistir à tanta luz. Depois de mais convulsões, o Quebra-Luz desmaiou.

Cris: “Ok, Jefferson. Pode parar.”

E Jefferson apagou sua luminosidade. Com o Quebra-Luz fora de combate, a energia elétrica da cidade voltou no mesmo instante.

Os Batarangers se aproximaram do Quebra-Luz para prendê-lo. Era um homem por volta dos 30 anos. Aline algemou-o, citando o Código Penal Municipal. Vendo que ele estava voltando a si, Cris perguntou:

“Para quem você trabalha?”

Quebra-Luz: “Skruk...”

E perdeu os sentidos novamente.


BataBase – Sala do comandante


Cmte. Lopes: “Mais um ótimo trabalho, Batarangers e Dra. Gomes. Graças à vossa coragem e vosso raciocínio rápido, a cidade voltou a ter fornecimento de energia elétrica.  Contudo, não sabemos quase nada sobre o Quebra-Luz. As únicas coisas que sabemos é que ele vive na escuridão e causou esses blecautes a mando de Skruk.”

Cris: “Será que não é um mendigo? Conheci vários pela cidade.”

Cmte. Lopes: “Ele não aparenta ser um mendigo, mas alguém literalmente obscuro.”

Aline: “Ele não parece ser uma pessoa ruim, só foi cooptado por Skruk. O Drago também foi cooptado, mas ele era mau-caráter mesmo.”

Jefferson: “Verdade, Aline, mas deve ser frustrante você só vir na escuridão. Pior, já nascer com isso. Enquanto eu nasci para trazer luz, o Quebra-Luz nasceu para tirá-la.”

Jéssica: “Que lindo, mano. Isso foi muito profundo.”

Jefferson: “Valeu, mana.”

Cmte. Lopes: “Bem, parece que Skruk está formando uma quadrilha de HMs para causar o caos na cidade. Primeiro, Drago causando incêndios. Agora, o Quebra-Luz causando blecautes. Isso tem método.”

Cris: “Se depender de nós, comandante, isso vai parar o quanto antes. Certo, Batarangers?”

Os outros: “Certo!”

Cmte. Lopes: “Muito bem, é assim que se fala. Dispensados!”.

Os cinco prestaram continência e saíram da sala.

De repente, o celular do comandante tocou. Quando viu na tela “Número Desconhecido”, já imaginou quem era.

Cmte. Lopes: “É você, Skruk?”

Skruk: “Sim, sou eu. Só queria desejar-lhe os parabéns por capturarem meu amigo sombrio. Vocês realmente são adversários à altura.”

Cmte. Lopes: “Você não liga se capturarmos mais de seus ‘amigos’?”

Skruk: “Lopes, no nosso esquadrão, não toleramos fracassos. Falhou, tentamos com outro. Nunca desistiremos.”

Cmte. Lopes: “Que esquadrão é esse, Skruk? Pela pesquisa que fiz, não tem Esquadrão de Elite na Corporação Ômega. Pode me explicar?”

Skruk: “Paciência, Lopes, paciência.”

E desligou.

Angélica: “Era o Skruk?”

Cmte. Lopes: “Sim.”

Angélica: “O que ele queria?”

Cmte. Lopes: “Só confirmar que o Quebra-Luz era do ‘esquadrão’ dele e ainda disse que não vai desistir.”

Angélica: “Sinceramente, não sei o que Skruk ganha em praticar terrorismo. Ele deve ser um fantoche de alguém maior.”

Cmte. Lopes: “Sou da mesma opinião.”

 

No próximo capítulo:

Os Batarangers precisam deter um ladrão que nunca é visto.

8 Comentários

  1. Grande Israel!

    Excelente episódio !


    Creio que Skruk seja só o caminho para algo maior que não apareceu ainda.


    A equipe ,em relação ao episódio anterior ,apresentou maior entrosamento e Cris e Aline parece que começam a se entenderem melhor.


    No mais, um capítulo muito bem escrito.

    Parabéns !

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  2. Um capítulo rápido e rasteiro, a ameaça mal surgiu bem já foi debelada rapidamente... o vilão vai ter que se esforçar para criar alguma ameaça verdadeira para os heróis.
    Vou deixar de sugestão que, no final dos capítulos, voce tente deixar um gancho mais interessante, o final desse capítulo ficou um tanto quanto brusco...

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    1. Obrigado pelo comentário. Realmente, tudo aconteceu muito rápido nesse capítulo, eu admito. Quis focar o capítulo no Jefferson, falando sobre luz e falta de luz, que é um típico problema carioca, hehehe... Sobre os ganchos, a intenção desse capítulo nem era para ter gancho, mas obrigado pela dica.

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  3. Outro excelente episódio!

    Vamos que vamos na maratona!

    Curto e direto. Heróis cirúrgicos massacrando os inimigos.

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