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Esquadrão Mítico Tupangers - Capítulo 33. A Batalha Final, parte 2

 

E aí, pessoal, tranquilo? Vamos pra mais um episódio de Tupangers?


  1. 33. A Batalha Final, parte 2

Japeusá conseguira, mediante a um treino muito duro, conseguir influenciar avatares de deuses que ainda não haviam ascendido. Uma ressonância que apenas os deuses seriam capazes de resistir, mas um organismo vivo mortal, não. 

 

Era por isso que ele havia ordenado a Ukhel que obtivesse os corpos dos antigos Tupangers – no início era apenas para usá-los contra os atuais, mas aquilo havia se provado muito mais proveitoso. Sem que o Cavaleiro da Morte soubesse, ele havia usado seus espíritos cativos e feito com que eles sofressem com seu treinamento. E aquilo, naquele momento, se provou muito valioso... Os Tupangers atuais caíam mediante a esta ressonância. 

 

- Ora, ora... Não eram vocês que haviam dito que eu cairia mediante o poder de vocês? E agora? Onde está toda a empáfia que vocês aplicavam à minha deidade? Vós tendes a certeza de que tal poder de vocês pode ser aplicado contra mim? CONTRA MIM? 

 

E logo Japeusá começou, de maneira insana, a gargalhar intensamente. Todos os Tupangers estavam de joelhos, sofrendo com sua parte humana, lutando contra a ressonância lançada pelo inimigo. Mas aquela luta era, sem quaisquer dúvidas, a mais difícil que eles estavam enfrentando. 

 

Eles agora não lutavam somente contra um deus... Mas sim, contra a própria natureza humana. Todos tentavam erguer-se, mas não conseguiam. Aquela situação estava acima de sua alçada, os deuses não podiam sair de seu plano, e eles não eram deuses. 

 

O nível de dor ia aumentando lentamente, e dos 9, alguns já começavam a fraquejar à frente dos demais. Logo seus trajes de batalha sumiram. Ísis foi a primeira a desmaiar. Afinal de contas, era ela quem segurava a conexão aumentada com os deuses, o estresse da conexão era maior com ela. 

 

E com Ísis caindo, os demais perderam o poder aumentado que tinham, tendo seu nível de dor aumentado exponencialmente. 

 

Na sequência, os gêmeos, Débora e Eduardo, desmaiaram. Tsukiko foi a seguinte. 

 

Sobraram de pé os cinco iniciais, resistindo a duras penas, afinal de contas, eles resistiam ao poder dos deuses havia mais tempo que os outros. Logo Amanda e Alexandre caíram também. A resistência deles tinha sido magnífica, mas não foi o suficiente. 

 

O primeiro trio. Fábio, Ada e Pedro. A resistência deles era fora de série... Mas parecia que eles também cairiam. A qualquer momento a resistência deles fraquejaria, o comportamento deles já dava todas as mostras de que aconteceria. A última etapa, que seria a ascensão, aparentemente não aconteceria. 

 

Fábio, mostrando-se realmente um líder, ao ver seus amigos e o amor de sua vida desmaiados, ele não se importou mais se a ressonância que partiu de Japeusá o dilaceraria ou não. Envergou o poder de Tupã e, com um brado esganiçado, mostrando toda a força de vontade que possuía... 

 

- TRANSFORMAR!!! 

 

Sua pedra, Lápis Lazuli, azul cobalto, começou a passar por uma transformação no mínimo curiosa. Estava opaca, começou a brilhar intensamente e logo assumiu um leve brilho dourado. E com essa coloração azul-dourado que Fábio conseguiu reassumir o traje de Tupan Blue, mas que agora possuíam alguns laivos dourados. 

 

Fábio se sentia diferente. Em primeiro lugar, não sentia mais dor. A partir daí se ergueu, para o desespero de Japeusá. Quando o último tentou lhe aplicar um golpe, foi facilmente rechaçado. Suas írises também haviam assumido alguns laivos dourados... 

 

Enquanto isso, no Plano Mítico... 

Foi quando Tupã sentiu um reforço de energia vindo dos Tupangers. Eles já tinham se resignado que este esquadrão tinha caído graças à ressonância de Japeusá. 

 

Por sua conexão com seu avatar, Tupã sentiu uma maior conexão com ele, sem precisar do intermédio de Caupé... E ele comemorou como se fosse Fábio. 

 

- O que aconteceu, grande Tupã? 

 

- O Fábio ASCENDEU!! 

 

Todos os presentes ficaram estupefatos. Para um humano, mesmo em contato com o poder dos deuses ascender de vontade própria, era um feito extraordinário, e era compreensível o rompante de comemoração do líder do panteão. No entanto, ele não era um deus completo.  

 

Era um semideus. 

 

Enquanto isso, no Plano Mortal... 

Mas já era o suficiente para evitar a ressonância, e já tinha ficado acordado que eles não viveriam mais no Plano Mortal, aquilo só viria mais tarde, mas veio para coroar uma resistência exemplar daquele humano que ousou desafiar um deus. 

 

Ao sentir energia renovada dentro de si, Fábio começou a se ligar aos seus outros amigos, por ordem de queda. Ada e Pedro ainda estavam de pé, mas estavam quase caindo. No entanto, quando Fábio, como líder dos Tupangers, lhes enviou energia divina, eles também ascenderam. 

 

O mesmo efeito curioso aconteceu com as pedras de Pedro e Ada, Berilo e Esmeralda respectivamente. E eles envergaram mais uma vez o poder dos deuses. 

 

Voltando ao Plano Mítico... 

Logo Guaraci e Ceuci também comemoraram. Sentiram a ligação com seus avatares mais forte do que nunca. 

 

- Ele está levando os outros!! - Responderam Guaraci e Ceuci em uníssono. 

 

- Agora vai!! - Comemorou Anhum. 

 

Voltando ao Plano Mortal... 

Os três estavam exultantes. Logo uma ascensão em cascata começou, e no final do que alguns deles acharam que seria uma eternidade, durou apenas uns 15 minutos. 

 

- Isso foi realmente um susto! - Comentou Eduardo. 

 

- Nem me fale... - Suspirou Isis. 

 

- Mas o Fábio representou, hein?? Suportou a dor toda e ainda ascendeu, levando todo mundo junto!! Tinha que ser o cara! - Comentou Pedro de maneira divertida. 

 

Amanda nem esperou, já chapou um beijo na boca do namorado. 

 

- Olha que eu faço mais vezes algumas coisas assim, hein? Gostei da recompensa. 

 

- A próxima vez que você fizer algo assim vai se tornar um deus menor. Tem certeza de que a sua força de vontade está tão na estratosfera assim? - Perguntou Tsukiko, zuando com o companheiro. 

 

- Pode estar além, vai saber... Mas o importante é que conseguimos algo que nem mesmo Japeusá esperava da gente. E falando nisso... 

 

Todos haviam se transformado, estavam perfilados, e Japeusá sequer acreditava no que acontecia em sua frente. 

 

- Então, Japeusá. Seu plano foi bom, a gente quase morreu. Mas não foi o suficiente. Vamos começar o segundo tempo da nossa luta? Acho que se você mantiver o nível realmente vai acabar conosco. - Provocou o agora Tupan Blue. 

 

- Então vocês foram capazes até de ascender a semideuses. Não esperava menos dos meus odiados inimigos. E você, caro líder, se provou ser realmente tão odioso quanto meu irmão Tupã. Mas se você pensa que, por causa desse golpe de sorte, você vai acabar me vencendo, PODE ESQUECER! 

 

Japeusá grita meio esganiçado, mas se mostra ser um adversário formidável. Sua postura não tinha aberturas, ele parecia dominar todas as artes marciais e nenhuma ao mesmo tempo, uma postura atemporal que somente os deuses poderiam ostentar. 

 

“Pessoal, agora que cada um de nós pode começar a canalizar mais poder de nossos deuses, vamos testar nossos novos corpos ao extremo. Que acham de começarmos direto, no talo, sem restrições?”, pergunta Fábio aos demais por telepatia. 

 

Houve uma concordância geral entre todos com a ideia, e logo seus trajes começaram a brilhar em dourado, mas sem perder a cor original. E, em um átimo de segundo, eles partiram pra cima de Japeusá.  

 

Todos eles. 

 

Sem folga. 

 

Começaram primeiro os de curto alcance, como Tupan Blue. Cortes foram praticados contra Japeusá, que desviou habilmente de todos eles, aparando os mais impossíveis de se sair de perto.  

 

Em seguida, vieram os de médio alcance, como Yara Light Blue. Os golpes amplos eram mais fáceis de serem desviados, mas mais difíceis de serem aparados. 

 

No momento seguinte, os de longa distância, como Guara Yellow. Japeusá se preocupou muito, porque o impacto e a velocidade dos projéteis eram muito grandes. Depois do primeiro tiro, ele viu que a cadência era lenta, e com isso se desviou. Mas isso tudo acontecia em átimos de segundo, onde cada lutador tinha sua vez ou atacava em conjunto com o parceiro, fazendo com que Japeusá desse tudo de si naquele momento. Capacidades físicas não eram seu forte, mas ele com toda a certeza não era fraco. 

 

Em determinados momentos alguns ataques começaram a entrar. Guara Yellow fez que ia atirar de longe, mas, com um átimo de segundo de velocidade, chegou perto do vilão e lhe aplicou um tiro à queima-roupa, com Isis aplicando-lhe um tiro com suas flechas explosivas, fazendo com que o corpo do deus quicasse no ar. Na sequência, Tupan Blue e Anhum Gold acertaram com sequência intercalada os golpes que proferiram. 

 

Os talhos abertos eram gigantescos, mas se curavam mais rápido do que eles poderiam produzi-los, então seguiram fazendo, e na sequência deram lugar para Pice Brown e Anha Black, que com suas armas curtas, dispararam golpes imensamente velozes, e estes, apesar de pouco dano, mantinham as feridas abertas. 

 

Ceuci Green começou a imobilizar os movimentos do inimigo com seu chicote, fazendo com que ele fosse atingido mais e mais vezes. Yara Light Blue e Jaci White deram golpes amplos, um pouco lentos, mas imensamente poderosos, intercalados com os golpes dos gêmeos, aprofundando as feridas. E, com um aceno mental, todos recuaram, formaram o Tupan Cannon e, aproveitando que o inimigo estava em torpor por causa das feridas abertas, dispararam o tiro mais poderoso que podiam fazer naquele momento, fazendo com que a área em que o inimigo caiu explodisse e criasse uma cratera de médio porte. 

 

Japeusá levantou-se ferido, quase carbonizado, pele craquelando e momentaneamente cego pelo impacto. Os Tupangers não esboçaram reação, afinal de contas, eles não podiam contar com a vitória, não ainda. Afinal de contas, este era o inimigo final, que impedia que eles conseguissem trazer a paz para aquele mundo tão sofrido. 

 

E logo Japeusá levantou, curado, todas as feridas fechadas. Era possível saber que ele também utilizava o poder de restauração dos Cavaleiros do Apocalipse, mas em uma versão própria. Era fácil saber que era algo similar, mas não era igual. 

 

Era mais poderoso. 

 

E, igual ao que era Ukhel, ele se recuperava de maneira insana. E precisava que um tiro de máxima potência fosse disparado para que ele pudesse ser exterminado. Era hora de aumentar o nível. Mas seria possível? 

10 Comentários

  1. A melhor luta até agora. Gostei da ideia dos membros ascenderem, uma pena que após o primeiro o efeito cascata tirou um pouco da emoção do momento, mas ainda assim foi uma ótima saída.
    O final do capítulo poderia ter um tico maos de emoção, mas deixou um bom gancho. E vms aguardar o grande final!

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    1. Obrigado, Norberto. Eu mergulhei no capítulo, ele foi escrito de uma vez, e aí saiu desse jeito. Abraço, obrigado por acompanhar.

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  2. Maravilhoso !

    Finalmente ,Japeusá o deus do caos mostras sua força ,obrigando os Tupangers chegarem ao limite .

    Mas, é no limite que a saída chega!

    Ao suportar a dor máxima, o espírito e a matéria e trama numa simbiose tão perfeita que os tornam semi-deuses através da ascensão!


    Chega a hora da verdade !

    Japeusá se surpreende, chega quase ser derrotado e se regenera.

    Avante , Tupangers!

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    1. Fico feliz que tenha curtido, de verdade. Obrigado mesmo. Eu não quis fazer uma luta fácil para nenhum dos lados.

      Abraço!!

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  3. Muito bom Jorge, curti pra caramba a questão deles ascenderem à semi-deuses, isso mostrou a integração deles para com suas divindades, assim como o reconhecimento de suas divindades para com seus atos em prol da missão que tinham... Olhando para trás, vemos a longa jornada dos Tupangers em busca de seguirem um ideal único que poucos conseguiriam seguir, o que se refletiu maravilhosamente na maneira e nos golpes como lutaram, como enfrentaram o inimigo com forço poderosa e determinação intensa! Realmente a saga atinge seu ápice, temos um desfecho gigante se aproximando e a tensão aumenta a cada nova linha, a cada novo embate... Caramba, tá chegando o final, parabéns meu velho, mandou muito bem mesmo, parabéns! \0/

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    1. Muito obrigado, Lanthys. Foi com vocês que aprendi a ter um pouco mais de desenvoltura ao escrever. Saber como fazer com a reação de outras pessoas é sempre o diferencial.

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  4. Aêee!!! Japeusá mostra sua força! Ele é sim O CAOS INFERNAL. Deu uma boa sova nos heróis. Eis que aí surge a ascensão! Por essa eu não esperava.

    Tupan Rangers se elevam a semi-deuses e viram a luta massacrando o vilão.
    Aí, outra reviravolta e Japeusá reage com força, mostrando que ele tem sim MUITO poder ainda.
    E, agora? Acha que o próximo será o episódio final, não é? Será?
    Eis que a saga super criativa e mística se aproxima do final. É muito gostoso sentir isso e saber que isso vai acontecer de modo triunfal.
    Parabéns, meu amigo!

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    1. Muito obrigado por ter lido até aqui. Fico feliz, de verdade.

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  5. Bem como eu esperava, uma crescente durante a luta. No começo foi Japeusá mostrando a q veio exercendo toda sua pressão q por si só quase derrotou todo mundo, mas, foi superada pelo cara mais brabo, o lider destemido, Fábio. Foi bem dahora a forma q vc foi narrando, deles caindo em ordem decrescente, só pra ter a virada graças a força de vontade do Fábio, literalmente revertendo a situação. Achei tbm bem apresentado o power level, apesar de agr serem semideuses e extremamente mais poderosos do q no começo de tudo, ainda assim Japeusá n cai fácil, um plano, ou melhor, um momento certo são necessários pra vencer

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