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Força Especial Bataranger 2 - Capítulo 26 - Pedro II (Parte 2)

 




No capítulo anterior:


Angélica descobre onde os Batarangers estão e ela vai com Roberta até o navio Pedro II. Lá, Araki coloca os Batarangers e os outros em um pelotão de fuzilamento.



Capítulo #26 – Pedro II (Parte 2)



Antes de saber o que aconteceu com os Batarangers, vamos ver Angélica e Roberta a caminho do navio.


Baía de Guanabara


Angélica estava sobrevoando a Baía de Guanabara, com Roberta em suas costas, à procura do navio onde os Batarangers foram capturados. A cientista estava com seu inseparável tablet na mão, guiando-se pelo rastreador GPS, com o comunicador de Zaira no ouvido.

Roberta: “Doutora, qual é o navio? Já vi uns dez pelo caminho.”

Angélica: “Acalme-se. Estamos chegando, segundo o rastreador GPS.”

Ela fez uma pausa e falou em seguida:

“Hum, os soldados estão agrupados em um só lugar no navio. Estou com um mau pressentimento...”

Roberta: “Então, vamos logo! Os Batarangers devem estar em perigo!”

Angélica: “Ei, tá pensando que eu sou um jato supersônico? Estou indo o mais rápido que posso!”

Roberta: “Me desculpe, doutora, é que vivo de velocidade.”

Angélica: “Eu entendo perfeitamente...”

Então, elas avistaram o navio Pedro II, que estava isolado dos demais navios que estavam navegando pela Baía de Guanabara.

Roberta: “Será que é aquele navio?”

Angélica olhou a tela do tablet e disse:

“Segundo o rastreador, é aquele navio mesmo.”

Roberta: “Show! Achamos!”

Angélica: “Sim, mas temos que agir rápido.”

Roberta: “Agir rápido é comigo mesmo.”

Então, elas pousaram na parte do meio do navio. Elas caminharam pelo convés, até chegarem à proa, onde viram os Batarangers e os outros sob a mira dos fuzis dos soldados Ômega, sob a observação de Araki.

Roberta: “Essa dona está aqui? Mas ela não estava no Porto mais cedo?”

Angélica: “Pois é, é uma longa história... Como tinha dito, os soldados Ômega estavam agrupados em um só lugar e era por aqui na proa.”

Roberta: “Por que os Batarangers não reagem? Tem algo errado.”

Angélica tirou um pequeno binóculo do bolso de seu jaleco, colocou-o sobre os olhos e disse:

“Caramba, eles estão desacordados! Por isso que eles não reagem.”

De repente, ela parou e disse em seguida:

“Eita, tem mais gente com eles! Uma menina, que deve ser a irmã de Simone, o piloto da BataLancha e uma moça que não conheço.”

Roberta: “Vamos logo, doutora anja. Eles serão fuzilados!”

Angélica: “Está certo. Vamos nessa!”


Navio Pedro II – Tempo presente


Araki: “Muito bem. Soldados, coloque-os em formação.”

Os Batarangers, Sabrina, Felícia e Lima ficaram perfilados. 

Araki: “Apontar fuzis!”

Os soldados Ômega apontaram seus fuzis para eles...

Araki: “Adeus, Batarangers!”

Porém, os soldados Ômega não atiraram, pelo contrário, eles foram ao chão!

Araki: “O que significa isso?!”

De repente, uma voz ouviu-se pelo convés:

“Rosicler, você me surpreende cada vez mais em sua covardia. Pelotão de fuzilamento? Francamente!”

Araki ficou surpresa ao ver quem era a dona da voz.

Araki: “Gomes?! Como... como veio até aqui? Impossível!”

Angélica: “Não tem nada de impossível, Araki. Eu tive uma ajuda de uma ex-subordinada sua e de Lahm. Garanto que, se não fosse por ela, você conseguiria cumprir seu plano de livrar-se dos Batarangers.”

Araki: “Foi Zaira, não foi? Sabia que ela ia me trair! O que é dela, está guardado... Porém, agora, preciso livrar-me dos Batarangers e de você, Angélica.”

Roberta surgiu diante delas e disse:

“Então, vai ter que se livrar de mim também, dona nariguda!”

Araki: “Você de novo?! Parece que você entrou para a F.E.B. de vez, hein?”

Roberta: “Não sou da F.E.B., mas sou uma Bataranger ‘freelancer’.”

Araki: “Bem, na minha época, não tinha esse negócio de soldado ‘freelancer’. Se for assim, como está junta aos Batarangers, terá o mesmo destino deles. Soldados Ômega!”

Os soldados levantaram e voltaram a apontar os fuzis. Nesse instante, os Batarangers voltaram a si.

Cris: “O que... o que aconteceu?”

Sabrina, que viu em silêncio toda a cena dos soldados Ômega caindo e Angélica e Roberta chegando, disse:

“Os soldados caíram de repente e apareceram essas moças do nada.”

Aline: “Que moças?”

Então, eles viram Angélica e Roberta.

Jéssica: “Doutora! Beta! Não acredito! Vocês aqui?!”

Angélica respondeu: 

“Oi, Jéssica e pessoal. Pois é, estamos aqui. É uma longa história. Mas agora, precisamos sair daqui.”

Lima: “Pois é, Dra. Gomes, mas a BataLancha está na parte de baixo do navio.”

Araki: “E vocês não irão para lá! Os soldados vão acabar com vocês. Aliás...”

Ela apertou um botão da manga de seu paletó e de repente, surgiram três Omegatrons, que caminhavam fazendo o barulho de serra elétrica.

Tarso: “Omegatrons aqui? Só pode ser brincadeira!”

Araki: “Não, não é brincadeira, Monteiro. Na verdade, isto fazia parte da ‘surpresa’ de Pedro Lahm. Só estou seguindo o plano dele, sem desviar do meu, é claro.”

Angélica: “Pedro Lahm, aquele que você o matou? Não adianta negar, Rosicler. Inspetor Meirelles e eu sabemos exatamente como você o matou, além do testemunho de Zaira, é claro.”

Pela primeira vez, Rosicler Araki não aparentava ser mais a senhora da situação, apesar de controlar os soldados Ômega e Omegatrons. A presença de Angélica ali no navio e ela falar sobre o assassinato de Lahm parecia deixá-la desconsertada. 

Araki: “É mentira! É mentira sua, Gomes! Aliás, você, Fábio Meirelles, Roberto Lopes, Zaira, Batarangers, todos vocês são mentirosos, traidores e desprezíveis!”

Angélica: “Qual é o problema, doutora? Parece que a carapuça serviu.”

Araki: “Não sabia que você era tão petulante assim, Gomes. Contudo, a sua petulância vai durar pouco tempo. Aliás, a de todos vocês, Batarangers e companhia limitada. Vocês não atrapalharão a execução da segunda parte de meu plano e com a execução dele, sem vocês para atrapalhar, o Rio de Janeiro terá o caos que merece, sem as bobajadas de Lopes sobre ‘ordem entre humanos e HMs’”.

Cris: “Você voltará para a cadeia, isso sim!”

Araki: “Vão ter que me pegar primeiro, Ribeiro.”

Então, ela soltou sua cortina de fumaça e desapareceu do convés.

Angélica: “Ela sumiu, mas não foi para muito longe, a não ser que ela tenha saído daqui a nado.”

Cris: “Deixe Araki com a gente, doutora. Quero prendê-la novamente.”

Angélica: “Não, Cris, vocês fiquem aqui para acabar com os soldados Ômega e os robôs, porque eles estão protegendo Araki. Lima e eu vamos atrás dela, além de procurar a BataLancha.”

Lima, prestando continência: “Sim, senhora, pode deixar.”

Angélica: “Vamos, deve ter alguma forma que nos leve para baixo.”

Lima: “Eu sei como, doutora. É só seguir o caminho inverso de onde nós viemos até aqui no convés.”

Angélica: “Ótimo! Então, me leve até lá. Enquanto isso, Batarangers, acabem com eles!”

Batarangers, prestando continência: “Sim, senhora!”

Angélica: “Boa sorte, pessoal!”

Cris: “Para senhora e Lima também.”

Então, Angélica e Lima retiraram-se da proa, à procura de Araki. 

Enquanto isso, em meio a toda aquela confusão, Felícia recobrava os sentidos, já que estava desacordada desde a coronhada sofrida pelo soldado Ômega. 

Felícia: “O que...o que aconteceu? Onde estou?”

Sabrina aproximou-se dela e disse:

“Que bom que acordou, Felícia! Vamos, os Batarangers precisam de sua ajuda para detonar com esses soldados e esses robôs do mal.”

Felícia: “Eu vou, mas... ai, minha cabeça dói demais! É muita dor!”

Sabrina: “Sua cabeça está doendo? Calma, eu dou um jeito nisso.”

Então, ela pôs as mãos na cabeça de Felícia, fechou os olhos por alguns segundos e os abriu, tirando as mãos da cabeça da mulher-felina.

Sabrina: “Sua cabeça ainda dói, Felícia?”

Felícia respondeu, de forma alegre:

“Não, não sinto mais dor! Incrível, você me curou apenas tocando na minha cabeça. Muito obrigada, Sabrina!”

Sabrina: “Não há de quê. Curar pessoas é a minha especialidade, hihihi.”

Felícia: “Agora, posso ajudar os amigos.”

Sabrina: “Isso aí! Manda ver!”

Enquanto isso, os soldados Ômega e dos Omegatrons estavam se aproximando dos Batarangers e de Roberta.

Roberta, de forma irônica, disse:

“Que legal! A doutora anja não me disse que teriam robôs por aqui também. Ela como agente de viagens, é uma ótima cientista.”

Mateus: “Roberta, você poderia ficar quieta, pelo menos por agora, por gentileza?”

Roberta: “Ih, lá vem o mandão... É melhor baixar sua bola comigo, Mateusinho.”

Mateus: “Não sou mandão. Só estou pedindo educadamente para você ficar quieta em um momento como esse.”

Roberta: “Não, não é mandão, não, imagina...”

Jefferson: “Vocês podem resolver suas brigas conjugais depois? Não é hora de DR (discussão de relacionamento)!”

Mateus: “Ninguém está fazendo DR aqui, Jeff.”

Jefferson: “Não é o que parece...”

Cris: “Parem com isso! Vamos ativar as BataFardas.”

De repente, ouviu-se uma voz por trás deles:

“Ei, espere por mim, moço! Eu vim ajudar.”

Era Felícia, recém-curada da dor na cabeça causada pela coronhada. 

Cris: “Ótimo, Felícia. Toda a ajuda é bem-vinda.”

Roberta estranhou a presença de Felícia e perguntou: 

“Ei, quem é a figura?”

Aline respondeu por Felícia:

“O nome dela é Felícia e ela tem habilidades felinas. Nós a encontramos na ilha.”

Roberta: “Percebi pelo tamanho da ‘juba’, digo, pelo cabelo despenteado... Muito prazer, sou Roberta.”

Felícia: “Prazer. Você parece ser... gentil.”

Roberta: “Obrigada, mas já fiz coisa errada na vida. Eu pegava coisas que não me pertencia, mas agora não faço mais isso, graças aos Batarangers.”

Felícia: “Sério?! Que bom! Isso aí, roubar é errado.”

Cris: “Bem, o papo tá bom, mas nossos inimigos não vão ficar mais esperando a gente agir. Vamos ativar as BataFardas. Prontos?”

Os outros Batarangers: “Prontos!”

Batarangers: “BataFarda, ativar!”

Os corpos deles brilharam, até surgirem as BataFardas.

Cris: “BATARANGER N°1 VERMELHO!”

Aline: “BATARANGER N°2 ROSA!”

Jefferson: “BATARANGER N°3 AZUL!”

Mateus: “BATARANGER N°4 VERDE!”

Jéssica: “BATARANGER N°5 AMARELA!”

Tarso: “BATARANGER N°6 PRATA!”

Todos: “FORÇA ESPECIAL...BATARANGER!”

Cris: “Ao ataque!”

Os Batarangers, mais Roberta e Felícia, foram para cima dos soldados Ômega e dos Omegatrons. Os soldados dispararam tiros com seus fuzis, ecoando pela Baía de Guanabara (*). Contudo, a blindagem das BataFardas fez com que os Batarangers suportassem os tiros. 

Felícia virou a fera e derrubou três soldados de uma vez só, o que impressionou Roberta. 

Roberta: “Eita, mas essa vira onça mesmo, hein? Parece aquela novela antiga... Gostei, amiga, mas aprenda com a mestra.”

Então, ela deu uma investida, que derrubou cinco soldados de uma vez, como se fossem pinos de boliche.

Roberta: “Viu? Fiz um verdadeiro strike neles!”

Felícia: “O que é isso?”

Roberta: “Bem, é quando você derruba todos os pinos do boliche.”

Felícia: “O que é boliche? É tipo beliche, aquela cama?”

Roberta: “Ah, desisto! Uma hora, eu te explico com mais calma.”

Felícia concordou com a cabeça.

Enquanto isso, os Omegatrons disparavam seus raios oculares, mas disparavam a esmo, atingindo partes do convés e até alguns soldados. 

Cris: “Tenho uma ideia para nos livrar dos Omegatrons. Mateus, Roberta, hora do vórtice!”

Os dois velocistas se reuniram e fizeram o vórtice em volta dos Omegatrons. Os robôs ficaram paralisados por um instante.

Cris: “Pessoal, hora do BataCanhão.”

Mateus voltou a se reunir com os Batarangers e eles uniram suas BataBazooka e o BataRifle de Tarso, formando o BataCanhão. Eles o dispararam e o impacto do tiro fez com que os Omegatrons caíssem no mar.

Cris: “Conseguimos!”

Tarso: “Finalmente, derrotamos pelo menos três desses bichos.”

Enquanto estavam comemorando, eles ouviram um grito. Era de Sabrina, que estava sendo segurada por um soldado Ômega. 

Tarso: “Ei, solte-a!”

Então, ele atirou no peito do soldado, que soltou Sabrina imediatamente.

Tarso, tirando o capacete, correu até a menina e perguntou:

“Você está bem?”

Sabrina: “Estou. Obrigada, Tarso!”

Ela abraçou Tarso e o beijou na bochecha.

Os outros Batarangers e Roberta derrubaram os demais soldados Ômega. Os Batarangers desativaram as BataFardas. 

Cris: “Bem, pessoal, por aqui, fizemos nossa parte. Agora, vamos ajudar a doutora e Lima a encontrar Araki.”

Os outros: “Certo!”

Eles estavam indo para a parte de baixo do navio, fazendo o caminho inverso de quando subiram para o convés, quando de repente, um alarme soou por todo o navio e pelo alto-falante, uma voz dizia uma mensagem nada animadora...


***


Enquanto os Batarangers lutavam contra os soldados Ômega e Omegatrons, Angélica e Lima desceram uma escadaria até a parte de baixo do navio para encontrar Araki e a BataLancha, respectivamente.

Lima: “A BataLancha está atracada nesta direção, se não me engano.”

Angélica: “Ótimo. Pena que não dá ainda para comunicar-se com os Batarangers para saber se eles estão bem.”

De repente, eles ouviram um tiro que veio escadaria abaixo.

Lima: “O que foi isso?”

Angélica: “Foi um tiro, ora. Está com sua arma?”

Lima: “Sim.”

Então, os dois sacaram suas BataPistolas e foram descendo a escadaria, com as armas apontadas. 

Eles ouviram mais dois tiros. Os dois atiraram escada abaixo.

Angélica: “Ai!”

Lima: “Foi atingida, doutora?”

Angélica: “Foi de raspão no braço direito, mas arde demais. Vamos continuar descendo.”

Eles foram descendo a escadaria até chegar em um corredor. Eles avistaram a BataLancha no fim desse corredor.

Lima: “Lá está a BataLancha! Achamos, doutora!”

Angélica: “Ótimo. Vamos lá!”

De repente, eles ouviram uma explosão. Ambos ficaram surdos por alguns segundos. Lima percebeu de onde veio a explosão...

Lima: “Não, não, não, não, não!”

Então, eles correram até onde estava a BataLancha e encontraram a embarcação completamente destruída e em chamas! 

Lima: “Não! Não pode ser!”

De repente, eles ouviram uma voz por trás deles: 

“Pode ser, sim, meu caro. Agora, não há mais saída para vocês.”

Eles se viraram e viram Araki com uma pistola apontada para eles. Eles apontaram as pistolas deles na direção da cientista.

Angélica: “Nem mais um passo, Araki! Abaixe a arma! Você está em desvantagem numérica.”

Araki: “Tem razão, Gomes. Vou largar a arma.”

Ela pôs a arma do chão e ergueu os braços.

Angélica: “Isso, muito bem. Agora, vire-se de costas para que eu ponha as algemas.”

Araki: “Está blefando, Gomes. Nem você e nem o piloto possuem algemas neste instante. Os dois únicos pares que você tinha, você usou para prender os Irmãos Cobra (**). Não pense que nasci ontem.”

Então, ela apertou uns botões na manga do paletó e de repente, o alarme que os Batarangers ouviram no convés soou por todo o navio e uma voz feminina dizia no alto-falante: 

O sistema de autodestruição foi ativado! Repetindo, o sistema de autodestruição foi ativado! O procedimento não pode ser abortado! Todos os tripulantes devem se dirigir aos botes de fuga!

Depois de uma pausa, a voz prosseguiu:

Dez minutos para a detonação!”

Angélica e Lima se entreolharam, ambos com semblante de preocupação. Araki pegou sua arma de volta e disse:

“Uma pena ter que destruir este imponente navio do meu amigo, mas o passado tem que ficar no passado.”

Angélica: “Sua louca! Vai destruir o navio com todo mundo dentro?”

Araki: “Sim, Gomes, mas eu não vou ficar por aqui.”

Então, uma lancha toda preta, de médio porte, pilotada por um soldado Ômega, atracou no cais. Araki entrou na lancha e disse:

“Adeus para todos vocês! Meu plano seguirá como planejado e vocês não estarão mais neste mundo para impedir!”

Então, a comporta da proa abriu-se e a lancha foi embora dali. Assim que a lancha passou toda, a comporta fechou-se.

Naquele mesmo instante, os Batarangers, Roberta, Felícia e Sabrina chegaram no cais. 

Cris: “Nós ouvimos o alarme, doutora. O que houve? Cadê a BataLancha?”

Lima olhou com tristeza para a lancha destruída e voltando-se para Cris, respondeu:

“Destruída! Virou cinzas!”

Os outros ficaram espantados com a informação.

Aline: “Que droga! Aposto que Araki foi responsável por isso!”

Tarso: “Por falar nisso, cadê ela?”

Angélica: “Escapou novamente. Ela sempre escapa. Ai!”

Ela pôs a mão onde estava ardendo, por conta do tiro de raspão.

Jéssica: “O que houve, doutora?”

Angélica: “Levei um tiro de raspão de Araki. Não me atingiu, mas meu braço está ardendo muito.”

Sabrina: “Eu curo a senhora.”

Então, Sabrina pôs a mão no ferimento de Angélica, fechou os olhos por alguns segundos e os abriu, tirando a mão do braço de Angélica.

Angélica: “Meu braço parou de arder! Incrível! Obrigada, Sabrina!”

Sabrina: “Não há de quê, mas como a senhora sabe meu nome?”

Angélica: “É porque eu conheci sua irmã Simone. Ela foi até a BataBase saber notícias sobre você. Ela está realmente muito preocupada.”

Sabrina: “Eu imagino. Tô com muita saudade dela.”

Angélica: “Você vai vê-la novamente, eu prometo. Realmente, você se parece muito com ela.”

Sabrina sorriu para Angélica. Contudo, aquele momento foi interrompido por um aviso tenebroso:

Nove minutos para a detonação!

Roberta: “E agora, turma? Esse navio vai pelos ares! Onde estão os botes de fuga?”

Cris: “Boa pergunta. Se a gente tivesse o mapa do navio, saberíamos onde eles estão.”

Angélica: “Eu não tenho o mapa, mas tenho como saber pela comunicação dos soldados Ômega.”

Cris: “Como, doutora?”

Angélica: “Mais uma longa história que vou contar em um momento oportuno. Porém, no momento, a gente precisa sair daqui e é importante escutar o que os soldados Ômega dizem.”

Então, ela tocou no comunicador de Zaira, que estava em seu ouvido direito. Ela escutou várias frases soltas, mas algumas chamaram-na a atenção:

“Abandonar navio... Para a popa... Para a popa...”

Angélica: “Eles estão falando para abandonar o navio e ir para a popa. Pelo visto, é lá onde os botes devem estar. O complicado é que fica na outra ponta do navio e o navio é gigante.”

Mateus: “Roberta e eu chegamos lá fácil, mas todos precisam ficar juntos. Ninguém fica para trás, lembra?”

Jefferson: “Sim, mas temos que ir logo antes da explosão. Faltam nove minutos e daqui de nós, só a doutora pode escapar tranquilamente.”

Angélica: “Jefferson tem razão. Eu posso ir voando, mas eu não sou um Boeing para levar todo mundo, né?”

Tarso: “Sabrina vai com a senhora, por ser mais leve. Além disso, ela precisa está em terra firme no Rio para cumprirmos nossa missão.”

Cris: “SUA missão, Tarso. Lembre-se que você fez uma promessa à Simone.”

Tarso: “Primo, como já disse, eu arrastei vocês para essa encrenca e eu considero a missão como a de todo mundo.”

Jéssica: “Tarso tem razão. A missão dele é a nossa.”

Alto-falante: “Oito minutos para a detonação!

Angélica: “Pessoal, estamos perdendo tempo! Vou levar Sabrina, enquanto vocês procuram os botes de fuga.”

Sabrina: “Hã...doutora? Tem espaço para a Felícia? Eu quero que ela vá com a gente.”

Angélica: “Quem é Felícia?”

Sabrina apontou para a mulher-felina. Angélica aproximou-se dela.

Angélica: “Hum, então, você é a Felícia. Imagino que tenha vindo da ilha. Prazer, Dra. Angélica Gomes.”

Felícia: “Angélica? A senhora é um anjo?”

Angélica: “Hehehe, quase isso, mas não sou divina. Sou apenas uma humana angélica, daí o meu nome. Pelo o seu, imagino que você tenha habilidades felinas.”

Aline: “É verdade, doutora. Fui eu que dei o nome a ela.”

Angélica: “Que legal, mas não temos mais tempo a perder. Já que Sabrina pediu, você também vai vir com a gente, Felícia. Enquanto isso, vocês procuram os botes.”

Batarangers e Lima: “Sim, senhora!”

Angélica: “Vamos depressa!”

Todos eles subiram a escadaria que levava ao convés.

Alto-falante: “Sete minutos para a detonação!

Eles chegaram ao convés e Sabrina subiu nas costas de Angélica, enquanto a cientista carregava Felícia pelos braços.

Angélica: “Estamos indo, pessoal. Vejo vocês no Rio, se Deus quiser.”

Cris: “Ele há de querer, doutora. Boa sorte.”

Sabrina: “Tchau, Batarangers!”

Então, Angélica levantou voo, levando Sabrina e Felícia consigo. Os outros acenaram para elas, contemplando o voo.


CONTINUA...



(*) Esses foram os tiros ouvidos no final do capítulo anterior.

(**) Ler Força Especial Bataranger 2, capítulo 19.



No próximo capítulo:


Os Batarangers, Roberta e Lima vão à procura dos botes de fuga do navio Pedro II.


André Lima (Piloto da BataLancha)

4 Comentários

  1. É...
    A Araki, além de diabólica é mais escorregadia que óleo em pista molhada.

    É impressionante !

    As vezes ,os Batarangers também são um pouco ingênuos, ou se dispersam em conversas, dando brechas para que ela sempre se saia bem.

    Os Batarangers precisam ser rápidos ,ou irão pelos ares.

    Tá tensa a coisa!

    Parabéns!

    Excelente episódio!

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    1. Obrigado pelo feedback de sempre. Entenda, Araki sempre tem um plano e nossos heróis precisam aprender sobre isso. Abraço e Feliz Ano Novo.

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  2. Bom... Aqui confesso que me surpreendi negativamente com os herois. Até porque o nível de coesão e maturidade avançou a um ponto na série que eu não esperava mais um deslize e desatenção desse tamanho. É claro que a vilã é sombria e sempre tem um ás na manga. Mas, essa estratégia dela, nesse momento, era algo previsível se eles não ficassem desatentos e até um pouco cheios de si, dando tudo como favas contadas.

    Enfim... Vamos ver agora como eles se saem. Sinto que a história caminha para seu ápice!

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    1. Disse tudo. Isso fica como aprendizado, não só para os heróis, mas para o escritor aqui. Obrigado pelo feedback de sempre.

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