E mais um episódio ainda hoje, pessoal!
Pouco depois de constatar isso, Hongo liga para Taki e pede uma reunião com ele, afinal de contas, aquilo era importante e não podia ser falado ao telefone às margens da base inimiga. Era importante ser presencial e em um lugar seguro para manter-se longe das maquinações inimigas.
Depois de agendado para o dia seguinte – para dar tempo de Taki arrumar o lugar, Hongo e Ichimonji fizeram marcações em seus mapas para não esquecerem o lugar e também tomaram algumas precauções para que os vilões não conseguissem fugir. Afinal de contas, estavam falando de mais de 50 anos de antagonia.
Minas, fossem terrestres ou mesmo marítimas, foram plantadas ao longo de quilômetros daquela linha litorânea pelos dois, preparando-se para tentativa de fuga. O lugar não era muito habitado, e poderiam contar com as autoridades para isolar o local por um mês, no mínimo.
Levaram o final do dia inteiro fazendo isso, mas quando terminaram, sentiram-se satisfeitos. Era uma maneira de acabar com o líder da Shocker de uma vez por todas, ou ao menos mantê-lo em prisão perpétua por tudo o que havia feito ao longo de sua “carreira” criminosa.
No dia seguinte, em um lugar seguro, Taki e os Riders estavam reunidos. O primeiro, devido à sua idade avançada e falta de condição física, estava em sua cadeira de rodas; Os outros dois, entretanto, seguiram de pé, tamanha ansiedade que sentiam naquele momento.
- Taki, não vai ter jeito. Vamos precisar de ajuda. E quanto mais, melhor.
- Vou ver o que os meus contatos conseguem arrumar.
Taki passou uma quantia alarmante de telefonemas, mas não parecia conseguir seu intento, afinal de contas, pedir por ajuda fora do Japão significava uma logística e um tempo que eles não tinham disponível.
Mas infelizmente não havia ninguém dentro do arquipélago nipônico com quem ele podia contar. A partir daquele momento, ele passou a contar com sua rede de contatos da Interpol, aproveitando-se de seu nome bastante famoso dentro das fileiras da organização americana do norte.
Porém, surgiu algo no radar que deixou Taki feliz. Um contato que ele tinha no Brasil o levou a um grupo de pessoas que agiu grande recentemente e que eram muito, muito fortes.
Taki pediu a seu contato que enviasse essa equipe para o Japão o quanto antes o possível, porque a missão a ser realizada era crítica.
O antigo agente da Interpol já esperava que, devido a vir do Brasil, o mínimo que demoraria era uma semana... Mas no dia seguinte já houve quem procurasse ele e os Riders.
Seu nome era Fábio.
Ele era alto, negro, de porte atlético e com um olhar decidido. Junto a ele havia outra garota, também alta, esbelta, cabelos negros lisos e olhos cor de mel.
- É um enorme prazer conhecê-los, Riders. Sua fama precede vocês, mesmo lá no ocidente, no Brasil. – E Fábio falava um japonês impecável.
- Igualmente, Fábio. Soube que a ação de vocês lá no Brasil foi enorme, principalmente com a tensão política que vocês viveram lá.
- É, não foi fácil. Mas vamos ao problema que temos à mão.
E os dois Riders contaram ao casal sobre o que se tratava e também o que estava em jogo.
- Realmente é algo bem grande. Sei que vocês são poderosos, e vocês são realmente muito experientes, sabem que seu poder precisaria de reforço para uma ação deste tamanho. E ficamos extremamente honrados por poder ajudá-los nisso.
- Uma pergunta apenas – Emendou Hongo – Quantos vocês são?
- Ah, somos treze. E sabemos trabalhar em grupo. Desta vez, eu e Tsukiko vamos deixar a liderança de lado para vocês, afinal de contas, vocês conhecem melhor o terreno que nós, visitantes.
- Tsukiko é essa ao seu lado? – Perguntou Ichimonji suspeitando que não era.
- Não. Mas ela não é parecida com vocês, mas foi criada por um japonês. Ela está lá fora, maravilhada com tudo o que está vendo. Afinal de contas, ela passou toda a vida recebendo a imagem do Japão vinda de um japonês.
Quando Hongo, Takeshi e Taki saíram do lugar de reunião, outras onze pessoas estavam ali presentes. Eram pessoas dos mais diferentes tipos, tamanhos, raças e credos.
Havia sim, uma garota de pele avermelhada que olhava para tudo maravilhada, mas ela não era a única. Havia um garoto asiático que olhava para tudo com o mesmo afinco, senão maior.
- Deixe-me apresentá-los a vocês, Taki-san, Hongo-san e Ichimonji-san. Este é Pedro, nosso especialista em armas. É um aficionado em cultura japonesa, por isso ele está em estado de êxtase desde que soube que viríamos para cá.
Pedro se curvou respeitosamente aos três como um verdadeiro japonês faria, mas era fácil ver seus olhos brilhando.
- Esta é Tsukiko, líder junto comigo. Inclusive é nossa médica.
Da mesma maneira que Pedro, ela se mostrou respeitosa, curvando-se, de maneira menos exagerada e mais assertiva. Os dois perceberam o que uma criação japonesa era capaz.
- Você será muito importante, Tsukiko-san. – Disparou Ichimonji.
- Agradeço demais a deferência. Farei o que puder.
- Esta é Ada, a nossa “ninja”. – E todos riram – Desculpe a brincadeira, mas ela é, entre nós, quem mais sabe ser sorrateira.
Ada cumprimenta os três à moda brasileira, não seguindo os passos de Pedro e de Tsukiko, deixando os três levemente desconfortáveis. Afinal de contas, leitores, estamos falando de três japoneses, não?
E aos poucos Fábio foi apresentando o restante da equipe. Cada um reagiu de maneira diferente, o que deixou os Riders surpresos e felizes, afinal de contas, aquela equipe era realmente uma força a ser reconhecida.
Foi quando, no momento seguinte, Tsukiko foi direta.
- Prezados Hongo-san e Ichimonji-san... Vocês já têm planos para a invasão? Fábio já nos deixou a par da conversa de vocês e sabemos que ao menos um de vocês conhece bem o lugar.
Os Riders ficaram bestificados. Não houve uma palavra entre Fábio e Tsukiko e a reunião havia acabado de acontecer, não tinha maneiras diretas de ela saber tudo o que ele havia ouvido deles.
- Hongo-san, nada mais justo contar a vocês algumas de nossas habilidades como equipe. Conseguimos conversar telepaticamente, não importando a distância. Por isso, basta um de nós ouvir o que quer que seja e o restante de nós ficará sabendo com riqueza de detalhes.
Por mais que a frase não tinha sido dirigida a Ichimonji, ele entendeu e achou aquilo impressionante. Aquela explicação já era uma amostra do que eles eram capazes de fazer como equipe.
- Sim, temos. E ajustes para incluir vocês já foram feitos mentalmente, tudo será muito mais fácil com vocês ao nosso lado. Obrigado por terem vindo de tão longe para ajudar a lidar com um assunto que nem é responsabilidade de vocês. – Disparou Ichimonji.
- Como dissemos, será um imenso prazer ajudá-los.
Afinal de contas, sou seu fã desde que soube de sua história. – Disparou Pedro.
6 Comentários
Meus sinceros parabéns,Jorge !
ResponderExcluirHoje, em dose dupla com duas excelentes histórias!
Qual não foi a minha surpresa que eles, os lendários guerreiros de Tupã, se encontraram com os icônicos Ichijou e Nigou!
Maravilhoso!
Com ajuda dos Tupangers, creio que a missão dos Riders ficará facilitada.
Eu gosto de crossover e esse tem tudo pra dar certo!
.
Show de bola!
Mandou bem!
Muito obrigado por ler, caro Jirayrider.
ExcluirEu comecei a planejar esse crossover entre os Riders e os Tupangers já há algum tempo, e a entrada singela da equipe nesta história ficou boa.
Como esse conto vai ser curto, infelizmente logo mais ele terminará.
Um grande abraço.
Bem desafiadora esta tentativa.
ResponderExcluirConfesso que eu jamais teria essa coragem. Já fiz cross over de Blue Red com Nipo Rangers. Mas, aí foi um encontro de universos autorais e factíveis no meu universo e no do Lanthys. Agora, eu acho bem ousado quando a gente tenta cruzar nossos personagens e histórias com as de linha do tempo já definidas e famosas. É muito fácil dar erro.
Agora, aqui, eu ressalvo que você fez isso muito bem.
Tupangers (escrevi certo finalmente!) é um sentai de respeito escrito por ti. Unir os heróis mitológicos aos Riders 1 e 2 é algo que promete.
Vamos que vamos!
Obrigado por ter lido, Artur. Veja que é uma situação bem específica que eu acabei fazendo o crossover, e que tem todo um contato terceiro pelo meio. Isso utilizei até mesmo com base em coisas que eu faço no trabalho, e creio, pela sua reação, que tenha dado certo. Fico feliz com isso.
ExcluirAbraço
Oi... Acabei ler esse e o episódio 3. Está muito legal. Ansioso pra ver a porrada comer solta...
ResponderExcluirObrigado por ler, Jeremias!! Abraço.
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