Força Especial Bataranger 3 - Capítulo 18 - De volta ao jogo

 

No capítulo anterior:

O grupo que estava na Ilha das Rosas chega ao Rio de Janeiro tomado pelos homens-cupins.

Capítulo #18 – De volta ao jogo

BataBase – Divisão de Ciência & Tecnologia

O grupo que estava na Ilha das Rosas, além das irmãs Reis, entraram na base e souberam que o comandante estava na DCT. Eles foram para lá imediatamente e lá estava o comandante junto com os outros Batarangers, além de Talita. Tarso e Roberta prestaram continência ao comandante e foram cumprimentar seus companheiros. O comandante cumprimentou as irmãs e Felícia.

Angélica também prestou continência ao seu superior e também cumprimentou os Batarangers. A cientista foi falar com Talita e esta foi para outro canto da divisão. Depois, Angélica levou as irmãs e Felícia para o quarto do pânico da DCT.

Angélica: “Meninas, vocês vão ficar aqui até as coisas acalmarem.”

Simone: “Obrigada, doutora. A senhora realmente é um anjo, hihihi...”

Angélica: “Não há de quê. Vocês ficarão seguras aqui, apesar deste quarto me trazer péssimas lembranças...”

Felícia: “Por quê, doutora?”

Angélica: “É porque eu trouxe Araki para cá, no dia da invasão dos soldados Ômega (*). Só não fazia ideia que a responsável pela invasão era ela mesma...”

Sabrina: “Eita, então, esse lugar está amaldiçoado por aquela bruxa!”

Simone: “Não seja boba, Sá. A doutora nos dá um lugar para ficar e é assim que você agradece?”

Sabrina: “Desculpa, mana e desculpa, doutora.”

Angélica: “Tudo bem, Sabrina. Vou voltar para os outros. Qualquer coisa, é só chamar.”

Simone: “Certo, doutora. Vamos ficar bem.”

Angélica sorriu, despediu-se delas e retirou-se do quarto do pânico.

***

Enquanto isso, Capitão Torelli estava conversando com o comandante e os Batarangers. O mandatário da F.E.B. não acreditava que o ex-comandante da Divisão Tática estava vivo...

Comte. Lopes: “Torelli, confesso que, quando o vi entrar na sala, pensei ter visto um fantasma, mas como fantasmas não existem, a ficha caiu. Então, você não virou vampiro naquela operação... (**)”

Capitão Torelli: “Não virei vampiro, Lopes, mas virei um ‘desaparecido em ação’”.

Comte. Lopes: “Por que não entrou em contato conosco durante todo esse tempo? Por conta de seu desaparecimento, tive que acumular os cargos de comandante da F.E.B. e da DT.”

Capitão Torelli: “É uma longa história, Lopes, da qual Monteiro e Silva já sabem.”

Comte. Lopes virou-se para Tarso e Roberta e perguntou:

“Vocês o encontraram na ilha? O que ele estava fazendo por lá?”

Roberta: “Sim, comandante, nós o encontramos na ilha, porém o capitão deve explicações ao senhor sobre porque estava no complexo de Araki.”

Capitão Torelli: “Sim, Lopes, eu lhe devo explicações, mas de antemão, eu peço para que compreenda e não tire conclusões precipitadas.”

Comte. Lopes: “Bem, seja o que for, ficará para depois, porque temos uma emergência no momento, que é essa infestação de homens-cupins. Infelizmente, nenhuma unidade da DT e da polícia comum estão fazendo frente a estas criaturas. Além disso, não temos ideia de onde vieram, além dos cupinzeiros de Copacabana e daqui do Centro.”

Angélica chegou naquele momento e disse:

“Nós temos ideia, senhor. Nós encontramos uma sala na Teia de Araki, onde lá tinha todo o esquema de onde ela implantou os cupinzeiros pela cidade. Eu escaneei a sala e posso mostrá-la no SimuDeck.”

Comte. Lopes: “Ótimo, doutora. É um grande passo para nós...”

Ele parou, porque ele notou uma ausência no local...

Comte. Lopes: “Ei, agora que reparei: onde está Zaira? Ela não veio com vocês?”

Quando ouviram a pergunta do comandante, Angélica, Tarso, Roberta e Capitão Torelli ficaram em silêncio.

Cris: “Pois é, pessoal, cadê a Zaira? Por que ela não veio?”

Os quatro ficaram se entreolhando, como se dissessem um para o outro: “quem fala?”. Até que Angélica tirou a pulseira multifuncional de Zaira do bolso e disse, com voz embargada:

“Ela... se sacrificou... para nos salvar...”

Os demais ficaram chocados com a notícia. Cris perguntou:

“Ela se sacrificou?! Como assim?”

Quem respondeu foi Tarso:

“Pois é, primo, como a doutora disse, ela se sacrificou para nos salvar, porque Araki tinha ativado o sistema de autodestruição do complexo e ainda soltou uma criatura para impedir nossa fuga. Aí, para liberar o caminho, Zaira decidiu usar um colete explosivo na criatura e em si mesma...”

Jéssica: “Que horror! Ela não precisava disso, apesar de eu não confiar 100% nela.”

Angélica: “Pois é, é exatamente isso o que dissemos a ela, mas ela não quis ouvir.”

Capitão Torelli: “ Zaira era assim mesmo. Ela obedecia ordens, mas às vezes questionava, sem ser rebelde, claro.”

Aline: “O senhor conhecia Zaira, capitão?”

Capitão Torelli: “Sim, minha cara. Conhecia-a muito bem, porque eu era o instrutor dela.”

O comandante e os Batarangers que não foram à ilha ficaram espantados com a informação.

Cris: “O senhor era o instrutor de Zaira? Explique isso para nós agora, com todo o respeito.”

Comte. Lopes: “Ribeiro tem razão, Torelli. Acho que esse é o momento para explicar para nós, mesmo com essa emergência dos homens-cupins.”

Capitão Torelli: “Pois não, vou explicar tudo e vou tentar ser breve.”

Então, o capitão explicou tudo sobre seu duplo serviço de comandante da DT e instrutor dos soldados Ômega até sua deserção.

Comte. Lopes: “Bem, isso explica muita coisa sobre os soldados Ômega serem tão eficientes em suas ações. Nada mais justo que eles tenham sido instruídos por alguém que entenda de operações táticas.”

Cris: “Contudo, o capitão fazia trabalho duplo, comandante. E pior, trabalhando para Araki!”

Capitão Torelli: “Eu sei disso, eh..., qual seu nome?”

Cris: “Cristiano Ribeiro.”

Capitão Torelli: “Ah, sim. É porque você chegou quando eu já estava fora e aí não sabia o seu nome. Então, Ribeiro, eu sei que fazia um trabalho duplo, mas eu não sabia das intenções da Dra. Araki.”

Aline: “Não sabia mesmo, capitão? Os soldados Ômega invadiram a base, depois nos sequestraram e também sequestraram os HMs que estavam presos na ilha, além da garotinha que estava aqui há pouco. Como o senhor não sabia?”

Capitão Torelli: “Aline Hashimoto, não é? Então, eu era apenas o instrutor. Nunca comandei qualquer operação dos soldados Ômega. Quem fazia isso era a Dra. Araki como Skruk e Pedro Lahm como Mestre Ômega.”

Jefferson: “Então, por que o senhor não pulou fora antes, se eles eram mal-intencionados?”

Capitão Torelli: “Nascimento, eu já estava desconfiado dessas operações, mas deixei rolar. Só pulei fora, quando a Dra. Araki ordenou a evacuação do Haras para todos os soldados irem ao navio de Lahm. Eu resolvi ficar.”

Mateus: “Sim, Zaira nos contou sobre essa evacuação. E o que o senhor ainda estava fazendo na ilha?”

Capitão Torelli: “Bem, Souza, eu não podia abandonar meu posto, mesmo o local estando vazio. Obviamente, eu voltava ao continente para ver minha família, mas eu sempre ficava sozinho no Haras.”

Tarso: “Até encontrar a gente...”

Capitão Torelli: “Sim, Monteiro, fiquei sozinho no Haras até encontrar vocês.”

O comandante pigarreou e disse aos presentes:

“Bem, acho que Torelli disse tudo o que tinha para dizer, porém a situação dele vai ser vista depois, porque temos a emergência dos homens-cupins. Doutora, a senhora disse que tinha escaneado a sala de Araki, certo?”

Angélica: “Sim, senhor.”

Comte. Lopes: “Então, vamos imediatamente ao SimuDeck ver a tal sala. Ah, Torelli, antes de ir, quero lhe dizer algo. Você reassume momentaneamente seu posto como comandante da DT. Como disse antes, verei sua situação em outra hora, porque temos que resolver a emergência dos homens-cupins.”

Capitão Torelli: “Sério, Lopes? Depois de tudo que fiz à F.E.B., você me aceita de volta?”

Comte. Lopes: “Claro que sim, mas como disse, é apenas momentaneamente. Aliás, já quero você em campo.”

Capitão Torelli: “Sem problemas, Lopes. Para onde devo ir?”

Comte. Lopes: “Vá com uma unidade da DT até o local onde as irmãs Reis foram resgatadas, na Presidente Vargas, próximo à Central. Acho que você sabe o caminho para a DT...”

Capitão Torelli: “Acho que sei, hehehe... Bem, estou indo. Permissão para se retirar!”

Comte. Lopes: “Permissão concedida.”

O capitão prestou continência e se retirou da DCT.

O comandante virou-se para Angélica e os Batarangers e disse:

“Bem, vamos ao SimuDeck para vermos a sala de Araki.”

Angélica e Batarangers: “Sim, senhor!”

Então, eles saíram do DCT, em direção ao SimuDeck.

BataBase – SimuDeck

O comandante, Angélica e Batarangers chegaram ao Centro de Treinamento e Simulação de Batalha, o SimuDeck. Angélica tirou do bolso sua caneta escaneadora e o SimuDeck transformou-se na sala da Teia de Araki, onde estavam os cupinzeiros de tamanho normal e o telão com o mapa da cidade do Rio de Janeiro, com as cinco marcações onde estavam os cupinzeiros gigantes.

Angélica tomou a palavra e disse, apontando para o telão com o mapa:

“Bem, como podem ver, no mapa há cinco marcações de onde estão os cupinzeiros. Duas na Zona Oeste, uma na Norte, outra na Sul e mais uma aqui no Centro.”

Cris: “Ah, então por isso que há homens-cupins em outros pontos da cidade. Contudo, nós só sabemos do cupinzeiro da Praia de Copacabana e de algum lugar do Centro.”

Comte. Lopes: “Bem, segundo o mapa, o cupinzeiro daqui do Centro está localizado na Avenida Rio Branco na direção do Largo da Carioca. Por isso que haviam homens-cupins no metrô.”

Tarso: “Certo, mas como vamos derrotá-los? Mexer em cupinzeiro, vespeiro, formigueiro, colmeia, seja lá o que for, é pior.”

Cris: “Então, primo, nós descobrimos que eles não resistem ao calor.”

Tarso: “Ah, sim. Porém, está anoitecendo e o calor está diminuindo e a quantidade deles aumentando.”

Angélica: “Hum, acho que sei como destruir esses cupinzeiros.”

Os outros olharam para a cientista com surpresa.

Comte. Lopes: “Sabe, doutora? Então, nos diga como!”

Angélica: “Simples, comandante. Se o calor é uma arma contra os homens-cupins, então, nada mais justo termos um lança-chamas.”

Aline: “Lança-chamas? E nós temos?”

Angélica: “Sim, Aline, vocês têm. Lembra dos sinalizadores que vocês usaram para sair daquela estação de energia elétrica, durante o blecaute causado pelo Quebra-Luz (***)? Então, eu os converti para lança-chamas.”

Jéssica: “Nossa, a doutora pensa em tudo! Um dia, quero ter esse raciocínio rápido dela.”

Angélica: “Não precisa, Jéssica, hehehe... Cada um no seu cada um.”

Roberta: “Tá, então, vamos colocar fogo nos cupinzeiros... Não seria mais fácil esperar amanhecer para os homens-cupins serem eliminados?”

Jefferson: “Para quê, Roberta? Para voltarem assim que o Sol abaixar? Não, é melhor cortar o mal pela raiz.”

Angélica: “Jefferson tem razão. Além do mais, Araki não é boba e deve ter colocado... mulheres-cupins-rainhas em cada cupinzeiro.”

Os outros: “Rainhas?”

Angélica: “Sim, rainhas. Nas sociedades de insetos, há uma espécie que gera as proles, chamadas rainhas. Vocês já ouviram falar das abelhas-rainhas, certo? Com os cupins não é diferente. Então, isso é um palpite meu, deve haver essas rainhas nos cupinzeiros para continuar com a reprodução. Por isso que deve-se cortar o mal pela raiz.”

Comte. Lopes: “E tem que ser logo. Ribeiro, qual é o seu plano de ação?”

Cris: “Bem, comandante, eu sugiro para que nós nos espalharmos por esses pontos marcados e eliminarmos os cupinzeiros. Mateus e Roberta ficam com os dois da Zona Oeste. Jéssica e Jefferson vão para o cupinzeiro da Praia de Copacabana. Tarso e eu vamos para a Zona Norte, enquanto Aline fica com o daqui do Centro. Alguma objeção?”

Ninguém fez objeção.

Comte. Lopes: “Ótimo, Ribeiro. Que assim seja.”

Cris: “Certo, comandante. Então, vamos nessa, pessoal. Permissão para se retirar, senhor.”

Comte. Lopes: “Permissão concedida. Tomem cuidado.”

Então, os Batarangers prestaram continência e retiraram-se do SimuDeck para enfrentar os homens-cupins nos próprios cupinzeiros.

CONTINUA...

(*) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 16 (“O último ato de Skruk”).

(**) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 1 (“A primeira missão”).

(***) Ler Força Especial Bataranger, capítulo 4 (“O dia artificial”).

No próximo capítulo:

Os Batarangers se espalham pela cidade para destruir os cupinzeiros dos homens-cupins.