02 – Voltando no tempo: Como tudo começou.
Era
o ano de 2029...
Dez
anos, dos acontecimentos narrados no capítulo anterior...
As
autoridades militares do país estavam em polvorosa...
O
que era ameaça por palavras,se transformou em realidade.
Os
Estados Unidos, liderados, pelo lunático Robben J. Donnington, após dois
anos e meios e embargos comerciais anuncia para o mundo a intenção de invadir o
Brasil.
Como
a União Europeia, Japão e China e Rússia eram totalmente contra uma
invasão territorial no Brasil, Donnington, inventou um pretexto para levar a
cabo o seu intento.
Isolado,
ele divulgou, sem provas que o governo
brasileiro, estava escondendo a produção em larga escala de armamentos
nucleares realizadas supostamente, de modo secreto na Floresta Amazônica,
justificando a ação de invasão de nosso país pela “ameaça a floresta”.
Uma
grande crise mundial se instalou no mundo, pois conforme mencionado , os países
do G7, mais a Rússia se posicionaram contra os Estados Unidos, por terem a
certeza que aquilo era um grande e perigoso blefe.
Mas,
no entanto, temendo o poderio bélico americano e as consequências de uma reação
mais incisiva a aquele plano, nada fizeram em termos militares...
O
governo brasileiro entrou em crise institucional atingindo Três Poderes, com
trocas de acusações.
Com
a ajuda da mídia, o caos e o medo logo se instalou ,levando às pessoas ao desespero.
Em
poucos dias, as prateleiras dos supermercados estavam desabastecidas , a ponto
de um litro de água mineral custar o
equivalente a 100 reais.
O
medo de um bombardeio nas principais cidades era real, e todos tentavam
encontrar meio de se proteger...
Nem
sempre pacíficos, diga-se.
É
nesse cenário que o General de alta patente Carlos de Siqueira Bitelli, responsável por um Projeto ultra secreto,
resolve comunicar ao Comandante das Forças Armadas ,a sua decisão.
Desesperado
e sem saídas, diante do cenário de uma iminente invasão, o Comandante, anuiu.
Ao Presidente
da República, coube apenas, o papel burocrático de autorizar a ação.
Ganhava
vida, aos olhos do público, o Projeto
SUPERSOLDBRÁS.
Um projeto caríssimo, mantido em segredo
durante anos.
Somente
quem sabia dele ,era ,além do Comando Militar e os envolvidos diretamente no
projeto.
Entre
eles, o Oficial Souza, escolhido para a missão, por sua postura patriótica,
(no bom sentido no termo) ética, discreta, disciplinada e reservada.
Sua
escolha havia ocorrido um ano antes e teve o dedo da Oficial Rodrigues que,
além de excelente militar, era uma das mais competentes e respeitadas pesquisadoras,
especializada em nanotecnologia e responsável direta pela implantação do
projeto.
Stela
Rodrigues, seu nome de batismo , tinha um outro fator que pesou na sua
indicação de Lucas de Souza para o posto de super soldado.
Pesava
a favor de Lucas, a discrição que ele manteve sobre o rápido e tórrido relacionamento
que ele chegou a ter com ela.
Lucas
soube separar o pessoal do profissional e jamais usou isso como arma contra sua
líder.
Ninguém
sequer desconfiou que ambos tiveram algo entre si.
Stela
se sentiu em dívida com Lucas e resolveu “premiá-lo”.
Na
conversa que teve com Bitelli, ela foi enfática :
-O
Oficial Souza preenche todos os requisitos para a missão...
-O
único senão que faço é que ele é ético demais...
-Talvez,
isso não seja uma virtude, em se tratando das esferas de poder...
-Mais
do que ninguém, o senhor sabe do que estamos falando...
Bitelli,
responde:
-Isso
a gente vê depois, Oficial Rodrigues...
-O
importante é que quando , aquilo que eu prevejo, acontecer, ele esteja
preparado...
-Eu
não queria estar no lugar dele...
-O
destino de uma nação inteira dependerá dele...
A
Oficial Rodrigues responde:
-O
Oficial Souza, se possível, dará a vida pelo bem desse país...
-Pessoas
como ele, são cada vez mais difícil de encontrar...
Encerrando
a conversa , o General Bitelli diz:
-Por
hoje é só, Oficial Rodrigues! Faça o que tem que ser feito!
Prestando
continência, a Oficial Rodrigues se retira.
O
próximo passo era a difícil conversa com
Lucas.
Mesmo
ciente do seu comportamento, Stela ainda se sentía atraída por ele, mas sabia
que não poderia.
Era
difícil pra ela...
Percebendo
a hesitação de sua superior,Lucas diz em tom formal:
-Oficial
Rodrigues, o que passou, passou...
-Compreendo
perfeitamente as suas motivações...
-A
senhora é minha superior e eu a respeito,
assim como valorizo a hierarquia militar...
-Esse
projeto é importante para o país, e é em servir meu país que estou focado...
-Questões
pessoais não devem e não podem atrapalhar...
Aliviada,
a Oficial Rodrigues diz:
-Obrigado
por entender...
-Mais,
fora isso temos outras situações...
-As
relações políticas de poder são uma delas...
-Conheço-o
muito bem, a ponto de ter certeza que você terá problemas com isso...
-Essa
decisão sua em aceitar ,tem um preço...
Sem
mudar a expressão do rosto, o Oficial Souza diz:
-Como
disse anteriormente, Oficial Rodrigues, o meu objetivo principal é servir ao
meu país...
-Essas
outras questões são secundárias e resolverei no seu tempo...
-O
Brasil precisa do Couraça e me sinto preparado para essa nobre missão!
Satisfeita
com a resposta, a Oficial Rodrigues, anui com a cabeça.
Os
próximos meses foram de intensos e
rigorosos treinamentos .
Determinado,
Lucas se sentia cada vez mais confortável com a armadura de alta tecnologia que
permitia até alçar voos, através de jatos propulsores instalados em seu
calçado.
O
Brasil mostrava assim que dominava a tecnologia de ponta e que isso não era
mais exclusividade das grandes potências.
A
armadura, feitas de junção de metais raros como nióbio, com fibra de carbono , ao mesmo
que era leve e perfeitamente ajustada ao corpo de Lucas;, era ultra resistente
a impactos.
Durante
a implantação do projeto, Lucas deu muitas contribuições técnicas, o que lhe
garantiu maior confiabilidade.
Sua
conduta irrepreensível, assim como a restrita equipe que colaborava com a
Oficial Rodrigues, contribuiu para que o projeto se mantivesse secreto, longe
dos olhos da mídia.
Não se
poderia queimar etapas e qualquer informação precipitada que fosse passada ou
vazada, poderia por a nação em risco, uma vez que o Presidente dos Estados
Unidos insistia na tese que o Brasil estava desenvolvendo uma bomba atômica.
Sob
suspensão, o Brasil era monitorado de modo sistemático.
Um
ano voou rápido e ,finalmente os Estados Unidos resolvem anunciar ao mundo um
ataque aéreo ao Brasil no prazo de 72 horas se as estapafúrdias exigências de Donnington
não fosse atendida.
Brasília,
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte seriam os alvos nesse primeiro
momento.
Quando
a Oficial Rodrigues, veio pessoalmente conversar com Lucas de Souza , algo que
ela não fazia com frequência ao final de mais um dia exaustivo de treinamento,
Lucas teve uma certeza , externada em palavras.
Após
prestar continência , ele diz:
-Pra
senhora estar aqui,é porque chegou a hora ,não é mesmo Oficial Rodrigues?
A
Oficial Rodrigues confirma com a cabeça.
Lucas
diz:
-
Os Yankees são muito soberbos!
-Não
aprenderam com os erros do passado...
-Acham
que podem “fazer e acontecer”...
-Chegou
a hora de revelar ao mundo que o Brasil “não é a casa da Mãe Joana”...
Fixando
o olhar em sua superior ,o Oficial Souza faz um pedido:
-Oficial
Rodrigues , peço permissão para ser acompanhado pelo nossa Esquadrilha.
-Eles
terão uma grande surpresa , ao entrarem em nosso espaço aéreo...
-A
frente da nossa tropa aérea, eles conhecerão o Couraça!
Confiante
na determinação de seu subordinado, a Oficial Rodrigues, responde:
-Permissão
concedida, Oficial Souza!
-A
nação brasileira te agradece!
6 Comentários
Legal, um "Capitão América brasileiro". Muito bom!
ResponderExcluirGrande Israel!
ExcluirObrigado por prestigiar esse trabalho despretensioso!
Comparar o Couraça ao grande Capitão América é uma grande honra!
Fiquei feliz!
Gratidão!
adorei o conceito e a lore "futurista" do couraça e a maneeira de como a cultura daqui foi inserida sem forçar a markertar cultura nacional... na minha opinião daria um baita live action, o brasileiro tem a capacidade de fazer um tokusatsu de qualidade...se uma empresa foda de grana se interessar , o negócio anda.
ResponderExcluirNo mais, tentarei acompanhar os próximos episódios
Grande Kiske! Fico muitíssimo feliz e honrado que você tenha curtido!
ExcluirSem ser panfletário, Couraça é o tipo do herói ético . Faz o que tem que fazer , sem rodeios e frescuras.
Vou me esforçar para trazer episódios interessantes.
Conto com seu apoio e leitura!
Grande abraço !
Gostei principalmente do quesito, desmistificar e revelar a verdadeira face dos EUA. Hoje mais do que nunca se nota que eles fazem qualquer coisa pelo país (algo que o Souza deve observar também, pois qualquer coisa pelo país, é o que os EUA e outros países fazem, mesmo que seja criminoso ou indevido) e isso acaba se mostrando em crimes, genocídios, violações diversas e destruições de povos, soberanias e cultura! Desde sempre vemos isso através das eras, e o "Gengis Khan" dessa fase, é o EUA! Curti demais, vamos ver como o Souza se comporta tendo o poder em mãos e como o Brasil conseguirá lidar com tal situação! Parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirGrande Lanthys!
ExcluirAdorei a sua análise !
Uma vez mais tú foste no cerne da narrativa e da mensagem implícita , e isso me deixa muito feliz
Os Estados Unidos são muito prepotentes.Acg que podem tudo.
Mas, não é vem assim!
De fato, Lucas , com seu estilo ético , terá problemas para lidar não só com EUA, mas com outro ator poderoso de nosso planeta .
Gratidão !