Capítulo IV - Alguns segredos do passado
Terminada a estadia na praia, as duas voltam à mansão, pois
segundo a agenda de diversões das duas a noite é a hora da festa na piscina.
Mas não sem antes comerem sob a recomendação do senhor Bourgeois. Como de
praxe, Chloé não quer saber de comidas gordurosas como carnes e pizza. Esse
tipo de comida fica para Sabrina. A loira oxigenada só quer saber de suši e
outras delícias não engordativas (muito embora Chloé não dispense um sorvetinho
e outras guloseimas doces como macarron, pudim e outras).
Terminada a refeição, as duas vão brincar de Lady Bug e Cat
Noir. Lady Bug é a heroína favorita de Chloé, e mimada do jeito que é ela quer
sempre ser a Lady Bug nessas brincadeiras, e não será dessa vez que hoje
teremos um ponto fora da curva. Dessa forma, o papel de Cat Noir, como de
praxe, fica com Sabrina, enquanto que o papel do vilão da vez fica com o
mordomo Charles d’Agencourt (irmão mais novo do senhor Armand “Lâmina Negra”
d’Agencourt, o professor de esgrima de Adrien Agreste), um dos mordomos da
mansão que lá trabalham.
Aproveitando-se do tempo livre de Charles, ele brinca com
Sabrina e Chloé de vilão da vez. Enquanto que Sabrina é o Cat Noir e Chloé a
Lady Bug, o mordomo d’Agencourt é o Homem Bolha. O Homem Bolha lança suas
bolhas contra os heróis, mas Lady Bug e Cat Noir desviam de todas. E no fim a
nossa heroína vence o inimigo da vez e purifica o akuma com a ajuda de seu
talismã. Dessa forma, como em toda santa brincadeira, no fim das contas Chloé
vestida de Lady Bug vence o inimigo e o inimigo é vencido. Com Sabrina sempre
dizendo ao fim que a brincadeira foi muito legal e demais.
Enquanto a dupla se divertia com os mordomos, o senhor
Bourgeois foi visitar um velho amigo dos tempos em que era ainda diretor de
cinema, o senhor Alfred Zola. Como não poderia deixar de ser, o senhor Zola e
sua esposa, a senhora Brigitte Zola, receberam o senhor Bourgeois de forma bem
calorosa. Conversa vai, conversa vem, e os velhos amigos, em uma conversa sobre
política, futebol e cinema regada a iguarias da região tais como tapenade
(azeitonas pretas trituradas com anchovas e alcaparras, geralmente sobre
pedaços de pão ou torradas) sobre pedaços de pão, bouillabaisse (sopa muito
famosa em Marselha que leva peixes, frutos do mar e caldo com açafrão),
ratatouille (prato composto por legumes cozidos que acompanha carnes e cereais como
arroz) e tarte tropézienne (bolo doce recheado de creme pasteleiro e creme
glacé), lembram de histórias da época. Incluindo histórias da produção do filme
“Solidão”, dirigido pelo próprio André.
Depois de comer todas essas delícias, André elogia a esposa
do senhor Zola, afirmando que ela é uma ótima cozinheira. O senhor Zola
concorda, e diz desde que os dois estão casados, há mais de 40 anos, que ela é
uma ótima cozinheira. “Quem dera a minha Audrey fizesse umas delícias que nem
essas que nem a Brigitte faz...”, diz o senhor Bourgeois em um tom um tanto
lamurioso, pelo fato de que Audrey passa a maior parte do tempo fora de Nova
York, e bem raramente visita-o em Paris.
Essa é a deixa para Alfred perguntar ao velho amigo sobre o
pessoal do tempo do filme Solidão, a começar por Emile Agreste, que foi a
protagonista do filme. André responde que tudo que sabe sobre o destino dela é
que ela e seu marido Gabriel fizeram uma viagem ao Tibete e que desde então o
paradeiro dela é desconhecido. André presume que ela morreu na ocasião. “E o
Gabriel, por onde anda?”, pergunta Alfred. André responde que ele tem passado a
maior parte do tempo cuidando dos negócios dele e que de uns tempos para cá os
dois não têm tido muito contato.
Depois pergunta sobre Audrey. Ele disse que Audrey está
trabalhando muito em Nova York, mas que virá a Cannes passar uns dias com ele e
a filha. “Sinceramente André, acho que a Audrey te jogou em uma armadilha
quando te fez entrar na política. Quando será que você vai voltar a produzir um
filme? O mundo do cinema é o teu verdadeiro mundo! Se quiser, faremos um
projeto juntos, eu e você, que terá tudo para ser um grande sucesso. O que me
diz?”, diz o monsieur Zola.
O senhor Bourgeois, no entanto, dá uma resposta um tanto
evasiva ao velho amigo, dizendo que bem que gostaria de voltar a fazer um filme
e que a ideia é ótima, mas que agora não é a hora de voltar. “Você deve saber
que o meu ofício de prefeito ocupa quase todo o meu tempo. De tal forma que nem
me sobra tempo para passar junto com a minha filha. O que dirá produzir um
filme”, o pai de Chloé responde.
Terminado o encontro com o velho amigo, o senhor Bourgeois
volta à mansão. Enfim chegou a hora dele passar um tempo com a filha. Se ele
não aproveita o tempo livre que tem, talvez não volte a ter tão cedo, pensou
ele. E, bem nessa mesma hora, Audrey Bourgeois, a rainha do estilo, chega a
Cannes, também em um jatinho particular, vindo diretamente de Nova York. Ela
chegará à mansão dentro de alguns minutos.
Logo que André volta da visita ao velho amigo dos tempos de
cineasta, Chloé e Sabrina estão nadando, e assim ficam por vários minutos
brincando de festa na piscina. Festa essa na qual Chloé geralmente jogava sua
amiga para dentro da água e só depois a loira é que pulava (e a ruiva para
variar acha isso o máximo). E, para variar, Sabrina mais uma vez faz as
vontades de Chloé, incluindo enxugar a água de sua boss.
Ao ver que seu pai voltou, Chloé vai lá abraça-lo. E o
senhor Bourgeois tem uma surpresa para a filha: a comida que ela mais gosta, suši.
Que obviamente a deixa bem feliz. “Papai, você é o melhor pai do mundo!”. E
enquanto pai e filha se abraçavam, Audrey chega à mansão, para deixar Chloé
ainda mais feliz. Ela literalmente chora de alegria ao ver a mãe.
Chloé: “Mamãe! Sabia que você cedo ou tarde iria aparecer
aqui!”.
Audrey: “A tá, Charlotte”.
Mal Chloé sabe que Audrey está lá mais para esnobar a irmã
dela, tal qual Chloé fez com as primas dela.
1 Comentários
Os conflitos familiares dos Borgeouis ficam mais evidentes.
ResponderExcluirAndré, um político frustrado ter deixado o oficio de diretor de cinema e um pai ausente.
Audrey, uma egoísta arrogante.
Nem lembra que a filha existe.
Chloé , uma menina carente de afeto, mas arrogante e imatura.
E a coitada da Sabrina, a única amiga de verdade que, Chloé enxerga como capacho.
Há rumores que , em breve a Marinette lhe dará o miraculous do cachorro.
Belo trabalho, meu amigo !