Sinopse
Rita Soares é uma jovem estudante e entregadora que descobre que o seu pingente de ametista é na verdade um dos cinco cristais elementares, fontes de poder que mantêm o equilíbrio do mundo. Ela recebe a missão de se tornar a nova guerreira de cristal e protege o cristal das garras do terrível Imperador Obsidius, que quer usá-lo para dominar o mundo, assim como os outros cristais. Com a ajuda do espírito da guerreira Radya, Rita se transforma em Ametista, a Guerreira de Cristal, e enfrenta os perigosos inimigos do Reino do Quartzo Negro, ao mesmo tempo que descobre mais sobre o seu passado e o seu destino.
Capítulo #1 – O despertar da Ametista
Uma batalha... Uma batalha em um local onde havia paz e harmonia... Um local de luz que estava se transformando em um local de trevas... Monstros... Monstros de pedra... Pedra negra... Tudo estava acabado... Porém, havia uma remota esperança... Superfície... Tinha que ir para lá... Proteger os cristais... Seus irmãos derrotados... Esperança... Superfície... Abrir portal para a superfície... Esperança...
Rio de Janeiro, 2024
— Rita! Rita! Acorda!
Rita Soares acordou, depois de tanto seu pai, José Camilo, ou Zé Camilo, como era conhecido, sacudi-la. Mais uma vez ela pegara no sono enquanto aguardava o serviço e novamente ela tinha aquele sonho esquisito com uma batalha cheia de monstros de pedra negra. Ela se espreguiçou e disse ao pai:
— Ah, desculpa, pai. O que o senhor quer?
O pai respondeu com outra pergunta:
— O que eu quero? Quero que você faça essas entregas aqui. — Ele entregou uns pedaços de papel para a filha. — Tá aqui os pedidos e os endereços. Vai logo, os clientes estão esperando!
— Tô indo, tô indo! Acabei caindo no sono… — disse Rita.
— Isso é que dá ficar até tarde no computador… Aí dorme na hora do serviço — reclamou Zé Camilo.
— Não começa, pai… — respondeu Rita.
— Deixa pra lá… Vai logo fazer as entregas — disse Zé Camilo.
— Sim, senhor! — respondeu Rita.
Então, ela pôs a mochila térmica nas costas, montou em sua bicicleta e saiu para fazer as entregas de quentinhas.
Rita trabalhava como entregadora no restaurante de seu pai, chamado Joias do Brasil, que localizava-se em Bangu, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro e que servia comidas típicas das regiões do Brasil. Ela era filha única e vivia apenas com o pai, porque sua mãe desapareceu quando ela tinha cinco anos. O desaparecimento da mãe ainda é um mistério, mas tanto Rita quanto o pai ainda tinham esperanças de que ela voltaria para casa.
O serviço de Rita como entregadora era muito elogiado pela clientela do Joias do Brasil, porque ela entregava nas casas de forma rápida com sua bicicleta, tanto que ela ganhou o apelido de “Raio”. Aliás, Rita adorava pedalar, tanto que ela usa sua bicicleta para trabalhar no período diurno e para ir à faculdade à noite.
Sobre os estudos, Rita estudava uma faculdade particular chamada Pérola do Conhecimento, que ficava dentro do Bangu Shopping, onde ela cursava Biologia e estava no primeiro período. Ela sempre gostou de conhecer a natureza, mas de alguma forma seu interesse era mais por pedras, até porque sua disciplina favorita naquele início de curso era Dinâmica da Terra. Ela achava que deve por isso que sonhava tanto com pedras e monstros de pedra...
Depois de fazer as entregas, Rita voltou ao restaurante, por volta das cinco horas da tarde. Tinha que se apressar, pois a aula começava às seis e a primeira aula do dia era justamente a sua favorita. Aliás, naquele dia, a aula seria de uma professora substituta, porque a anterior ficou doente de repente.
Rita tomou banho, arrumou-se e foi despedir-se de seu pai, que estava fechando o restaurante, porque o estabelecimento funcionava só no período diurno.
— Tô indo pra faculdade, pai. Até mais tarde — disse Rita.
— Tchau, filha. Boa aula. Toma cuidado por aí na rua — avisou Zé Camilo.
— Não se preocupe, pai. Estou com Deus e estou protegida pela ametista — disse Rita, apontando para o pingente de ametista que usava desde quando se entendia por gente. Sua mãe o deu quando Rita era criança e esta era a única recordação que a garota tinha da mãe.
— Tá certo. Vá com Deus, filha. Boa aula! — disse Zé Camilo.
Rita o beijou na testa, montou na bicicleta e saiu rumo à faculdade.
Zé Camilo observava sua filha afastar-se dali. Desde quando sua esposa Raquel desapareceu há 15 anos, sua vida foi devotada apenas ao restaurante e à criação de Rita. Para ele, sua filha era o que mais importava em sua vida e ele ainda não estava pronto para vê-la sair de casa, seja quando ela fosse se casar ou quando quisesse emancipação, mas entenderia que Rita precisava seguir seu caminho, já que era uma mulher de vinte anos.
Sobre o desaparecimento da esposa, ele ainda não compreendera como ela pode ter sumido sem deixar nenhuma pista. Na verdade, a única lembrança dela era o pingente de ametista que estava com Rita, mas nele não havia nenhuma pista sobre o paradeiro de Raquel.
Ele olhou para o retrato de sua esposa pendurado na parede do restaurante. Raquel Soares era uma bela mulher de pele branca e longos cabelos castanhos escuros e olhos da mesma cor. Zé Camilo sempre achou que tirara a sorte grande por conhecer Raquel e a considerava a mulher mais linda do mundo. Além disso, era uma mulher extremamente bondosa e todos na vizinhança gostavam dela.
Ele olhou para outro retrato pendurado e nele estava Zé Camilo e Rita. Ele achava que sua filha tinha puxado toda a beleza da mãe e à medida que foi crescendo, ficava cada vez mais parecida com Raquel, já que tinha a mesma cor de pele e os mesmos olhos e cabelos castanhos escuros. A diferença é que Rita usava óculos de grau, assim como ele.
Zé Camilo soltou um suspiro e continuou a fechar as portas do restaurante, pensando na esposa e na filha.
Faculdade Pérola do Conhecimento
Rita prendeu sua bicicleta no estacionamento do shopping e subiu para a faculdade, que ficava no segundo andar. Era uma faculdade com apenas dois anos de criação e Rita escolheu estudar por lá, porque a mensalidade não era tão cara e era perto de sua casa. Ela estava gostando daquele começo de vida universitária e queria chegar até o final para conseguir o diploma, algo que seu pai não tinha e nem queria ter.
Rita chegou na sala de aula e sentou-se em uma das carteiras da frente. Ainda não tinha feito amigos na faculdade, mas deu boa-noite aos colegas que estavam na sala. Alguns minutos depois, chegou a professora substituta de Dinâmica da Terra. Ela era uma mulher jovem, por volta de 30 anos, morena e alta.
A nova professora disse aos alunos, dando um sorriso simpático:
— Boa noite a todos. Sou a Profª Flávia Ambiel e vou ficar com vocês até que a outra professora se recupere.
A professora anterior teve um problema sério de saúde uma semana antes. O problema não fora revelado, mas ela foi orientada a tirar um mês de licença. A aula transcorria normalmente, com a Profª Ambiel explicando a matéria andando de um lado para o outro, até que ela parou de repente na frente de Rita. Ela olhava na direção do pingente de ametista da garota.
— Oh, uma ametista! Eu nunca vi um pingente como esse antes! Me desculpe perguntar, querida, mas onde conseguiu essa ametista? — perguntou Profª Ambiel.
— Minha mãe me deu o pingente quando eu era criança. Ela me dizia que eu estaria protegida se eu o usasse, porque a ametista teria uma energia de proteção — respondeu Rita.
— Hum, já ouvi falar nessa superstição. Posso tocar no pingente? — perguntou a professora.
— Claro, professora — respondeu Rita.
Então, a professora tocou no pingente e de repente, tirou a mão dele rapidamente.
— Ai! Levei um choque! Como isso é possível?! — exclamou Profª Ambiel.
— Não sei, professora. Desde quando eu uso o pingente, eu nunca levei choque. Me desculpe por isso — disse Rita.
— Não tem problema… Hã, qual é o seu nome? — perguntou a professora.
— Rita de Cássia Soares — respondeu Rita.
— Não tem problema, Rita. Devo ter levado choque por causa de tensão dos nervos da minha mão. Vamos continuar com a aula — disse Profª Ambiel.
Então, a aula continuou normalmente e quando o sinal tocou, a professora retirou-se da sala.
***
Logo que saiu da sala de aula, a Profª Ambiel entrou apressadamente no banheiro feminino, dando a entender que estava apertada. Contudo, o motivo da pressa era outro…
A professora retirou de seu bolso um cristal amarelo-dourado e aproximou-o de sua boca, como se fosse um microfone. Ela começou a falar, com um tom de voz diferente do tom simpático de como dava aula:
— Majestade, o senhor não vai acreditar! Parece que encontrei, aqui mesmo na faculdade, um dos Cristais Elementares! E parece ser o Cristal Elementar do Raio.
Uma voz cavernosa saiu de dentro do cristal, dizendo:
— Excelente, minha cara! É justamente o Cristal Elementar da maldita Radya. Ela está aqui em meu poder, mas teve a audácia de esconder os cristais na superfície. Como encontrou o cristal?
A falsa professora respondeu:
— Está em um pingente de uma aluna. É uma ametista. Sem dúvida, é o Cristal Elementar do Raio, porque acabei levando um choque quando o toquei.
A voz misteriosa disse:
— Hum, interessante… Então, não perca tempo! Pegue o cristal desta aluna e traga-o até mim!
— Sim, senhor! Vou esperar as aulas terminarem e então, pegarei o cristal da garota na saída — disse “Profª Ambiel”.
O desconhecido disse:
— Ótimo. Vou enviar alguns soldados para ajudá-la. Como é a garota?
— Nada de mais. É uma garota como outra qualquer. Vai ser fácil pegar o pingente dela — respondeu “Profª Ambiel”.
A voz misteriosa disse, em tom repreensivo:
— Nunca subestime quem possui o Cristal Elementar, minha cara. De alguma forma, a garota o possui e não podemos falhar em tomá-lo.
— Cl-claro, senhor. O senhor sabe de todas as coisas. Posso garantir-lhe que não falharei — disse a falsa professora.
O mestre da falsa professora disse:
— Espero mesmo que não falhe. Os soldados estão a caminho. Boa sorte e que traga logo o cristal.
— Vou trazê-lo, senhor. Não vou decepcioná-lo — respondeu “Profª Ambiel”.
A voz disse:
— Espero que não. Agora, vá!
— Sim, senhor! — disse “Profª Ambiel”.
Então, a falsa professora guardou o seu cristal no bolso e retirou-se do banheiro feminino.
Do lado de fora do Bangu Shopping
Assim que acabaram as aulas, por volta das dez horas da noite, Rita soltou sua bicicleta e saiu do estacionamento. Ela montou na bicicleta e saiu pedalando. Sua casa ficava próxima ao shopping e ela levava cerca de dez minutos pedalando, contudo, havia sempre o receio de assaltos, tanto que ela saía apressadamente do shopping e deixava seu pingente escondido por dentro da blusa. Além disso, seu pai não gostava que ela chegasse muito tarde em casa.
Ela tinha se afastado um pouco do shopping, entrando em uma rua deserta, quando de repente, sentiu um solavanco e caiu da bicicleta. Ela bateu com as costas no chão, sem atingir a cabeça, porque estava protegida pelo capacete.
— Droga! — exclamou Rita – No que eu tropecei?
Então, Rita viu no que “tropeçou”. Na verdade, viu o que a derrubou. Um monstro, um monstro de pedra! Um monstro de pedra, igual ao do seu sonho. Ele tinha o corpo de forma humanoide todo preto e olhos vermelhos. Naturalmente, Rita deu um grito de horror e levantou-se rapidamente, ignorando a dor nas costas. Ela pegou sua bicicleta caída e montou nela para fugir dali, mas estava cercada por outras três criaturas de pedra negra. Ela largou a bicicleta no chão.
De repente, apareceu mais alguém, mas não era outro monstro e sim uma mulher morena e alta usando uma armadura amarela-dourada, brandindo uma espada da mesma cor.
— Quem… quem são vocês? — perguntou Rita, espantada.
— Meu nome é Âmbar e eles são os soldados obsidianos. Somos servos do Imperador Obsidius, o Supremo Líder do Reino do Quartzo Negro — respondeu a mulher de armadura.
Rita não entendeu absolutamente nada do que a desconhecida disse, mas ela percebeu que a voz dela era familiar. Âmbar continuou:
— Você possui algo que interessa ao Imperador Obsidius, garota. O Cristal Elementar do Raio, que está no seu pingente de ametista. Entregue-o para nós e sairá daqui sem problemas.
— Nunca! O pingente é meu e não vou dar a vocês! Ele tem um valor sentimental para mim, porque foi minha mãe que me deu e ele me protege de todos os perigos — disse Rita.
— Oh, que comovente… Você quis assim, garota. Soldados obsidianos, tirem o pingente dela! — ordenou Âmbar.
Os soldados obsidianos cercaram Rita, deixando a garota sem rota de fuga. Apesar da desvantagem, ela segurou o pingente com força. Acontecesse o que acontecer, ela não entregaria a joia tão fácil.
De repente, ela ouviu uma voz feminina em tom suave, mas imperativo, que dizia:
— Rita, depressa! Grite: “Liberte a Ametista!”
A garota ficou confusa. De onde vinha a voz? Não havia mais ninguém ali, além dela, Âmbar e os soldados obsidianos. Estava ficando louca?
Então, ela sentiu um choque vindo de seu pingente, assim como sua professora tinha levado mais cedo. Uma luz roxa saiu do pingente e a voz feminina e suave disse novamente:
— Depressa, Rita! Grite: “Liberte a Ametista!” Eles estão vindo!
De fato, os soldados obsidianos estavam se aproximando de Rita. Ela não tinha escolha, a não ser fazer o que a voz misteriosa lhe ordenara…
— Liberte a Ametista! — gritou Rita.
De repente, o corpo dela brilhou e uma armadura roxa surgiu. Antes que Rita processasse o que estava acontecendo, ela ouviu a voz mais uma vez:
— Use a espada!
Rita percebeu que empunhava uma espada com a lâmina brilhante em roxo. Ela brandiu a espada e avançou contra os soldados obsidianos. Ela fez um ataque giratório com a espada e raios roxos saíram da lâmina. As criaturas foram ao chão.
Âmbar brandiu sua espada e avançou contra Rita. A garota defendeu-se dos ataques da vilã, mas achava que não resistiria por muito tempo. Então, a voz misteriosa disse:
— Concentre todo o poder do raio na lâmina!
— Como vou fazer isso?! — exclamou Rita.
A voz apenas repetiu:
— Concentre todo o poder do raio na lâmina! Depressa!
Rita soltou um suspiro de impaciência, mas mesmo assim, segurou com firmeza o punho da espada e olhou fixamente para a lâmina brilhosa. De repente, o brilho da lâmina aumentou e mais raios saíam de lá, com muito mais intensidade. Ela contra-atacou e Âmbar foi ao chão.
A vilã levantou-se e disse à Rita, em tom ameaçador:
— Ainda não terminamos, garota!
Então, ela e os soldados obsidianos desapareceram para debaixo da terra, deixando a rua novamente deserta.
Rita, que estava ainda muito confusa, perguntou:
— Para onde eles foram?!
Ela olhou para a armadura roxa que estava usando e disse a si mesma:
— Que armadura é essa? Eu quero voltar ao normal!
Então, a voz misteriosa disse:
— Grite: Etrebil a Atsitema!
— Hã? Etre o quê? — perguntou Rita.
A voz repetiu de forma devagar e explicou:
— Etrebil a Atsitema é “Liberte a Ametista” ao contrário. Se você gritar isto, a armadura vai desaparecer.
— Entendi. Então, lá vai: “Etrebil a Atsitema!” — disse Rita.
Então, a armadura roxa desapareceu de seu corpo e realmente, ela voltou à sua forma normal. Ainda muito confusa, Rita pegou sua bicicleta caída no chão, montou nela e saiu dali, na direção de casa.
Casa de Rita
Rita chegou em casa e voltou a sentir dores nas costas. Seu pai a estava esperando na sala e ele percebeu que ela não estava bem.
— O que houve, Rita? Por que essa cara de dor? — perguntou Zé Camilo.
— Que cara de dor? Estou com a minha cara de sempre. Eu tô bem — respondeu Rita.
— É pecado mentir para o seu pai, Rita de Cássia. Pode me falar o que aconteceu com você? — insistiu Zé Camilo.
— Tá certo, pai. É que… eu caí de bicicleta — admitiu Rita.
— Ah, é isso? Eu jurava que era algo mais grave. Quantas vezes você já não caiu de bicicleta? — perguntou Zé Camilo.
— Muitas, mas minhas costas estão doendo demais! — respondeu Rita.
— Deixa eu ver — disse Zé Camilo.
Rita levantou sua blusa e mostrou as costas ao seu pai.
— Hum, as costas não estão raladas. É só tomar um remédio para dor e repousar. Se não melhorar, nem precisa ir trabalhar amanhã — disse Zé Camilo.
— Mas, pai, quem vai fazer as entregas? — perguntou Rita.
— Eu mesmo faço e deixo a Dona Ana tomando conta do restaurante — respondeu Zé Camilo.
Dona Ana era a cozinheira do Joias do Brasil há muitos anos.
— Eu vou ficar bem, pai. Garanto que amanhã vou acordar novinha em folha — disse Rita.
— Espero que sim. Como foi na faculdade? — perguntou Zé Camilo.
— Tudo certo, graças a Deus. A nova professora de Dinâmica da Terra é legal. As outras aulas foram legais também — respondeu Rita.
— Que bom que esteja gostando da faculdade, filha, porque não quero gastar dinheiro à toa com a mensalidade — disse Zé Camilo.
— Entendo. Por que o senhor também não faz faculdade? — perguntou Rita.
— E eu tenho tempo pra isso, menina? Esqueceu do restaurante? — respondeu Zé Camilo com outras perguntas.
— Ah, mas tem gente até mais velha que o senhor na minha sala e que trabalha de dia. Além disso, na faculdade tem curso à distância, ou seja, dá para estudar pelo computador ou pelo celular — disse Rita.
— Esqueceu que sou analfabeto digital? – replicou Zé Camilo – Vamos ver isso mais pra frente. Agora, vai jantar e descansar. Não se esquece de tomar o remédio pra dor.
— Sim, pai. Vou tomar banho primeiro e vou jantar — disse Rita.
Ela deu um beijo na bochecha do pai e foi em direção ao banheiro. Depois de tomar banho e jantar, Rita foi se deitar. Ela realmente precisava descansar, não só para recuperar-se da dor nas costas, mas também de tudo que passou há alguns minutos: os monstros de pedra, a mulher de armadura, a voz misteriosa, a armadura roxa…
Ela achava que tudo aquilo era fruto de sua imaginação depois da queda, mesmo que não tenha batido a cabeça. Ela esperava que, assim que acordasse no dia seguinte, iria melhorar da dor nas costas e trabalharia normalmente. Contudo, ela não conseguia dormir, porque uma luz roxa saía do pingente que ela deixou na cabeceira da cama. A mesma luz que saiu há alguns minutos. Ela pegou o pingente, tocou na ametista e sentiu o choque novamente. Ela largou a joia na cama e ouviu a voz suave de antes novamente dizer:
— Rita, aponte a ametista para o espelho!
Mesmo sem entender, Rita fez o que foi ordenado. Então, ela viu junto com seu reflexo no espelho a imagem de uma mulher de armadura roxa. A garota levou o maior susto da vida! Ela pôs seus óculos e aquela imagem no espelho ainda estava lá. Ela olhou para trás e não viu ninguém. Novamente, ela achava que estava ficando louca…
— Hã… Olá?! Quem… o que… é você? — perguntou Rita.
A mulher no espelho respondeu:
— Eu sou Radya, a protetora do Cristal Elementar do Raio.
CONTINUA...
4 Comentários
Grande Israel!
ResponderExcluirQue início eletrizante! Arrebatador!
Que capítulo maravilhoso!
Ametista ja chegou chegando!
O clima de suspense foi no tom certo e essa saga é muito promissora.
Adorei o plot as imagens ficaram sensacionais!
Parabéns pelo novo projeto, que começa empolgante!
Sucesso nessa nova jornada!
Obrigado. Espero mais feedbacks assim.
ExcluirUm começo de saga muito interessante, contou com elementos clássicos de metal hero e os persongens foram muito bem trabalhados e apresentados.
ResponderExcluirDe cara a Rita e seu pai ganham a simpatia dos leitores e a vilã também já chama a atenção, apesar de ter desistido fácil demais.
O clima da série, com a vida cotidiana e escolar da Rita tbm foi bem trabalhado.
Eu só percebialguns pontos em comum com o título Ametista da DC comics, até mesmo o lance do espelho e das falas o contrário... É sempre bom tomar um pouco de cuidado com as homenagens para elas não tomarem muito o foco do título em si.
As imagens, geradas por IA, acredito eu, estão bem bacanas.
Seguirei o título e já estou curioso pelo que virá.
Obrigado pelo feedback. Nossa, tem uma Ametista na DC? Juro que não sabia! Sim, as imagens são por IA. Abraço.
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