Ametista, a Guerreira de Cristal - Capítulo 5 - A Bússola Elementar

 

No capítulo anterior: 

 

Zirkon invade a faculdade de Rita à procura dela, mas é derrotado pela garota. 

 

 

Capítulo #5 – A Bússola Elementar 

 

 

O Rio de Janeiro amanheceu em polvorosa por conta da batalha de Ametista contra Zirkon no Bangu Shopping. Vários vídeos da batalha viralizaram nas redes sociais e a imprensa dedicou um tempo para comentar sobre a misteriosa heroína da armadura roxa. 

No restaurante Joias do Brasil, o assunto não poderia ser outro. Os clientes falavam disso, a cozinheira Dona Ana também falava e até o pai de Rita, Zé Camilo, comentou com a filha:

— Graças a Deus você conseguiu voltar para casa, Rita. Imagine o choque que deve ter sido!

— Foi, sim, pai, mas a ametista me salvou — respondeu Rita, apontando para o seu pingente de ametista. Obviamente, ela não poderia dizer ao pai o verdadeiro sentido da frase…

— Falando em ametista, e essa tal mulher da armadura roxa? Ela se diz chamar Ametista. Quem ela deve ser? — perguntou Zé Camilo.

— Não sei, mas ela salvou a todos nós no shopping — respondeu Rita.

— Que bom, mas é sempre bom ter mais cuidado do que antes. Além dos assaltos, agora tem esses malucos de armadura.

— Vou ter mais cuidado, pai.

O dia seguiu normalmente, com Rita fazendo o delivery do restaurante. Contudo, não haveria aula na faculdade, por conta da confusão de Zirkon no dia anterior. Como era uma sexta-feira, as aulas só voltariam na segunda-feira.

Radya chamou Rita para a Dimensão da Ametista e a garota entrou no espelho de seu quarto.

— O que foi agora, Radya? Vamos treinar hoje? — perguntou Rita.

— Apesar de você precisar treinar mais, chamei-a aqui por outro motivo. Lembra quando disse sobre encontrar os outros Cristais Elementares? Então, vamos começar a nossa busca agora — respondeu Radya.

— Hein? Mas… como? Não sei se você sabe, mas a superfície é gigantesca! Achar esses cristais é como achar uma agulha em um palheiro.

— Eu sei disso, Rita. Por isso, quero dar-lhe algo que vai nos ajudar a encontrar os cristais.

Então, Radya fez materializar-se um cristal roxo redondo e entregou-o a Rita. No centro dele, havia uma espécie de ponteiro de relógio.

— O que é isso? — perguntou Rita.

— É a Bússola Elementar. Foi algo que eu criei para encontrar os outros cristais na superfície, mas infelizmente fui capturada. Porém, você pode usar a bússola na superfície.

— E como vou usar isso? Nunca usei uma bússola na minha vida.

— É simples, basta colocar sobre a agulha algo relacionado aos elementos que restam, no caso, fogo, terra, água e ar.

— Confesso que ainda não entendi. Algo relacionado com os elementos?

— Sim, é isso mesmo. Por exemplo, se você colocar sobre a agulha algo relacionado ao ar, imediatamente o próprio ar se encarregará de lhe direcionar para o Cristal Elementar do Ar. Quanto mais perto você estiver do cristal, a agulha irá brilhar cada vez mais forte. Simples assim.

— Hum, entendi. Então, vou fazer isso agora.

— Ótimo, mas tem que fazer isto na superfície, porque aqui não fará nenhum efeito.

— Certo. Então, me leve de volta ao meu quarto.

— Seu desejo é uma ordem.

Então, Radya levou Rita de volta ao quarto da garota.

Ela sentou-se na cama e olhou para a Bússola Elementar. Ela lembrou-se das palavras de Radya de como funcionava a bússola, mas não tinha ideia de como fazer isto. O que poderia estar relacionado com ar, por exemplo?

Enquanto Rita pensava, o vento do lado de fora balançava as cortinas da janela do quarto. Então, Rita pensou:

“Hum, vento faz parte do ar... Mas como eu vou colocar o vento na agulha?”

Ela soltou um suspiro. De repente, a agulha brilhou e movimentou-se. Rita foi até a janela e viu que o vento ia na mesma direção para onde a agulha estava apontando. Ela olhou para a bússola e soprou em cima da agulha. Isso fez com que o vento aumentasse sua velocidade.

Rita saiu do quarto e foi até a sala. Seu pai estava assistindo televisão e a garota disse a ele:

— Pai, vou sair para dar uma volta de bicicleta. Já volto.

— Tá bom, filha. Tome cuidado — alertou Zé Camilo.

A filha assentiu e ela saiu pela porta da sala. Rita montou em sua bicicleta e foi andando para onde o vento a levava, literalmente. Enquanto a agulha da bússola brilhava cada vez mais, ela ia andando, andando, até que o brilho da agulha ficou mais intenso, fazendo com que Rita parasse.  

Então, ela viu para onde foi parar e ela viu que fazia sentido...  

Ela estava na Base Aérea de Campos dos Afonsos. 

 

CONTINUA...